Em Dezembro:
16 de Janeiro de 2007: O porta-aviões USS John C. Stennis partiu de Bremerton. Ruma ao Golfo Pérsico, onde se reunirá ao USS Dwight D. Eisenhower e a um batalhão “Patriot” de defesa anti-balística.
Em Dezembro:
16 de Janeiro de 2007: O porta-aviões USS John C. Stennis partiu de Bremerton. Ruma ao Golfo Pérsico, onde se reunirá ao USS Dwight D. Eisenhower e a um batalhão “Patriot” de defesa anti-balística.
Novembro de 1979
11 de Janeiro de 2007
(c) Michael J. Totten / Noah Pollak
Nos olhos e nas palavras do jornalista independente Michael Totten.
Meteu-se num carro conduzido por um amigo alcoolizado e teve o azar de sofrer um acidente? Pior: até aconteceu ficar paraplégico?! Não desanime! O foro pode trazer-lhe compensações: processe o fabricante do veículo, saque 18 milhões de dólares à General Motors e, no fim de tudo, divirta-se ainda com a discussão entre os advogados quanto à divisão dos honorários.
E ainda a propósito do debate de ideias que segue na caixa de comentários do 5 dias, suscitado pelo lúcido post de António Figueira, vale a pena recordar uma entrevista de Ben Greeman a Jane Kramer na New Yorker de 16 de Novembro de 2004. Fica um excerto:
(…) women in North Africa, where most of the families of young Islamic women in France come from, have really been struggling for their rights. But in France, with all its freedoms, so many young women seem to be capitulating to Islamist pressure. It usually starts with the young men who are recruited, and the symbols of successful recruitment are the women in the family. In other words, the women are the symbol of the new identity of the man. When you see a twelve-year-old girl coming to school in a chador, where for two or three generations no one had worn one, you have to look at this as the expression of an enormous pressure from the men in the girl’s family. You’re really dealing with a born-again movement, and the girls get the short end of the stick, because the boys don’t have to change what they study, how they dress, and so forth. The girls are the proof of the new purity of the family. Many French people I know felt that this law was a Pandora’s box, that it was going to be more trouble than it was worth, and that the best thing to do was to continue to try to deal with it in the schools, with teacher-parent conferences and so forth. But it’s hard to do that as the Muslim communities become more extreme. Ten years ago, a Muslim girl who told her family “I’m going out to the movies with friends” might have caused a family fight. These days, she might be shipped off to Algeria to be married.
Para quê levar a vida demasiado a sério?
A South African man has been fined $140 for taking a week off work, telling his employers he was pregnant.
Charles Sibindana, 27, stole a certificate from a clinic during his pregnant girlfriend’s checkup, a court near Johannesburg heard. He then added his own details to the note and submitted it and took seven days off work, seemingly unaware that only women consult gynaecologists.His employers became suspicious and investigated the matter.
A entidade patronal became suspicious…que delícia!
Um dia apareceu no Ministério da Instrução um professor primário, director de uma escola oficial, a Sete-Rios. Tinha direito a uma casa do Estado, ilegalmente ocupada por uma professora.Há uns nove meses que o assunto se arrastava.
O Ministro despachou mandando entregar a casa a quem de direito. Ora o leitor, se não sabe, fica sabendo que o ministro Costa Ferreira, como disse Homem Cristo no jornal, “não é para graças”…
Pois bem; os burocratas resolvem entravar a cousa, porque a interessada era irmã dum inspector. Chegaram ao descaramento de me informar – a mim secretário do ministro! – que o professor não era director da escola, quando ele estava nomeado em dois Diários do Governo!!!!
O ministro era massacrado por todos os lados com “cunhas”, cunhas que ele me mandava rasgar, logo que eu lhas principiava a ler.
Duma vez, aproveitando o facto de me mandar em serviço no carro do ministério e eu passar próximo da citada escola, disse-me para falar à professora a lembrar-lhe que ele, ministro, não era para festas.
Pois a professora não saía. Este é que era o facto. (…) entretanto o ministro, que esteve apenas dois meses na pasta, demite-se, e a professora, apesar de todas as ordens ou directivas que eu dera “por ordem de S. Exa. o Ministro” não saíra!!!
Era a burocracia a empatar!
Dias depois de saír do Ministério, quando se preparava tudo para deixar ficar na casa a professora, – atendendo a que estava grávida…!! – o interessado apareceu-me em minha casa a solicitar ainda o meu interesse, apesar de eu já nada ser. Escrevi ao Governador Civil João Luís de Moura que, ao que parece, no momento, tinha já contra-ordem para não mandar proceder a despejo.
Disse-lhe eu então da vergonha que era para a “situação” o adiamento dum assunto claro como a água. E incisivamente dizia-lhe que quanto à mulherzinha estar grávida, havia onze meses que a situação se arrastava!! isto é, começara antes de o marido sequer pensar na possibilidade de vir a ser pai, pois que o período de gestação de uma criança são só nove. Que, além disso, durante os dois meses que passamos no ministério, o assunto fôra sempre mexido e a professora nunca se dispusera a saír, à espera duma cunha salvadora, ou da queda do ministro tão invulnerável aos seus formidáveis pedidos!
E só então saíu o diabo da mulher! Arre!
> Contra o véu – pelo António Figueira.
> The history of Iran and Russia’s relationships – pelo jornalista e blogger iraniano Azadeh Akbari.
> Neo-Con Futurology – Stephen Holmes na London Review of Books
Tomás da Fonseca. Nascido em 1877. Jornalista. Professor. Republicano. Anti-clerical e jacobino produziu das obras mais provocadoras, azedas e polémicas do ateísmo militante. Actualmente bastante raras e nada fáceis de encontrar. Mas a quem possa interessar adquirir de uma assentada um rol substancial delas – a peça maçónica “Águas Novas”; o “Bancarrota:exame à escrita das agências divinas”; o “Ensino Laico: educação racionalista e acção confessional”; o “Na Cova dos Leões” (sobre o milagre de Fátima); o “Sermões da Montanha – A Religião e o Povo” e “O Diabo no Espaço e no Tempo” – é só ir ali à Calçada do Combro n.º 43, ao templo livreiro do Luís P. Burnay. Eu, fiel temente a Deus, espreitei só, li algumas orações, pousei e deixei ficar.
Sofia Loren. 71 anos. Pela dupla de fotógrafos Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin. Para o calendário pirelli 2007.
Designadamente, do que significa uma República liberal de cidadãos livres. E dispensa avatares de outros Georges. Os Republicanos feridos vão recuperando os valores do small government:
Republicans who limped back to Washington for a lame duck congressional session last week found a host of marching orders from President Bush, but perhaps none more urgent than this: Before Democrats take control of Congress in January, they must pass legislation authorizing the National Security Agency’s domestic eavesdropping program.
The response: deafening silence. Senate Majority Leader Bill Frist quickly dispatched aides to put out the word on Bush’s request: Not gonna happen.
Enquanto Chris Dodd, senador Democrata pelo Connecticut, introduz no Congresso o “Effective Terrorists Prosecution Act”, contendo algumas modernices liberais:
– Restores Habeas Corpus protections to detainees;
– Narrows the definition of unlawful enemy combatant to individuals who directly participate in hostilities against the United States who are not lawful combatants;
– Bars information gained through coercion from being introduced as evidence in trials;
– Empowers military judges to exclude hearsay evidence they deem to be unreliable;
– Authorizes the US Court of Appeals for the Armed Forces to review decisions by the Military commissions
– Limits the authority of the President to interpret the meaning and application of the Geneva Conventions and makes that authority subject to congressional and judicial oversight;
– Provides for expedited judicial review of the Military Commissions Act of 2006 to determine the constitutionally of its provisions.
Um erro gramatical pode parecer coisa inofensiva. Mas quando se trata de um contrato, a introdução ou omissão de uma vírgula pode ter consequências bem sérias. Quando, ainda por cima, o que está em causa são as condições temporais de denúncia antecipada do mesmo, a coisa pode ficar preta, designadamente para o advogado que terá metido a pata na poça. No Canadá, a Bell Aliant autorizou a Rogers Communications a usar as conexões telefónicas daquela. Posteriormente, aquela quis retirar-se do negócio, denunciando o contrato antes dos cinco anos. A cláusula invocada para a denúncia antecipada rezava assim:
“This agreement shall be effective from the date it is made and shall continue in force for a period of five (5) years from the date it is made, and thereafter for successive five (5) year terms, unless and until terminated by one year prior notice in writing by either party.”
O busílis está na segunda vírgula. A Rogers invocou que o contrato teria de vigorar pelo menos cinco anos. A Aliant contrapôs que aquela segunda vírgula não conferia à frase esse entendimento: antes permitia concluir que o contrato poderia ser denunciado antes dos cinco anos de duração, desde que assegurado o pré-aviso de um ano.
O regulador Canadiano reconheceu que a razão estava do lado desta última e a meu ver decidiu bem. Entretanto, à conta de uma vírgula, e com pelo menos dois milhões de dólares em jogo, e a Rogers inconformada, o caso segue para os tribunais Canadianos.