Estado da direita: ainda vamos ter bengaladas no Chiado
Começa a semana com isto
Visita Guiada — Leal Conselheiro, Biblioteca Nacional de França, Paris
NOTA
O relato autobiográfico pormenorizado, com detalhes subjectivos e etnográficos preciosos, da depressão de um rei do século XV bastaria para inscrever esta obra na história universal da literatura. Mas, para o leitor curioso, e para diversos investigadores e seus diversos saberes, o Leal Conselheiro é muito mais.
Por exemplo, é um manual de formação de chefes inteligentes. É um manifesto a favor da alta educação. E é um testemunho amoroso acerca da influência da família, uma família carismática, no destino intelectual, moral e cognitivo dos seus príncipes e infantes (mesmo que sejam todos, pais e filhos, da plebe).
Revolution through evolution
Challenging prehistoric gender roles: Research finds that women were hunters, too
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For relationship maintenance, accurate perception of partner’s behavior is key
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Familiarity breeds contempt for moral failings
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‘I’d rather not know’: Why we choose ignorance
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Genetic risk scores not useful in predicting disease
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Fruit fly serenade: Neuroscientists decode their tiny mating song
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How to tell if your boss is a ‘corporate psychopath’
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Dominguice
Nunca sabemos o que se passa. Há quem oculte informação por interesse próprio, como o criminoso e o oportunista. Há quem opere secretamente por necessidade metodológica, como o militar e o diplomata. Há quem conte uma versão enviesada e parcial, como o político e o jornalista. Daí não sabermos o que se passa na Ucrânia, em Gaza e na casa da minha vizinha do 4º andar. Daí não sabermos o que se passou ontem nem o que se vai passar amanhã.
A diferença entre o estado onírico e o vígil não é relativa ao conhecimento. É antes do domínio das sensações. Sente-se muito melhor a realidade e seus sonhos se acordados.
Anáfora
E falando sobre um homem que ainda está ligado à TAP, João Galamba é um ativo tóxico no Governo, neste momento?
Não. Passou.
E não tem consequências?
Não estou a ver consequências. Está completamente desagendado, já ninguém fala nisso. Não há a mínima cobertura mediática em relação a esse tema. O tema do João Galamba ficou muito bem resolvido naquela noite em que o primeiro-ministro desceu as escadarias da residência oficial, chegou ao pé do microfone e disse "olhe, não mudo". Isso ficou resolvido. Toda a gente percebeu. Está tudo bem com o João Galamba.
Foi teimosia do primeiro-ministro?
Podemos também perguntar: e se ele estivesse a ir atrás da conversa do Presidente da República não se podia dizer também que era teimosia do Presidente da República?
Acha que devia haver a remodelação de que tanto se fala? Esta fase do pós-Orçamento do Estado é uma boa altura para isso?
Não vejo nenhuma razão, pelo contrário. Não há resistências em relação ao Governo, a não ser as normais, está tudo normal. Já não há casos e casinhos há 6 meses, a comissão de inquérito da TAP acabou há 3 ou 4 meses. Tem sido tudo na maior normalidade, regularidade.
Catacrese
O livro tem muitos momentos em que critica os jornalistas, incluindo a falta de espírito crítico e também a falta de capacidade de reconhecer que erraram, nomeadamente na análise e nas sondagens. Acha que os jornalistas desconhecem o mundo das sondagens e a maneira perversa como podem ser usadas?
Acho, sobretudo, que os jornalistas estão pouco preocupados com a sua reputação. Estão muito preocupados com as reputações dos políticos, dos empresários, até dos populistas e muito pouco preocupados com a sua reputação. Os jornalistas e os meios de comunicação social acham-se superiores a isso, acham que não têm de dar explicações ao público. Nas eleições legislativas foi um desastre a cobertura mediática das sondagens. Os erros das sondagens da última semana, relativamente ao total, foram de 10 pontos, 12 pontos, 14 pontos. E não houve uma única autocrítica. Não houve um movimento, uma plataforma, qualquer coisa, que levasse as pessoas a rever processos, a analisar processos.
Eufemismos
Que consequências políticas pode ter esse enfraquecimento político de Marcelo Rebelo de Sousa?
Não acho que seja muito positivo para o país, não é? Estou a constatar um dado. Há um aspeto que é muito interessante. O Presidente da República tem uma relação com os portugueses de afetividade muito interessante. Isso continua, não tem mácula nenhuma, mas é um Presidente que fica muito capturado pelas palavras. Produz muita comunicação. Dá a ideia que nem sempre a pondera demasiadamente e isso acaba por lhe tornar a palavra menos poderosa. O Presidente da República só tem dois poderes em Portugal. Um é dissolver a Assembleia da República e corre o risco de o resultado eleitoral não ser muito diferente do atual. E o outro é o poder da palavra.
E o Presidente da República banalizou-a?
É, gastou muito a capacidade de intervir na vida portuguesa através da palavra.
Há quem se consuma com a dicotomia “direita ou esquerda” e encha um jornal de tolices
Há uma cronista do Público, uma pessoa que eu diria “pipi”, mas que milita, inconsciente do humor que suscita, pela causa comunista em 2023, que estagnou de tal modo na visão direita-esquerda do mundo que é capaz de aplicar esses conceitos rígidos e cada vez mais desajustados ao conflito israelo-árabe e, mais ridículo ainda, ao conflito Rússia-Ucrânia, a bem dizer a tudo o que acontece. Assim, ser de esquerda é estar contra os Estados Unidos sempre e em qualquer circunstância, mesmo que haja milhões de americanos susceptíveis de se enquadrarem na dita esquerda, alguns deles no Governo. Aliás, corrijo, nos Estados Unidos, é impossível, por força do capitalismo, haver alguém de esquerda. Os americanos, ao contrário dos russos e chineses (ah, espera), têm demasiados interesses em demasiadas partes do mundo… A sua catalogação é do mais fácil que há. Kennedy, Ford, Obama, Clinton, Biden? Não prestam.
O Hamas, se calhar, é de esquerda, já que luta contra Israel, um aliado e amigo dos Estados Unidos. Mas, oh diabo, a Catarina Martins diz que é de extrema-direita. E não saem disto, mesmo que decidissem concordar em qual extremo o colocariam.
Já a Rússia, a pátria da experimentação máxima da ditadura do proletariado, será para todo o sempre de esquerda, ainda que governada por um fascista e facínora, plutocrata entre plutocratas, imperialista puro, como outros no Ocidente e mais além já foram, embora já há algum tempo, que não admite adversários políticos e os manda sistematicamente eliminar. A Rússia é, pois, de esquerda (ainda que, para os jornais, se diga que não) e, como ditadura, muito aceitável, vá lá, muito “ignorável”. Porquê? Porque é contra os Estados Unidos. A Ucrânia, por sua vez, não passa de um antro de nazis, pois é o que diz o Putin, o ex-KGB inconformado, e, apesar de ter sido cruelmente invadida depois de convenientemente “desnuclearizada”, não devia receber ajuda militar para se defender, porque, lá está, a ajuda vem dos Estados Unidos e da Europa capitalista – tudo gente de direita, que são por definição contra os trabalhadores e só pensam em ser imperialistas e exploradores (não no sentido da Royal Geographic Society, claro está, mas, nem nos falem desses, que colonialistas insuportáveis). E não querem a paz, esses ucranianos, no fundo mais americanos que eu sei lá, porque não sei quê as fábricas de armamento. Não havendo armas haveria paz e assim os nossos “assets” putinistas poderiam descansar vitoriosos, silenciados os tais nazis por falta de combustível para resistir e retaliar.
No âmbito desta visão, a Carmo Afonso, porque é dela que se trata, dá-se agora ao trabalho de acusar o Rui Tavares de dizer, a propósito dos últimos acontecimentos em Israel, “coisas que agradam à direita”, como, por exemplo, que o Hamas é uma organização terrorista. Não pode, não é? Devia ter dito que os seus militantes são a resistência armada dos palestinos, quiçá um bocadinho violentos, mas quem não degolaria pessoas a eito para “libertar” o povo que oprime? Quem não massacraria jovens foliões pacíficos para impor um regime islâmico, teocrático e opressor, não é? Quem? O Rui Tavares é um traidor, pulou a cerca e não devia, pôs em causa o consenso do esquerdismo, e ela perde o pé e as estribeiras se alguém se atreve a deixar a ortodoxia assim desta maneira. Não se faz e a amizade dos dois está ameaçada. Oh, céus.
Não tenho mais palavras para tanta mediocridade. A esquerda da Carmo Afonso já teve melhores dias. Agora é a indigência e a desorientação totais.
Exactissimamente
Vamos lá a saber
Começa a semana com isto
Revolution through evolution
Hostile sexism linked to less responsive parenting
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Young children who are close to their parents are more likely to grow up kind, helpful and ‘prosocial’
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Soccer goalies process the world differently, muti-sensory integration tests show
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Private renting is making you age faster
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Why Is Democracy So Elusive in the Oil-Rich Middle East?
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Fresh light shed on mystery of infant consciousness
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Could a new law of physics support the idea we’re living in a computer simulation?
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Dominguice
Podemos associar a inteligência à bondade? Dois berbicachos iniciais, talvez insuperáveis. O que é a inteligência? E que raio será a bondade? Claro, não faltam definições reputadas de gente com obra para o primeiro conceito. Como não faltam definições desvairadas de gente com o seu ponto de vista, a sua circunstância, para o segundo. A inteligência pode ser usada para causar o mal absoluto. A bondade vista como a realização do interesse de um pode corresponder ao prejuízo para o interesse de outro. Abrindo uma passagem nesta selva à catanada, bute ligar a inteligência à sobrevivência dos organismos complexos. Quão mais inteligentes, mais complexos no seu comportamento. No caso dos humanos, a nossa complexidade biológica tornou-se fonte de complexidade cultural, acabando esta por se tornar fonte de complexidade material, ecológica e cósmica. Indo por aqui, a inteligência será tudo aquilo que aumente a complexidade. Parece um avanço quase irrisório na questão mas talvez seja decisivo se saltarmos agora para a bondade. A bondade mais simples, mais básica, será a mais imediata, definindo-se como adjectivação de tudo o que sirva a sobrevivência do organismo individual ou do seu grupo filial. A partir deste núcleo, vemos a bondade a aumentar de complexidade ao aumentar a complexidade dos grupos humanos. Da tribo à cidade, da tradição local aos direitos universais, há um trajecto em que a bondade se vai continuamente redefinindo cultural, política, social e pessoalmente. E sempre com esta lógica: o que é bom não passa de um melhor que.
Conseguir comparar dois bens, e dois males, e pesar as suas diferenças, as suas consequências, escolhendo o bem maior e o mal menor, eis o que o estúpido não consegue fazer. Pela complexidade é que vamos — para o melhor possível.
Ou esta: “não sejas demasiado justo, nem te tornes sábio de mais”
A situação de Israel na sua relação com os palestinianos causa a este observador distante na velha Lísbia, apaixonado pela cidade, um permanente estado de conflito moral. Culturalmente, a identificação é com a nação e cultura judaicas por razões de fundo etnográfico comum e modelos sócio-políticos similares. Civilizacionalmente, os palestinianos têm o mesmo direito que os israelitas a viverem num território de que sejam soberanos, sem margem para qualquer relativismo.
O ponto final do parágrafo anterior marca o limite da minha capacidade analítica no plano da História. A origem do país Israel confunde-se indistintamente com os séculos e milénios em que os povos da Europa foram a força política e militar mais decisiva naquela parte do Mundo. E esse nascimento tem uma relação directa com o Holocausto nazi. A violência que se abateu sobre os judeus até aos dias de hoje, começando pela invasão de Nabucodonosor só para ter uma data inicial qualquer e prosseguindo com o sistémico e ubíquo antissemitismo, é impossível sequer de elencar. Donde, quando são os israelitas a violentarem os palestinianos o risco moral é o da duplicidade, essa pulsão de encontrar justificações verbalizadas ou silentes para o que deve ser denunciado como abuso e crime.
No que tem sido, e não parece poder deixar de ser, uma guerra de vida ou de morte sem possível compromisso, ficar calado é sensato. Mas só porque a probabilidade de se largar uma obscena inanidade é altíssima. A ter de dizer alguma coisa, que seja esta: “debaixo do sol não há nenhuma novidade”.
Chalupices
«Campeão do Mundo em K2 500 metros no Mundial que decorreu em agosto último em Duisburgo, na Alemanha, juntamente com Messias Baptista, o canoísta português João Ribeiro veio esta quinta-feira a público questionar a dualidade de critérios que diz existir na Presidência portuguesa no que toca a condecoração de atletas de alta competição.
“A demagogia faz parte da sociedade, é inato do ser humano que de uma maneira irracional leva a uma constante procura da aprovação do outro, estranho é quando de uma maneira racional e lógica comete-se erros na governação de uma sociedade, que só por si é injusta pelas oportunidades de uns e a falta de oportunidade de outros. A mentira e oportunismo de em um momento de relevo nacional e internacional dizer que se merece, pelo percurso, pela batalha e constante procurar do melhor resultado para o nosso país e no momento certo não ter a decência de condecorar dois campeões do Mundo
“, pode ler-se na mais recente publicação de João Ribeiro no seu perfil oficial do Instagram.
Esta mensagem nas redes sociais surge precisamente no dia em que o presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o também canoísta Fernando Pimenta e o seu treinador Hélio Lucas no Palácio de Belém, onde ainda recebeu os jogadores da Seleção Nacional de râguebi, fruto do resultado histórico obtido no Mundial de França.»
Uma república islâmica para Israel
Pergunto-me se o mundo, se os Estados Unidos, se envolveriam numa guerra no Médio Oriente para a manutenção do Estado de Israel.
Imaginemos que o Irão, a Jordânia e a Síria, com a Rússia por trás, animados pelo aparente sucesso do Hamas em desestabilizar o Estado vizinho, decidiam apoiá-lo às claras e atacar em força com vista a eliminar os judeus daquela zona do globo, onde, dizem muitos, nunca se deveriam ter estabelecido, e provocar deste modo os Estados Unidos, principais apoiantes do Estado de Israel, mas já bastante “ocupados” com o problema da Ucrânia. Quem acorreria para evitar que tal desfecho se concretizasse? Pois tenho dúvidas.
Imaginemos, então, que o Estado de Israel se desmoronava, sendo os seus habitantes obrigados a fugir para outras paragens e instalando-se nesse território um estado palestino governado pelo Hamas. Continuariam os nossos bloquistas e comunistas, e os seus congéneres europeus, a dar vivas ao que se seguiria? Se sim, isso seria o equivalente a darem vivas aos talibãs. Como não se atrevem a ir tão longe no seu ódio ao Ocidente, suponho que frisariam a opressão em que viviam os pobres dos palestinianos nas mãos dos judeus e em como, agora, seriam donos do seu destino… Uns caridosos, estes farsantes. Pena que não vissem o absurdo, a abjecção, dessa caridade.
Não nutro qualquer simpatia nem pelos judeus ortodoxos, uns fanáticos que pensam ser donos de toda aquela terra por direito divino e que, em matérias sociais e políticas, pouco se distinguem dos tiranos islamistas iranianos, afegãos, etc., nem pelos radicais islâmicos que gritam morte às outras civilizações como se ainda vivessem no século VIII EC e que pouco ou nada contribuem para o progresso da humanidade. Estão bem uns para os outros e, se se eliminassem mutuamente, não viria mal nenhum ao mundo, pelo contrário. Já chega de querelas religiosas em nome de divindades, quando, no fundo, é uma questão de poder e dinheiro.
No entanto, Israel era uma democracia do tipo ocidental até há pouco tempo. Havia liberdade, tolerância, ciência e modernidade. Têm os judeus fantasias quanto à sua singularidade neste mundo? Têm, mas não me incomoda, desde que continuem a produzir bons cientistas e convivam bem com a secularidade. Naquela parte do mundo, a minha preferência só pode ir para eles. Já a ocupação progressiva que fazem do território dos seus vizinhos não é de todo aceitável e deviam recuar.
O actual agudizar deste longo conflito não me surpreende, portanto. Os terroristas do Hamas são umas bestas. Mas os israelitas já o sabiam. Os regimes autocráticos do mundo islâmico são violentos e desumanos. Cada vez mais o confirmamos. O Hamas não poderia ser uma excepção.
Assim sendo, para já, distância. Mas, neste caso, como no da Ucrânia, uma negociação de paz para evitar o pior terá que passar pelo abandono dos colonatos na Cisjordânia, onde Israel é o ocupante, como contrapartida pelo reconhecimento do Estado de Israel pelos dirigentes palestinos.
E chovam as críticas, por favor.
Estado da direita: o betinho apoia o pipi
Perguntas simples
A violência não é toda igual
A violência não é toda igual. Mas a violência mediada pelos ecrãs parece toda igual, porque toda espectáculo. Imagens que se sucedem a imagens, com o acompanhamento melodramático dos jornalistas e editores que estão a trabalhar para as suas audiências, medindo o seu sucesso pelo tempo gasto por cada espectador na emissão respectiva. Pretender justificar as acções violentas recorrendo a acusações e explicações faz parte da mesma experiência de alucinação. Um excesso de luz vinda dos ecrãs que impede a leitura interior.
A violência não é toda igual. Mas a violência é também incomparável e, no limite, do domínio do inefável no que ao sofrimento das vítimas diz respeito. Daí, para se tomar partido a favor ou contra a violência, há que ir ao encontro da consciência própria: eu faria o que vi fazerem? Se o registo for de honestidade intelectual, imediatamente responderemos: “Não sei”. Por exemplo, a rapariga (cuja nacionalidade ignoro) filmada a ser raptada pelo Hamas, com as calças encharcadas de sangue do que terá sido uma provável violação colectiva, pode ser vista como um alvo legítimo da luta dos palestinianos pelo direito a viverem em liberdade num território que seja seu? A mim, essa conexão aparece como inumana. Mas outros poderão alegar que a violência de que ela foi vítima é inferior à violência causada por qualquer uma das bombas lançadas por Israel ao longo de anos e anos que vitimaram civis palestinianos. Donde, aprovarem o terror a que foi sujeita e, quiçá, o seu assassinato.
A violência não é toda igual. Muitas milhentas vezes, foi e é indispensável para a sobrevivência, para a libertação, para a conquista da dignidade. Por mim, desconfio de quem perante a violência é rápido a trocar o sofrimento das vítimas pela abstracção da ideologia onde há maniqueísmo à solta e falta a coragem da alteridade. Esses cometem um outro tipo de violência, semente daquele que lhes serve de promoção da sua marca e agenda.