Arquivo da Categoria: Valupi

Revolution through evolution

Pets could boost wellbeing as much as a wife or husband, study suggests
.
Fighting for Others: How Guilt and Obligation Drives the Desire for More Intensive Treatments in End-of-Life Cancer Care
.
High muscle strength linked to lower risk of type 2 diabetes
.
Getting older doesn’t have to mean getting stiffer. 5 ways to keep mobile as you age
.
Short Activity Breaks and HIIT Combo Boosts Heart Health in Sedentary Adults
.
Home care cooperatives may be key to addressing the critical shortage of caregivers for the elderly
.
‘Ugh, not that song!’ Background music impacts employees
.
Continuar a lerRevolution through evolution

Dominguice

Aurélio Pereira foi quem descobriu, e alimentou, o talento de Futre, Figo, Quaresma, Nani e Ronaldo. Entre muitos outros. A Selecção campeã europeia em 2016 tinha 10 jogadores que vieram da sua capacidade para identificar futuros craques. O meu pai era amigo dele. Algures nos anos 80, disse-me para ir a uma sessão de treino no pelado de Alvalade, onde o Aurélio estaria a escolher jogadores que ficassem na formação do Sporting. Ele via-me a jogar na rua, no jardim da praceta. E, pai sendo pai, sonhou em ter um filho vedeta da bola. Lá fui, sem saber ao que ia. Tudo se resumiu a uma jogatana, mas já esqueci como foram as posições atribuídas. Perto do final do jogo, alguém remata contra o guarda-redes adversário, ele não segura e a bola ressalta para o lado onde eu estava, ficando mesmo à minha frente. E mesmo à minha frente estava também a baliza toda aberta, numa feliz e mui conveniente coincidência. Marquei golo. Ao voltar a casa, contei o feito ao meu pai. Tinha sido o meu primeiro golo ao serviço do Sporting, havia homéricas razões para estarmos ambos muito orgulhosos.

Dias depois, quando o meu pai falou com ele, veio a revelação: não tinha sido escolhido para ficar no clube. E a razão era evidente para toda a gente, até para mim, mas não para um pai. É que sempre tinha sido um tosco a jogar à bola. Assim, posso dizer que também eu fui descoberto pelo Aurélio Pereira. Ou melhor, exposto.

Se eu fundasse um partido

Teria só estes princípios no seu Sanctum Sanctorum:

1º Não caluniarás.

2º Não desumanizarás.

3º Aceita as ideias dos adversários políticos se forem melhores do que as tuas.

A partir daqui, se esta cultura partidária fosse apelativa para alguém, e se os responsáveis cumprissem este ideal com galhardia, criar um programa político relevante e original parece canja.

Exactissimamente

«A misoginia e o machismo tóxico não nasceram agora, no século XXI e nas redes sociais; estão cheios deles a literatura, as coletâneas de jurisprudência, os códigos penais e civis. Estão cheios deles as famílias nas quais ainda se espera que sejam as meninas a “ajudar” a mãe — que é, ainda, na maioria das casas e casais heterossexuais, e por mais que trabalhe fora, quem se ocupa das chamadas “tarefas domésticas”. Estão cheios deles a música pop e o rap (ui, esse então) e o humor dos humoristas. Estão cheios deles as prédicas religiosas e os programas dos partidos e governos que escolhem a disciplina de Cidadania e a igualdade de género como alvos preferenciais (para depois se afligirem muito com a violência doméstica e as mulheres mortas, claro).»


Adolescência, Loures e “coisas de rapazes”

Montenegro, escuta

A propósito de promessas eleitorais
__

NOTA

Montenegro — e o PSD, e a direita decadente em geral — continua a querer explorar o filão do chumbo do PEV IV e da Operação Marquês. Para esta escumalha, os valores que fundamentam o Estado de direito só são fundamentais se os protegerem a eles. Tratando-se de adversários políticos, a lógica consiste em tratá-los como inimigos. Daí a cultura da calúnia, os apelos à violência política, a desumanização rapace a que se dedicam pulsional e inveteradamente.

Montenegro não pode caluniar Pedro Nuno Santos, sequer difamá-lo, mas não resistiu a usar Sócrates para o atacar através de uma aldrabice de feira para uso em infantários.

Montenegro é isto. Só isto.

Revolution through evolution

Gendered expectations extend to science communication
.
Understanding How Laughing Gas Can Fight Depression
.
Waist Circumference Better Than BMI for Predicting Obesity-Related Cancer in Men
.
Can You Trust This Article? Distinguishing Information from Misinformation
.
‘Quiet Eye’: Notre Dame Psychologist Identifies Links Between a Steady Gaze and Elite Performance
.
New Study of ROTC Cadets Provides Unique Leadership Insights
.
Study: People Who Identify as Alt-Right Find Security in the Status Quo
.
Continuar a lerRevolution through evolution

Dominguice

Imaginemos que existem dois tipos de escola. Numa, o seu dinheiro vem dos impostos. Na outra, o seu dinheiro vem dos proprietários e do mercado. Só uma delas, portanto, tem um modelo de negócio. Nesse contexto, precisa de preencher o máximo de vagas que conseguir, tanto para ser sustentável como para dar lucro. A forma mais rápida, mais fácil e mais barata para isso acontecer é a promessa, a publicidade calada, de dar boas notas. Encarregados de educação e alunos procuram isso mesmo, boas notas. Assim, o acesso a essas boas notas passa a ser uma questão financeira, principalmente. E com isso — o nível económico e recursos familiares e sociais dos que podem pagar — vem uma objectiva vantagem que antecede a entrada na escola. E que depois continua a gerar vantagens por comparação com alunos doutro nível económico e sem esses recursos familiares e sociais dos que podem comprar boas notas. A desigualdade aumenta e legitima-se, passa no exame e ascende às posições superiores no mercado de trabalho e na fruição do estatuto privilegiado. Enquanto isso, na escola paga pelos impostos, podem ocorrer milagres. Como o de levar um aluno a não desistir de acabar a escolaridade obrigatória, ou outro a ganhar confiança para entrar na universidade mesmo que com uma média modesta ou apenas suficiente. Ou o milagre de transformar um aluno mau num aluno sofrível. O milagre de ajudar o adolescente perdido a tomar consciência de que poderá vir a ser o adulto autónomo.

Para esses milagres não há “rankings”. E ainda bem, esse anglicismo horroroso deve continuar lá longe, nas escolas das “boas notas”. Sem contaminar as escolas dos milagres secretos.

Saberá?

Pedro Nuno Santos tem tudo para exercer melhor a função de primeiro-ministro do que Montenegro. Porque é um idealista pragmático, enquanto o outro não passa de um cínico inveterado. E porque não tem um passado de desrespeito e degradação deontológica, bem pelo contrário, enquanto o outro misturou sem pestanejar a política com os negócios, os negócios com a política.

Só que o Sr. Santos tem sido uma desilusão como secretário-geral do PS. Andou anos armado em vedeta rebelde para desgastar Costa, cheio de testosterona na pose, para depois, enquanto líder da oposição, surgir encostado às tábuas e a marrar contra socialistas. A forma como lidou com a problemática da imigração foi chocante pela inépcia política e pela impulsividade agressiva na resposta às críticas.

Dito isto, tem uma clara oportunidade para vencer estas eleições. Só que não parece saber como.

Maquinetas cheias de paleio

A Google tem um brinquedo novo desde Setembro do ano passado: “podcasts” criados por IA a partir de textos à escolha do freguês. A maquineta que os faz é o NotebookLM.

Testei a coisa a partir dos textos “Cofinados”: I, II, III, IV, V. E deu isto:

Primeira impressão perturbadora: quem não saiba, jamais desconfiará que está a ouvir vozes artificiais que vocalizam um texto criado artificialmente. A simulação humana é perfeita. Segunda impressão inspiradora: a máquina escolhe, por sua ignota recriação, quais as partes dos textos originais que pretende usar, e depois cria uma narrativa com essas partes a que junta outras que lhe dá na computação acrescentar. A juliana assim servida é inspiradora nisso de o resultado poder dar pistas ao próprio autor para relevar ou explorar aspectos do que escreveu a que não daria atenção sem esta experiência.

Sendo um brinquedo, dá para o moldar de inúmeras maneiras. Nesta nova versão dos mesmo textos, pedi para as citações que incluí serem lidas e comentadas. O resultado é inventivo, mesmo que não especialmente inteligente, e nada de nada culto. Também apresenta uma falha de estruturação no final que tem só o interesse de ser algo que está destinado a desaparecer rapidamente nestes seres em evolução diária:

Neste último exercício, testei a moralidade do algoritmo com um tour de force: Língua na coroa. O objectivo era o de descobrir a sua capacidade para traduzir o vernáculo e o calão. O que saiu foi o triunfo do politicamente correcto, a um ponto tal em que o texto original foi substituído por alternativas bacocas e ridículas. A forma como se vocalizou a língua portuguesa igualmente nos transporta para registos de confrangedora inépcia. Ou seja, é tudo um disparate pegado, e por aí divertido:

Não devemos temer a IA. Devemos é pô-la ao nosso serviço, assim lhe mostrando quem é verdadeiramente inteligente.

Revolution through evolution

Ability to Regulate Behavior Assists in Language Development Among Children, New Study Shows
.
Kindness will make you happier than a higher salary, report shows
.
Why reading is a form of therapy
.
Exercise of Any Kind Boosts Brainpower at Any Age
.
Healthy eating in midlife linked to overall healthy aging
.
‘Exercise snacks’ — even a few minutes a day — can boost your health
.
First therapy chatbot trial shows AI can provide ‘gold-standard’ care
.
Continuar a lerRevolution through evolution

Dominguice

Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares, afirmou que o problema de saúde que levou Montenegro de urgência para o Santa Maria não passou de um “percalço”, tamanho “pequeno”, que ficou no “passado”. Acrescentou um diagnóstico holístico da sua lavra: “Acho que temos um primeiro-ministro com uma saúde rija“. A escolha do adjectivo, vinda do uso popular, não causa dificuldades de interpretação. O que é rijo tem mais saúde, é melhor, do que aquilo que está mole, garante o folclore. Mas há aqui uma ironia involuntária. É que tratando-se de patologias cardíacas, e ainda mais nas vasculares, e até nas neurológicas, a rigidez não tem essa boa fama que o Pedro ministro e facultativo achou por bem propagar. Vai, exactamente, ao contrário da metáfora o efeito resultante da falta de elasticidade, maleabilidade, plasticidade.

Mais auspiciosa teria sido uma declaração a respeito da sua saúde estar aí para o que der e vier. E até poderia rematar: “Tal como a sua lata. Ele é muito flexível quanto aos princípios éticos, um autêntico ginasta olímpico!”