Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
Uma lição académica sobre a relação entre populismo e democracia, servida por um orador que torna o assunto tragável e até saboroso.
O painel também faz contributos muito valiosos sobre a questão.
3 thoughts on “Começa a semana com isto”
(espero não ter queimado os fusíveis do Aspirina que ficou a bombar a noite toda no vídeo que ficou a meio :-))
tendemos a pensar no populismo como algo pejurativo naquilo que Huntington chamou de terceira onda de democratização que vem no seguimento da transitologia e da consolidologia de Schmitter enquanto interpretação das mudanças de regime político, experiências, que nos trouxeram até à democratização.
se considerarmos que um regime democrático é o alcance de uma constituição respeitada pela maioria da população, não basta. e não basta porque não pode ser entendida apenas como o resultado de um jogo de carácter racional e estratégico protagonizado pelos grupos dirigentes e principais actores políticos. é preciso, então, o populismo: é preciso a emoção na liderança por dentro da racionalidade e da estratégia. é preciso o calor humano. é é por isso que o que o populismo deveria ser não é – porque nos chegam, por toda a parte, principalmente nas economias emergentes (economias não, é muito redutor), nos países emergentes, líderes cabrões: exploram negativamente a vertente humanista.
como bem diz Vouga, a democracia vai muito mais além de um jogo, de uma disputa, nas nuvens etéreas da ciência política dominante, não podendo ser cozinhada ou desmontada, de acordo com o vento de indeterminação e de incerteza, com as opções ou decisões tomadas por um reduzido grupo de dirigentes políticos.
então o que é preciso é dosear o populismo por dentro da democracia. porque ao outorgarmos um espaço e um tempo excessivo às habilidades e feitos e qualidades pessoais dos líderes poderemos estar a ofuscar a compreensão da realidade política como um todo. entre a micro e a macro, é preciso um meio.
uma vaca a dissertar sobre propulismo.
!ai! que vim corrigir pejurativo por pejorativo já sem remela. vou-te castigar já de seguida, Olindinha.
(espero não ter queimado os fusíveis do Aspirina que ficou a bombar a noite toda no vídeo que ficou a meio :-))
tendemos a pensar no populismo como algo pejurativo naquilo que Huntington chamou de terceira onda de democratização que vem no seguimento da transitologia e da consolidologia de Schmitter enquanto interpretação das mudanças de regime político, experiências, que nos trouxeram até à democratização.
se considerarmos que um regime democrático é o alcance de uma constituição respeitada pela maioria da população, não basta. e não basta porque não pode ser entendida apenas como o resultado de um jogo de carácter racional e estratégico protagonizado pelos grupos dirigentes e principais actores políticos. é preciso, então, o populismo: é preciso a emoção na liderança por dentro da racionalidade e da estratégia. é preciso o calor humano. é é por isso que o que o populismo deveria ser não é – porque nos chegam, por toda a parte, principalmente nas economias emergentes (economias não, é muito redutor), nos países emergentes, líderes cabrões: exploram negativamente a vertente humanista.
como bem diz Vouga, a democracia vai muito mais além de um jogo, de uma disputa, nas nuvens etéreas da ciência política dominante, não podendo ser cozinhada ou desmontada, de acordo com o vento de indeterminação e de incerteza, com as opções ou decisões tomadas por um reduzido grupo de dirigentes políticos.
então o que é preciso é dosear o populismo por dentro da democracia. porque ao outorgarmos um espaço e um tempo excessivo às habilidades e feitos e qualidades pessoais dos líderes poderemos estar a ofuscar a compreensão da realidade política como um todo. entre a micro e a macro, é preciso um meio.
uma vaca a dissertar sobre propulismo.
!ai! que vim corrigir pejurativo por pejorativo já sem remela. vou-te castigar já de seguida, Olindinha.