
Quero agradecer ao Al Gore por ter inventado a Internet, engenhoca sem a qual nunca teria recebido esta prova de afecto.
Daniel Oliveira é o melhor discípulo de Pacheco Pereira. Ambos mergulharam nas mesmas águas ideológicas na loucura da juventude, tendo provado o embriagante fruto do radicalismo. Tal como nas experiências com LSD, para o resto da vida passam a estar sujeitos a alucinações. E tal como com o Pacheco, temos visto o Daniel a caminhar para um centro difuso, aceitando compromissos vários em nome da sua carreira de publicista. E justifica-se, porque é uma vida muito boa essa dos que recebem dinheiro para botar opinião. São como os músicos, a quem se paga para fazerem o que lhes dá prazer e envaidece. Se eu pudesse, faria o mesmo, olá.
Mas o que eu nunca faria, e peço que não me deixem fazer, era perder uma oportunidade de ser inteligente. Porque quando se começa no desleixo, folgando a rigorosa disciplina, acaba-se rapidamente na imbecilidade. Ora, temos de ajudar o Daniel a não cair nessa armadilha, pois é duvidoso que alguém queira saber no que pensa um imbecil. É adentro deste projecto destinado ao fracasso que te convido a ler uma grotesca imbecilidade. Se acreditares no que leste, vais acreditar que o Papa está a influenciar positivamente o aumento dos casos de SIDA, de aborto e de miséria demográfica. Claro que aqui te poderás perguntar como é que se cola o aumento do número de abortos com o aumento demográfico, mas deixa lá isso. Por agora, o que importa é reconheceres que ao acreditar no autor isso produz um efeito em ti: dás-te conta que te tornaste num imbecil. E eu pergunto: gostas? Claro que não podes gostar, pois isso obrigaria a que fosses ainda mais imbecil do que já és após a leitura do texto, e tal não é quimicamente possível. Portanto, não gostas de ser imbecil; e esse é o lado bom da ideia que defende uma relação entre Papa, SIDA, aborto e aumento demográfico. Pronto. Descansa um bocadinho, bebe água e volta para o parágrafo seguinte.








