Em Dezembro:
16 de Janeiro de 2007: O porta-aviões USS John C. Stennis partiu de Bremerton. Ruma ao Golfo Pérsico, onde se reunirá ao USS Dwight D. Eisenhower e a um batalhão “Patriot” de defesa anti-balística.
Em Dezembro:
16 de Janeiro de 2007: O porta-aviões USS John C. Stennis partiu de Bremerton. Ruma ao Golfo Pérsico, onde se reunirá ao USS Dwight D. Eisenhower e a um batalhão “Patriot” de defesa anti-balística.
Se os neocons soubessem que existes, tenho a certeza que já teriam posto à tua frente o convite para armirante da esquadra. Gente mal organizada. Minualha, faz-nos um grande favor.Usa os teus contactos e primos e descobre quantas tonas de urânio enriquecido existem nos arsenais nucleares israelitas e depois diz-nos para podermos todos brincar aos soldadinhos de chumbo ou à batalha nabal…enquanto esperamos pacientemente por um post teu na língua de Camões.
TT
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=258635
já agora pró pessoal: em 2003 publiquei isso abaixo no Público, depois calei-me, já não me apetecia dizer mais nada sobre a guerra…
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A sombra do abismo
Se há coisa que me parece que normalmente as pessoas esquecem é que vivemos todos alimentados pela energia do sol – que faz o clima e a fotossíntese e a vida – e é gratuita. Este postulado deveria fazer-nos desconfiar da legitimidade ética das formas de apropriação da energia. Porque é de apropriação de energia que se trata na guerra do Iraque.
Na interpretação do professor Said Barbosa Dib a guerra é antes do mais uma guerra do dólar contra o euro, a partir do momento em que em Novembro de 2000 o ditador Saddam tomou a decisão de indexar as exportações petrolíferas do Iraque ao euro, abandonando o padrão-dólar e assim criando um facto e abrindo um precedente. Se a OPEP adoptasse essa política a desvalorização (já nítida) do dólar criaria um buraco enorme na economia dos EUA a que se seguiria um período de caos e depressão. Esse é o pânico da administração e da Reserva Federal e o sr. Bush faz o que pode para alimentar um sistema viciado em adrenalina e serotoninas: promete um grandioso espectáculo de guerra onde os EUA serão os maiores. E além disso promete substituir Saddam por outro que revogue aquela decisão, restituindo a soberania do dólar nas transações petrolíferas e na economia do mundo.
Triste civilização esta que afinal não ultrapassou a barbárie. A tecno-barbárie, variando entre o cirúrgico e a mãe de todas as bombas, aí está. Quantos milhares de civis serão vítimas da guerra?
Já faz mais de 20 anos que li a trilogia da Fundação de Isaac Asimov. Relata o livro que, no auge do esplendor do Império, o psico-historiador Hari Seldom descobre que se está à beira do abismo; com as suas projecções matemáticas calcula nuvens de probabilidades que indiciem as sequências prováveis de acontecimentos. E assim conclui que é necessário construir duas fundações secretas que reunam o conhecimento da humanidade, para que pelo menos uma sobreviva ao longo período de trevas que adviria da guerra.
Na decada de sessenta, o professor René Thom lança as bases para um novo paradigma que veio a chamar-se a Teoria das Catástrofes. Nessa teoria, as catástrofes acontecem de súbito, quando ocorre uma dobra no campo potencial. Só na estrita vizinhança do abismo é que se pode vê-lo, para quem esteja dentro do campo. Fora dele, sim, sempre se poderá ver à distância a sombra do abismo.
E é assim que não desculpo a Durão Barroso a miopia política. A partir do momento que é anfitrião dos senhores da guerra tornou-se seu cúmplice e comprometeu-nos a nós, os portugueses que estamos contra a guerra, com a própria guerra.
(um ano depois era despedido, ilegalmente claro – quem anda à chuva molha-se – não há que queixar, e agora tenho de ir tratar de burocracias todo o dia, talvez com um toque final de javalis que os tapires são muito grandes :)
TT:
Lamentavelmente, só agora vi este teu comentário ao post do Gibel.
Com efeito, este blogue é pequeno demais para as tuas “Bomba”s.
Com um bocadinho mais de esforço ficas com o blogue só para ti. Um “Portugal Corner” na língua de Camões.