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«Apesar da complacência dos partidos políticos, com algumas exceções, e do aplauso do comentariado nacional (et pour cause...), MRS arrisca-se a ficar na nossa história política como um modelo do que não deve ser o mandato presidencial.»


Vital Moreira

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A violência do Hamas deve-se à violência de Israel contra os palestinos, pareceu dizer Guterres há um ano

Pessoas que envergam com fervor o “kaffieh” no Ocidente por estes dias, olhemos para o Médio Oriente. Paquistão, Afeganistão, Irão, Iraque, Síria. Fiquemo-nos por aqui (e para não irmos até África). Não vivem nestes países palestinos cuja opressão justifique a violência. E, no entanto, são países com regimes violentos. Matar e morrer estão à distância de uma escaramuça, de uma infracção mínima às regras, de uma ofensa religiosa, de um interesse russo. Sacar de uma faca, de uma arma ou de uma bomba é muito fácil. Abusar das mulheres mais fácil ainda. Frequentemente carros explodem, manifestantes são alvejados ou levados para prisões onde são mortos. A esmagadora maioria da população (dizem-me que muito afável) vive silenciada e submissa. Não há por lá palestinos “roubados” e “acantonados” e, no entanto, a morte às mãos de um ou de outro grupo, ou dos governantes, é sempre um fim plausível a cada instante. São todos seguidores do islão e, no entanto, matam-se.

O regime do Irão elegeu como bode expiatório os judeus para justificar a violência também naquele sítio e exercer a sua vingança pela hostilidade com que é naturalmente tratado pelo Ocidente. Serve-se dos palestinos, uma comunidade com razões de queixa antigas e muitas vezes justas em relação aos judeus e com ressentimentos crescentes. Uma comunidade paralisada e receptiva a mensagens de ódio. Arma o Hezbollah no Líbano, arma o Hamas em Gaza, arma os Houtis no Iémen, arma a Irmandade Muçulmana em geral, cerca Israel. Objectivo: expulsar os judeus, um povo livre e “ocidentalizado”, uma democracia, que, segundo eles, não terá o direito de viver ali, e atingir assim os ocidentais seus aliados. Libertar os palestinos é altruísmo a mais para ser credível.

No entanto, tiremos de lá os judeus (reduza-se Telaviv a escombros, não haverá outra hipótese) e a violência não acabará. Porquê? Em primeiro lugar, porque continuará ainda a sobrar “O Ocidente”. Em segundo, porque existem facções rivais que se odeiam (Fatah, Hamas, Estado Islâmico, sunitas, xiitas, etc.). Em terceiro, porque, não havendo judeus naqueles países mencionados, a repressão e a violência são uma constante, ou seja, os problemas que existem noutras paragens não são os judeus nem desaparecerão após o extermínio dos judeus. Pelo contrário.

Pior: fartos de miséria e violência (e não particularmente na Palestina), muitos muçulmanos fogem para a Europa em busca de paz e bem-estar. Mas não todos. À boleia de gente à partida pacífica, vêm os alucinados fundamentalistas que, por programação cerebral desde tenra idade, acreditam que matar “infiéis” e islamizar todo o Ocidente é uma missão terrena e tudo farão para isso (muitos deles pagos, neste mundo, neste mundo), incluindo pela captação da simpatia e solidariedade da tal população pacífica ainda dificilmente integrada na sociedade para onde emigrou. E pelo terror (a que já estão habituados), como explosões em recintos de espectáculos. E é nisto que estamos, na exportação da violência, com a agravante de a eles se juntarem cidadãos ocidentais que se solidarizam com os que nos querem dominar. Em nome da Palestina! Não estão a ser parvos, os islamistas. Nada mesmo.

Os palestinos, se o quiserem muito (o que não é certo, como aconteceu aquando dos acordos de Oslo), até podem vir a ter o seu Estado, depois de devidamente expulsos (e bem) os colonos judeus da Cisjordânia (também tinham saído de Gaza). A questão é “para quê”. O Hamas já teve Gaza e o que fez? Construiu, desviando o dinheiro da ajuda internacional, toda uma infraestrutura subterrânea com vista a armar-se e a assassinar os vizinhos, sem a mínima preocupação com as consequências, sem o mínimo respeito pela vida da população que os elegeu. Será para isso que a Cisjordânia quer ser um Estado Palestino? Para dispor do seu próprio exército de extermínio? É legítimo perguntar. Há que esclarecer. É razoável duvidar.

Por tudo isto, esta guerra não se resolve enquanto as armas não se calarem, sim, mas de ambos os lados. Ambos. Não só do lado de Israel. E, das duas uma: ou o Estado de Israel é reconhecido pelos muçulmanos e se definem as suas fronteiras de vez, ou não é reconhecido e não haverá outro remédio que não seja manter a guerra intermitente e as mortes que acarreta, ou então destruir Israel com uma bomba atómica, matando igualmente palestinos, libaneses, sírios e jordanos. Estranhamente, não ouço os manifestantes de Londres, Paris, Berlim ou Nova Iorque de kaffieh a reclamarem o desarmamento de todos os beligerantes. Apenas o de Israel. O que me leva a concluir que, também eles, querem a destruição do Estado de Israel e a sua substituição por um Estado islâmico. Muito melhor, sem dúvida. Super tolerante e pacifista. Sem perceberem que, perante tanto humanismo e (visto pelos árabes) fraqueza, a seguir serão eles. Comidos de cebolada, caril e muita hortelã. Se forem homossexuais, com direito a suspensão em guindaste.

Pela minha parte, toda a minha solidariedade vai para os inúmeros iranianos, libaneses, sírios e outros, que festejam a cada golpe que é desferido nos respectivos regimes e seus braços armados, por Israel ou por seja quem for mais civilizado. Estou com eles.

Mas quem consegue ainda ouvir a Mariana Mortágua?

Começo por dizer que não sei se é de boa política baixar os impostos para as grandes empresas, independentemente do que investem, no que investem, de quem contratam ou dos salários dos seus funcionários.  Possivelmente para o país que temos não é.  Digo também que as grandes empresas devem, como todas, estar sempre debaixo de olho, não vão cometer abusos de posição dominante. Mas aumentar-lhes os impostos a doer, por castigo, devido ao seu peso económico, como gostaria uma certa esquerda que vive no Ocidente, como comunistas, bloquistas, LFI (ver as suas propostas em França) e quejandos, não é de todo um bom princípio e só revela saudosismo de economias estatais de má memória, desejo de caça aos ricos e amor por regimes autocráticos.

“As grandes empresas” são, para a Mariana, o exemplo máximo do que não deve existir. Mariana, se pudesse, acabava com as grandes empresas. Mariana tem raiva das grandes empresas. Mariana nunca terá uma grande empresa (nem pequena) nem privará com ninguém que tenha. Para Mariana, todos devíamos ser funcionários do Estado, o único gestor admissível. Para Mariana, os Estados Unidos deviam ter vergonha da Google, da Amazon, da Microsoft, da Oracle, da Walmart, causas de todos os males do mundo, e acabar com elas. A Gazprom talvez fosse uma empresa aceitável para a Mariana, mas nunca a BP, a Airbus, a Engie, a EDF ou a Renault. A Alibaba, a JingDong ou a Tencent podem estar prósperas e felizes na vida, para a Mariana, mas nunca a Sonae, a Mota-Engil ou o Grupo Melo, como se sabe empresas enormes e imortantíssimas quando comparadas com as anteriores.

Ao invés de querer que os portugueses tenham iniciativa empresarial e vontade e sabedoria para ganharem dimensão e dinheiro com isso, dentro da legalidade, claro, a Mariana quer que ninguém faça nada e que não tenha ambição nenhuma de grandeza, porque isso é “pecado” no código comunista e bloquista. Da próxima vez que ouvirem a Mariana referir as “grandes empresas” reparem no tom persecutório com que o faz. E fala-vos quem a ouve de passagem e não mais de dois minutos de tempos a tempos (hoje calhou). Como é que alguém consegue mais do que isso é a pergunta que aqui deixo.

Il a raison

Notre culture est judéo-chrétienne. Le creuset français se fait à Jérusalem, il se fait à Athènes, il se fait à Rome. C’est une civilisation unique, qui est aussi européenne et le pire pour moi, c’est de voir cette mauvaise conscience européenne alors que l’Europe est le symbole de la liberté. Comment voulez-vous intégrer des jeunes qui doutent, en leur disant que la France n’est pas aimable, qu’elle est coupable de tous les crimes ?

 

Bruno Retailleau, ministro da Administração Interna de França

 

Tudo indica que a discussão sobre os valores europeus versus outros valores entra finalmente na ordem do dia catapultada (em força nas redes sociais) pelo problema da imigração, sobretudo muçulmana, um problema bem detectado e aproveitado pelas forças nazis e de extrema-direita, até há pouco adormecidas e, convém lembrar, pelos russos do regime de Putin, apostados em apoiá-las, sempre na mira da desestabilização dos seus rivais “ocidentais” e da NATO.

Com o Próximo Oriente em ebulição, com os vários atentados à faca na Alemanha e com as manifestações da “rua euro-árabe” um pouco por todo o lado na Europa a pretexto do que se passa no Médio Oriente, chegou finalmente a altura de a Europa deixar de se consumir pela culpa do colonialismo – até porque russos e chineses “colonializam” e “imperializam” à vontade hoje em dia, embora por outros processos – e deixar de se envergonhar da sua história, da sua filosofia, das suas descobertas, da sua literatura, da sua liberdade, da sua laicidade, enfim, dos seus valores. Valores esses, diga-se, altamente apreciados por muitos dos que, vivendo sob os regimes opressores do Médio Oriente e não só, gostariam de se libertar deles, e dos quais tiram proveito os que decidem emigrar para o Ocidente.

Por isso, tem razão, sim, o ministro francês, se não em tudo o que diz sobre o Estado de direito nesta entrevista, sobretudo neste particular da integração dos imigrantes provenientes de partes do mundo onde imperam regras e valores bem diferentes dos nossos. Como querer que os filhos dessas pessoas se integrem nas nossas sociedades se uma parte estridente de nós, normalmente a extrema-esquerda, grita os mais irados vitupérios contra a nossa história, o nosso sistema económico, a nossa política e tudo o que é ocidental em geral? Assim é complicado.

Idiotas úteis ao serviço das autocracias (também simplesmente “agentes”) é mesmo o termo mais adequado para os designar.

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O Guerra continua

A direita decadente cuspiu-se de excitação com a escolha de Amadeu Guerra para suceder a Lucília Gago. Porquê? Porque Sócrates — portanto, PS. Amadeu reuniu amiúde com Joana Marques Vidal e Rosário Teixeira para o planeamento de todas as grandes opções estratégicas e tácticas da Operação Marquês. Uma operação que começou bem antes de começar oficialmente (não confundir com tornar-se pública, algo que só ocorreu em Julho de 2014, ainda sem se lhe dar nome, quando alguém no Ministério Público cometeu crimes para usar a investigação em curso como factor de influência nas eleições para secretário-geral do PS, entre Seguro e Costa).

Este Amadeu, portanto, é um dos principais responsáveis pela montanha de violações à lei e à decência em que a Operação Marquês se transformou a partir do Verão de 2014, provocando na sociedade portuguesa inaudito choque e violência política ao se montar com jornalistas a detenção de Socrates no aeroporto de Lisboa quando regressava a Portugal precisamente para se colocar ao dispor das autoridades. Nessa mesma noite, e no dia seguinte, a primeira versão da acusação que os procuradores andaram anos a alterar foi publicada com todas as letras. O objectivo de Vidal, Guerra e Teixeira era o de destituir Sócrates de qualquer presunção de inocência no espaço público. Desse modo, as violências que se seguiriam — ficar preso para ser investigado, devassado e linchado — não só não gerariam qualquer contestação como contariam com o apoio delirante e sanguinário da indústria da calúnia e do editorialismo.

Aqui temos um dos mais notáveis e profícuos caçadores de socráticos a dar conta do seu entusiasmo com o regresso aos tempos da outra senhora: Parecido com Joana Marques Vidal

Que tal resolver isto?

«Mas há uma dinâmica particularmente perversa nesta lógica. É que, exemplifica Sara Correia, “se Espanha tiver níveis de precipitação muito altos, vai libertar muito mais água. Se estiverem numa situação de seca, libertam o mínimo possível”. Os países podem, portanto, jogar com as metas dos caudais para libertar menos água em períodos de seca e libertar mais quando têm mais água, mesmo que isso prejudique os ecossistemas ou níveis de águas de barragens do país vizinho. E esse jogo tem impactos na agricultura.»


Exploração partilhada: como a competição luso-espanhola fomentou a seca

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