Aurélio Pereira foi quem descobriu, e alimentou, o talento de Futre, Figo, Quaresma, Nani e Ronaldo. Entre muitos outros. A Selecção campeã europeia em 2016 tinha 10 jogadores que vieram da sua capacidade para identificar futuros craques. O meu pai era amigo dele. Algures nos anos 80, disse-me para ir a uma sessão de treino no pelado de Alvalade, onde o Aurélio estaria a escolher jogadores que ficassem na formação do Sporting. Ele via-me a jogar na rua, no jardim da praceta. E, pai sendo pai, sonhou em ter um filho vedeta da bola. Lá fui, sem saber ao que ia. Tudo se resumiu a uma jogatana, mas já esqueci como foram as posições atribuídas. Perto do final do jogo, alguém remata contra o guarda-redes adversário, ele não segura e a bola ressalta para o lado onde eu estava, ficando mesmo à minha frente. E mesmo à minha frente estava também a baliza toda aberta, numa feliz e mui conveniente coincidência. Marquei golo. Ao voltar a casa, contei o feito ao meu pai. Tinha sido o meu primeiro golo ao serviço do Sporting, havia homéricas razões para estarmos ambos muito orgulhosos.
Dias depois, quando o meu pai falou com ele, veio a revelação: não tinha sido escolhido para ficar no clube. E a razão era evidente para toda a gente, até para mim, mas não para um pai. É que sempre tinha sido um tosco a jogar à bola. Assim, posso dizer que também eu fui descoberto pelo Aurélio Pereira. Ou melhor, exposto.
Foi pena.
Se tivesses sido bom futebolista escusavas de estar agora aqui a dizer disparates de vez em quando.
Valupi
Uma bela história da tua breve passagem pelo futebol!
Terás sido um dos muitos a quem o genial Osvaldo Silva, a maior estrela daquela noite mágica dos 5-0 ao Manchester United (com 3 golos), que depois como treinador das camadas jovens, sob o comando do Aurélio Pereira, quando os pais se lhe dirigiam questionando-o sobre as qualidades futebolísticas dos filhos, e quando estes não reuniam as mínimas qualidades para o futebol, se limitava a dizer “o seu filho é um perna de pau” que no Brasil é usada para descrever alguém que é inábil ou desajeitado para ser futebolista.
Os pais ficavam baralhados com a afirmação do Osvaldo Silva e só tomavam consciência dela, quando mais tarde, lhes era comunicado que os filhos não tinham sido escolhidos!
Genial essa de que “não foste descoberto pelo Aurélio Pereira, mas sim exposto”.
Se muitos, como tu, não tivessem sido “expostos”, teria sido impossível o surgimento dos Ronaldo, Figo, Quaresma, Nani e tantos outros!
Quantos, foram tantos que nem eu seu sei já quantos, se não se tivessem raspado a tempo desse clube, teriam caído na irrelevância – Futre, Quaresma (o “cigano” de…,, como frequentemente era tratado na bancada), João Moutinho, etc., etc., etc.. O Figo, frequentemente no banco, teria sido assado se não o levam. É um clube das elites bolorentas deste retângulo de perna longas e sem cabeçorra. O povo que dele se aprochega fica tocado para sempre.
Ontem nos Açores foi uma vergonha.
S’avergonhem.
Paz á sua alma, Sr. Aurélio.
Falando de futebol, tema pela primeira vez abordado neste pardieiro, tenho a dizer que o futebol português está podre, conseguimos chegar ao cúmulo de ter um presidente da FPF e antes disso presidente da Liga de futebol Profissional um ex. Árbitro , incompetente, ou se quiserem, incapaz para fazer qualquer outro ofício pois se fosse bom, na teoria do futebol nunca iria para árbitro, só os básicos são árbitros por isso é que chegando a este ponto, concluo que o futebol português sendo de terceira categoria brevemente vai ser de quinta.
E podem insultar o Sr. Presidente de Filho da Po……licia para cima pois ele já está habituado e não se importa.
Abraço
se começam a falar de Futebol
O ‘Aspirina B’ exponencia os leitores e escribas.