Revolution through evolution
Lonely people’s divergent thought processes may contribute to feeling ‘alone in a crowded room’
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Smells influence metabolism and aging in mice
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Is artificial intelligence better at assessing heart health?
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Make creativity part of study programs for scientists-in-training, experts urge
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Underground water could be the solution to green heating and cooling
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Elephants as a new model for understanding human evolution
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Most existing methods to tackle conspiracy beliefs are ineffective, study finds
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Dominguice
Porque para cada um de nós o centro é onde está a consciência, a consciência começa naturalmente por acreditar que é esse centro. Sem ajuda exterior, continuará a fantasiar a realidade circundante como uma periferia. Muitas e muitas vezes, quase sempre, não há ajuda exterior que desfaça a alucinação. Através do pensamento mágico, reduzimos o infinito e o mistério a uma chachada. O resultado inevitável de estarmos a falar sozinhos.
A civilização consiste nesse caminho para os outros centros de que não temos consciência. É a curiosidade, estúpido!
A singularização do bem fazer
O conceito “banality of evil” foi criado por Hannah Arendt para analisar e reflectir a sua experiência pessoal ao ser a correspondente da revista The New Yorker no julgamento de Adolfo Eichmann, responsável militar nazi condenado à morte em Jerusalém no ano de 1961. É escusado dar informações acerca de um dos mais famosos julgamentos do século XX, fama surgida precisamente devido à produção intelectual de Arendt a respeito. Mas colhe marcar que estamos perante uma dilacerante questão que nasce do nazismo, remete para o Holocausto e está intimamente relacionada com a condição judia.
Miguel Pinto Luz, por sua vez, talvez venha a ficar na Wikipédia como alguém bem mais importante do que Hannah Arendt para estas matérias atinentes à civilização. Tudo graças ao que lhe passou no bestunto quando resolveu dar o seguinte título a uma cagada publicada na TSF: A banalização do mal fazer. Repare-se no brilhantismo da troca de “banalidade” por “banalização” e do acrescento do verbo, engenharia semiótica para não pagar direitos de autor e adormecer em paz com a sua pulhice. Quem perder o rico tempo a ler o esguicho de ódio, disfarçado de comentário sobre a TAP, chega ao fim e tropeça nesta síntese do seu superior pensamento:
«A grande pergunta que se coloca neste caso é que chefias retirar, que ministros remodelar? E a resposta é óbvia, com esta banalização do mal fazer, com esta transversalidade de uma cultura nefasta, é fácil de concluir que o responsável é só um: aquele que continua calado, o mestre das cortinas de fumo, o nosso primeiro-ministro António Costa.»
Ora, desde que há registos escritos que se podem ler acusações aqui e ali contra esta e aquela “cultura nefasta”. E a etimologia não podia ser mais apropriada ao terreno que o probo Pinto Luz escolheu para atacar os adversários políticos, dado que nefasto significa originalmente “o que está proibido pela lei divina”. Deus, qualquer deus que se preze, não pode curtir essa gente que teima em não respeitar quem manda, vai sem discussão. Daí, na História, o carimbo de “cultura nefasta” ter usualmente precedido a geração de ideias e entusiasmos relativos ao roubo, prisão, tortura, expulsão e assassinato desses em quem a “cultura nefasta” jaz entranhada de forma indelével.
Estará o singular Miguel, portanto, a sugerir que os socialistas são como os nazis, e que, como nazis que são, deviam ser apanhados e condenados à morte dado que neles o “mal fazer” é agora um antro de “banalização”? Não, claro que não, ai jasus. Isso é só o que ele pretende que o povo votante conclua da leitura do seu texto. Mas não tem nada a ver com o que ele pensa. Nada de nadinha de nada. Ele pensa outras coisas, coisas fixes. Com sabor a laranja. Ele nem sequer sabe quem é Hannah Arendt, coitado. Tem bem mais que “bem fazer”.
Luís Delgado coberto de razão
Lapidar
«Também digno de nota é o silêncio das pessoas com responsabilidades no debate público das leis e do direito. Com algumas exceções, é certo. Dias atrás, por exemplo, um juiz conselheiro decidiu escrever um artigo para dizer enigmaticamente que a lei "está no reino dos vivos", mas evitando comprometer-se com o sorteio dos juízes, que é o que está em discussão. Compreendo. A questão é delicada e convida à prudência e à pusilanimidade, deixando campo aberto para o exercício mais fácil de maldizer o governo e seguir a matilha afirmando que a ausência de regulamentação "alimenta sucessivos incidentes e recursos (...) (com vista) à desejável meta da prescrição". Quanto ao debate, nada; quanto a julgar as intenções dos outros, vale tudo. É tudo o que as luminárias do Direito têm a nos dizer. É a isto que chegámos.»
ChatGPT dixit

Em abono da verdade, diga-se que não é só Passos Coelho (por actos e omissões) quem manifesta ter uma posição favorável ao papel de Ventura no sistema político nacional. Igualmente Cavaco Silva e Ferreira Leite se pronunciaram a favor de Ventura por alturas do acordo do PSD com o Chega nos Açores. Ou seja, a elite histórica do PSD (com a sua mais importante figura, Cavaco, e a mais desejada, Passos) quer usar os piores instintos da natureza humana para ocupar S. Bento.
Portugal precisa de uma limpeza
Na sondagem Expresso/SIC, o PS aparece a perder muitas intenções de voto e o seu líder tem nota negativa pela primeira vez nessa mesma sondagem. O Chega é o partido que mais cresce e o seu líder também. PSD + Chega = Maioria, indica a sondagem. Se as tendências continuarem neste sentido, poderemos ter uma próxima sondagem onde o PSD passe o PS e o Chega tenha metade ou mais das intenções de voto nos socialistas.
Claro, as sondagens são só o que são. Há várias explicações para os seus resultados conjunturais, incluindo a intencional perversão de se querer enganar a própria sondagem. Votar é outra conversa, como as últimas eleições o mostraram para espanto, azia e raiva do comentariado. Mas que está a justificar o inquestionável grande sucesso do Chega?
O discurso de Ventura convoca vários tipos de deploráveis. Os economicamente deploráveis, cognitivamente deploráveis, intelectualmente deploráveis, civicamente deploráveis e moralmente deploráveis reúnem as condições suficientes para darem o seu voto a quem promete perseguir estrangeiros, ciganos, africanus, paquistaneses, chinocas e políticos, todos tratados como criminosos activos ou potenciais. Estas pessoas também concordam que a sua vida terá um acrescento de qualidade se virem a polícia a tirar das ruas aqueles que o Ventura indicar como culpados dos problemas sociais e das suas dificuldades individuais, sendo a Justiça apenas uma burocracia intermédia, aborrecida, na inevitabilidade de os meter na choça ou expulsar do Reino. Finalmente, estas pessoas ficam tranquilas quando ouvem e lêem Ventura a garantir que foi Deus quem lhe pediu para vir salvar Portugal dos corruptos. Estas pessoas, portanto, nunca perderam calorias a tomar conhecimento do que aconteceu na História quando outras alimárias apareceram com esta mesma conversa.
Ora, na direita decadente e na esquerda pura e verdadeira acusa-se Costa e Santos Silva de serem os culpados pelo crescimento do Chega, tudo por causa do que se passa no Parlamento. A tese é a de que essas sessões são diariamente seguidas por milhares e milhares de deploráveis à procura de esclarecimentos políticos e propostas racionais, tendo o telúrico efeito de lhes despertar um irreprimível desejo de irem votar no Chega após ouvirem Costa e Santos Silva a responderem às alarvidades do Ventura com descontracção e verve. É uma tese, pois, e até engraçada na sua imbecilidade e fétido absurdo. Igualmente, é uma forma de se protegerem de uma outra tese.
Nunca teríamos visto Ventura a entrar no Parlamento caso Passos Coelho não o tivesse ido buscar ao chiqueiro do comentário sobre futebol. Nunca teríamos visto Ventura a entrar no Parlamento caso Passos Coelho não o tivesse mandado para Loures, uma autarquia com uma tipologia social propícia a uma retórica de extrema-direita. Nunca teríamos visto Ventura a entrar no Parlamento se Passos Coelho tivesse impedido Ventura de fazer uma campanha eleitoral racista e xenófoba — ou simplesmente se tivesse retirado o seu apoio após constatar o mesmo que o CDS constatou ao acabar com a coligação antes da votação. Ao invés, Passos Coelho decidiu subir ao palco com Ventura apesar, ou por causa, disto tudo.
Eis a outra tese para o crescimento do Chega: Ventura não é uma novidade, não é um corte com a práxis política dos últimos 18 anos, é antes uma continuação, um incremento, do que a direita (com a cumplicidade ou aliança da esquerda) faz na oposição. Daí medrar e florescer num ecossistema mediático que se especializou no sensacionalismo totalitário, no populismo moralista, na indústria da calúnia, na estupidificação massificada, no primarismo reactivo, na demagogia sistémica e na prática de crimes com vista à judicialização da política e à politização da Justiça.

Começa a semana com isto
Revolution through evolution
Preschoolers prefer to learn from a competent robot than an incompetent human
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Strong, steady friendships may be an asset to your physiological health, study shows
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Exercise may reduce negative effects of unhealthy sleep duration on longevity
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The heart benefits of walnuts likely come from the gut
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The organization of sex trafficking: Study reveals entrepreneurial cycle of human exploitation
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Art evokes feelings in the body
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Early morning university classes correlate with poor sleep and academic performance
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Dominguice
Somos o que nos acontece ou o que nos acontece é o que somos? Na primeira hipótese, haveria uma essência individual, uma coisa em forma de assim, que traria do outro lado certos maneirismos estáveis, resistentes ao gasto e às pancadas, e que promete continuar ao regressar ao outro lado ou num outro lado. Ou então haveria uma tabula rasa em corpo humano que se iria preenchendo de rabiscos e salpicos, com sorte formas geométricas e belas pinturas, ao longo do tempo que durasse. Esta primeira hipótese, nas duas versões, é clássica, popular, universal. Na segunda hipótese, o que acontece cria a consciência através de rasgões no infinito. Nesses espaços ocorre a percepção do fluxo imparável, incomensurável, inexplicável da energia em devir. Se essa consciência se tornar consciente de si própria nada vai encontrar — dito de outro modo, encontra o nada.
Seja como for, há nadas com quem apetece muito mais estar a jantar do que com outros. Não é por nada.
A nossa notícia do dia
Este blogue é o garante do regular funcionamento das obsessões. Assim haja saúde.
Quem se lembra?
Lembro-me de alguns anos atrás interrogar alguns amigos meus, simpatizantes e militantes do PCP, sobre o seu silêncio nas redes sociais, sobre a timidez aterradora dos sites das delegações do partido. Era tudo muito oficial – nem sequer oficioso. Desvalorizavam a coisa. “Miúfa, o que vocês sentem é miúfa do partido”, ladrava eu.
Já antes do 25 de Abril eles se portavam assim. Participavam pouco, ou nada, no amplo Movimento Associativo de norte a sul do país. Uma autêntica Revolução Cultural em Portugal, especialmente no período marcelista. E conviviam pouco ou nada com os que a ele se dedicavam. Diziam que era por precaução. É possível que estivessem certos. Talvez por isso se tivessem equivocado no pós Abril. Havia um país que eles não conheciam bem, aquele que se expressou no primeiro de Maio de 1974 à saída da Praça do Império. Aquele que se expressou nas eleições para a Constituinte. Aquele povo que se mobilizou de norte a sul em comissões de moradores, comissões sindicais – e comissões de trabalhadores de que o PCP não gostava nada. Quanto aos sindicatos, propunham a unicidade sindical. Como o seu comportamento metia um medo do caralho, fomos obrigados a lutar contra eles também nesse campo.
(Alguns deles distanciaram-se da minha pessoa desde o conflito na Ucrânia. Mesmo alguns ex-camaradas meus, que comigo mantinham paleio, valentíssimos marxistas-leninistas-maoistas no tempo do esclarecimento e pancadaria na agora de Abril, voltaram-me as costas. Até aqui temos que compreender. O pior é com familiares. E aqui tenho sido um cobarde. Só eu sei o que tenho ensacado ao longo de muitas conversas para náo deitar tudo a perder… Desde a invasão da Ucrânia por Putin e a corja que o cerca).
Vou ficar por aqui. Sempre sonhei escrever contos, mas não sou capaz de criar enredos. E escrevo mal. Ainda jovem li os contos de Anton Tcheckhov. Estou a lembrar-me agora daquele em que um chefe acaba por morrer traumatizado por o subalterno ter, numa carta, colocado um ponto de exclamação a fechar uma frase. Não me lembro do título do conto. Quem se lembra?
Porra! A malta do PCP está mesmo em forma no apoio a Putin. Nota-se na caixa de comentários deste blogue. Um espaço de Liberdade que os putinistas adoram.
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Oferta do nosso amigo Fernando
Anda, Pacheco!
De acordo com o Código Penal português, uma calúnia é um tipo de difamação ou injúria onde não se prova a acusação ofensiva que se lança e, ao mesmo tempo, se pretende espalhar na sociedade essa mentira para assim prejudicar gravemente o alvo ou alvos da calúnia.
Quão maior a influência social do meio ou meios usados, quão maior o opróbrio da calunia lançada, quão maior o valor da reputação moral para o estatuto do alvo ou alvos, maior o dano que se pretende obter.
As calúnias são pervasivas ao todo das interacções humanas. Podem ocorrer na esfera das relações pessoais privadas, ou das relações pessoais profissionais, ou da competição comercial, ou da disputa política, ou noutra eventual situação onde há intenção de prejudicar alguém, ou alguma entidade, na sua honorabilidade e prestígio.
Qualquer um pode ser caluniador, independentemente da sua idade, género, educação, personalidade, poder financeiro, ideologia. Há caluniadores desde que há linguagem humana. O tribalismo alimenta a calúnia por automatismo antropológico que tende a desumanizar o estranho, o diferente, o outro, criando bodes expiatórios e diabolizando quem ostenta a sua alteridade. A cobiça e o medo são pasto para caluniadores e suas audiências. A soberba e a vaidade, a megalomania, idem aspas.
Em Portugal, os dois mais importantes caluniadores são o Pacheco Pereira e o João Miguel Tavares. Neste sábado, o primeiro imitou o texto de quinta-feira do segundo, fazendo ambos o enésimo auto-de-fé no julgamento popular de Sócrates. Unidos na exploração desse filão, eles têm literalmente milhões de palavras debitadas sobre a pessoa e respectivas peripécias políticas e judiciais. O que pretendem não é só continuarem a encher o bolso à conta do tema, igualmente ambicionam influenciar a Justiça nas pessoas dos procuradores e juízes que deliberem sobre o caso. Agitam-se como coro que ameaça castigar quem não castigue exemplarmente Sócrates, haja ou não provas para tal.
E é de provas que se deve falar, pois a Justiça é uma instituição que evoluiu historicamente para servir a comunidade nessa dificílima e crucial investigação: aferir da existência de provas de ilícitos. Sem tal recurso político, sem uma instância em que se confie para arbitrar suspeitas de crimes e conflitos entre cidadãos, a única alternativa é o permanente estado de guerra civil e a imposição da lei do mais forte. Este Pacheco e este Tavares é para essa perversão do Estado de direito que trabalham, justificando a escolha com a sua alegada convicção de culpabilidade. Eles assumem-no às claras, basta-lhes o achismo do que lhes passa pelos cornos para usarem alguns dos principais órgãos de comunicação em Portugal numa permanente campanha de apelo ao linchamento de Sócrates. Simetricamente, com obscena cumplicidade, os meios de imprensa profissional usados como veículos das calúnias pagam-lhes balúrdios para isso mesmo, pois há uma vasta audiência que consome essa violência com gula.
É escusado procurar por provas de corrupção relativas à Operação Marquês na caudalosa verborreia destes dois caluniadores profissionais porque eles não as têm sequer para sugerir – isto é, eles não arriscam elaborar uma descrição dos actos corruptos porque tal implicaria terem de envolver outros responsáveis governativos, políticos e empresariais que a investigação não acusou, sequer constituiu como arguidos. Em vez disso, usam a estratégia individualmente assassina do Ministério Público e amplificam-na, instigam a populaça com a devassa da intimidade de Sócrates e terceiros próximos. Quando se agarram às escutas vertidas criminosamente no espaço público, não só se mostram cúmplices de crimes como validam o crime como instrumento político e comercial. E que revelam essas escutas? Nada de nada no que concerne à corrupção. Mais: mesmo que apresentassem algum registo que parecesse obviamente relativo a um acto de corrupção (e tal não existe em nenhuma escuta), o simples facto de ser uma parcela de um documento mais extenso não permitiria concluir validamente pela culpa fosse de quem fosse — carecia de contexto e defesa antes do julgamento pela Lei. Imaginemos uma situação em que apareciam registos do Pacheco ou do Tavares, captados estando eles alcoolizados ou mentalmente perturbados por fármacos, ou traumas, seria que os próprios aprovariam a publicitação desse material e o seu uso para campanhas negras contra si? Se não, por que razão tratam Sócrates — um cidadão actualmente inocente — como dois verdugos? Porque podem, à-vontadinha, e gozam à brava com isso, é a resposta.
Mas esta dupla igualmente se revela inane no que ao tema geral da corrupção em Portugal, para lá da obsessão Sócrates, diz respeito. Nunca usam números das organizações que a estudam, nacionais e internacionais, nunca tratam factual e objectivamente a matéria. Nada têm a dizer sobre o que aconteceu no laranjal durante os anos do poder máximo de Ricardo Salgado, um senhor que não constava encher as suas empresas e a sua Comporta com a xuxaria; Marcelo Rebelo de Sousa aí está para o confirmar. Em especial, o Pacheco parece não ter opinião acerca da temática da corrupção durante o poder máximo de Cavaco Silva, num País ainda não digitalizado e onde os instrumentos e poderes legais do Ministério Público eram rudimentares face aos que existem desde 2005. Um País onde a cultura da corrupção era exibida nas conversas de café. Todos queriam untar as mãos do polícia, do fiscal, do médico, deste e daquele. Curiosamente, nesse tempo o Pacheco trabalhava para o Cavaquistão, foi um dos seus mais importantes operacionais. Como é que o seu olhar aquilino não topou nem com a sombra da pequena corrupção nos corredores do poder que frequentava? Como é que a sua supina inteligência e exímia probidade deixou fugir a história do nascimento e crescimento do BPN? Fenómenos do Emporcalhamento.
No Julgar Sócrates e depressa encontramos regurgitada a lengalenga que despacha copiosamente desde 2008, altura em que fantasiou derrotar o então primeiro-ministro em tandem com Manuel Ferreira Leite e tendo Cavaco a organizar inventonas e outras crises institucionais patarecas. Talvez esta seja a citação mais representativa do que está em causa na sua perseguição:
«Por tudo isto, eu, que não sou jurista, posso dizer que, se Sócrates não for condenado, seja por que motivo for, a nossa democracia sofre um abalo real. Não se trata de não aceitar a presunção de inocência — em tribunal ela é sagrada, mas na minha cabeça não é, sabendo eu o que sei, sem precisar de fugas, nem de nada, pelo que vi e ouvi do próprio, ele mesmo, José Sócrates.»
Donde, podemos inferir:
– Não é preciso ser jurista para ser decente.
– Sócrates será condenado, pelo menos por crimes fiscais.
– A nossa democracia não depende de Sócrates, o contrário é que é a realidade.
– Abdicar da presunção de inocência na cabeça é eticamente distinto de andar há anos e anos (tendo começado bem antes de sequer existir uma Operação Marquês ainda secreta) a alimentar a presunção de culpa e a fazer pressão social para influenciar os agentes da Justiça.
– As “fugas” são crimes, e os caluniadores profissionais usam esse material dando eficácia à intenção dos criminosos.
– A expressão “sabendo eu o que sei” é uma variação do famoso axioma Octávio Machado, duvida-se é que fundamente uma qualquer concepção de verdade e/ou de justiça sob que se queira viver.
– No fundo, tudo se explica graças a esse “eu”, grafado duas vezes, que se confessa fascinado pelo que viu e ouviu de um certo homem.
Fatalidades. Fado.
Perguntas simples
ChatGPT dixit
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Revolution through evolution
Researchers find strong adolescent-parent relationships lead to better long-term health outcomes in young adults
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Personality, satisfaction linked throughout adult lifespan
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Dual-task walking performance may be an early indicator of accelerated brain aging
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Being fit partially offsets negative impact of high blood pressure
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Attending live sport improves wellbeing – study
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Hard-Right Social Media Activities Lead to Civil Unrest: Study
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Lower energy consumption thanks to daylight-saving time
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Dominguice
Temos telefones no bolso e nas bolsas que são milhares (milhões?) de vezes mais poderosos do que o computador que levou Neil Armstrong e Buzz Aldrin à Lua. Estes dois amigos, em 1969, não teriam sido capazes de imaginar o que é o quotidiano digital da actualidade. Temos milhões (milhares de milhões?) de textos, vídeos, áudios à nossa disposição sobre todo e qualquer assunto concebível. Podemos comunicar livremente a partir da nossa casa, da nossa mão, sem custo directo, com mais de 60% da população mundial (potencialmente). Temos multíplices transportes para os quatro, cinco, seis ou sete cantos do mundo. Temos supercomputadores que nos prestam serviços de cálculo e análise com a plena capacidade da vanguarda tecnológica, democraticamente.
E temos menos inteligência do que Pitágoras. Muito menos. Ui.


