O “novo ciclo” da direita é de ir às lágrimas

Apesar de Paulo Rangel ter contado com o apoio explícito de Cavaco, Marcelo e Moedas, e com o apoio sistemático dos impérios de comunicação da direita, conseguiu o feito de perder para aquele que é um cadáver político desde o acordo com o Chega nos Açores. Acordo esse apoiado pelos cavaquistas e passistas sem pudor nem freio.

A derrota ficou altamente provável quando saiu a sondagem da Pitagórica que indicava ser Rio um melhor candidato a primeiro-ministro do que Rangel. A primeira sondagem a deixar o maluquinho antisondagens calado, por uma vez feliz da vida com a posse desse trunfo em cima da votação no PSD.

Assim, o “novo ciclo” da direita vai para eleições legislativas com um hipnótico triunvirato de monstros políticos, os quais vêm de mostrar a sua natureza sui generis em processos internos e sinais públicos de retinta decadência: as novidades Rio, Chicão e Ventura. Entretanto, Moedas resolveu virar de pernas para o ar a estrutura de combate à Covid em Lisboa por querer exibir-se para a fotografia no “maior centro de vacinação do País a inaugurar no dia da Restauração da Independência”, uma ideia que tem tanto de pacóvia como de irresponsável.

Esta direita que nos calhou é de ir às lágrimas. Não necessariamente a rir.

26 thoughts on “O “novo ciclo” da direita é de ir às lágrimas”

  1. Ao ler, ontem, a noticia sobre a vacinação COVId ser concentrada na FIL do parque das nações e que tal foi decidido pela CML/MOEDAS, fiquei siderado. Não lembra ao diabo juntar tanta gente numa fila , muito mais compacta do que é recomendado.. . e o governo não pode fazer nada ?
    Li também que o coronel da task force é um virologista e até investigador na Gulbenkian. Tudo bem. Mas sendo um técnico, será que é a pessoa indicada para gerir o processo logístico? A primeiras declarações que eu ouvi foi o senhor coronel a pedir mais gente, o que é estranho, a menos que a task force anterior tenha sido totalmente desfeita… Os tipos das ARS vão come-lo vido , isto vai ser um fartote e depois vão sobrar culpas para o Costa ( o do governo).
    Parece que seria preferível ter um coronel de cavalaria a comandar o processo….

  2. A actuação desta direita é de (eles) irem às lágrimas, como a actuação de meia esquerda é de (nós) irmos às lágrimas, também. O PCP e o BE tudo têm feito para diminuir o PS, desacreditar António Costa, tudo fizeram para suspender a geringonça. E assim vão continuar até às eleições. Claro que o PS também tem a sua quota de responsabilidade, inevitável, mas oxalá que o eleitorado seja clarividente e opte pelo mal menor: a maioria absoluta para o PS.

  3. O que é de ir às lágrimas é o medo que alguns têm do Chega. Ainda não perceberam que os portugueses estão fartos dos habituais políticos. Aliás, foi sesse acordo com o Chega que valeu a reeleição do Rui Rio. E não perceber isto é penas triste…

  4. Caro Valupi:
    Não me parece que se possa entrar em tom de comédia para estas eleições!!Com Rio fica muito mais difícil a conquista dos votos ao centro, e parece-me que o Costa não tem margem de manobra para se juntar a uma extrema-esquerda que não se importa de dar ânimo à direita radical!!Longe da naioria absoluta, é com Rio que terá de olhar!!E ,olha, aqui no Norte,Rio tem bom nome!!Vai ser muito complicado estas eleições para o Costa!!
    Um abraço
    Américo Costa

  5. “Dré
    30 DE NOVEMBRO DE 2021 ÀS 14:45
    O que é de ir às lágrimas é o medo que alguns têm do Chega. Ainda não perceberam que os portugueses estão fartos dos habituais políticos. Aliás, foi sesse acordo com o Chega que valeu a reeleição do Rui Rio. E não perceber isto é penas triste…”

    Que p… de alucinação!

  6. Se foi “esse acordo com o Chega que valeu a reeleição do Rui Rio” como afirma e comenta com agrado o senhor/a Dré, bem nos podemos eventualmente precaver contra “o eterno retorno do fascismo”. Julgo não ser exagerado considerar que o eleitorado favorável à direita (PPD/PSD e afins) representa cerca de 50% do eleitorado nacional.

  7. Se o Costa fosse malandrão e montasse a máquina de dar manteiga ao Povo é que era ; veja~se quem a oposição que temos escolheu para Bastonário dos Médicos, e a Bastonária Cavaca para ajudar na cernelha , com o .único fito de porem o SNS em cacos !!!
    Arranjava~se um médico inteligente, se possível do Exército e da arma de Cavalaria para a O.M. e para os enfermeiros a coisinha mais gostosa que trabalhe nas Santas Casas de Misericórdia, que o dr. Vítor Milícias não brincava em serviço, e a instituição,nisso,está muito bem servida…
    Falava com o Papa, que é um senhor com muito Mundo e conseguia um Cardeal de Lisboa e outro para Leiria que fossem menos lapuzes…
    Punha a Selecção portuguesa a pão e água até que se classificassem para as Arábias… isso é que era vê-los correr, voar talvez!
    Fechava TVs, Rádios imprensa e Net e que aparecesse alguém a berrar pela Liberdade, quando ficavam com todas as praias , serras,vales,cidades e vilas para explicarem o que quisessem, mas trabalhar aumenta o buraco do….ozono . Esta é uma medida de caridade, já não ligo a TV há meses, jornais já prevejo os títulos com um mês de antecedência. Já li, vinte vezes,no CM, a notícia de um homem que perdeu uma perna num ataque de tubarão e,meses depois,encontrou o sapato perdido à venda,já com meias-solas novas. Estes desmotivados tem que ser reeducados: mandados por três meses para um campo de adestramento do Chega e logo o Querido Líder via se davam pingue ou rojões,intragável em qualquer das formas

  8. As desculpas dadas pelo Moedas para o fecho dos vários locais de vacinação,
    não convencem pois, o mega centro de vacinação irá ser muito bem pago à en-
    tidade que explora ou detém a FIL no Parque das Nações, há que ajudar os
    privados … isso faz parte do programa do “inteligente”!!!

  9. Será possível que a Esquerda portuguesa não se lembre da Aliança Táctica de Estaline e Hitler, do apoio de Cunhal a Soares (engulir o sapo) ,da Aliança, que só pelo crime foi evitada, de Berlinguer e Aldo Moro ?
    Eu fui o mais burro da Escola ?
    Eu não tenho faro político ?
    Cavalarias altas só para os prendados ?

  10. Sobre a “brilhante” medida (tão brilhante que tive de comprar óculos escuros) de concentração da vacinação em Lisboa no “maior centro de vacinação do País”, disse hoje o Moedinhas da vozinha aveludada: “E obviamente que o custo de termos apenas um local é menor do que o custo de termos muitos locais, não é?”

    Eis a agenda, claríssimo a dizer ao que vem, o cabrão troikista.
    P.Q.P.

  11. Levei a primeira e a segunda doses da vacina da Pfizer há pouco mais de seis meses, nos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, relativamente perto de casa (à volta de dois quilómetros), o que faz todo o sentido.

    Em 24-11-2021, às 01:43, recebi um SMS dos Serviços de Saúde dizendo que tinha a vacinação contra a Covid-19 (terceira dose) agendada para 28-11-2021, na Rua da Escola Politécnica, n° 60, o que não faz sentido nenhum, pois, para mim, aquilo é na casa do caralho mais velho. O SMS solicitava confirmação pela mesma via, o que fiz, recebendo na volta a confirmação da minha confirmação.

    Dois dias depois, em 26-11-2021, às 22:45, recebi novo SMS, auto-intitulado “ACTUALIZAÇÃO”, dizendo que a vacinação era afinal no Estádio Universitário, Pavilhão 3, no mesmo dia 28-11-2021, mas a uma hora diferente. De novo confirmei, ainda que continuasse a ser na casa do caralho mais velho (casa de Verão, talvez), e, como dois dias antes, recebi a confirmação da confirmação.

    No dia e hora marcados cheguei ao local que me fora designado e deparei com uma molhada a perder de vista de centenas de indígenas em cima uns dos outros, sem qualquer distanciamento e ninguém que lhes chamasse a atenção para a necessidade de o respeitar: tudo ao molho e (pelo que me toca) nenhuma fé em Deus, cotovelo com cotovelo, peito com peito, peida com peida, aquilo não era um centro de vacinação, era um centro de contaminação. Quatro ou cinco bombeiros concentrados à entrada, sem a mínima preocupação ou noção do que deviam fazer para minimizar a merda que à frente deles acontecia, limitavam-se a exibir a farda e as tatuagens dos musculados membros anteriores, com a arrogância de polícias que não eram, mais não sabendo fazer do que exibir uma “autoridade” que não tinham, com o comportamento típico de porteiros ou seguranças de discoteca.

    Havia um letreiro a propagandear a porra da “casa aberta” e nada a indicar para onde devia dirigir-se quem tinha marcação. Depois de me roçar pelas ressequidas peidas de uma ou duas dúzias de representantes da peste grisalha como eu (impossível evitá-lo), consegui abeirar-me de um bombeiro a quem informei que tinha marcação, pelo que não fazia sentido ir para uma bicha de centenas de índios e cobóis que estavam ali à babugem. Apontou-me um colega e disse-me, com a arrogância do bófia que um dia sonhou ser mas não era, que devia mostrar-lhe o SMS do agendamento, o que fiz, tendo então sido mandado para uma de duas bichas paralelas à entrada do pavilhão por outro bombeiro mal-encarado que se me dirigiu como se estivesse a fazer-me um favor.

    Percebi então que uma das bichas era dos agendados (a minha) e a outra do pessoal da casa aberta. Continuava a não haver qualquer espécie de distanciamento e nenhum dos bombeiros presentes teve um miligrama de discernimento que o levasse a chamar a atenção para a necessidade de o respeitar. Ainda tentei manter a distância em relação a uma senhora que estava à minha frente e pedi educadamente ao cota atrás de mim, que teimava em quase encostar a barguilha à minha peida, que mantivesse a distância, mas o que ganhei com isso foi olhares (dele e de outros) de reprovação, como se o pedido fosse uma picuinhice, um mariquice de merda sem qualquer justificação.

    À entrada do pavilhão, as duas bichas (recuso-me a dizer filas) encostavam-se literalmente uma à outra numa porta com metro e meio de largura, onde estive imobilizado perto de dez minutos, qual Martim Moniz, numa corrente de ar que justificava a afirmação de Napoleão de que tinha mais medo delas do que do exército inimigo mais feroz que pudessem pôr-lhe à frente. Não bastava àquele alegado “centro de vacinação” ser na prática um eficaz centro de contaminação, tinha também de acumular a valência de centro de produção e disseminação de broncopneumonias.

    Enquanto estive naquele desgraçado ponto de confluência das duas bichas, verifiquei que, à entrada do pavilhão, a fusão entre elas era total e que a bicha da casa aberta, apesar de muito maior do que a dos agendados, avançava muito mais depressa. Entre cada agendado que mandavam avançar, faziam entrar dois ou três da casa aberta. Destes, verifiquei com estes olhinhos que a terra há-de comer que uns 15 a 20 da bicha paralela à minha, chegados depois, entraram e foram vacinados antes de mim, e a culpa, como é evidente, não foi deles. Na prática, era quase como se não houvesse agendamentos. Assim, acabei por levar a porra da terceira dose da vacina 56-CINQUENTA E SEIS-56 minutos depois da hora agendada. E dizem-me que tive sorte, conheço um agendado que levou a pica duas horas e meia depois da hora marcada.

    Isto foi a realidade, que testemunhei e sofri em primeira mão. E agora a narrativa, nas variantes alfa e beta, ou seja, a(s) aldrabice(s) de gente sem vergonha, nas variantes altamente infecciosas delta e omicron:
    ________________________________

    MARGARIDA CASTRO MARTINS
    Protecção Civil da Câmara Municipal de Lisboa
    (no mesmo dia 28-11-2021):
    “As pessoas vêm às vezes muito mais cedo da sua hora (sic), o que faz com que se criem mais filas, e que dê a APARÊNCIA de maior confusão, mas que, da parte dos agendamentos, ESTÁ A CORRER EXACTAMENTE À HORA CERTA.”

    MENTIRA! Mentes com quantos dentes tens na boca, Margaridinha, sabes que mentes e disso não tens a ponta de um corno de vergonha, pois sabes também ser altamente improvável que te ponham à frente um jornalista digno desse nome que te esfregue as aldrabices no focinho.
    ________________________________

    EUNICE CARRAPIÇO
    Centro de Vacinação do Estádio Universitário
    (no mesmo dia 28-11-2021):

    “Tivemos cerca de 800 pessoas com agendamento E ESSAS FORAM CHAMADAS E VACINADAS DENTRO DA HORA.”

    MENTIRA! Mentes com quantos dentes tens na boca, Eunicezinha, sabes que mentes e disso não tens a ponta de um corno de vergonha, pois sabes também ser altamente improvável que te ponham à frente um jornalista digno desse nome que te esfregue as aldrabices no focinho.
    ________________________________

    Resumindo e concluindo: o que interessa são “os custos” e sua racionalização, na filosofia do banqueiro Moedinhas, o da vozinha aveludada, “autraca” nas horas vagas, pelo que é de prever que o futuro vacinal olisiponense, agora venturosamente centralizado na casa do caralho mais velho para a maior parte da população da cidade, seja, por definição, brilhante pra caralho. Oremos ao Senhor. Ou à Senhora, tanto faz.

  12. havia 7 centros de vacinação lisboa com capacidade para vacinar diáriamente 11.000 pessoas. o moedas desactivou 6, ficou o da ajuda e concentrou o resto na fil, reduzindo a capacidade para 7.000 vacinas diárias.
    portanto reduziu a capacidade diária de vacinação e aumentou o risco de contacto com maior concentração e deslocação de pessoas.
    todos os centros fechados eram municipais ou pertença do estado e o centro da fil é gerido por entidade privada. dizem que foi cedido gratuitamente, mas não explicam as condições ou contrapartidas.

    o resto são trapalhadas e folclore inerentes ao processo para os camaxos que têm orgulho em se indignarem por esperarem 56 minutos e 12 segundos para levarem uma vacina.

  13. … era só para avisar o senhor Valupi que o dótor Rui Rio vai ganhar as eleições e vai ser PM.
    O sótor Costa vai ter de engolir e viabilizar o orçamento ou então vai ser o culpado do André Ditadura conseguir meter o bedelho aonde não deve.
    Lá para 30 ou 31 de Janeiro venho aqui citar esta posta.

  14. … quanto ao Centro de Concentração de Vacinas do sótor Moedas … pois, é o expoente máximo da política de poupança de trocos da Direita Troikista ou não se chamasse o famigerado … “Moedas” … só falta pedir á saída “deixe aqui uma moedinha para o Tantantónio”.

  15. Parvalhatz, pide ranhoso infiltrado, vigarista, aldrabão e poltrão! Quando é que morres, cabrão?

  16. Joaquim, olha que aqui na terra onde me bacinei o Moelas não manda nada, mas a cena era igual a essa em Lisboa. Aqui os genários chegaram todos muito cedinho para a casa aberta e quem tinha marcação que se lixasse. Nem duas bichas habia, era bicha única. De modos que os mandei à faba e só boltei lá no dia seguinte, que já não habia ninguém, e fui bacinado em tempo recorde. Quem save, save.

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