“O nebuloso processo de privatização da TAP ficou agora mais claro com a auditoria da IGF, pedida no ano passado ao Governo pela Comissão Parlamentar de Inquérito à Gestão da TAP. Segundo o documento, a Atlantic Gateway, detida por David Neeleman e Humberto Pedrosa, comprou 61% da TAP com fundos provenientes da Airbus, um total de 226,75 milhões de dólares americanos [cerca de 205 milhões de euros ao câmbio atual], em troca da aquisição de 53 aviões. A transportadora portuguesa ficou obrigada a pagar esse valor, caso desistisse da aquisição das aeronaves.“[…]
Segundo Luís Montenegro, “não há nenhuma novidade” no relatório que a IGF enviou ao Governo e este para o Ministério Público relativo à privatização da TAP em 2015, feita por um governo sem legitimidade para a fazer, já em fim de mandato.
Mas eu pergunto se o facto de não haver nenhuma novidade (embora haja detalhes de clareza alarmante) significa que a matéria não é grave. Não significa. Significa apenas que o MP pode ter gavetas especiais para processos nunca prioritários. Prioritárias são, pelos vistos, as escutas intermináveis a governantes do PS só por serem governantes e do PS.
Pergunto também se não é confiança a mais na cumplicidade do MP com a direita o facto de Luís Montenegro gostar de repetir que não há novidade. Tem que haver, e de uma vez por todas, da parte do Ministério Público. Este negócio, sim, foi uma vergonha. Mas feito sem qualquer vergonha.
o sindicato dos pilotos maioritariamente do xunga e aldrabé ventrulhas financiados com dinheiro que o barraqueiro sacou indevidamente da tap, não foram e não vão ser investigados pelo ministério público?