Manuel da Silva Martins fará em Janeiro 83 anos. Faculdades cognitivas à parte, que poderão estar intactas ou capazes, temos de respeitar a sua idade; a qual é uma vida inteira, mesmo que viva mais 100 anos. Por isso, assistir ao seu etnocentrismo, esse sentimento de ofensa nascido de se sentir atacado enquanto pertencente à religião católica, não merece mais do que um bocejo. O senhor tem todo o direito a barafustar com a proposta e a disparatar com a data, a nossa misericórdia acolhe e ama a sua tão imperfeita natureza.
Outra conversa é aquela onde D. Manuel Martins repete a retórica de Cavaco e da oposição à direita. Dizer que o Governo avançou agora com a proposta de legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo porque está com dificuldades na governação, e pretende desviar as atenções, não é apenas idiota e desonesto, é também o sintoma de um mal que está a tolher o desenvolvimento económico por via da sua influência política: a intoxicação geriátrica. Temos sofrido, desde finais de 2007, com a manobra que levou à demissão de Correia de Campos, os malefícios da inércia e conservadorismo próprios de um grupo de indivíduos que já não é capaz de aprender línguas. Eles estão em todas as áreas políticas e sociais. Enchem as caixas de comentários dos jornais e participam em manifestações. Se forem apanhados por uma câmara de televisão, já têm o discurso pronto e o sai-lhes um comício catastrofista de 30 segundos. Como se vê pelo exemplo do Bispo Emérito de Setúbal, são facilmente manipuláveis por ausência de autocrítica e reducionismo egóico. As crises de instabilidade emocional na terceira idade têm várias origens e tipologias, sendo bastante frequentes, acrescendo uma eventual incontinência verbal resultante da diminuição da inibições.
Que os velhos sejam velhos, nada de mais natural e neutro. Que haja partidos e comunicação social que explorem a velhice dos velhos, nada de mais repugnante e contrário ao sentido de vida do Bispo Vermelho.
O Fariseu e o Publicano:
Por estas e por outras é que deixei há umas dezenas de anos de frequentar a igreja (missas). Não concordava com o que se dizia na homilia. Hoje vou ouvir uma missa de sétimo dia pela alma de um parente ou um amigo e nada mais.
Gosto mais de ser um Publicano do que um Fariseu. Na minha terra nesse tempo a igreja e o padre que fazia as homilias virava-se mais para os Fariseus. Como me sentia desconfortável deixei de lá comparecer. É como ir a um médico e saber que a sua consulta e receitas não condiz com a minha doença.
A Igreja devia de estar mais próxima dos desprezados e dos que mais sofrem e não contestar tanto estes desafortunados. Jesus aquando do apedrejamento de Madalena disse: quem se julgar capaz que atire a primeira pedra. Quem numa família não está sujeito a conviver com um drama? Não quer atirar a primeira pedra! Depois da primeira não falta quem o imita.
A Bíblia diz que foi Deus que criou o Mundo. Estes seres não fazem parte do Mundo? Como se pode ignorar a sua felicidade. Depois a Igreja queixa-se de haver menos frequentadores.
A Igreja não tem conhecimento do que se passa ou passava nas ordens missionárias, não viu o filme “Manhã Submersa”. Concorda com o que aconteceu a esses infelizes. É com a paga monetária que se esquecem esses tristes episódios. Disto o senhor bispo Emérito de Setúbal nada diz.
Os defeitos dos outros nos nossos são virtudes.
Nunca percebi por que lhe chamam Bispo Vermelho. Na minha opinião, ser desbocado e por vezes inconveniente em relação ao poder não é condição suficiente para ser “vermelho”, nem, aliás, necessária. Pobre homem. Cavaquista uma vez, cavaquista para sempre, mesmo sendo emérito!
ECD
Aqui há uns anos, nos tempos do Cavaco, o homem foi um dos que mais se fez ouvir na denúncia do desemprego e da fome no distrito de Setúbal, o que é mesmo comportamento de “vermelho”.
Caros AMigos, tanto quanto sei «emérito» significa jubilado ou retirado, logo fora do serviço apostólico. Não é nem significa em si nada de especial. Quanto à história da fome isso nao tem nada que saber – bastava ver as sacristias cheias de gente a pedir pão e leite…
D. Manuel falou da fome em Setúbal só durante o último governo do Soares, nunca no tempo de Cavaco. Em 1985, é verdade, Portugal começou a sair da maior crise económica que afectou o país em tempos de democracia. Saída da crise que Cavaco oportunamente cavalgou, depois de em 1981, em plena segunda crise do petróleo, ter dado o fora. Esse bispo laranja, não vermelho, também foi sempre muito oportuno politicamente falando.
Quando te pronuncias assim sobre Manuel da Silva Martins vê se cresces e apareces meu merdas porque não vales nem o chão que ele pisa, percebeste Val, acho que estás a ir longe demais
Eça, larga o vinho.
“Sacristão” tem boa memória!
Sacristão
Obrigado pela correcção, mas olhe que não foi só no tempo do Soares.
Em meu entender a expressão ‘bispo vermelho’ nunca assentou bem em D. Manuel Martins. De facto ele não aderiu nem praticou a chamada ‘teologia da libertação’, criticada e condenada pelo então sr. Ratzinger. As palavras, como as pessoas, são elas e a sua circunstância. Ora a opinião (legítima) do bispo insere-se na campanha da ICAR contra a proposta do governo sobre os casamentos homossexuais. Na missa a que hoje assisti (e pressuponho que em todas, pelo menos na diocese pois foi invocada carta do cardeal patriarca) o sr. padre afirmou que a lei é contra a natureza e acrescentou que esta castiga os que a contrariam (ideia do crime-castigo). Mas o sr. bispo vai mais longe, como aliás sempre foi seu timbre meter foice em ceara alheia, e cito o que disse à RR: «tenho uma pena imensa que determinadas propostas se façam e se façam nesta altura. É uma provocação premeditada à consciência cristã de Portugal». Não é a «altura» que irrita o octogenário, porque antes diz «se façam». A sua expressão final: «tenham juizo» é de um auto-convencimento irritante. Como eu há-de haver muitos portugueses e cristãos que não vêem qualquer ‘provocação premeditada’. Não ficava mal ao sr. bispo, antes de dizer o que disse, ter lembrado o princípio, esse sim evangélico, “a César o que é de César, a Deus o que é de Deus”.
de emérito a demérito vai uma síncope. Ou será que é apocope?
PS: já não vou a tempo de dejar feliz Natal, deu-me uma elipse global, mas para o ano novo cá estou.
giro é combateres os preconceitos sexuais da igreja com os teus preconceitos de “conveniência” em relação a um homem de 83 anos, que também é bispo…
ninguém é perfeito.
(…) que explorem a velhice dos velhos que repugnante(…) concordo plenamente bravo Valupi.Basta-nos de vez em quando ter de assistir aos disparates geriátricos do dr Mário Soares…E felizmente que a sua corrente verborreia é censurada e não temos que tapar os ouvidos às craincinhas
Ó Rosinha dos limões:o que aqui se tem comentado são os dizeres (gravados) do Senhor ex-Bispo de Setúbal, D. Manuel Martins. Há os que concordam e os que discordam; estão no seu direito.Você é que não tem o direito de dizer «basta-nos de vez em quando ter de assistir aos disparates geriátricos do dr Mário Soares…». Diga-nos quais para, então, nos manifestarmos a favor ou contra. As ideias aceitam-se ou contestam-se…os ódios repudiam-se, sobretudo quando dirigidos a idosos que, como D.Manuel ou Soares, têm largos créditos de respeitabilidade.
Ainda tu eras um mero projecto de vida já Manuel Martins lutava pelos direitos dos mais fracos, compreendo que a tua simplex inteligência só absorva o que Sócrates diz, mas se um dia chegares a velho com lembra-te do que escreveste, mais vale entregar a alma ao diabo do que produzir estrume mental à velocidade com que te apressaste a julgar Manuel Martins meu bom amigo que me crismou e me ensinou a tolerância, algo que a tua pequena mente nunca poderá perceber porque está cheia de chavões idiotas, isto de um menino bem de Colégio Particular e da Universidade Católica.
Val larga o estrume em que te vens chanfurdando, estes esconsos socialistas que viviam na sargeta e que surgiram com Sócrates são o que de mais medíocre surgiu em Portugal
D. Manuel falou da fome em Setúbal só durante o último governo do Soares, nunca no tempo de Cav
MENTIRAAAAAAAAAAAAAAA
«…meu bom amigo que me crismou e me ensinou a tolerância». Ou o prof foi fracote ou o aluno obtuso porque a lição não foi aprendida.Mas ainda está a tempo de tentar.
Para o &:
Não é síncope nem apócope, mas aférese.
Quanto ao Bispo, ele é tão vermelho como a Ferreira Leite. brrrrr….
Não é a velhice que está em causa. É a caturrice! O D. Manuel Martins terá tido os seus méritos enquanto foi Bispo em Setúbal (não fez mais do que a sua obrigação…).
O problema dele é que quer ser fiel à ideia de uma Igreja bafienta, cheia de teias de aranha e que não aprendeu nada dos novos tempos.
Relativamente a um tal “Eça de Queirós”, só lhe queria dizer: “os cães ladram… mas a caravana passa…” Terá de ser agora crismado pelo Ratinzger, quando aqui chegar em Maio… pode ser que o abençoe com uma suástica… (que pelo que se consegue ler, lhe deve assentar como uma luva). Isto também é ser tolerante com a sua sacrossanta alma…
Se o autor deste post, bem como a maioria dos “comentadores” do mesmo, tivessem tido o privilégio de conhecer e contactar D. Manuel Martins como eu tive, provavelmente estariam calados e não diriam asneiras.
Gostaria de referir que o conceito de velhice em D. Manuel é meramente bio-fisiológico, porque na realidade todos nós envelhecemos e envelheceremos fisicamente (incluindo vocês…). O que distingue D. Manuel é a juventude do seu pensamento, a oportunidade da sua palavra, o exemplo da sua vida… e isso não está, efectivamente, ao alcance de todos (veja-se o exemplo dos que aqui escrevem).
Depois também vos gostava de dizer que se em vez de andar para aqui a escreverem (vomitarem…) o que escrevem, fossem contribuir efectivamente para o bem estar do nosso povo, talvez percebessem bem melhor o trabalho de uma vida de D. Manuel Martins.
Deixem a “passarelle” e a feira de vaidades em que a blogosfera infelizmente se tornou, deixem de dizer palermices… porque já ninguém vos liga.
Vão trabalhar… Como D. Manuel disse num recente artigo: tenham juízo…
Carlos, larga o vinho.
MARGARIDO TEIXEIRA
A tua mãezinha não te ensinou o que é boa educação??
Perante o post de Carlos a única resposta de Val é larga….
Será que o único neurónio que tens não dá para mais, fuga para a frente
Obrigado Val.
O seu comentário não podia ser mais ilustrativo!
obrigado Clara. Aférese portanto.
Só para dizer que D. Manuel Martins denunciou publicamente a fome e a miséria que grassava em Setúbal durante governos de Soares, impropriamente chamado o pai da democracia portuguesa (se calhar é por isso mesmo que ela é o aborto que é) tal como Estaline era chamado o pai dos povos.
Fê-lo durante o primeiro governo do bochechas e durante o governo de coligação com o PPD.
E creio que também o fez durante o governo de Cavaco (Soares era presidente e andava a passear pelo país e pelo estrangeiro).
O burguês Soares negou, e a ridícula esposa dele, saiu em ataque público ao bispo.
A mesma senhora que se veste no Augustus e se lamentou na TV por não haver um subsídio do Estado para compra de vestidos da «primeira-dama», talqualmente sucede em França.
E também a mesmíssima, que foi fotografada recentemente, a comprar Euromilhões num quiosque, ao qual se desloca conduzida por um motorista. Como se a fortuna que tem não lhe chegasse já. Deve ser para distribuir pelos pobres. Ou para dar antenas parabólicas para a Guiné-Bissau.
Um nojo esse Soares, só ultrapassado pela nojeira da família da consorte (desde o empapoilado Barroso que foi chefe da casa civil de Soares, ao desbocado médico sportinguista Barroso que teve o desplante de ridicularizar o Professor Fernando Pádua, aquando de um programa televisivo em que se celebrava o dia do coração. Conhecida que é a campanha do Dr. Fernando Pádua contra os malefícios do tabagismo, o idiótico médico, teve o dislate de desautorizar, contrariar e humilhar, o eminente cardiologista, dizendo que um charuto não fazia mal a ninguém e que se não se tivesse esses prazeres da vida (fumo, isto é, charutos e cigarros) era uma chatice, porque se acabava por «morrer cheio de saúde«.
Como se fosse possível alguém morrer cheio de saúde !!!
E o mesmo atrevido que também afirmou na TV em tom desafiante, ser cliente e beneficiário assíduo de viagens a congressos médicos, pagos pelos laboratórios !
Um bispo que acha que não se deve legislar em matérias que dividem os portugueses é, de facto, um exemplo de grande democrata e respeitador dos direitos dos cidadãos. Ser atacado por gente assim é bom sinal…para o atacado.
O Vox é um sectário cheio de ódio. Um dia explode e as paredes ficam a escorrer merda.
Os vómitos que são um tal Vox e um tal Eça de Queirós (coitado do Verdadeiro!!!) levam a que não consiga lê-los mais do que duas linhas. Só destilam veneno e a esses gajos não respondo mais uma linha nem vou perder mais tempo!São os verdadeiros escroques que proliferam neste espaço.
Sr. Seminarista:
Porventura, eu escrevi alguma mentira?
Então se não escrevi, não sou sectário. Este blog é um autêntico ninho de lacraus socialistas (na minha modesta opinião, e salvo o devido respeito a alguns socialistas que são pessoas de bem e, sobretudo, decentes, por exemplo, Guilherme de Oliveira Martins) salvo raras excepções, dizia eu, o partido, dito, socialista, é a maior escumalha que existe presentemente em Portugal.
Sendo o blog o escarro que é, e, primo et principaler, sectário até ao tutano, cabe-me desmascarar os pseudo-socialistas.
Fossem aqui abordados outros temas (que não louvações e genuflexões a Sócrates -não o filósofo, o outro-, Vara e quejandos) e eu não teria o menor problema em atacar outros escroques e garotecos de outros quadrantes e outras origens partidárias.
Sr. Margarido:
De homem com um nome desses (Margarido) que se pode esperar, não é?
Para que eu não o acusasse injustamente de ser um grosseirão e um atrevido, acabou por dar-me uma boa justificação para o efeito.