«a cidadania não é apenas um direito, mas também uma obrigação, um compromisso e uma responsabilidade»
É uma das mais belas ideias concebidas pela humanidade e, portanto, uma das ideias mais difíceis de compreender e ensinar.
«a cidadania não é apenas um direito, mas também uma obrigação, um compromisso e uma responsabilidade»
É uma das mais belas ideias concebidas pela humanidade e, portanto, uma das ideias mais difíceis de compreender e ensinar.
mais lixo embrulhado em papel de seda
Isto, dito por este Vital, é o exemplo acabado de falar de nada acreditando que se está a falar de alguma coisa.
O que é isso de cidadania, compromisso, direito, obrigação?
Para uns é uma coisa, para outros é outra.
Basta pedir-lhes para explicarem e escreverem num papel o que é isso que essas palavras querem dizer, para se trocarem os pés pelas mãos, e pronunciarem senão baboseiras vulgares.
Não têm juízo, insistem sempre no mesmo erro.
Conhece-os pessoalmente. Sei onde estão sempre, aí em Coimbra. Sei como explicam essas palavras que dizem e escrevem. Também frequento esse lugar.
Nunca estiveram nas trincheiras da vida, sempre nos mesmos cafés, metidos nas mesmas borras, com as mesmas beatas na boca.
De que valem as palavras para a Humanidade? Senão serem pronúncias para deitar no lixo ou ao vento da ilusão?
” Isto, dito por este Vital, é o exemplo acabado de falar de nada acreditando que se está a falar de alguma coisa. ”
isto foi escrito pelo mesmo gajo, que asilou no blogue do vital e lhe lambia o cu com elogios, quando foi corrido do aspirina.
Claro que Vital Moreira tem inteira razão quando afirma que “A cidadania não é apenas um direito, mas também uma obrigação.”
Já Aristóteles (“A Política”) definia o que é ser cidadão e quem poderia usufruir desse status. Ser cidadão, explicava, significava ser titular de um poder público e participar das decisões colectivas da “polis” (cidade).
Apesar de altamente exclusiva – o status de cidadão limitava-se a um pequeno grupo de homens livres, excluindo-se assim as mulheres, os escravos e os estrangeiros – a cidadania clássica, segundo Aristóteles, legou-nos uma dimensão política que atravessa todos os aspectos de vida na “polis”. Cidadão “[…] é o homem que partilha os privilégios da cidade” (ibidem, p. 88), ou seja, é um indivíduo que participa activamente das decisões e da vida política da “polis”. Essa era a concepção de uma cidadania activa, embora seu exercício estivesse vinculado à condição de ser um homem livre.
Na passagem da Idade Média para a Era Moderna, a ideia de cidadania adquiriu fundamentos filosóficos, especialmente as elaboradas pelas teorias contratualistas desenvolvidas nomeadamente por Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau. Foi a partir de tais teóricos que a ideia de um “contrato social” firmado pelos cidadãos com o Estado e a noção de direitos dos homens adquiriram relevância explicativa na formação do Estado-Nação.
Após a Revolução Francesa, a promulgação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) trouxe uma dupla perspectiva, a de que os direitos são atribuídos aos cidadãos que vivem no seio de um Estado, e é esse Estado que deve garantir a fruição daqueles direitos.
Nesse sentido, a cidadania tem o seu território definido nas dimensões do Estado e, assim, o cidadão é o indivíduo que tem um vínculo jurídico com o Estado, sendo portador de direitos e deveres fixados por determinada estrutura legal (Constituição e leis).
Sob essa perspectiva, o exercício da cidadania está, contudo, vinculado fundamentalmente a um Estado democrático, como a condição que garante aos indivíduos, membros plenos de uma comunidade, iguais direitos e deveres, liberdades e restrições. O exercício da cidadania está, portanto, indissociavelmente vinculado ao desenvolvimento de uma sociedade democrática.
Nas sociedades totalitárias que não deixam espaço para a autonomia das liberdades civis e políticas e em que os cidadãos não têm direitos ou têm pouca participação na tomada de decisões, o direito de cidadania está deveras limitado ou restringido.
5% possuem a riqueza produzida por 95% nas sociedades democráticas ou totalitárias
Tanto no tempo de Aristóteles, na Idade Média, na Idade Moderna, na Idade Contemporânea como em 2025. Tanto nas sociedades democráticas como nas totalitárias, nas autocráticas, nas fascistas, nas socialistas, nas sociais-democratas, nas liberais, etc., etc.
Onde está esse ‘cidadão livre’, tanto no passado como no presente, perante esta desigualdade que permanece incólume às épocas, ideologias, regimes e palavras?
Cidadania, direitos, obrigações, deveres, contratos, promessas, ideologias, liberdades … uma perfeita conversa da treta.
«5% possuem a riqueza produzida por 95% nas sociedades democráticas ou totalitárias»
Agora, o “impronunciável” deu em bater nesta tecla repetidamente como se fora, tal qual, o verdadeiro político dos opostos extremos, direita versus esquerda; este é o palavreado quer da extrema direita como da extrema direita na caça ao voto ou à ‘revolução popular’ com que pretendem enganar o pagode.
Mas, como em tudo há pontos de vista diferente, quando não opostas, para olhar como nascem tais riquezas que conduzem a essa estatística que denuncias olhando para a acumulação de riqueza na democracia e nos estados totalitários; nestes só pode ser rico quem o tirano quer e paga o seu “contributo” como nos gangs mafiosos (Salazar passava licença a quem queria ser industrial sob estrita condição de defender o regime), Putin, XI Ping faz o mesmo em grande escala, para pior. Na democracia há muitos milionários self-made-man por inteligente inovação tecnológica, pese embora, os artifícios, cunhas, tráfico de influências que possa coexistir no processo, especialmente na atualidade. São, portanto, dois tipos de enriquecimento diferenciados correspondentes às ideologias totalitárias ou liberais dos regimes.
Logo, dá-se que se em democracia há 5% contra 95 % nos totalitarismos haverá 1% contra 99%.
Por outro lado o martelar repetidamente tal slogan significa uma obceção pela desigualdade económica tomando-a, mais uma, como sendo o tudo na vida sem mais, isto é, que é ‘tudo o mesmo’ ou farinha do mesmo saco como dizia o Jerónimo. Contudo sabe-se da experiência que o poder económico não é para muita gente o ‘tudo’ na vida: Salazar era o “Snr. Esteves” porque vivendo escondido e amedrontado só se sabia que tinha ido a qualquer lugar depois de lá ter estado. O mesmo se passa com os tiranos de sempre e de hoje que vivem enclausurados em grandiosos palácios dourados acagaçados que uma bala ou um golpe palaciano os derrube e liquide; vivem quase paralisados vendo fantasmas perigosos em todas as sombras; eles próprios não passam de sombras que assombram os outros; que precisam de gigantescas guardas pretorianas que por sua vez precisam também de outras guardas que as guardem. Casam com o poder (nação) e é esse o seu dia a dia que se torna um vício perigoso, normalmente, com um final trágico-macabro.
Porque a vida é muito mais do que o poder sobre os outros; é também a liberdade de deslocar-se, viajar, visitar e conviver com familiares e amigos, é ter liberdade de opinião e publicar em livro ou numa caixa de comentários, ir ao campo ou à praia sem precisar 20 gnr para o vigiarem e meter medo ao vizinho, é a liberdade de viver em sintonia com a sua natureza de animal livre.
Perguntei, um dia a um homem de uma aldeia que vivia das pedras que colhia numa pedreira e da caça e, com isso, se sentia livre de qualquer amarra ou sujeição, se aceitava ou não uma herdade no Alentejo que lhe oferecessem e ele respondeu-me que nem pensar; tinha de ter homens por conta, trabalhar sem descanso para pagar ao pessoal, tratar de papelada, fazer contas com o Estado e fornecedores, enfim teria uma vida desgraçada.
Perguntei-lhe, então, que quando fosse velho ou adoecesse não tinha ninguém que olhasse por ele? Respondeu-me que, nesse caso, pensava jamais ir ao médico ou tomar medicamentos e morreria quando tivesse de morrer; foi isso mesmo que cumpriu com a ajuda de uma velha companheira dele em novo que acabou por o socorrer e fez-lhe o funeral.
Os “sem abrigo” que o Marcelo queria acabar, sabe-se agora, aumentaram e não aceitaram a mentira “piedosa” do marcelismo e outros misecordiosos; preferem a sua condição de liberdade pessoal a qualquer sujeição ou jugo.
O que mais conta na vida do homem é a sua liberdade de movimentar-se para inventar o que considera ser o melhor para viver, de modo próprio, a sua vida.
com a propriedade física-química SAP3i do Impronuncialismo
Com essa «propriedade física-química SAP3i» (que já existe no Universo, mas que ainda não foi obtida pelo ser-humano por incapacidade da engenharia, matemática e física, e pela atrofia mental dos que ideologicamente querem viver neste regime que os faz serem apenas o que são) acabavam as desigualdades.
E acabava, também, esta teimosa «pastoral fascista, genocida e belicista» dos que querem impôr aos Outros as suas verdades, certezas, morais, regimes, e demais religiões, crenças e ideologias.
Acabavam-se as Cruzadas e a Inquisição.
É por isso que atacam o Impronuncialismo com tanta veemência e afinco. Dói-lhes.
Dói-lhes lá bem dentro, do seu comodismo existencial. O Impronuncialismo perturba-lhes a mansidão da água parada onde nadam às voltas, toda uma vida, como num labirinto ou aquário.
É por isso.