Arquivo da Categoria: Valupi

Dominguice

Existe uma conexão entre o fanatismo e a imbecilidade? Sim, necessariamente. E entre a imbecilidade e a arrogância? Sim, fatalmente. E entre a arrogância e a violência? Sim, infelizmente.

Na virtude é que está o meio.

Declaração de voto

Em Lisboa aparecem 18 opções no boletim. A nenhuma reconheço a defesa dos meus interesses. Mas daqui não resulta que sejam todas iguais, óbvio.

Gostava de não ter de votar PS, pelas razões que me levaram a não votar em eleições passadas (excepção para 2011). Por exemplo, em 2024 votei Livre, tal como tinha feito em 2022 e antes. Não posso nestas repetir o voto porque o Rui Tavares resolveu mostrar que o Estado de direito democrático não é exactamente uma paixão sua, sequer uma matéria que lhe mereça respeito: No país do Rui Tavares

Pelo que agora vou ter de votar PS, por exclusão de partes. É ingrato dar o voto a um partido com tantas altíssimas responsabilidades não assumidas pelos seus líderes, nem por nenhum quadro com peso mediático. Refiro-me ao silêncio sobre o que se passa no Ministério Público e na Justiça penal, onde ocorrem crimes sistemáticos e há agenda política, e na Justiça civil, onde os longos prazos de resolução causam devastação económica ao País e devastação pessoal aos envolvidos.

Assim, inventei um truque. Convenci-me de que não vou votar PS, antes o meu voto vai inteirinho para a Isabel Moreira. Ela, sim, defende os meus interesses de cada vez que fala. De cada vez que pensa.

Em cartaz

Este é o cartaz mais cognitivamente estimulante da campanha, porque o mais difícil de interpretar. O protagonista está a rir, vai sem discussão, posto que exibe a cremalheira toda. Mas a mensagem leva-nos para o choro e o sofrimento de milhões. Se Portugal precisa de salvação, e a salvação virá do fulano no cartaz salvífico, então é porque o desespero no País atingiu uma dimensão infernal. Estamos fatalmente perdidos, certamente por causa dos 50 anos de democracia, como outros cartazes do mesmo fulano explicam ao povo. Portanto, vai ser preciso recorrer ao Ventura para nos salvarmos, quem mais?

Eis o berbicacho na cachimónia do votante no Chega. Ele concorda com a perdição, está pronto para enterrar o 25 de Abril, mas hesita na adesão ao riso. Fica baralhado. Do que se ri o salvador? Do mal causado pelos corruptos, ciganos e indostânicos? Das mães e filhas portuguesas violadas por monhés e dos portugueses na miséria por causa dos subsídios à ciganagem? Da pretalhada com catanas? Ou será que a coisa não está tão mal assim, e o riso é apenas um sinal secreto para mostrar aos portugueses de bem que eles estão prestes a ser chamados para chefes disto e daquilo a mando do herói no cartaz?

Dilema fodido.

Os portugueses querem dar mais 4 anos a este alicantineiro?

“[A entrevista] vai no sentido da vitimização, e isso é não responder a nada, não esclarecer nada. O senhor secretário de Estado não tem de se queixar de ser notícia, tem de se queixar do que fez ou não explicou. No PSD não nos vamos eximir de cumprir o nosso papel de oposição para que tudo isto seja compreendido e esclarecido do ponto de vista político; independentemente do que judicialmente possa acontecer.”


Montenegro, 2022

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Dominguice

Também faz parte do mistério da fé, mas não só dela, o fenómeno de se aceitar pertencer a uma congregação religiosa cujos ensinamentos, quando no seu grau máximo de exigência, não só não impedem práticas criminosas mas, fica a legítima suspeita, até as alimentam. Crimes especialmente violentos, pois a maior parte das suas vítimas são crianças e jovens. Os quais ficarão com sequelas gravemente perturbadoras e limitadoras pela vida fora.

A acreditar na realidade histórica dos quatro Evangelhos, Jesus não aceitaria ser papa da Igreja Católica. Sequer humilde fiel.

Em cartaz

Este talvez seja um dos piores cartazes de campanha na história do PS. Porque nada se salva. Partir “Habitação” posicional e cromaticamente, gerando um abstruso “habita ação”, é criar ruído cognitivo sem qualquer benefício para a mensagem. O lema de campanha é estafado e inane. E a ideia de pôr o líder a mostrar os dentes, no que parece uma tentativa falhada de fazer meio sorriso, é um erro primário há décadas do conhecimento dos especialistas em comunicação: mostrar os dentes, e ainda mais num homem, transmite sempre agressividade e retira gravitas.

Tem isto alguma importância para o resultado eleitoral? Sim, pá. Pois exibe amadorismo, ignorância e desleixo.

Impossível discordar

«O presidente do Chega, André Ventura, considerou hoje que o seu partido é aquele que mais bem representa as ideias do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e alertou o PSD que as pessoas preferem o original à cópia.

"Eu acho que quando chegar ao dia 18, no seu momento de ir votar, o doutor Pedro Passos Coelho irá dizer 'em quem é que eu vou votar e que melhor representa aquilo que eu digo'? O Chega e o dr. André Ventura", afirmou.»


Fonte

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Dominguice

A Relação de Lisboa anulou uma decisão do Tribunal de Sintra, o qual tinha absolvido o agente da PSP acusado de ter agredido Cláudia Simões. Consequência: agora a Justiça portuguesa dá como provado que a senhora foi mesmo agredida pelo agente Canha, ficando este condenado a cinco anos de prisão com pena suspensa e o Estado ao pagamento de uma indemnização de 22.750 euros. Em Sintra, a juíza Catarina Pires tinha dito que “ninguém fez mal a Cláudia Simões”, considerando as suas lesões corporais auto-infligidas. Esta senhora será a juíza no julgamento do agente da PSP que matou Odair Moniz.

Que nos diz este caso sobre a Justiça? O que sempre se disse, desde sempre: que a justiça também é uma questão de sorte.

Bem verdade

"Ninguém enfrenta a direita e a extrema-direita como a CDU"

Paulo Raimundo

É verdade e prova-se rapidamente. Sendo a CDU aquela tanga para o PCP mudar o vermelho pelo azul nas peças de comunicação, e retirar protagonismo à foice e ao martelo no boletim de voto (é o marketing que eles acham mais vantajoso, haja respeito), podemos substituir “CDU” por comunistas portugueses. Ora, estes amigos andam desde Fevereiro de 2022 em campanha contra qualquer medida de apoio à defesa da Ucrânia face à invasão russa. Ficam especialmente piursos com a ideia de se darem armas aos ucranianos pois isso só causa chatices ao coitado do Putin. Desconfio que igualmente torcem o nariz quando sabem que se manda dinheiro, bens de primeira necessidade e medicamentos para a Ucrânia, pois esses luxos só atrasarão a inevitável expansão do império russo.

Muito melhor do que eu, o Raimundo explica:

«Nós estamos perante uma guerra que nunca devia ter começado, e o esforço de todos devia ser para que ela tivesse acabado o mais cedo possível. E houve quem entendesse que, perante o início de uma guerra que nunca devia ter começado, aquilo que se devia fazer não era travá-la, era alimentá-la. Mais armas, mais... Pronto, conhecemos a história.»

Não é lindão? A guerra nunca devia ter começado, embora não explique porquê, mas começou, embora não identifique quem a começou, logo o que havia a fazer era o oposto do que foi feito, afiança, de forma a que ela acabasse “o mais cedo possível”, conclui. Donde, o que este amigo está realmente a dizer é isto: já que a Rússia começou a guerra, o que se devia ter feito era apoiar o senhor Putin a conquistar toda a Ucrânia no mais curto espaço de tempo, idealmente sem disparar uma bala para ser ainda mais bonito.

Ora, o senhor Putin é, para além do invasor, destruidor e usurpador da Ucrânia, um dos maiores financiadores da extrema-direita na Europa e nos EUA. O que a extrema-direita quer, a troca do Estado de direito democrático por ditaduras policiais, é também o que ele quer. Aliás, não só quer esse tipo de regime pelo mundo fora como já o impõe ao seu povo graças à abundância de varandas acima do terceiro andar.

Assim, confirma-se o que o Paulo Raimundo orgulhosamente assume. Mais ninguém se lembraria de achar que está a combater a extrema-direita quando se está activamente a trabalhar para o sucesso internacional do putinismo.