Todos os artigos de Valupi

E depois do Emmy – Debate sobre a ficção portuguesa (parte II)

Com algumas caras conhecidas à mesa, como os actores Ruy de Carvalho, João de Carvalho e Tó Zé Martinho, o ex líder do PSD considerou que vão haver eleições legislativas “a curto prazo” e que “é evidente que o PSD vai sair como o próximo Governo de Portugal”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que, para essa situação de vitória nas eleições acontecer, os militantes e dirigentes do PSD “não podem entrar em euforias nem ir à espera de apanhar lugares, louvores ou dinheiro”.

Fonte

Choose your poison

Wikileaks has acted irresponsibly, and perhaps as an inadvertent tool of those who want to stifle information sharing. It is again the law of unintended consequences. It is one thing to bring to light things the public needs to know, it is completely another to compromise the defense, diplomacy, alliances, and security of countries and people who interact with the United States. That serves no useful purpose whatsoever. Mr. Assange is making few friends, and since his financing is opaque, one must entertain the potential fact that he may actually be working for a foreign power. His site seems to target the US in particular. Wired’s view that Wikileaks is good for America is naive. Free speech requires responsible action, not “poison pills”, and threats to disrupt the security of a soveriegn nation. The free flow of uncomfortable information is not to be discouraged, but if Wikileaks had information from the Chinese of this caliber, he wouldn’t be breathing. Nor would his source. And since Wikileaks isn’t a press organization – I repeat, Wikileaks is not a press organization, has no established location and acts more as an anarchistic group that a legitimate force – they should have none of the protections that the 1st amendment affords in the US. Wikileaks may have given those who would slam shut the free flow of information more ammunition that the worst porns sites have. If Mr. Assange makes good on his “poison pill” threat, people will die, and he will have blood on his hands. He is playing an extraordinarily dangerous game. If someone dies as a result of these releases, you can bet the poor kid who gave him this information to Wikileaks will face the death penalty. Nothing good is coming from this.

Comentário a Why WikiLeaks Is Good for America

Seus bostas

O silêncio a respeito dos resultados do PISA, ou a tentativa da sua desvalorização, vindo daqueles que mandam foguetes sempre que apanham uma votação online no Burúndi onde Portugal calhe descer um lugar na tabela de gostos acerca dos nossos pastéis de nata, é a prova da canalhice intelectual que faz uma parte maior do debate público.

Temos de viver com eles, mas tenham pena de nós se ficarmos iguais.

Combatamos, então

Esta edição conta com a boa novidade da presença do Porfírio Silva e com o anúncio dos candidatos aos prémios Combate de Blogs. Como o Aspirina B está nomeado (no que deve ter sido uma sugestão do Tomás Vasques, aposto, unidos como estamos num anti-alegrismo fanático e insanável), permito-me tecer considerandos decisivos acerca do programa e da iniciativa.

Cá vai alho:

PROGRAMA

O conceito do programa é muito simpático, o Filipe Caetano será talvez demasiado simpático e a duração da coisa é perfeitamente antipática. São 25 minutos para 5 pessoas falarem acerca de vários assuntos – o que dá 5 minutos a cada um dos convidados, 2,5 minutos por tópico quando há dois assuntos na agenda, 1, 666666666666666666666666666667 minutos quando há três, mais 5 invariáveis minutos para o apresentador abrir, lançar os temas, fazer as perguntas e fechar as festividades. Resultado: a discussão é quase sempre incipiente, telegráfica, insatisfatória. Das duas, uma: ou aumentam a duração do programa para o triplo, um tempo já razoável para os fala-barato que povoam a blogosfera, ou reduzem o elenco a um par de convidados por sessão. Sendo a primeira opção inviável, a segunda apresenta acrescidas vantagens: discutir melhor as melhores questões. No modelo actual, há um bipolarismo redutor entre uma esquerda e uma direita niveladas por baixo, à molhada. Isso deixa de fora as muito mais fascinantes e sanguinolentas discussões entre beligerantes da mesma cor, seja no saco de gatos que constitui a direita nacional, seja na sociopatia dos revolucionários do cu-sentadismo contra o que cheire a democracia e a PS.

Continuar a lerCombatamos, então

O estado a que chegámos

Junto a minha voz à do Galamba (aqui e aqui) para protestar contra mais esta manobra eleitoralista dos bandidos, mentirosos e incompetentes que nos roubam, desgovernam e condenam à miséria nesta e nas próximas gerações. Bastaria uma pergunta para arrumar a questão: como é que seria possível este pardieiro melhorar num qualquer índice internacional estando os xuxas no Poder, arrastados por esse anticristo com nome de paneleirote grego? Obviamente, é impossível, bastando andar de táxi e frequentar os salões da Lapa para cimentar a evidência nos neurónios, mesmo que se tenham poucos (ou por causa disso, mas divirjo). Pois se assim é, por maioria de razão o será na Educação, o tal sector que retirou a maioria ao pseudo-engenheiro da licenciatura por fax ao domingo que compra casas aos mafiosos russos com o dinheiro que recebe metido em envelopes castanhos nos tascos mais insalubres da Margem Sul.

Como se sabe, e o Pacheco tem provas, o Ministério da Educação está cheio de agentes socráticos que começam por sofrer uma lavagem cerebral no gabinete do Primeiro-Ministro – onde estão montadas umas engenhocas, oferta dos serviços secretos de Kadafi, que reduzem a actividade mental dos primatas às operações de somar e subtrair. Depois, atarraxam-nos numas secretárias manhosas e toca de alterar os números. É simples: tudo o que for notas dos alunos, eles somam; tudo o que for salários e regalias dos professores, eles subtraem. Isto é do domínio público. E só temos de louvar a genialidade do plano, o qual passa por convencer os professores, os tais que aceitam ver as suas notas inflacionadas para gáudio e vídeo dos xuxas, de que é no seu próprio benefício que a farsa está montada. Um dia se saberá, assim a Wikileaks o deseje, que Mário Nogueira foi um títere da manobra socrática, enganando os irmãos professores (mais de 1 milhão, segundo as contas da Fenprof a partir da última manifestação) a troco de futuras facilidades para abrir uma sapataria no Freeport. Sórdido e triste.

Quando a ideia de levar este e o anterior Governo a tribunal for avante, por danos irreparáveis aos interesses de corporações e decadentes de variegada tipologia, espero que não haja a menor das contemplações para a ministra-sinistra, principal responsável pela vergonha de passarmos por ter boas políticas de Educação. Logo nós, e logo em Portugal!

Bute aí ajudar o Jeff

O meu amigo Tomaz Hipólito participou numa exposição colectiva na Emily Harvey Foundation, neste Maio, e veio de lá com um bónus inesperado, a amizade de Jeff Perkins. Este artista norte-americano, um dos fundadores do movimento Fluxus, está a colaborar na concepção do futuro primeiro museu de Arte Conceptual, a nascer em Los Angeles. E como o museu não se irá construir sem a reunião daquilo com que se compram os melões, uma das mais importantes ajudas passa pelo financiamento. Com esse único propósito, foram postas à venda fotografias da sua autoria, tiradas a uns fulanos que têm pinta de ser conhecidos, cuja receita será integralmente doada para a criação do museu. Podem ser vistas aqui e aqui, sendo que o Tomaz ficará radiante se alguém lhe pedir mais informações acerca delas e de como proceder para a sua aquisição.

Superimpotência

Os Estados Unidos não conseguiram evitar o 11 de Setembro, não conseguem apanhar Bin Laden, não conseguem derrotar grupos tribais no Afeganistão, não conseguem controlar a sua fronteira com o México, não conseguiram regular os operadores bancários, não conseguem resolver o problema do desemprego, não conseguiram nem conseguem impedir a Wikileaks de lhes sacar informação classificada e despejá-la à má-fila onde lhes dá na gana.

Assim se vê como a democracia, para além de ser a pior forma de governo, é também a mais fraca.

Cuidado com o Sol

Deu pouco que falar a denúncia feita pelo Pacheco contra Felícia Cabrita a propósito da sua biografia de Passos Coelho, semanas atrás. Ela é acusada de ingenuidade e displicência. Resultado, segundo o marmeleiro: mentiras e mais mentiras.

Ora, se a Felícia borra assim a pintura ao falar da malta amiga, o que não fará ao tratar das matérias que envolvam os bandidos que nos desgovernam e que a perseguem desaustinados? Talvez se vingue deles recorrendo a uma implacável honestidade intelectual, probidade jornalística e zelo deontológico. Água benta para cima de vampiros.

Seja como for, o conselho do Pacheco é inestimável: resguardem-se nos papéis se não querem ser esturricados pelo Sol.

Ando há 10 anos a dizer isto, só que em português

When you’re in the office you’re lucky to have 30 minutes to yourself. Usually you get in, there’s a meeting, then there’s a call, then someone calls you over to their desk, or your manager comes over to see what you’re doing. These interruptions chunk your day into smaller and smaller bits. Fifteen minutes here, 30 minutes there, another 15 minutes before lunch, then an afternoon meeting, etc. When are you supposed to get work done if you don’t have any time to work?

People – especially creative people – need long stretches of uninterrupted time to get things done. Fifteen minutes isn’t enough. Thirty minutes isn’t enough. Even an hour isn’t enough.

When’s the last time you had three or four hours to yourself to get work done? It probably wasn’t at the office. A phone call, a co-worker tapping on your shoulder or knocking on your door, a required meeting — all the things prevent you from having long uninterrupted stretches of time to get things done. Good work requires thinking, and thinking requires time.

Fonte

Curso rápido de iniciação à espiritualidade – sem contra-indicações para ateus, agnósticos e distraídos

While everyone has a responsability to help the world, we can create additional chaos if we try to impose our ideas or our help upon others. Many people have theories about what the world needs. Some people think that the world needs communism; some people think that the world needs democracy; some people think that technology will save the world; some people think that technology will destroy the world. The Shambhala teachings are not based on converting the world to another theory. The premise of Shambhala vision is that, in order to establish an enlightened society for others, we need to discover what inherently we have to offer the world. So, to begin with, we should make an effort to examine our own experience, in order to see what it contains that is of value in helping ourselves and others to uplift their existence.

*

Chögyam Trungpa
Shambhala: The Sacred Path of the Warrior, 1977-78-84