O que é o patriotismo e qual a sua necessidade nos regimes democráticos?
Do céu vem a sanidade e a esperança
Lapidar
Era só o que faltava
Alguém, um americano com presença mediática cujo nome não fixei, fez esta antevisão há meses e meses: nem Biden nem Trump seriam realmente os candidatos presidenciais em 2024.
Está a meio caminho de ter razão. E, pelo estado assarapantado e trôpego em que Kamala deixou o ogre, parece cada vez mais provável cumprir-se a sua profecia.
Começa a semana com isto
Revolution through evolution
From Politicians to Pop Stars to Professionals, Gender Stereotypes Shape How We View Power and Status
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Venting your frustrations can make friends like you better – if you do it right
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Parents who use humor have better relationships with their children, study finds
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Forest restoration can boost people, nature and climate simultaneously
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AI poses no existential threat to humanity, new study finds
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The atmosphere in the room can affect strategic decision-making, study finds
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When decision makers quickly come to a conclusion, the decision is more influenced by their initial
bias
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Dominguice
A ideia de que impedindo a leitura livre dos jornais e revistas, entretanto transformados em conteúdos digitais, se iria salvar a imprensa como negócio é quimérica. A frustração da curiosidade não leva ninguém a comprar esses produtos, primeiro, nem leva ninguém a anunciar nesses meios, depois. É uma decisão irracional equivalente à do afogado que agride o salvador na confusão e desespero em que se encontra. Pura e simplesmente, o próprio conceito de jornal e revista deixaram de ter eficácia comunicacional num ecossistema saturado de informação e ofertas lúdicas gratuitas. Isto é óbvio, por que raio insistem em fingir que ainda estamos em 1994?
Para dar dinheiro a um jornal como se dá à Netflix, a um ginásio e num restaurante é preciso que o produto seja apetecível em 2024 e seguintes. O jornalismo português não o é, o comentariado idem. Não são as notícias enquanto notícias que interessam ao ponto de querer pagar, é o que cada um pode fazer com elas. Tem de se inventar um novo serviço onde o jornalismo seja personalizável, pá.
Exactissimamente
«É evidente que há um problema com a Justiça em Portugal. A resposta à questão sobre como pode ser resolvido o problema deve ser dada na Assembleia da República, pois é aí que estão presentes os partidos políticos e representados os cidadãos. Deve ser a Assembleia da República a tomar as medidas necessárias para termos um país mais próspero com uma Justiça que dê a resposta necessária e adequada. Para isso, é necessário que exista um diálogo constante entre todos os intervenientes. Sem prejuízo da iniciativa e da centralidade da reforma da Justiça deverem pertencer à Assembleia da República, dever-se-á contar, igualmente, com a participação do Presidente da República e, bem assim, do Governo.»
Há anos que sonho com isto
Giant balloons floating above Colorado’s wildfires could help to predict future blazes
Já existe a tecnologia para detectar a partir dos ares qualquer fogo florestal assim que ele comece, e depois calcular com precisão o seu desenvolvimento dadas as condições meteorológicas e a geografia da ocorrência. Basta meter os balões e, acrescento, zepelins a trabalhar e dar-se-á uma redução drástica nos prejuízos e ameaças dessa calamidade que vem aumentando com o aquecimento global.
Surpresas no leste
Não foi uma surpresa que Putin quisesse invadir a Ucrânia em 2022 porque já o tinha feito em 2014. Surpresa foi não ter sequer conseguido ameaçar entrar em Kiev tendo umas forças armadas 100 ou 1000 vezes mais poderosas do que as ucranianas. A esse fiasco inicial, seguiu-se uma guerra de atrito, de destruição e matança insana, onde nem com o apoio financeiro da China e da Índia, e com o material militar fornecido pelo Irão e Coreia do Norte, as forças russas conseguem ganhos estratégicos contra um país drasticamente limitado nos seus recursos demográficos face ao invasor.
A segunda grande surpresa desta guerra vem da incursão ucraniana na região de Kursk. É surpreendente porque as notícias dos últimos meses dão conta do crescente desgaste das linhas da frente da Ucrânia, com pequenos avanços russos. Mas é ainda mais surpreendente porque ninguém entendeu a lógica da coisa. Que raio vão fazer os ucranianos nesse território onde só parece existir um aparente alvo civil com eventual valor para ser destruído? É simples de perceber ser cada vez mais difícil manter linhas de abastecimento à medida que o tempo passa e as forças avançam não se sabe com que finalidade. Donde, para quê isto, senhores? A incompreensão foi o sentimento prevalecente nas reacções mediáticas nos primeiros dias.
Acontece que já passaram 9 dias. E isso configura a terceira grande surpresa, pois não se vê a Rússia anular a presença ucraniana no seu território, sequer a impedir o seu avanço. Pelo contrário, estão a deslocar civis noutras áreas, assim provando que não têm resposta militar adequada à situação.
Obviamente, é provável que Zelensky não esteja com grande fé de ver os seus soldados ocupar a Красная площадь com armamento “ocidental”. E alguma coisa está a ser planeada pelos generais russos que resolverá a crise de modo decisivo. Obviamente.
Dito isto, não poderia existir surpresa maior nesta guerra do que ver Putin a assinar um acordo de paz. Fosse quando fosse.
Vamos lá a saber
A indústria da calúnia nacional está de parabéns
«Para 78% dos portugueses, os últimos três anos foram sinónimos de aumento do nível de corrupção em Portugal. Os números são dos mais recente Eurobarómetro sobre as “Atitudes dos cidadãos face à corrupção na UE em 2024” e colocam os portugueses inquiridos com uma percepção em relação à existência de corrupção muito acima da média dos inquiridos entre a União Europeia (41%). No geral, os portugueses inquiridos estão mais pessimistas quanto aos níveis de corrupção comparativamente com os números do ano passado.
Há outro dado curioso: embora poucos inquiridos portugueses tenham testemunhado ou se afirmem vítimas de casos de corrupção, a convicção de que a corrupção está embrenhada nas empresas e na política é mais elevada em Portugal do que a média da União Europeia (em que mais pessoas admitem terem testemunhado ou serem vítimas de corrupção).»
Cada vez mais portugueses acham que a corrupção aumentou e é prática “comum”
Começa a semana com isto
Revolution through evolution
A ‘thank you’ goes a long way in family relationships
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Honey added to yogurt supports probiotic cultures for digestive health
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Does Your Morning Java Protect Against Dementia?
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Classical music lifts our mood by synchronizing our ‘extended amygdala’
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Nature at risk in the hunt for the perfect selfie
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People really dislike mental effort
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Expert: Trump’s comments on Harris’ race part of a lineage of strategies that sow division to preserve white supremacy
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Dominguice
A inclusão do “breaking” como disciplina olímpica fez-me imaginar a realização dos Jogos Olímpicos em Portugal com o Comité Olímpico Internacional a aceitar como novas modalidades o Jogo do Pau, a Pega de Toiros e o Fado à Desgarrada. Haveria fatal polémica por causa dos bovinos, e os espanhóis veriam como provocação as lembranças de terem sido corridos a varapau nos idos de Aljubarrota, mas tudo acabaria por ser esquecido na inundação de bronzes, pratas e ouros que ficariam em solo pátrio.
Se a ideia for a de aumentar o rácio de medalhas nas próximas edições, não vejo melhor plano do que este.
Nas muralhas da cidade
Curso de ciência política
«0 conselheiro era um homem muito do século. O seu trato social, a frequencia dos círculos políticos e elegantes, haviam-lhe dado todas as boas e más qualidades, que caracterisam aquella classe de homens, e sabe-se que a candura de sentimentos não entra no numero das mais habituaes dessas qualidades. Tinha uma razão clara, mas fria; se abraçava uma boa causa, não o fazia cedendo ao enthusiasmo, mas somente depois de ponderar fleugmaticamente os fundamentos em que ella se baseava; assim era que, em politica, se costumara a contemporisar, espaçando a adopção de qualquer medida, inquestionavelmente boa, para tempos em que fôsse mais conveniente; não se apaixonava por utopias, desconfiava d'ellas; havia muito tempo que desviára dos olhos o prisma encantado, através do qual olham o mundo os poetas e todos os mais sonhadores; costumára-se a marcar por modelo, nas differentes carreiras da vida, não um typo ideal, dotado de todas as virtudes, limpo de todos os defeitos e vicios; assentára a menor altura o alvo; parecia-lhe que bom fito eram já os indivíduos que tinham conseguido maior consideração na sua classe; as maculas que elles tivessem, eram, por esse facto, maculas auctorisadas. O pensar de outro modo era pensar de romance; agradavel para entreter, porém mau nas applicações ás coisas da vida. N'uma palavra, o conselheiro era um homem de bem, mas na esphera mundana; não um d'aquelles typos de pureza crystallina, através da qual parece passarem sem desvio os raios da luz celeste; mas já um tanto embaciado do bafo, social, que não o fazia ainda totalmente opaco.»
A Morgadinha dos Canaviais_Júlio Dinis_1868