Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão.
Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.

Motherfucker, moi?

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Bem podem andar por aí os desordeiros do costume a berrar que o Human Rights Violations Report apresentado ontem pelo Departamento de Estado americano deixa de fora um prevaricador de peso: os próprios EUA. Mas não. Nada disso; hoje em dia, os bravos yankees até são capazes de alguma autocrítica. Se procurarem o capítulo dedicado a Cuba, verão logo que o relatório descreve com minúcia a forma como os direitos humanos são trucidados em Guantánamo on a daily basis:
• denial of fair trial, particularly to political prisoners
• severe limitations on freedom of speech and press
• beatings and abuse of detainees and prisoners, including human rights activists, carried out with impunity
• extremely harsh and life-threatening prison conditions
• interference with privacy, including pervasive monitoring of private communications
• denial of peaceful assembly and association
• restrictions on freedom of movement.

Na ficha do Afeganistão também não se deve dar com qualquer menção a Bagram… E por aí fora, de continente em continente. Assim vai o auto-proclamado farol da liberdade e da decência no mundo.

E também sou benfiquista porque o meu pai era sportinguista

No outro dia insistiram comigo: “porque raio assinas RMD quando o poste já tem o teu nome cá em baixo”. Expliquei: “porque quando para cá entrei, fazia-o por hábito. Mas logo um engraçado aproveitou o facto para gozar comigo. Decidi naquele momento que, enquanto cá estiver, acabo sempre com as iniciais. É uma espécie de desforra do engraçadinho. Se tivesse recuado estaria a dar graça à gracinha. Assim, farei tantos postes com as minhas inicias no fim que a gracinha deixará de ser graça para ser hábito.” RMD

Deixado na caixinha por um leitor

a mobilidade social já existia, mais dificil do que é hoje, mas existia.
a diferença entre classes é que era brutal.
a mobilidade social em nada veio acabar com a luta de classes.
o povo não é só o pobre, ou a plebe, ou a classe baixa, como preferirem.
o “subir na vida” nada muda, estão todos a tentar ser os gajos do “big cash”, ter alguem abaixo deles e se possivel não ter ninguem acima.

quem o ouvir falar pensa que não existe classe baixa em portugal ou que as diferenças que se tem acentuado não prejudica niguem.

não me leve a mal, mas essa visão só demonstra cegueira ou no minimo miopia ideologica e preconceito.

proletario é todo aquele despossado de capital, de meios de produção, são todos aqueles que trabalham por conta de outrem. como se diz nos states aqueles que trabalham para o “the man”.
a unica diferença é a qualificação dos proletarios de ontem e de hoje.
o resto são umas codeas que se dão e se dá o nome de classe media.

O Agitador

RMD

Perseguidos e ultrajados

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Se um marciano aterrasse neste belo planeta e tivesse o azar de ouvir Paulo Portas, José Manuel Fernandes e respectivos primos a falarem da”ditadura do politicamente correcto”, ficaria imediatamente convencido de estar perante gente corajosa que afirma as suas ideias subversivas, apesar de perseguidos pela polícia, escorraçados do ensino, despedidos dos seus empregos e excluídos da televisão. Tudo isto por afirmarem, correndo risco de vida, a superioridade do Ocidente, dos ricos e do engenheiro Belmiro.
Deus abençoe estes combatentes de rua e os guarde à sua ilharga e lhes dê para ler a colecção completa da “Revista Xis”.

Boa sorte, senhor Kúman

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No excelente site do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, acaba de ser corrigida uma informação (que me era atribuída) sobre a pronúncia do sobrenome KOEMAN do treinador que esta noite… bom, não se trata de futebol, sim de fonética.

A grafia OE designa, em holandês, o som U. Por exemplo, «vaca», que em holandês se escreve KOE, diz-se «cu». Tal e qual como o pescoço francês e o nosso traseiro. E a palavra KOEMAN quer dizer qualquer coisa como «vaqueiro». E lê-se «Kúman», com o «n» articulado.

Portanto, senhores radialistas: deixem-se de «Kóman», de «Kôuman», de «Küman», de «Köman» e outras tentativas de evitar incómodas sugestões, e chamem esta noite o homem pelo seu simpático nome, «Kúman».

E boa sorte, benfiquistas.

Este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório