Tomás da Fonseca. Nascido em 1877. Jornalista. Professor. Republicano. Anti-clerical e jacobino produziu das obras mais provocadoras, azedas e polémicas do ateísmo militante. Actualmente bastante raras e nada fáceis de encontrar. Mas a quem possa interessar adquirir de uma assentada um rol substancial delas – a peça maçónica “Águas Novas”; o “Bancarrota:exame à escrita das agências divinas”; o “Ensino Laico: educação racionalista e acção confessional”; o “Na Cova dos Leões” (sobre o milagre de Fátima); o “Sermões da Montanha – A Religião e o Povo” e “O Diabo no Espaço e no Tempo” – é só ir ali à Calçada do Combro n.º 43, ao templo livreiro do Luís P. Burnay. Eu, fiel temente a Deus, espreitei só, li algumas orações, pousei e deixei ficar.
“Eu, fiel temente a Deus, espreitei só, li algumas orações, pousei e deixei ficar.”
Eu não sei se isto me abre a curiosidade ou se me assusta.
Ao contrário de nós, o gajo já saberá, a estas horas, as linhas com que se coseu.
Pena é que não dê notícias. Jornalista deixou de ser, com certeza.
Li os Sermões da Montanha e gostei. Que grande escritor. Aquele abre os olhos mesmo aos cegos que têm vista e não querem ver. Se existe o Céu ele está lá a descansar. E que DEus o tenha lá muito tempo sem nós. Grande Tomás da Fonseca, descança em paz.