Dominguice

Nunca sabemos o que se passa. Há quem oculte informação por interesse próprio, como o criminoso e o oportunista. Há quem opere secretamente por necessidade metodológica, como o militar e o diplomata. Há quem conte uma versão enviesada e parcial, como o político e o jornalista. Daí não sabermos o que se passa na Ucrânia, em Gaza e na casa da minha vizinha do 4º andar. Daí não sabermos o que se passou ontem nem o que se vai passar amanhã.

A diferença entre o estado onírico e o vígil não é relativa ao conhecimento. É antes do domínio das sensações. Sente-se muito melhor a realidade e seus sonhos se acordados.

29 thoughts on “Dominguice”

  1. estou de acordo contigo desde que se sinta acordado e se esteja, seja, presente com arte no viver. porque se estivermos presente, acordados ou a dormir, sabemos sempre o que se passa. ao longe e na confusão é que sabemos nadinha. deve ser por isso que se diz, pelo menos a dona Natércia dizia: o que for para ti aparece às claras.

  2. Sabemos bem que há um apartheid na Palestina, por muito que os militares criminosos, os jornalistas politicos e os directores de campanhas do 4º andar nos tentem dizer que não há para poderem continuar a apoiá-lo.

  3. “Sabemos bem que há um apartheid na Palestina”

    e que esse apartheid saltou a cerca e chacinou civis, novos e velhos, fez reféns, torturou, voltou para dentro do apartheid onde mantém refém os palestinianos de gaza, que lhe serve de escudo humano, explora e não deixa sair, enquanto prossegue com bombardeamentos a israel. sabemos também que israel se está a defender e que os terroristas coitadinhos são bué da fofinhos na boca da comunicação social. se pararem de abanar o fogareiro as brasas apagam-se. vai morrer gente? vai, todos os dias à chacinas piores e maiores na ucrânia e já ninguém liga. é comparar a publicidade ao parque de estacionamento dum hospital em gaza e o hospital pediátrico de mariupol, os efeitos que geraram e a quantidade de mentiras sempre a favorecer o mesmo lado. em democracia a verdade é investigada ao pormenor e em ditadura é fabricada à medida, as provas escondidas e quem ousar investigar cai da primeira janela no próximo 10º andar.

  4. “vai morrer gente? vai, todos os dias à chacinas piores e maiores na ucrânia e já ninguém liga”

    uisch, terrivel peso na consciência que sentes.
    que o uses para dizer que não há apartheid na palestina e que estão a matar é poucos quando a contabilidade está perto dos 5000 em 15 dias é que é capaz de ser demasiado democrata e liberal da tua parte. tenta controlar um bocadito

  5. mas há quem saiba quem está a mentir…primeiro : temos de ver as versões dos dois lados , ou de todos os lados envolvidos , e há sempre alguém que não mente ; segundo , a falsidade salta à vista de alguns ” lie to me” ; recorrer á memória genética , avisa -nos onde está o perigo.

    nos casos em apreço , cherchez l argent.

  6. e a busca por uma aproximação à verdade é um exercício muito bom . ontem , pela primeira vez vi a al jazeera e gostei , também vi a gravitas , li jornais sul americanos e comecei a seguir malta interessante no telegram e no x. mais pobre não fico.

  7. “Neste domingo (22), o Ministério da Saúde palestino informou que o número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 4.651 vítimas. Destas, 40% seriam crianças.”

    acreditando nos números do ministério da saúde palestino, não confirmados por nenhuma outra entidade, morreram 2.790 (60%) adultos e 1.860 (40%) crianças ou seja 0,22% da população de gaza.

    1- de 4.651 para 5.000, faltam 349
    2 – este ministério da saúde palestino foi o mesmo que confrmou 471 mortos com o rocket disparado pelo hamas que caiu no estacionamento do hospital al-ahli, sabe-se hoje que o número de mortos deve andar entre 10 e 50, neste caso a diferença seria no máximo de 421.
    3 – em nenhum caso o ministério da saúde palestino confirma morte de terroristas, são todos civis e crianças, estas muitas para impressionar e os números inflaccionados 90% neste caso.
    4 – toda a informação vinda da palestina é martelada e aceite como verdadeira sem qualquer tipo de verificação. toda a informação vinda de israel é recebida com desconfiança e aceite como verdadeira , após longa investigação, quando já não tem interesse ou é inútil para alterar a opinião pública.
    5 – a vantagem das guerras com terroristas e mercenários é que só há crimes de guerra, chacinas e destruições de um dos lados, do outro só existe povo indefeso que é chacinado todos os dias. ninguém se queixa de ser usado como escudo humano e ninguém admite ser civil durante o dia e guerrilheiro à noite. se perguntarem ao putin por crimes de guerra, vai dizer que não sabe de nada, que o exército dele trabalha de acordo com os protocolos internacionais e são muito humanos nos bombardeamentos, não torturam, violam ou roubam e aquilo se vê não foi feito por eles.

  8. em 99,9% não concordo com o conteúdo dos escritos do escriba… neste caso tendo a concordar!

    “500 MORTOS
    (De Alberto Gonçalves, no Observador )
    De acordo com as notícias, Gaza está permanentemente à beira de ficar sem água, sem comida, sem electricidade, sem combustíveis e sem medicamentos. A única coisa que Gaza parece ter em abundância são “rockets” para despejar em território israelita. Desde 7 de Outubro que já despejou sete ou oito mil, dos quais 10% tendem a cair aquém da fronteira. Um destes foguetes caiu, por incúria ou deliberação, no parque de estacionamento de um hospital, causando uma “cratera” de meio metro, destruindo uma dúzia de carros e, talvez, matando algumas dezenas de pessoas.
    Num ápice, o Hamas anunciou que um míssil de Israel arrasara um hospital e, numa contagem instantânea, assassinara 500 pessoas. Em dois ápices, o “ministério da Saúde” local, que é o Hamas, organizou uma conferência de médicos rodeados por “cadáveres”. Em três ápices, boa parte dos “media” internacionais correu a reproduzir a propaganda de uma agremiação de tarados e proclamou em manchete que Israel arrasara um hospital e assassinara 500 pessoas, agora 700, entretanto mil.
    A famosa “rua árabe” confirmou a designação e, no Médio Oriente, na Europa e na América, saiu à dita com a moderação do costume, a pedir a morte de judeus, a demolir sinagogas, a tentar invadir embaixadas de países ocidentais, a abater suecos em Bruxelas. A extrema-esquerda, que demorou uma semana a legitimar, perdão, “condenar” (tosse) a chacina cometida pelo Hamas em Israel e demorou dias a debater se 40 bebés haviam sido decapitados ou mortos com humanidade, demorou cerca de cinco minutos a chorar, e em pranto, as vítimas do bombardeamento “israelita”. “Crime de guerra”. “Massacre”. “Genocídio”. “Limpeza étnica”. Depois começaram a conhecer-se os vídeos do sucedido, as análises das coordenadas geográficas e, por fim, as imagens matinais do parque de estacionamento, com os automóveis chamuscados, o buraquinho no chão e o alegado hospital, praticamente intacto, ao fundo. A farsa era evidente, mas não para todos.
    A “rua árabe”, que já estava lançada, com ou sem conhecimento da fraude prosseguiu os seus afazeres. Na maioria dos casos, os “media” que engoliram sem hesitações a “informação” providenciada por psicopatas desataram a retocar os títulos para disfarçar o vexame que sofreram e a vergonha que não têm. E a extrema-esquerda? A extrema-esquerda, embora aborrecida pela inexistência do massacre, não cedeu. Como aquela rapaziada usa dizer, “não passarão” – principalmente os factos. Em Portugal e lá fora, comunistas e demais simpatizantes do terrorismo mantiveram-se coerentes na denúncia do ataque imaginário ao hospital. No máximo, os “cautelosos” puxaram a cartada da “equivalência moral” entre, por um lado, a credibilidade relativa das autoridades israelitas, da administração americana, da União Europeia e dos nossos próprios olhos e, por outro lado, de um grupo que tortura crianças e invade um festival de música para violar e metralhar mulheres. No meio de escombros falsos e ridículo palpável, que eu saiba ninguém reconheceu o erro.
    Porquê? Porque o erro é deliberado. Ainda que existam, não será fácil encontrar criaturas estúpidas a ponto de confiarem cegamente nos relatos do Hamas. Em compensação, é facílimo encontrar criaturas prontas a amplificar as flagrantes mentiras do Hamas para fins políticos. Por mais que encha as bocas com sentimentos lindos, essa gente não possui um pingo de humanidade ou empatia. Essa gente não se comoveu com a barbárie cometida sobre israelitas e apenas fingiu comover-se com as “baixas” do “hospital” enquanto julgou poder atribuí-las às IDF – esforço que, aliás, não abandonou. Essa gente não se importa com o sangue de quaisquer inocentes, excepto na medida em que lhe permita apontar culpados e logo que, com ou sem fundamento, os culpados sejam israelitas. Acusar judeus, na ausência de provas e na convicção do embuste, é uma longa, muito longa tradição.
    Os fanáticos, leia-se os que trucidam a realidade em prol de alucinações, não se resumem aos membros activos do Hamas, do Hezbollah, da Jihad e restantes trupes recreativas que, sempre que possível, matam literalmente. Os fanáticos daqui limitam-se a inventar mortos. O desígnio, porém, é comum: criar os pretextos e as condições que levem à eliminação de Israel. Anti-semitismo? Principalmente. Rejeição dos EUA? Sem dúvida. Repulsa pelas democracias? Com certeza. Nojo ao Ocidente? É óbvio. As razões são sortidas e suficientes para que um urbanita gay de São Francisco se sinta irmanado a um supremacista islâmico que, nas circunstâncias adequadas, lhe poria as tripas ao sol. O ódio é o que os une.
    É a luta deles. Convém não abdicar da nossa, que Israel trava lá longe contra selvagens armados, e nós, nas devidas proporções, devemos travar cá contra os respectivos cúmplices. O que se decide é só a civilização.”

  9. “pela primeira vez vi a al jazeera e gostei ”

    os terroristas também e até são financiados pela estação do qatar.

  10. 1 – para poderem recusar-se a ver o apartheid já colocam tudo em dúvida: será que as bombas explodem mesmo? será que os mortos morrem mesmo? se calhar o nethanyau é uma miragem, um produto da nossa fértil imaginação.
    16 – claro que nunca se perguntam porque é que há tão poucas imagens e relatos da situação no terreno para podermos efectivamente aferir do que acontece para lá da neblina da guerra, até porque para isso lá teriam de reconhecer outra vez os crimes de guerra e a essa pescadinha não querem eles meter o rabo na boca.
    28,9 – para darem provas de serem de esquerda, citam o alberto gonçalves.
    0 – linques explosivos

  11. 100- pela coreografia apresentada não enterram o mortos, guardam-nos nas camionetes dos gelados e usam-nos como figurantes cada vez que dão um tiro nos pés com aqueles roquetes de alta necessidade e frabrico caseiro.

    61 – não há imagens porque estragam o fado dos desgraçadinhos e as que se conseguem são tiradas à sucapa antes dos gajos varrerem o lixo para debaixo do tapete.

    89,2 – há outros que apoiam o putin & ditadores associados com bandos de terroristas para se afirmarem da esquerda pura. gostos para tudo, permitidos em democracia e proibidos em ditaduras.

  12. “o caso web summit é exemplar do poder de Israel: as principais empresas e instituições cancelaram a presença e paddy apresentou demissão com efeitos imediatos.
    porque se demitiu? porque enquanto lá estivesse o acto de participar no evento teria uma leitura política
    e essa leitura seria o apoio à palestina. essa é a parte fascinante: o poder da diplomacia israelita transformou uma ida de unicórnios ao mundo encantado dos milionários da tecnologia num ato político.
    nunca uma vítima foi tão poderosa.”

    carmo afonso algures no deserto do sinai sem protecção solar e com o gps avariado a caminho da terra comprometida. na próxima semana teremos publicidade aos keffiyeh da gucci.

  13. “pela coreografia apresentada não enterram o mortos”

    e deviam, até porque não deve haver mais nada pra fazer ali. até deviam ir postar artigos do alberto gonçalves na net a dizer que apoiam o apartheid

    “não há imagens porque estragam o fado dos desgraçadinhos e as que se conseguem são tiradas à sucapa antes dos gajos varrerem o lixo para debaixo do tapete.”

    desgraçadinhos, os israelitas. lixo, os palestinianos. bem entendido.

    “gostos para tudo, permitidos em democracia”

    nope. o apartheid continua a não ser democrático. temos pena

  14. o apartheid… a pazzz… e o apartheid e a pazz mais o apartheid… e o cessar fogo… o apartheid e a pazz…

  15. É para ultrapassar o nível incerteza que se recorre à meteorologia;
    Vamos agora comentar a Guerra da Ucrânia, enquanto esperamos que os comentadores troquem de lugares temos o estado do tempo para as próximas 24 H. Não saia do seu lugar .

    Contudo nada nos impede de fazer um juízo, basta ter algumas noções dos direitos fundamentais: liberdade, igualdade, direito á propriedade, saúde, garantias individuais, etc. onde não são cumpridos e porquê.

  16. mas afinal quem são os maiores na representação e espectáculo ??? quem dá cartaz no cinema? quem é que ganha muitos óscares ? daaaa.
    não perceber que há uma diferença abissal entre uma mulher , que farta das sevícias e tareias do marido , o mata e outra que o mata para herdar é de palerminhas obtusos e injustos.

  17. John Maxwell Coetzee, escritor de origem sul-africana e Prémio Nobel Literatura 2003:
    «O apartheid foi um sistema de segregação forçada baseada na raça e na etnia, praticada por um grupo excludente e autoproclamado para consolidar uma conquista colonial e, em particular, para manter e estender seu domínio sobre uma terra e seus recursos naturais.
    Em Jerusalém e na Cisjordânia, para falar só de Jerusalém e Cisjordânia, o que temos é um sistema de segregação forçada baseada na religião e na etnia, praticada por um grupo excludente e autoproclamado para consolidar uma conquista colonial e, em particular, para manter e estender de facto o seu domínio sobre uma terra e seus recursos naturais».
    A questão, acrescento eu, é que enquanto no regime do apartheid sul-africanos, os negros tinham que ter “passes” para aceder e circular nos territórios dos “brancos” mas não tinham “muros de separação”, no regime do apartheid israelita, os palestinianos além dos “passes” têm também de ultrapassar “os muros de separação” que os impede de circular livremente nos seus próprios territórios da Palestina Ocupada.

  18. a africa do sul era um estado/apartheid apoiado pelo capitalismo ocidental que segregava negros e gerava riqueza, agora são colonizados pelo capitalismo oriental que entretém os negros a segregar brancos enquanto os rouba e gera miséria.

  19. “Há algo que me deixa perplexo na discussão em torno do conflito entre Israel e a Palestina, que é a facilidade com que algumas pessoas legitimam o Hamas.
    E por isso é bom recordar que, antes do atentado de 7 de Outubro, o Hamas já governava Gaza de forma sufocante. Não há liberdade de expressão, as minorias têm zero direitos, as execuções sumárias são uma constante e a utilização de civis como escudos humanos não é uma fantasia.
    E sim, o Hamas construiu instalações militares próximas ou coladas a bairros residenciais, escolas e hospitais.
    Se isso legitima décadas de ocupação e crimes de guerra de Israel?
    Com certeza que não.
    Mas daí até quererem fazer do Hamas um batalhão freedom fighters vai um longo caminho de falta de noção.
    O objectivo do Hamas é a instauração de um regime teocrático baseado na sharia, idêntico àquele que vigora na Arábia Saudita. Extrema-direita totalitária, portanto.
    Qual é a dúvida?”

    “Vítimas amarradas com arames e queimadas vivas, vítimas dos 3 aos 90 anos de idade, bebés decapitados, vítimas com buracos de balas nas mãos, instintivamente levadas à cara para se protegerem antes de serem assassinadas, uma massa disforme só identificada como vários corpos através de tomografia computorizada, entre 1 500 a 2 000 almas torturadas e assassinadas [Hamas torture confirmed as Israeli forensics institute identifies victims], “stifling the urge to retch became a difficult task” – “abafar a vontade de vomitar tornou-se uma tarefa difícil”, mais duas centenas de reféns, desde bebés de tenra idade a idosos em cadeira de rodas, passando por sobreviventes do holocausto e adolescentes e jovens adultos do sexo feminino que saem das motas, pick up e 4×4 dos raptores com manchas de sangue na zona do anus e da vagina, [as imagens estão disponíveis nos sites das agências noticiosas], uma barbaridade que nem os roteiristas da série Vikings se lembraram. Isto tudo aconteceu no dia 7 de Outubro do anno domini de 2023 e até ontem, dia 22, o que tivemos foram manifestações, um pouco por todos os cantos do planeta, em solidariedade com a Palestina. “Eu não apoio o Hamas, mas…”

  20. talmude para o jantar

    O Seph. Jp., 92, 1: “Deus deu aos judeus o poder sobre as posses e o sangue de todas as nações.”

    Schulchan Aruch, Choszen Hamiszpat 156: “Quando um judeu tiver um gentio em suas garras, outro judeu pode ir para o mesmo gentio, emprestar-lhe dinheiro e, por sua vez, enganá-lo, para que o gentio seja arruinado. Pois a propriedade de um gentio, de acordo com a nossa lei, não pertence a ninguém, e o primeiro judeu que passa tem pleno direito de apoderar-se dele.

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