22 thoughts on “Serviço público”

  1. :-(
    quem a salva senão ela mesma se lhe arrancaram parte da vida mas teima em ficar com o que lhe é essencial? apetecia-me abraçá-la e dar-lhe beijinhos, muitos, à esquimó.

  2. O desastre ferroviário de Alcafache. Lembram-se? Foi um escândalo. Cerca de 50 ou 60 vítimas mortais foram dadas como desaparecidas para aliviar as seguradoras, com a cumplicidade da instituição Justiça portuguesa que nunca se libertou da cultura herdada da Inquisição – até hoje.

  3. Neste dia de celebração da Gloriosa Restauração da Independência da Pátria, vemos claramente quão desgraçada é a sina que atormenta no presente a Nação Portuguesa, avassalada e desfigurada!
    Como são adequados aos dias de hoje os versos de Pessoa, no poema “Nevoeiro”:
    “Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
    Define com perfil e ser
    Este fulgor baço da terra
    Que é Portugal a entristecer —
    Brilho sem luz e sem arder,
    Como o que o fogo-fátuo encerra.
    Ninguém sabe que coisa quer.
    Ninguém conhece que alma tem,
    Nem o que é mal nem o que é bem.
    (Que ânsia distante perto chora?)
    Tudo é incerto e derradeiro.
    Tudo é disperso, nada é inteiro.
    Ó Portugal, hoje és nevoeiro…
    É a Hora!”

  4. “Português”, “É [era] a Hora”! de quê?! O Poeta vivenciava e esparralhava um Portugal mítico. Digo eu, pedindo desculpa pela linguagem demasiado erudita. Sem querer abusar dos meus aprofundados conhecimentos, muitos dos nossos intelectuais abusaram demasiado desse imaginário – e de Deus. O verdadeiro Portugal, o Portugal verdadeiro, o Portugal real, salvo seja, está em reconstrução desde aquela Madrugada. As coisas têm corrido mais ou menos bem, vai demorar muito tempo, mas o ideário desse Portugal mítico, quinto-imperista (lá estou eu a esticar-me outra vez), alimenta as cabeçorras de muito(s) Português(es). O “Português”, quase de certeza, não andou a defender esse Portugal nas Províncias Ultramarinas Portuguesas como eu andei. Tenho aqui em casa, dentro de uma arca, recordações desses 28 meses, entre as quais uma foto da africana S….., a primeira mulher com quem fiz sexo como deve ser. Cá, só quando ia às putas, na rua das putas da cidade mais próxima do lugarejo onde vivia -namorei sempre com ela à janela, ou acompanhada da irmã pequenita. Casámos e a noite de núpcias foi uma merda do caralho…. Ai… esse seu Portugal, “Português”! Você deve ser boa pessoa. Digo eu.

  5. mas o que é isto? alguém leu o texto referenciado? não têm mais nada que fazer do que falar de peripécias sexuais?

    e para que casou com essa, Fernando, se não a conhecia na intimidade? a intimidade sexual faz parte do todo como outra parte qualquer. nem quero imaginar quantos orgasmos não terá fingido até hoje, ela, e quantas transgressões cometeu – o Fernando – só para segurar um pseudo- casamento. e que sorte teve a africana: gozou e livrou-se de si.

  6. Olindinha : relaxa, o Fernando não está a atribuir a menor culpa à mulher com quem casou.
    A culpa existe e é monstruosa e tanto o Fernando,como a mulher dele,como a Olindinha ,como eu ,etc.,etc., sabemos quem é a principal culpada.
    Se fôssemos pessoas de alguma dignidade ainda hoje lá íamos , exigir explicações,,,

  7. nem eu, Samuel Clemens, assim de repente só me ocorre, nisso da culpa, o mosquito do Reininho. o que eu disse, e volto a dizer, como assim o entendo, é que o amor tem de amar ser fodido com a mesma intensidade: o corpo tem de dar voz ao amor e sem tabus.
    e, do alto da minha dignidade, não faço a mais pálida ideia do que fala onde exigir explicações. se me falar em mentalidades no individual já é outra conversa.

  8. Li o texto todo, Olindinha, e espero que a indemnização seja até superior ao pedido. É possível, se houver um juiz ou juíza a sério no julgamento. E que haja também responsabilização criminal, tanto da CP como dos funcionários negligentes.

  9. Olindinha, casei com “essa” e fomos e somos muito felizes. Temos 3 filhos espetaculares. Os dois estivemos a ler os comentários e rimo-nos à brava. Só fiquei lixado por ela ter manifestado apreço especial pelo seu comentário… Estamos juntos há 54 anos. Naquele tempo as coisas, muitas vezes, aconteciam assim, especialmente, num remoto lugarejo. Valupi, desculpe afastar-me tanto do tema do post.

  10. A yo não gosta da Maria. Aposto que gosta mais do quem quer casar com a agricultora para se entesoar para o bacanal diário do ricardinho e da clarinha.

  11. obrigada por ler, Joaquim Camacho, estou certa de que ficou mais rico.
    ————————————
    yo, largue o chá de parreira a ver se essa cachola perfuma. !ai! que riso.
    ————————————
    Fernando, muito obrigada pela partilha tão querida: se há riso em conjunto ao final de mais de meio século significa, seja lá o que isso for, que é funcional para ambos. e o riso é afrodisíaco. um beijinho para a Essa, essa que tem o bom gosto em fazer o viés para o riso.

  12. O riso é lindo. Como escreveu o Eça na sua crónica “Decadência do riso” já ninguém gargalha
    Ao menos aqui provamos um bocadinho dessa liberdade q o riso nos dá

  13. Está no livro notas contemporâneas. São as minhas partes preferidas deste artigo
    Eu ainda me recordo de ter ouvido, na minha infância e na minha
    terra, a gargalhada — a antiga gargalhada, genuína, livre, franca,
    ressoante, cristalina!… Vinha da alma, abalava todas as vidraças de
    uma casa, e só pelo seu toque puro provava a força, a saúde, a paz, a
    simplicidade, a liberdade!

    O que hoje se escuta, às vezes, é uma casquinada ou uma
    cascalhada (por ter o som do cascalho que rola), seca, dura, áspera,
    curta, que vem através de uma resistência como arrancada por
    cócegas, e que bruscamente morre, deixando as faces mudas e frias.
    Eis a risada do nosso século!

    Que crueldade o que aconteceu nesse dia.
    Achei uma boa história, ao contrário do Camacho não consegui lê la, é um bocado extenso o artigo.

  14. Conheci há alguns anos um tipo, engenheiro do Ambiente, 24 ou 25 anos, bom rapaz, conversador. No decorrer de uma conversa, não me lembro sobre quê, sugeri-lhe determinado livro sobre o assunto, que parecia interessar-lhe. Respondeu-me o “Senhor Engenheiro”, sorridente, que nunca tinha lido um livro na vida e que era tarde para começar, pois lhe faltava para isso a paciência. E disse-o com orgulho, diria mesmo vaidade, como se de proeza se tratasse. E era mesmo, porque ir para a universidade e tirar um curso superior sem ler um único livro, excepto talvez resumos e cábulas que lhe permitissem chegar ao canudo, andar por ali durante quatro ou cinco anos, rodeado de “juventude inquieta”, como costuma (ou costumava) ser a juventude, de olhos esbugalhados para o mundo, bebendo sofregamente o universo (a dita juventude, claro), sem se interessar por mais nada além do canudo no fim do curso, fosse por que meios fosse, é obra, caralho! Infelizmente, é obra e proeza cada vez mais vulgarizada, e tu, Eduardo, pareces orgulhar-te de pertencer a esse grupo de “atletas” de escol. Pois se até um artigo de jornal é para ti “um bocado extenso”, imagino com que horror olharás para um livro.

    Lembras-me também o grande “atleta” de Boliqueime, que confessou uma vez, orgulhoso, com um sorriso de orelha a orelha a embelezar-lhe a tromba (foda-se! vade retro!), que tinha uma vez tentado ler “O Memorial do Convento”, de José Saramago, mas não tinha conseguido chegar ao fim. Já reformado, até o “felicitei” publicamente, na altura, pela heróica tentativa, como podes ainda ver aqui:

    https://www.dn.pt/opiniao/opiniao-do-leitor/carta-aberta-ao-presidente-da-republica-1599503.html

    Estás, pois, em óptima companhia e melhor forma, grande “atleta”, não terás qualquer dificuldade em cumprir os mínimos para as Olimpíadas da Parvoeira. Os meus parabéns.

  15. Bom dia a todos.
    Mas o que me interessa a mim(já não pergunto a ti) que o estado isentou se a si próprio de cumprir a lei até 2024?

  16. Confesso que só vi os vídeos agora. Há alguma insensibilidade e um bocado de mau gosto quando se compara, implicitamente, o comportamento estúpido de um indivíduo, que só por acaso não lhe custou a vida, com a desgraça que estragou irremediavelmente a vida uma miúda, não por culpa ou estupidez dela mas, pelo que li no trabalho da Fernanda Câncio, por negligência e estupidez de outrem, neste caso os funcionários da CP a quem competia garantir que o comboio só arrancava com as portas fechadas e em condições de segurança para os passageiros.

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