Todos os artigos de Valupi
Os meninos da mamã são uns espertalhões
Ao ler esta notícia, lembrei-me de algo que nunca esqueci. Estava no quarto, ocupado a tratar dos assuntos mais importantes do meu mundo com 8 anos de eternidade, aquilo que os adultos ignorantes diziam ser estar a brincar, e fiz um raciocínio que me deslumbrou. A visão da sua complexa geometria, e profundas implicações, tinha uma natureza sacra e pedia urgente partilha. Era valioso demais para ficar só comigo. Dirigi-me à cozinha, onde a minha mãe preparava o jantar. E disse-lhe Mãe, quando nós não entendemos aqueles que falam uma outra língua, eles também não nos conseguem entender a nós, têm o mesmo problema. A minha mãe olhou-me com surpresa complacente, talvez lamentando a desgraça ocorrida na maternidade que lhe teria levado o filho legítimo por troca com aquela coisa que lhe apareceu ali. Continuou a lavar os legumes e depois riu, disse-me Está bem, percebo. Eu ainda esperei uns segundos por alguma consequência verbal ou simbólica da minha declaração. Algum reconhecimento do génio tão generosamente revelado, mas nada. Aceitei ter cumprido assim a missão, cônscio da excelência da descoberta, e retirei-me daquele espaço. À noite, ouvi a minha mãe contar ao meu pai, com muitos risos à mistura de ambos, o episódio da cozinha. Tive alguma pena deles, que infantis.
No país dos comentadores
Particularmente para José António Saraiva, a hora mais escura da noite foi a que antecedeu o nascer do Sol. Há seis anos, publicou um texto que te convido a ler, ou a reler – e a comparar com o que os comentadores profissionais e reputados, ou amadores e desconhecidos, têm dito nos últimos dois e quatro anos. As coincidências são assustadoras, nem falta uma variante televisiva do Big Brother a despertar os enésimos e bacocos protestos. Tudo se repete: as mesmas personagens, as mesmas misérias, as mesmas queixas. Parece que só em Portugal vigora a lei de Fukuyama, com os comentadores numa amnésia nascida do desleixo intelectual e da promiscuidade com os omnipotentes poderes fácticos.
José António Saraiva é uma figura patusca, geneticamente predisposta para a hipérbole, e tinha idade para ter juízo quando chegou a 21 de Setembro de 2002 com 54 anos. Está ligado à época de ouro do Expresso, assim como ao declínio da sua relevância. Todas as semanas, pelo menos, publica qualquer coisa. Como já o faz há mais de 40 anos, é uma vítima da prolixidade. Ter de escrever por obrigação é tramado, ainda mais se for preciso elaborar opinião. Inevitavelmente, há opiniões que serão apenas a expressão ciclotímica da subjectividade. Os comentadores políticos estão condenados ao adultério: afirmam-se casados com a amada Sr.ª Verdade, mas há muito tempo que perderam o desejo por ela, preferem escapulir-se para o quarto da criada, a úbere serigaita Vaidade. Este flirt é fonte de folia nocturna, embriaguez recuperadora da eterna e irresponsável juventude. Eis uma condição psicológica propícia à megalomania, ao melodrama. Não espanta, então, que os comentadores políticos se descuidem com a cristalização do hábito e se dispam à nossa frente de vez em quando. E lá saltam as vergonhas tão humanas, tão vulgares. É o caso neste caso.
Antes de ter prometido superar as vendas do Expresso em poucos meses, e de jurar por escrito nunca vir a oferecer brindes (jura entretanto apagada), o arquitecto auto-nobelizável teve um dia menos optimista, mas igualmente delirante, e deu nisto, mais isto, mais aquilo e aqueloutro. Paradoxalmente, ler esta jeremiada depressiva – e simultaneamente exacta na sua lúcida acusação, mas estatelando-se ao comprido por ser superficial e ilusionista – funciona como acto de higiene. É um aviso, para quem dele precisar, de que nenhum comentador se substitui ao cidadão, não importando o meio onde escreva ou bote faladura.
A blogosfera aumentou exponencialmente esta lógica da lamúria como intervenção social preferida, por razões evidentes decorrentes do próprio meio. O resultado? Os intervenientes em blogues, e em caixas de comentários da comunicação social digital, juntam-se aos profissionais da opinião e tornam-se parte da política-espectáculo, da indústria da opinião, sendo totalmente ineficazes como força de construção cultural ou profilaxia cívica.
Estão por inventar as novas formas de pensar, e de agir, que saibam o que fazer com a liberdade de expressão e sua ubiquidade. A salvação nunca foi e nunca será individual – o que for individual, e não mais do que individual, chama-se loucura, inferno. É esse o país dos comentadores de opereta.
Paulo Portas é gay
A manchete do Correio da Manhã, acima exibida, não é um exemplo de sensacionalismo, porque a noção de sensacionalismo não chega para descrever o acto. Sensacionalismo seria ter feito um título como este: Grupo de jovens quer imitar PCC. Isto já seria exagerado e incorrecto o suficiente para despertar os instintos selvagens. Mas o que lemos é uma afirmação que junta os termos máfia, favelas e Portugal de forma assertiva. A notícia fala em centenas de brasileiros, estabelecidos na Margem Sul, organizados em bandos criminosos e apresentando perfis psicológicos de psicopatas sem recuperação. Estamos, então, perante um acto de terrorismo cívico, onde os responsáveis pelo jornal intencionalmente exploram as insuficiências educativas e disfunções cognitivas de largas faixas da sociedade. É triste, e jamais deixarei de me surpreender: constatar que há quem tire proveito da miséria.
Perder os três no quarto
Está tudo bem nesta iniciativa: os 3 da opinião airada, o convidado de peso (literalmente), o título eficaz, o excelente grafismo do anúncio (sim, também conta, porque tudo conta). Não se vai descobrir a pólvora na próxima terça-feira, mas poderá ser mais um rastilho para a titânica operação de terraplanagem da imbecilidade nacional. Pelo caminho, aproveita-se para conhecer uma nova livraria (caso não se conheça já, pois tem 1 ano), o que não irá fazer mal a ninguém.
Parabéns à Tinta da China e aos protagonistas. E votos de sucesso comercial para todos, pois.
O que procuram as mulheres superiormente inteligentes
Segundo Christine Stanik, mulheres com inteligência acima da média não se deixam impressionar com o dinheiro e posição social dos homens que as rodeiam, escolhendo os seus parceiros amorosos por razões que remetem para uma longa e profunda relação. O estudo não vale nada, mas deixa-nos com uma rica perspectiva.
7Vidas em festa
O nosso amigo Rui Vasco Neto convidou-me a dar-lhe um presente de aniversário, e quem fica agradecido sou eu.
A definitiva forma de publicitar um livro
A. A. Milne serviu-se da nossa amiga Ana Cristina Leonardo para nos forçar a comprar um livro já com 100 anos e 6 meses. É impossível resistir. Claro que estamos perante um exercício retórico que se pode aplicar a qualquer outro livro. Ou filme. Ou coisa qualquer. Mas saber isso não diminui o encanto, é precisamente o que o gera.
O segredo da longevidade
Sinto cansaço, apenas. De fazer a barba todos os dias, de levantar, vestir, tomar banho, pequeno-almoço, comer, mastigar, engolir. Tudo isso, essas coisinhas fáceis e corriqueiras, mas que são sempre as mesmas. É sempre a mesma coisa, a mesma ordem, ver a televisão. Tudo isso é uma chatice.
A única coisa que me consola e onde eu posso descansar, verdadeiramente descansar, é quando estou a realizar um filme. Nem quando estou a escrever fico animado. Se vem a ideia, tudo bem, mas se não vem, fico muito inquieto. Depois, quando vem a ideia, é-se feliz e escreve-se. Mas é enquanto realizo que sinto a paz e o sossego. Esqueço que tenho de me levantar cedo, esqueço-me de comer, esquece-me tudo. E estou ali.
Faço filmes, são as minhas verdadeiras férias.
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Manoel de Oliveira, em entrevista.
Eis um homem que só descansa quando está a trabalhar. E que explodiu criativamente aos 70 anos, entrando num ritmo alucinante que já regista 35 projectos desde 1979, ano do Amor de Perdição. É um exemplo de como, e de quanto, a nossa relação com o trabalho e com a idade está completamente errada. O mais comum é tropeçarmos nos que se queixam por terem de trabalhar (no que são mentirosos ou burros, pois ninguém precisa de trabalhar), não sendo tampouco capazes de descansar nos períodos de descanso (no que são burros ou mentirosos, pois só não descansa quem tem mais o que fazer), mas este homem encontrou no ganha-pão o vinho da sabedoria. E foi aperfeiçoando a fórmula. Porque não há limite para a fruição e busca de sentido.
arrisca perder o medo — confia no infinito que te foi dado antes de nasceres — salta para cima da eternidade e brinca — viver muito tempo é viver muito o tempo
E ’tá feito, não mexe mais: é este o segredo da longevidade (ou quase). Só faltas tu para ficar completo.
Afinal, havia outro
Não sei o que se passa entre o Paulo Bento e o Vukcevic. Sei é que o montenegrino é um dos jogadores mais importantes de sempre a passar pelo Sporting. Pois ele é um Sá Pinto, e pensava-se que o molde já se tinha partido. Os adeptos amam este jogador, porque este jogador ama o futebol. Daí os golos que marca: improváveis, manhosos, repentinos, espectaculares, de ranço, à maluca. E o que faz em campo por fidelidade ao suor da camisola, as idiotices que quase lhe custaram a carreira: como aquela lesão no ombro nascida de um malabarismo despropositado, inútil, gratuito, circense, vaidoso, infantil. Mas teria de ser assim, pois é assim que ele é. É assim que ele nos dá lições de vida, ensinando que só vale a pena ir para o campo na disposição de voltar a inventar o futebol a cada jogada. Para ele, ser o melhor é libertar a intuição e querer muito, mas muito, marcar golo. Fácil demais, esta filosofia vukcevicaniana? Errado, demasiado difícil; tanto que são raros os que a praticam. O comum em Portugal é o jogador convencional, medroso, sem peito nem destino. Vukcevic exibe um desprezo pelo calculismo que devia ser a verdadeira marca dos jogadores formados no Sporting. Se depois se ganha ou se perde, isso já é com os deuses. Ao guerreiro, o coração de leão.
Paulo, resolve lá isso. E rápido.
A arte de ser nojento
Eduardo Cintra Torres assina um texto — publicado neste 13 de Setembro no P2, caderno do Público — com o título Achtung! Habituem-se! Gulag! Trata-se de um repto dirigido aos jornalistas, a toda a sua classe. Podemos lê-lo a partir de um ponto de vista clínico, e reconhecer nas palavras os sinais da paranóia em grau psicótico. Ou podemos lê-lo pelo lado da responsabilização, e concluir que o autor domina a arte de ser nojento. É esta última a minha opção, posto que não tenho autoridade psiquiátrica.
Comecemos com calma, pela moda mais popular entre publicistas com dificuldades na ligação à Internet:
Habituem-se a ler uns “anónimos” profissionais em blogues dizendo as “opiniões” da central de propaganda. Habituem-se a criticar a oposição e a não criticar o governo.
Estas duas frases constituem um parágrafo. Um parágrafo, convém lembrar, corresponde a alguma unidade de raciocínio. O mesmo acontece numa frase, onde diferentes elementos conceptuais são postos em relação, sendo essa operação que dá azo à substância do pensamento. Munidos destas noções básicas, podemos constatar, com infalível certeza, que ECT pensa e afirma publicamente o seguinte:
– Há profissionais contratados para veicular como “anónimos”, em blogues, “opiniões” favoráveis aos interesses do Governo.
– Os jornalistas não possuem os mecanismos para detectar esses profissionais “anónimos”, nem possuem os recursos para resistir a essas “opiniões” oriundas de uma central de propaganda. Ou, caso os possuam, por alguma razão não estarão a dar uso a essas capacidades.
– Os jornalistas, ao conhecerem as “opiniões” dos “anónimos” contratados para emitirem em blogues as directivas da central de propaganda, passam a criticar em exclusivo a oposição, nunca mais criticando o [sic para a caixa baixa] governo.
– A leitura de blogues é, assim, causa de falhas no profissionalismo, deontologia e ética dos jornalistas.
Repito que se trata apenas de um dos parágrafos do texto, e logo o mais curto. Todavia, consegue o notável feito de reduzir a classe dos jornalistas a um corpo lobotomizado ou escravizado ou cobarde ou vendido, ou tudo isto à vez e à molhada. E faz acusações genéricas, vagas e confusas — na verdade, primárias e grotescas — sem apresentar uma única prova ou pista, sequer local do suposto crime. Tudo indica que ECT ignora que os blogues políticos com mais audiência são os da direita, onde se inclui o do seu mentor Pacheco Pereira, o qual até já veio admitir que o Abrupto vale mais do que uma secretaria de Estado. E também parece altamente provável não ter ninguém avisado ECT da existência de blogues muito frequentados à esquerda do PS, onde a crítica ao Governo é ainda mais feroz e erosiva do que nos blogues de direita. Somando os blogues com mais audiência, ou audiência relevante, à direita e à esquerda, não fica nenhum — atente-se: nenhum — onde apareçam “anónimos” com “opiniões” a cheirar a central de propaganda. Ou será que ele se refere a eventuais comentários nas caixas dos ditos, sendo aí que actuariam os agentes a soldo do Governo? Enfim, de que estará este louco a falar?
Píxeis de madeira
A blogosfera vai de Arrastão
O Arrastão cresceu, sendo que a alteração mais dramática consiste no abandono do vermelho comuna por troca com o azul (ou será verde?) Aspirina B. Sinal dos tempos. Outra transformação digna de referência, embora menor na comparação, consiste na mudança de estatuto, passando a blogue colectivo com as entradas de Pedro Sales e Pedro Vieira. Também a merecer atenção é o anuncio da Santa Aliança, agregador de 17 blogues ditos de esquerda. Nisto tudo há a mão, e a boa cabeça, do Paulo Querido, infatigável no empreendedorismo e inovação com que vai moldando a paisagem da blogosfera portuguesa.
Aplauso para todos.
Desafio ao Pacheco Pereira – III
Paulo Querido aproveitou o caso e fez uma pertinente observação.
O começo dos Estados Unidos da Ibéria?
A boceta de Palin
As eleições presidenciais norte-americanas são demasiado importantes para serem deixadas apenas nas mãos dos eleitores norte-americanos. E estes precisam da nossa ajuda, de toda e qualquer ajuda — como se vê pelos resultados das duas eleições anteriores. Que ninguém se iluda quanto ao que está em causa: voltar a ter uma Administração responsável depois de 8 anos desgraçados. Aqueles que julguem não ter capacidade de influência por falarem ou escreverem em português para portugueses, ou em chinamarquês para chinamarqueses, que façam o favor de meter os cornos num alguidar com água e pedras de gelo. Acordem! O que o Mundo quer — ou seja, do que o Mundo carece — vai ser tido em conta por um decisivo grupo de eleitores: aqueles Republicanos que vão votar Obama por amor maior ao seu país do que ao seu partido.
Se McCain ganhar, Sarah Palin será aclamada como uma escolha genial, uma jogada de mestre ou um golpe de sorte só ao alcance dos eleitos. Mas Sarah Palin continuará a ser Sarah Palin, isso é certo. E isso é de loucos. Porque a opção por esta mulher é uma irresponsabilidade nascida do desespero e da megalomania. Não há absolutamente nada no seu currículo que a qualifique para a função, a não ser um voluntarismo néscio e narcísico. A menos que a sua vida se limite às leituras de discursos escritos por outros, quando tiver de expressar as suas ideias ninguém saberá o que vai sair, ou em que guerra ameaçará entrar. Não se vislumbra um único aspecto do seu ideário e prática politica que tenha a mais vaga relação positiva com os problemas contemporâneos e globais. É ao contrário: ela parece talhada para fazer política reaccionária e anacrónica num canto perdido dos Estados-Unidos — por exemplo, no Alasca.
Desafio ao Pacheco Pereira – II
Cá está a espingarda do nosso amigo Shark. Tiros certeiros, mas trata-se de um atirar a viver, com onda e sem violência.
«Vayanse al carajo yankees de mierda, que aquí hay un pueblo digno»
Foda-se. Estamos perante um novo paradigma diplomático.
Desafio ao Pacheco Pereira
É interessante ver a sanha com que Manuela Ferreira Leite é atacada pelos donos e empregados das agências de comunicação que pululam nos blogues, muitas vezes sem se identificarem como tal. Compreende-se bem: para eles seria insuportável que um político obtivesse resultados sem a ajuda dos “profissionais” de comunicação.
Quero saber quem são esses donos e empregados das agências de comunicação que não se identificam como tal. Quero saber o que justifica o uso do verbo pulular. Quero saber de que blogues falas. Quero saber se os requisitos para ser suspeito de ter emprego em agências de comunicação se resumem à publicação de opinião contrária aos interesses de Manuela Ferreira Leite ou de quem a apoia. Quero saber se vais denunciar os casos, presentes ou futuros, em que as agências de comunicação trabalham para políticos e empresários do PSD. Quero saber se és responsável pelas tuas palavras. Quero saber se estás a dizer a verdade ou a mentir.
O Insurgente tem boa pinga
Estava longe de imaginar a dimensão da bebedeira no Insurgente. Começou com esta coisa que não se percebe ao que vem, mas que se entende vir da iliteracia, passou pelo encadeamento das borboletas, e recebeu uma extraordinária confissão:
Quem o afirma é Miguel Botelho Moniz, com inigualável candura. Temos, assim, que esta figura reconhece publicamente estar à vontade para fazer duas citações de alguém que não conhece; a que acrescenta — shame on you, Migas — igual desconhecimento das suas inclinações geométricas. Mas, lá está, como achou piada às implicações (??) das frases, tendo até ido buscar umas delas a um comentário feito fora do Aspirina — o que revela aturada investigação e interesse — toca de carimbar de preconceituosas e (ultra)relativistas as mesmas. Tem isto algum mal? Nenhum.
Nesse espírito, não se devia ter permitido o lance narcísico em que de um título simétrico deduz uma adjectivação fulanizada. Falar em “iliteracia” e “(ultra)montanismo” não implica atribuir a um sujeito essa condição, pode ser apenas uma referência contextualizadora da acção ou endosso circunscrito a um objecto (no caso, textual — fica a ajuda à interpretação). Seja como for, e deixando esta importantíssima questão de lado, constata-se que a embriaguez aumentou e deu nisto. E o que é isso? É a minha vez de fazer uma confissão: não sei, nem faço ideia. Mas deve ser fixe, pois o 1º comentário estipula estarmos perante um Grande post. :), com smiley e tudo de modo a não haver confusão. Vou acreditar neles, e fazer coro: Grande post, enorme. ;)
Mas, ó Miguel Botelho Moniz, já que aqui estás, deixa-me lembrar-te que afirmar-se de algo, ou de alguém, que é (ultra)montano não equivale a dizer-se de alguém, ou de algo, que é ultramontano. Estou certo de que irás acabar por aceitar este decisivo raciocínio, mesmo que não seja à primeira.