Da contracapa da obra:

Neste livro, o meu principal objectivo foi registar técnicas e exercícios
básicos para que um aprendiz de escritor, se for talentoso e tiver força de vontade, os possa experimentar, sozinho ou no contexto de uma oficina de Escrita Criativa. Para além disso, desejei apresentar material pedagógico útil a quem pretender leccionar com seriedade um curso, nesta área.

Em termos estruturais, sigo uma linha lógica: debato o conceito de EC; estabeleço os principais momentos da história desta disciplina desde 1880 à actualidade; menciono as qualidades necessárias a um escritor; sugiro algumas técnicas para desbloquear a inspiração; analiso a arquitectura do enredo; apresento conselhos para construir personagens realistas; dou dicas para escrever diálogos naturais; exploro formas de criar uma atmosfera num texto; especulo sobre o futuro da EC; etc.

(…) Resta dizer que a criação literária constitui uma área antiga e inesgotável. É previsível, pois, que a viagem por esse universo magnífico coincida com uma vida inteira de aprendizagem. Afinal, no dizer de Ernest Hemingway, a escrita é uma área onde todos somos aprendizes e ninguém pode afirmar que é mestre.

Da badana da obra:

João de Mancelos (nome profissional de Joaquim João Cunha Braamcamp de Mancelos) nasceu em Coimbra, em 1968. É doutorado em Literatura Norte-Americana, professor na Universidade Católica Portuguesa, em Viseu, onde orientou diversas teses, algumas sobre Escrita Criativa, e pós-doutorando na Universidade de Aveiro.

Leccionou também vários cursos de EC nas universidades de Aveiro e Varsóvia. Publicou, entre outras obras de poesia e conto, O Labor das Marés (1995), Línguas de Fogo (2001), As Fadas Não Usam Batom (2004), e O que Sentes quando a Chuva Cai? (2006). Tem ainda um livro científico, O Marulhar de Versos Antigos: A Intertextualidade em Eugénio de Andrade (2009), editado pela Colibri.