Arquivo da Categoria: aspirinas

V9

O que é revoltante, mas absolutamente revoltante, é que uma classe profissional que se encarrega (ou devia encarregar) de formar as próximas gerações se comporte como funcionários de repartição, preocupados com o seu umbigo, com a mediania que a todos protege, esquecendo completamente qual a missão, e deixando-se manipular da maneira mais abjecta. Mas é uma consequência da falta de ligação que têm à escola, aos alunos, aos pais. Porque é que haviam de a ter, quando tudo o que lhes interessa é decidido por uma estrutura gigantesca e impessoal em Lisboa?

Esta estrutura educativa é uma aberração. Todos sabemos quais os resultados dos grandiosos “planos quinquenais” na antiga União Soviética, e no entanto continuamos a tratar a educação como algo que pode ser planeado e gerido a partir de um centro. Não pode. São demasiados funcionários, demasiados professores, demasiadas realidades e especificidades locais, é um alvo demasiado fácil e suculento para interesses puramente políticos. Quem tem as melhores condições para decidir como organizar a escola, que professores contratar, que condições oferecer, são as estruturas locais. Gostava de ver o Mário Nogueira a fazer as mesmas fitas se do outro lado estivesse um presidente da câmara, com a população do seu lado, preocupados com os resultados nos exames nacionais. Como dizia o Maradona aqui à uns tempos, e com o qual concordo completamente, a avaliação dos professores é simples: há um director de escola. Esse director decide quem são os professores competentes, e promove-os. Os incompetentes, despede-os. Responde, apresentando resultados, perante os principais interessados – os pais. Como acontece em qualquer estrutura que se preze. Como acontece, por incrível que pareça aos nossos funcionários educativos, nos colégios privados.
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Da Galiza

OUTRO ESPANHA-PORTUGAL

Lá pelo ano mil novecentos e setenta e sete, já nessa altura morrera em Espanha o ditador e Portugal fizera a despedida de Marcelo Caetano. As fronteiras estavam fechadas, nas alfândegas ja não havia vinte cães e mil cadeas para o controlo dos cidadãos embora ainda não havia paso livre. A Garda civil a a GNR eram daquela ja um pouco permissivos em certos lugares.

Emtre Baltar e Montealegre fica a Serra do Larouco , ela olha e divide duas bandas, para uma as terras do barroso para o outro as de Baltar no alto Limia. O Larouco separa duas terras que noutro tempo os seus nativos se juntabam para irem juntos a loubar na sua cima o chamado Deus do Larouco. Estamos a falar dos tempos pagãos, antes da chegada dos romanos por cá. Os barrosões por uma banda e pela outra os galegos de Baltar e todas as freguesias da sua bisbarra ficaram de costas viradas muitos séculos Nos ultimos anos foi fornecida ainda mais pois os países os que cada um pertezem se deram a se mesmos umas ditaduras de longa data. Ditaduras irmás embora cada uma no seu cantão. Vira-dos de costas ainda que freguesias como A Boullosa e Sendim se olhassem uma a outra so com subir a cima do monte que as separa. Até a natureza virava de costas, pois juntos nascem o Cavado e o Limia, um verte para a banda de Portugal e o Limia vem-se para cá e comenza o seu percurso até baixar as terras da planura da Limia e vai morrer a Portugal onde ja lá è chamdo Lima.
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Viegas dixit

Não vou entrar de novo em considerações juridicas que, pelos vistos excedem as capacidades do telespectador português comum e apenas nos levariam a concluir que, infelizmente, 35 anos após o 25 de Abril, ele continua a não merecer ter direitos.

Vou limitar-me a um comentário vindo do planeta do bom senso, que devemos situar numa galáxia distante de Portugal.

Uma comissão de inquérito não pode ter como objectivo apurar se existem dúvidas. Isto é o pressuposto de começo: só vale a pena instituir uma comissão de inquérito SE existirem dúvidas (caso contrário, estaríamos apenas a dilapidar dinheiros públicos). Portanto uma comissão de inquérito apenas tem sentido se procurar apurar se as dúvidas, que por hipótese existem, têm ou não um fundamento sério e objectivo.

Segue desse pressuposto que quem esperava que a comissão concluisse não existirem dúvidas nenhumas e estar completamente provada a inocência de seja quem for, estava pura e simplesmente equivocado.
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Aspirinas

O Acaso pode favorecer a humanidade ?!…

A reestruturação dos modelos económicos assenta quase sempre na sua insustentabilidade, atingindo inevitavelmente a politica que lhes serve de suporte.

O neo liberalismo fez o seu caminho e deixou as suas marcas. Neste início de século, assistimos a mudanças talvez estruturantes, na economia e no bem-estar das populações. A par dos vários constrangimentos económicos que o mundo hoje vive, existe o flagelo dos desastres ambientais que populações já não perdoam, mesmo as menos afectadas.

O último grande desastre ambiental provocado pela BP no golfo do México é disso exemplo. Tanto quanto já é público, o problema deveu-se a falhas provocadas pela pressão desenfreada imposta pela gestão da BP. Sendo a extracção petrolífera feita cada vez a maiores profundidades, o aumento do risco faz-se sentir e quando juntamos a esse facto uma diminuição das medidas de segurança, temos os ingredientes indispensáveis para a eclosão da catástrofe. Lamentavelmente, a ganância especulativa tem para a gestão um peso superior ao desastre ambiental, porque o que verdadeiramente importa para estes gestores é remunerar accionistas, esquecendo que fazem parte dum planeta que já está em risco. Neste caso específico, o acaso talvez tenha feito um favor à humanidade. Não nos podemos esquecer que o lóbi americano tem sido fortíssimo, recusando sistematicamente medidas fundamentais em matéria ambiental. Esta é a ocasião imperdível de converter uma crise numa oportunidade.
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Um belo feriado

A “comemoração mais célebre e solene do Sacramento memorial da Missa” (Urbano IV) recebeu várias denominações ao longo dos séculos: festa do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo; festa da Eucaristia; festa do Corpo de Cristo. Hoje denomina-se solenidade do Corpo e Sangue de Cristo…

Sou, para desgraça minha, um ateu ou agnóstico, o que para o efeito, tanto faz. Tal facto não me inabilitou de ter sido convidado para a primeira comunhão de uma criança adorável, filha de um amigo meu. Fui à missa da praxe, na companhia da minha esposa. Chegamos à igreja, como sempre, em cima da hora. Apinhada.

Ficamos no fundo, atrás do último banco corrido, do lado direito. Calor, muito calor. Abanavam-se os leques em sintonia.

Não fomos os últimos. Chega a correr uma senhora, já idosa, a transpirar. Com licença, diz, metendo-se à frente da minha esposa que olha para mim abismada. Seguro-lhe a mão e dou-lhe o meu lugar. À frente, no banco outra conhece-a. Falaram do calor e da igreja cheia. Um pouco de boa vontade e caberiam as duas no banco. O espaço era suficiente.

Em vão. À minha frente, a minha esposa abana o leque. Espreito por cima do seu ombro para alcançar o altar, onde se encontram as crianças.

Não levei trocos. Dou cinco euros para o peditório. Não me arrependo, se vou à missa de quando em vez, acerto as contas com a consciência de uma vez.

Estão livres os bancos. Espero pela minha vez de ir ao altar tirar a foto. Ela tem nos olhos a cor cerúlea dos oceanos e do céu. E tem depositada a minha esperança no futuro.

Foi um belo feriado…

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Oferta do nosso amigo jrrc

Ferradas

Como se o marxismo, a ter algo de positivo ou de útil, coisa que os povos ingratamente se recusaram a saborear indefinidamente, pudesse justificar boutades das do género trambiqueiro e agressivo do bom-camarada Jerónimo!

Deixem lá o marxismo, que o PC também há muito se deixou dessas bizarrias. O que é apenas ridículo é a associação que ele faz entre o materialismo histórico e factos avulsos da História. Faz parte da tradição do PCP a confusão entre oligarquias e poder popular…ou vagamente democrático!

Lembro apenas o Tratado de Brest-Litovsk entre Hitler e Stalin, ou a recusa de apoio aos republicanos em Espanha, abandonados à sua sorte. Curioso que o PCP se tenha esquecido de condenar a invasão da Hungria, ou da Checoslováquia, pelas tropas do Pacto de Varsóvia. Tudo claro a favor da Liberdade e das Independências Nacionais desses povos…

E quanto à soberania dos povos, será o PCP que deve pronunciar-se sobre o assunto? Haja pudor e respeito pelos milhões de mortos das várias repressões comunistas sobre todos os povos! Em especial sobre as suas próprias populações!

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Oferta do nosso amigo MFerrer

Pedido de demissão de Deus

Ao ver esta margarida, pousada no teu retrato, desconheço o ímpeto atabalhoado que me levou a fazer de ti fruto duma costela e germe de todos os males.

Em eras politeístas em que eu ainda não varrera heresias múltiplas e complicadas, tantas eram as mulheres sábias e formosas, de porte seguro e rara perspicácia, que não fosse eu Deus e ninguém as contabilizaria. Vi Helena causar tormentas, a Penélope tecendo e desfazendo uma teia e Atenas a nascer da cabeça do pai. A minha função era observar para logo de seguida criar um mundo melhor.
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André Nadais, Danilo Teixeira e Tierri Oliveira, alunos do 12.º A da Escola Secundária José Macedo Fragateiro, em Ovar, decidiram abordar o tema “Emergência Médica e Socorrismo”, no âmbito da disciplina de Área de Projecto. Assim, o projecto Posto de Socorro foi iniciado e tem como principal objectivo consciencializar a comunidade escolar para a importância de ganhar conhecimentos básicos para intervir em caso de emergência.

Uma excelente ideia, não é?

MEMÓRIAS PORTUGUESAS DO SÉCULO XX

Nasceu um novo blogue que necessita do contributo e da interacção de todos para se manter vivo e segregar luz sobre a história recente do nosso país, “Memórias Portuguesas do Século XX”.

Não permitamos que as memórias do antigo regime se apaguem. Temos a possibilidade de narrar, de expor e de nos interrogarmos acerca desse passado cujos contornos e conteúdo se encontram ainda por estudar. Há épocas em que nada se pode expressar, sob pena de sermos perseguidos e até aniquilados. Hoje, podemos debruçarmo-nos sobre um vasto período de história do século XX e tentar colher frutos esclarecedores, os quais possibilitarão desbravar caminhos às gerações pós-revolucionárias. Sem passado, podemos caminhar, mas desorientados, encharcados num etilismo falacioso, consequência de uma erosão mnésica do passado vintesco e do atordoamento feérico da sociedade de consumo, a nova máquina devoradora de consciências.
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g point

Também não percebo a relação entre o celibato e a pedofilia. Afinal, a maioria dos abusadores de crianças não são celibatários. A maioria são familiares ou pessoas próximas da família das crianças. E isso sim devia ser debatido, seria o mínimo que poderíamos fazer pelas vítimas, não o fazendo a sociedade faz exactamente o que critica à Igreja: assobia para o lado. Por vezes parece-me que se está a querer fazer da Igreja o bode expiatório de um mal que nada tem a ver com agremiações sejam elas religiosas ou não. Não sou crente em nenhuma religião, não entendo a língua que falam, não percebo a necessidade de um deus para amar e para ser solidário e por aí fora, mas não concordo com este tipo de argumentos por parte de quem os pretende atacar. É tudo muito humano de facto, dentro e fora dos templos, basta ver que nos baptizámos nós próprios de sapiens. A nossa sorte (ou azar) é que as outras espécies com quem partilhamos o planeta não se riem, pelo menos, de forma a que as possamos ouvir… :)

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Oferta da nossa amiga guida

Diz ela

Tenho uma forte convicção que, se Sócrates governasse com esta mentalidade e esta força (e como já li e concordo: com pele de sapo e vida de gato) no tempo em que tínhamos como Primeiro-Ministro Cavaco Silva, Portugal poderia estar hoje muito, muito bem posicionado a vários níveis. Tanto dinheiro dado na altura de bandeja pela CE para tantos empresários amiguinhos poderem comprar Mercedes, BMW, mansões e casas de férias e terem hoje as empresas obsoletas e fechadas na falência… Ou alguns até estarem a ser investigados pelo Ministério Público com notória falta de destaque pela comunicação social para seleccionados casos. Estranho… Ou talvez não!

Isto é que é triste. É ver esta gente que tanto afundou o país ainda chegar a altos cargos, a pensar em recandidaturas… Fora toda a sua “actividade” recente como referi no post acima…

Estou desejosa de sair deste país e encontrar verdadeiras oportunidades e com todo o orgulho poder contribuir com o meu trabalho, impostos, dedicação e profissionalismo para um país que me respeite como cidadã já que no meu não é isso que encontro.

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Oferta da nossa amiga Daniela

V9

Quanto ao anonimato, em vez de andarem a desafiar quem não assina com o nome, seria giro fazer uma experiência: passavam todos a escrever anónimos. E sem a muleta do nome, habilitações, profissão ou tendências políticas, apenas com a força da escrita e das ideias, daqui a um ano veríamos quantos leitores tinha quem.

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V9

Parece-me que a questão talvez seja um pouco mais profunda do que as manigâncias do Pacheco Pereira, embora ele seja talvez dos que mais consciência tem do poder duma cultura de blogs – foi aliás pioneiro em Portugal na forma.

Já discutimos isto muitas vezes, mas a existências destes espaços de opinião livre (e quando digo livre, estou a falar de “livre acesso por quem quiser”, sem passar por nenhuma empresa ou editor) que confrontam, discutem, e muitas vezes desmontam o que vem escrito nos media tradicionais é uma ameaça directa a quem estava habituado a dominar, incontestado, o espaço de opinião neste pais. E agora, em tempo real, quantas doutas opiniões são desmontadas, e muitas vezes ridicularizadas, numa questão de segundos?

A questão é esta: numa cultura de blogs, para onde rapidamente se caminha, cada vez mais pessoas consomem as notícias devidamente explicadas e filtradas por inúmeros autores com os quais as pessoas se identificam, ou respeitam. No fundo, uma imensidão de Professores Marcelos a comentar e contextualizar os acontecimentos em tempo real, à medida que acontecem. Tal como o Val, ou o Manuel Abrantes. Querem-me dizer que quem estava habituado a dominar a capoeira, incontestado (a não ser pelos seus pares), vê com bons olhos o surgimento de uma imensidão de pintos a debicarem as canelas, alguns dos quais atingem já o tamanho de frangos?

Aliás, visto neste contexto, percebe-se melhor a obsessão com o anonimato que para aí grassa: estas pessoas estão habituadas a retorquir e reagir conforme o estatuto que atribuem à pessoa, não estão habituados a discutir directamente as ideias. Que me interessa a mim saber quem é Valupi? interessa-me o que escreve e as ideias que transmite, e o anonimato (perdão: pseudónimo) até ajuda a avaliar a escrita pelo seu verdadeiro valor.

São estes filtros, que esfrangalham uma cultura dominante, que incomodam tanto, inclusive muitos jornalistas, e que interessa por isso atacar. E é o que se passa.
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Oferta do nosso amigo Vega9000

aixpressões

Em meu entender a expressão ‘bispo vermelho’ nunca assentou bem em D. Manuel Martins. De facto ele não aderiu nem praticou a chamada ‘teologia da libertação’, criticada e condenada pelo então sr. Ratzinger. As palavras, como as pessoas, são elas e a sua circunstância. Ora a opinião (legítima) do bispo insere-se na campanha da ICAR contra a proposta do governo sobre os casamentos homossexuais. Na missa a que hoje assisti (e pressuponho que em todas, pelo menos na diocese pois foi invocada carta do cardeal patriarca) o sr. padre afirmou que a lei é contra a natureza e acrescentou que esta castiga os que a contrariam (ideia do crime-castigo). Mas o sr. bispo vai mais longe, como aliás sempre foi seu timbre meter foice em ceara alheia, e cito o que disse à RR: «tenho uma pena imensa que determinadas propostas se façam e se façam nesta altura. É uma provocação premeditada à consciência cristã de Portugal». Não é a «altura» que irrita o octogenário, porque antes diz «se façam». A sua expressão final: «tenham juizo» é de um auto-convencimento irritante. Como eu há-de haver muitos portugueses e cristãos que não vêem qualquer ‘provocação premeditada’. Não ficava mal ao sr. bispo, antes de dizer o que disse, ter lembrado o princípio, esse sim evangélico, “a César o que é de César, a Deus o que é de Deus”.
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Oferta do nosso amigo aix

Palavras mansas

Val, perdoa: hoje só consigo pensar numa coisa, o meu templo ardeu. O Hot Clube de Portugal, onde aprendi a gostar de música, a gostar de jazz, ardeu esta noite, no prédio quase devoluto onde estava, há mais de 60 anos. Felizmente que o Luis Vilas Boas já cá não está para ver isto. Desde os meus 16 anos (já lá vão 50) aquele foi, quase impreterivelmente, o meu poiso nas horas livres. Ali aprendi a distinguir o que vale a pena na música daquilo que é “musak”, como dizem nos EUA. Aprendi a gostar de todo o jazz, desde o New Orleans, passando pela West Coast e acabando no Free, com passagens por muitos e desvairados estilos Made in USA e Made in Europe. Inclusive nesta terra do Fado, e acreditem ou não, tivemos e temos por cá bons Jazzistas. O Hot ardeu, e eu não consigo pensar em mais nada, perdoa Val.

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Oferta do nosso amigo antonio manso

jrrc dixit

A gravidade da questão, em meu entendimento, prende-se, precisamente com dois pontos aqui já aflorados por Valupi: a honestidade intelectual, profissional, cívica e pessoal dos responsáveis pela extracção das certidões; e, se efectivamente, neste caso, se pretenda como boa a Justiça que capta ilegalmente supostos indícios, não a que faz cumprir a Lei.

Dou como assente que a Lei é eivada de uma certa subjectividade, tem espírito, e como tal, pode ser alvo de diferentes interpretações. Mas nós evoluímos para o estado de “cada cabeça, cada sentença”. A Lei está um estorvo. De acordo com o comunicado da PGR, das seis escutas transcritas onde intervinha o primeiro-ministro, o despacho do Senhor Procurador Coordenador do DIAP de Aveiro e O Senhor Juiz de Instrução Criminal, sustentavam a existência de indícios da prática de um crime de atentado ao Estado de Direito. O PGR, presumo que em relação às seis escutas, concluiu pela não existência de tais indícios. Em seis vezes não se acerta uma? Será por não entenderem vernáculo? E é muito plausível, por aquilo que não tem vindo a público, que as restantes escutas ao 1º ministro levarão o mesmo caminho.

É isto tudo normal? É normal que o Presidente do Supremo não valide uma única, depois de tanto trabalho do Senhor Procurador e do Juiz? Eles não se importam, não coram de vergonha, não têm coluna?

Certo dia de um ano já ido, Rui Teixeira, um herói dos novos tempos, entrou na AR com frémito, e prendeu Paulo Pedroso. Mais tarde, conclui-se que cometeu um erro grosseiro, de que resultou uma indemnização do Estado ao tal deputado, ainda sem transitar em julgado. Sou contra indemnizações: o mesmo juiz deveria voltar à AR, com o mesmo estrilho, lugar onde baixaria a cabeça e, Jaime Gama, na qualidade de Presidente da AR, lhe pespegaria dois pares de estalos. Não está na Lei, mas cada cabeça cada sentença.

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Oferta do nosso amigo jrrc

Sá Pinto, lê isto

O problema é que, não sei o que lhes deu a beber PB, os jogadores estão todos apanhados da cabeça. Eles só olham para a bola. Eles não jogam com niguém da equipa. Eles não se desmarcam para receber a bola. Eles não correm para a baliza aversária. Eles não passam a bola, chutam a bola. Eles chutam para onde estão virados. Eles têm sempre de parar a bola e fazer fintas onde se fintam a sí próprios. Eles não correm pelos espaços vazios, marram contra os adverarios. Eles já têm medo da bola.

O grave é que os jogadores estão parados no campo, sem se aperceber disso, porque têm a mente paralizada. Os jogadores estão passando uma fase de inimputabilidade.

O que será que PB lhes deu que lhes provocou uma lobotomia (ou como se diz àquilo do Egas Moniz)?

Oferta do nosso amigo Adolfo Contreiras