*O meu post anterior tinha importantes incorreções. Por isso o eliminei. Mas não posso deixar de me espantar com o modo como o MP vai largando informações da investigação que não considerou útil divulgar na altura própria.
A partir do momento em que um indivíduo que se encontra no estrangeiro viaja para o país para se entregar voluntariamente às autoridades (dia 21, três dias antes da viagem marcada para o Brasil), que perigo de fuga existe? A medida de coação de proibição de se ausentar do país não seria suficiente?
Quantas viagens ao Brasil, ou a outros países da América Latina, já efetuou Sócrates no âmbito do seu trabalho na farmacêutica? Os senhores procuradores cuidaram de saber se a viagem ao Brasil tinha data de regresso? E mesmo que não tivesse, o facto podia ou não ter mais do que uma explicação?
A menos que alguém no Ministério Público em delírio ou em paranoia entenda que a escolha desse trabalho tinha já em vista «o salto» para o lado de lá do Atlântico à primeira «complicação», os senhores procuradores já podiam evitar revelar-nos a que tipo de Justiça estamos entregues tão cedo.