Ninguém, fora do aparelho, sabe o que este homem defende. Ninguém, fora do aparelho, sabe quais são as suas posições, as suas convicções, qual o rumo que quer para o partido, muito menos para o país. Ninguém, fora do aparelho, o viu combater por qualquer coisa que seja, defender o que quer que seja, revoltar-se pelo que quer que seja. Da sua boca, apenas banalidades tiradas da “Enciclopédia das generalidades em política”, estudadas ao milímetro para não provocar polémica e não o comprometer. Todas as críticas para os adversários internos são indirectas, entendidos, meias-palavras, frases assassinas no sentido da morte pelo tédio, ditas apenas nas alturas convenientes. Todas as críticas para os adversários externos são suaves, “responsáveis”, politicamente correctas, submissas para não ofender e não “crispar”, podemos ser todos amigos não é, claro que aplaudo de pé, Sr. Presidente, olha o “respeito institucional”. Comparado com ele, o Jaime Gama parece o Hugo Chavez. Este homem é a encarnação da abominável expressão “fulano esteve menos feliz”. Não tem chama, não provoca qualquer tipo de entusiasmo, não ofende, não ameaça, não nada. É o politico genérico, marca branca. Para efeitos práticos, não existe. O anti-Sócrates de tal maneira perfeito, que o único motivo pelo qual não se aniquilaram num flash de luz é porque um deles é constituído exclusivamente de neutrões. Este homem, a ser eleito, completará o círculo de uma maneira que nem Sá Carneiro sonhava: Uma maioria, um governo, um presidente, uma oposição. Mas se calhar é bom. Depois de seis anos de governo duríssimo, e estando o futuro do país fora das nossas mãos, o PS está a precisar de uma cura de sono. E o barulho, realmente, incomoda.
Óptima análise. Ontem, Sousa Tavares na SIC também mostrou partilhar da nossa opinião. Vai ser deprimente ver o PS com este homem à frente, se ganhar.
Só me parece que dormir não é a receita mais aconselhável neste momento. E o barulho faz parte da política. Não pode ser feito só por uns.
Vai ganhar, sim. É o sucessor com que Mário Soares sempre sonhou: Alguém que nâo faz sombra, porque a árvore é ele, o Soares. Alguém que não tem ideias, porque a ideia é toda dele, de Soares. Alguém que não tem iniciativa, porque nada pode ser feito por um lider do PS, que Soares já não tenha feito.
Ainda se fosse o seu filhote…Mas o seu PS nunca quis!
Por outro lado, penso que se está a aproximar a hora da verdade. O poder está concentrado, mais do que nunca, a nivel global, nas mãos de quem tem unhas para tocar guitarra: os donos da “fazenda”. São eles que ditam as regras do jogo e, por enquanto, só por enquanto, ainda têm contemplações com democratices.
O que se passou em Portugal, nos últimos anos, é elucidativo e profético sobre o que está para ocorrer a um nivel global: a finança apodera-se da comunicaçâo social e da justiça e com estas duas novas armas de poder demolidor quase sem limites vai desdtruir quem quer, quando quer e como quer. Como fizeram com Sócrates , a nivel paroquial. Talvez como fizeram com Dominique Stauss, a um nivel mais global.
Este jogo da finança passa ao lado da tragédia da Somália, onde morrem sessenta crianças por dia num acampamento para refugiados. Disse Guterres.
Claramente há um mundo que vai ficar para trás porque os financeiros já decidiram que a Terra é pequena para tanta gente.
Assim sendo, pouca diferença faz termos um presidente como Cavaco, um PM da JSD e um lider da oposição JPS. E ainda um presidente da comissão europeia do MRPP. Convertido, que é quando mostram mesmo o que são e o que valem.
gostei deste texto teso – seguro. :-)
Pela sua gritante nulidade, Seguro é o candidato preferido do PSD e do governo. É o tal com quem o menino Passos já gosta de brincar. Com Sócrates não queria, pois era um líder a sério.
Se queres saber pormenores sobre este Seguro, vê a sua actividade parlamentar: iniciativas, requerimentos, perguntas, intervenções, como votou, quando se absteve, quando votou contra o seu próprio partido ao lado de Alegres, bloquistas, comunas e quejandos. Podes ver tudo
aqui
Pois, mas vai ser o próximo secretário-geral e por isso, respeito. Hoje são adversários, mas amanhã terão de estar unidos para bem do PS.
O Assis é um gajo muito bom, sem dúvida, mas o povo não perdoa Sócrates e por isso, ele tem de carregar esta cruz. Digo mais, o timing de Assis não foi o melhor, devia ir apenas daqui a dois anos, quando o povo deixar de pensar em Sócrates. Por estas razões, o Seguro vai ganhar e poderá reunir o consenso dos portugueses de esquerda e não só, que muitas das vezes votam PS e não o fizeram da última vez por ser o, Sócrates.
Luís Carlos, respeito é na seguinte morada:
Praça Afonso de Albuquerque
1349-022 Lisboa
No que diz respeito ao povo “não perdoar” Sócrates eu, e suspeito que muitos como eu, esperam que o próximo líder do PS faça tudo para repor o bom-nome do ex-Primeiro-Ministro, atacando sem dó nem piedade as mentira, e os mentirosos, que o emporcalharam ao olhos dos eleitores. Se preferes um que os faça “esquecer”, é contigo.
Não sei o que será pior, nem sei se será total falta de memória, se cinismo, que poderá levar quem quer que seja afirmar, relativamente a AJS, que “ninguém sabe quais são as suas posições, as suas convicções, qual o rumo que quer para o partido, muito menos para o país. Ninguém, fora do aparelho, o viu combater por qualquer coisa que seja, defender o que quer que seja, revoltar-se pelo que quer que seja”.
Para o partido, desde o tempo que foi presidente do grupo parlamentar do PS que AJS se tem destacado pela defesa da liberdade de voto e pela atribuição de mais poderes, nomeadamente de fiscalização e de iniciativa legislativa, aos deputados em relação ao Governo, defendendo, por exemplo, que os nomeados para cargos políticos pelo Governo fossem previamente ouvidos pela Assembleia da República. Defendeu também uma maior aproximação dos deputados aos seus círculos eleitorais, prevendo que verbas do OE, que nunca chegaram a ser atribuídas, fossem expressamente destinadas a esse fim. Foi também graças a ele, já agora, que o PM teve de passar a ir quinzenalmente ao Parlamento e que os deputados foram obrigados a ter a sua declaração de interesses publicitada no site oficial da AR. Já antes disso defendeu uma maior fiscalização no financiamento dos Partidos e tem pugnado sempre pela maior transparência no financiamento das campanhas eleitorais e por mais medidas anti-corrupção.
Tem defendido, e há muito mais tempo do que Francisco Assis, uma reorganização interna do partido que privilegie a discussão de ideias e não as pessoas, defendendo eleições directas e primárias internas para a escolha dos candidatos do PS a cargos públicos e criticando, também há muito mais tempo do que FA, os “sindicatos de voto”. Sempre defendeu, no entanto, que a discussão e as críticas deveriam ser feitas nos órgãos próprios e que nunca criticaria em público o partido, motivo pelo qual é agora, paradoxalmente, criticado pela candidatura de Francisco Assis!
Já enquanto presidente do grupo parlamentar do PS, tentou também rever a legislação autárquica, defendendo executivos monocolores e reforço de competências, mas também de fiscalização pelas Assembleias Municipais.
Mais recentemente, revoltou-se e pronunciou-se contra o aumento do IVA, contra o aumento do IRS, a favor da limitação das remunerações de gestores e administradores públicos e contra a abdicação do PS em tentar encontrar uma solução autónoma contra a antecipação dos dividendos da PT .
Tudo isto, que cito de memória, é público, não é de agora e não é apenas do conhecimento de quem está no “aparelho”…
Se não sabe mais, faça o favor de se informar antes de se pronunciar desta forma sobre candidatos acerca dos quais, como confessa e facilmente se verifica, nada sabe.
E, já agora, em nome da transparência, só lhe ficava bem retractar-se ou pelo menos dar a conhecer aos seus leitores aquilo que aparentemente ninguém sabe acerca das posições, convicções e combates de AJS…
pjg, agradeço essa defesa apaixonada de Seguro, já ia sendo tempo. O que retenho das tuas palavras, no entanto, é o perfeito homem do aparelho, preocupado sobretudo com questões internas, com o funcionamento do partido e da AR. “defender em órgãos próprios” porquê? Como o PCP? Não achas que as discussões sobre a orientação do PS devem ser feitas na praça pública, à vista dos eleitores, nos média? Dando a máxima visibilidade e exposição? Para que é que servem os políticos, para tratarem das coisas com calma e ponderação, fechados nos gabinetes?
E o que é a “aproximação dos deputados ao seu círculo eleitoral” senão uma generalidade absoluta? É como os ovos caseiros, toda a gente concorda. A questão é como? Círculos uninominais? Ele propôs isso?
Depois, tendo em conta que Seguro é deputado desde 1985, e mesmo de memória, isto é o curriculum que tem para apresentar? Também era melhor que não tivesse feito nada, mas não impressiona por aí além. Onde é que estão as batalhas? As polémicas? Os conflitos? Algo que prove, ou dê a indicação, que tem o que é preciso para dirigir o país, para além do provável conhecimento dos dossiers? Achas que isso chega?
E depois, isso de “discutir ideias e não pessoas” é muito lindo, governo por comité, mas as pessoas, as suas qualidades pessoais, a sua paixão e combatividade importam. Pouco me serve ter um génio à frente se não consegue implementar as ideias. E por isso, vais desculpar, mas onde é que estava Seguro nos últimos seis anos? Onde é que ele defendeu o governo dos ataques e pulhice inqualificáveis de que foi alvo? O debate com Miguel Relvas, viste?
Ah, espera, estava preocupado com os “políticos corruptos”, confirmando uma vez mais perante os eleitores que são uma classe a desconfiar. Coisa que culminou no seu apoio à criminalização do enriquecimento ilícito, um dos maiores abortos legislativos a ser proposto na AR. Inversão do ónus da prova nas mãos de magistrados, o que é que pode correr mal?
“As posições são públicas”. Generalidade mais medíocre não existe. São públicas, pois, acredito, mas ninguém as conhece. A marca de um grande líder.
Recordo as tristes peripécias de Felgueiras… e ademais, este homem [Assis] não tem pose de Homem de Estado.
Para bem do partido e de Portugal, precisamos de elevação e respeito na política, por isso AJS irá ganhar. Espero!
Seguramente Seguro não é a segurança para o PS. è a segurança para os que como ele, querem fazer a travessia sem solavancos, protegidos do Sol a ver se a caravana chega ao destino, por razões que lhe não são próprias mas apenas propícias.
Diz bem o pjg, Seguro fartou-se de trabalhar, basta ver o que fez em prol de Esposende, por exemplo, para vermos que nunca por lá passou, nem sabe do que fala. Por outro lado a sua ideia de que o Parlamento deveria de ouvir os nomeados para os cargos políticos antes da sua nomeação é uma intromissão estúpida e sem nexo nos atos governativos. O Parlamento fiscaliza não governa! O Vega já deixou bem claro outras atitudes tidas pelo menino, mas a que mais me dói é a da ausência de defesa dos seus pares.
Ou não concordava com a sua defesa e era claro quanto a isso, ou concordava e deveria ter tido um comportamento correspondente. A omissão não faz parte dos seus deveres, ou é favor ou é contra, pois o quero lá saber é apenas um salvar de face para inglês ver.
O Silva Mota disse tudo de uma vez só: Seguro tem “pose”. Passos tinha “pose”. O Paulo Portas tinha “pose”. O que interessa é a “pose”, não é verdade sr Mota?
Vega9000, o que retenho das tuas palavras é que se é preso por ter cão e por não ter, e que a tua defesa, agora transparente, de FA é tão “apaixonada” quanto a minha. Mas antes de ir à questão principal retenho algumas contradições:
1) Como é que tentar dar mais poder aos deputados e preocupar-se com o funcionamento interno do partido e da AR, dando mais liberdade de opção e de voto a militantes e deputados significa que AJS é um “homem do aparelho”??? Não é lá que começa a democracia?
2) E se preocupar-se com a reorganização interna do partido significa ser-se um “homem do aparelho” então FA é o quê? A única medida em que ele, ele sim, tem insistido, a das primárias, é precisamente uma medida virada para o interior!!!
3) Quanto a isso de “discutir ideias e não pessoas”, só por si, ser muito lindo, até posso concordar, mas não é também isso que defende FA, hipocritamente, dado que depois não para de lançar ataques a AJS? Não é ele que defende “a força das ideias”?
4) “Pouco me serve ter um génio à frente se não consegue implementar as ideias”.
Concordo inteiramente.
a) até posso admitir, por hipótese, que FA seja um génio, muito superior a AJS e com excelentes ideias. De que interessa isso se hipotecou todas essas ideias ao alienar a grande maioria do Partido com as suas constantes críticas ao “aparelho” e aos sindicatos de voto”? Agora sou eu a responder-te, isso de “discutir ideias e não pessoas” é muito lindo, mas sem apoios partidários…
b) o problema maior, no entanto, é se eu não me revir nas suas ideias ou nas ideias que já defendeu no passado…
5) Quanto a algo “que prove, ou dê a indicação, que tem o que é preciso para dirigir o país”, acho que me chega o ele ter percebido que a prioridade das prioridades é neste momento económico, mas que a sua resolução não passa apenas por Portugal, mas sim por todos os países europeus, tendo-se comprometido a estabelecer os contactos necessários com os restantes partidos e instituições socialistas/de Esquerda para tentar tirar Portugal e a Europa deste plano inclinado em que nos colocaram a todos. Enquanto isso, FA reconhece também o problema, mas aparentemente está à espera que o chamem para um grande debate Europeu e aposta, ele sim, para uma medida virada para o umbigo do PS (ainda por cima com efeitos que, quanto a mim, serão precisamente os opostos aos pretendidos… mas isso é outra história)
6) Se “não acho que as discussões sobre a orientação do PS devem ser feitas na praça pública, à vista dos eleitores, nos média? Dando a máxima visibilidade e exposição?” Não sei, a fronteira entre o que deve ser público ou privado na discussão intra-partidária nunca foi estática, nem pacífica, mas não me parece – acho que a discussão e exposição podem ser feitas em momentos diferentes. Não acredito em torres de marfim, mas também não acredito em casas de paredes de vidro. Mas o que pretendia defender com a afirmação de que AJS defendeu sempre que a discussão e as críticas sobre as grandes orientações do PS deveriam ser feitas “nos órgãos próprios” é que com isso pretendeu sempre defender o Partido. Posso, tal como AJS, não concordar com tudo o que o Governo de JS fez (apesar de achar que foi um excelente PM), mas nunca dei argumentos à oposição para minar o PS ou o Governo na praça pública. Será porventura mais defensável a atitude de Um Manuel Maria Carrilho?
7) “Para que é que servem os políticos, para tratarem das coisas com calma e ponderação, fechados nos gabinetes?”
Bem, para governar ou decidir de cima dos joelhos, sob a pressão dos média ou da opinião pública, em função do que for mais popular no momento, é que não será de certeza…
8) Quanto às batalhas, conflitos e causas, ou à combatividade de AJS, como disse, AJS nunca se absteve de defender aquilo em que acreditava, abstendo-se ou apresentando declaração de voto na AR, ainda que discretamente, sempre que discordava de qualquer medida, ou falta dela, por parte do PS.
Concordo que a criminalização do enriquecimento ilícito, com a inversão do ónus da prova seria um enorme erro que levaria a uma diluição ainda maior da separação de poderes, dada a já crescente justicialização da vida política portuguesa (mas se bem me lembro, AJS tentou que o PS apresentasse uma proposta própria, tal como o tentou em relação à questão dos sigilo bancário, proposto pelo BE, ou à questão da antecipação dos dividendos da PT – podemos não concordar com as medidas, agora quanto a causas e combatividade acho que estamos conversados), tal como concordo que poderá ter havido falta de solidariedade com o governo de JS… Admito que sim, mas voltamos ao final do ponto 6)…
A questão em causa, porém, não é nenhuma destas.
É sim a total gratuitidade e, no limite, desonestidade intelectual, da afirmação de que “ninguém sabe quais são as suas posições, as suas convicções, qual o rumo que quer para o partido, muito menos para o país.”
E muito particularmente desta parte “Ninguém, fora do aparelho, o viu combater por qualquer coisa que seja, defender o que quer que seja, revoltar-se pelo que quer que seja”.
Ah, e sublinhava o “Defender” e “Revoltar-se”…
É que se ninguém conhece “as posições públicas” de AJS, como afirmas, acabas por deliberadamente contribuir para isso, fingindo não saber quais as causas e medidas defendidas por AJS ou pelas quais ele se revoltou…
Não se pode por um lado defender que “as discussões sobre a orientação do PS devem ser feitas na praça pública, à vista dos eleitores, nos média […] Dando-lhe a máxima visibilidade e exposição” e depois fingir publicamente ignorar posições com as quais se discorda.
Por isso volto a dizer, em nome da transparência, só te ficava bem retractares-te ou pelo menos dares a conhecer aos teus leitores aquilo que, só aparentemente, ninguém sabe acerca das posições, convicções e combates de AJS, já que tu próprio pareces conhecê-las muito bem…
Depois em coerência, critica-as e ataca-as à vontade e o quanto quiseres.
Mas até o fazeres, atitude mais medíocre de facto não haverá…
Meu Caro Amigo – parabéns pelo texto. Há nele uma expressão notável – «Seguro político marca branca». Esta definição é um achado e vai ficar para o futuro…
O Seguro só agora acordou para a crise? Tb estava como o PPD: crise era o Socrates!
Gente desta, n merece ser lider de um um partido como o PS. Não tem valores e nem, perante adversarios politicos que odiavam o primeiro ministro e Secretario Geral do PS, Seguro foi capaz de sair em sua defesa e dos valores civilizacionais como a presunçao da inocencia e o direito ao bom nome. AJS é produto típico do aparelhismo (é ver quem o apoia em cada federaçao), um “boneco” de plastico. Foi calculista aguardando e ajudando à queda de Socrates para tentar agarrar o lugar. O seu pote!
pjg, alguns pontos:
1)Não. A democracia começa nos cidadãos, não nos partidos e na AR. Por isso é que é importante abri-los e torná-los mais transparentes, de modo a que consigam atrair esses mesmos cidadãos, demonstrar que é lá que se passam coisas interessantes. E isso, espantosamente, não se faz com “debates fechados” apenas para militantes. Só para dar um exemplo.
2)As primárias são para o interior? Deves estar a ver a coisa ao contrário.
3)As ideias nascem onde?
5)Viste o debate? Um apontou exactamente os caminhos para o progresso, outro foi um sem fim de banalidades. “Périplo europeu”. Claro, como é que ninguém se lembrou dessa antes, eles só estão à espera que o AJS puxe por eles…
6)De acordo, mas tens consciência que a maior parte dos cidadãos não faz ideia do que sejam as “instituições próprias”. Os debates acesos e frutuosos fazem-se em público, não em privado.
7) Quem está no poder tem sempre essa pressão, e é bom que saiba decidir, e decidir bem, sem necessitar de “calma” e “serenidade”.
8) AJS nunca se absteve de defender aquilo em que acreditava, abstendo-se ou apresentando declaração de voto na AR, ainda que discretamente. Ui, temos um duro.
Na questão da CEI, lamento mas sou intransigente. É uma questão de princípio, não há melhores e piores propostas. É errado, e acabou. E não, não é uma posição fácil de defender, porque entramos outra vez nos ovos caseiros: toda a gente quer combater a corrupção, não é? Acontece que Seguro, como os populistas mais rasteiros, passa metade do tempo a insinuar que isto é uma choldra, fazendo cair o mantra sobre o seu próprio partido e os seus camaradas que combatem essa aberração. É uma atitude, como dizer, “menos feliz”…
até posso admitir, por hipótese, que FA seja um génio, muito superior a AJS e com excelentes ideias.
Estamos de acordo então. Confirmado, sem nenhuma margem para dúvidas, neste debate. ;)
___
jcfrancisco, agradeço a simpatia. Já reparei que tinhas gostado de “Passos Perdido”.
Boa táctica, Vega9000…
mas continuas a fugir à questão que interessa
a da total gratuitidade e, no limite, desonestidade intelectual, do teu post…
Não podes por um lado defender que “as discussões sobre a orientação do PS devem ser feitas na praça pública, à vista dos eleitores, nos média […] Dando-lhe a máxima visibilidade e exposição” e depois fingir publicamente ignorar posições com as quais discordas e que conheces demasiado bem.
Dês as voltas que deres isso é uma contradicção insanável. Discorda à vontade de tudo, mas ao menos tem a verticalidade de admitir que tens um adversário, com convicções e causas próprias.
pjg, vais desculpar mas estás próximo do delírio conspiracional. Em que é que te baseias para dizer que são “propostas que conheço demasiado bem”? Escrevi o post precisamente porque desconheço, sendo um interessado na politica mas muito longe do aparelho, as posições de AJS, aliás duvido que as tenha, pelo menos na minha asserção do que constitui uma “proposta” ou uma “posição”. Respondes, e bem, com um catálogo “de memória” das várias posições que AJS tem tido ao longo dos anos, e iniciamos a partir daí este interessante, pelo menos para mim, bate-bola. Já o conheço melhor, já vi o debate, já estou mais esclarecido, e mantenho tudo o que escrevi acima. Não tem uma única ideia, um único rasgo, nenhum tipo de rumo tirando umas tiradas banais sobre “regressar à matriz fundadora”, o que quer que isso seja – presumo que não envolva mudar a sede novamente para Paris. Aliás, a proposta mais forte, por assim dizer, é a do “gabinete de ideias”. Um comité de estudo, portanto, para ver se alguém se lembra de alguma coisa, já que o próprio não consegue. Genial, sem dúvida.
Para além disso, assumes, novamente baseado não sei em quê, que serei apoiante de Assis, que não nomeio no post nem me lembro de ter escrito o que quer que seja em apoio da sua candidatura. Se o acho muito superior a AJS? Claro, é óbvio para qualquer um. Se acho que é o candidato ideal e alguma vez chegará a Primeiro-ministro? Não, não acho, não tem imagem para isso, seria no entanto um excelente líder da oposição neste momento. Como a escolha é entre estes dois, está por mim feita. Um bocadinho diferente de “apoio”.
No que diz respeito à honestidade intelectual do post, este reflecte o que penso neste preciso momento. Creio que temos o desagradável hábito, por cá, de tomar as opiniões por coisas fechadas, herméticas e definitivas. Não é, e posso eventualmente mudar de opinião se Seguro entretanto surpreender, mas neste momento, com a informação que disponho, tenho a certeza que não o fará. Não é capaz. E entretanto, o PS entrará num período de encerramento sobre si mesmo – no sentido de ficar fechado a chorar pela mamã – até que perceba que não é com lamurias que lá vai,é com luta, ideias, rumo e com convicções firmes. Nada que AJS tenha para oferecer.
Bravo! Excelente texto.
Já agora, esta discussão com pjg é mais eficaz que o Atarax. Pode imprimir-se e divulgar-se como paradigma do tipo de discussões políticas de que o País NÃO precica neste momento.
pjg, podes ter toda a razão do Mundo e arredores. Mas eu votei no PS de Mário Soares, de Constâncio, de Sampaio, de Guterres e de Sócrates, mas não me estou a ver a votar no PS de Seguro. Enfim, não tenho preconceitos e aguardo os seus “argumentos”. Mas palpita-me que, como eu, haverá para aí umas largas centenas de milhar…
Anel de Soturno
ainda bem que há sempre alguém que sabe a cada momento qual é o tipo de discussão política de que o País precisa.
apenas insisti porque já me revi e revejo em muito do que foi escrito neste blogue e acredito, de facto, na “força das ideias”…
argumentos de autoridade ou de experiência pessoal de nada valem para mim, mas fica descansado, não te adormeço mais ;)
Você está a ser exagerado e muito parcial. Eu estive sempre com Sócrates, para mim o melhor líder que o PS teve desde o 25 de Abril, desejava que o António Costa se tivesse candidatado agora (mas ele não quis) e decidi votar no Seguro, depois de ter concluído que Assis é o preferido da tralha toda da direita, basta ouvir os comentadores, etc.