PCP e BE recusaram-se a negociar com o PS algum tipo de acordo que pudesse garantir estabilidade parlamentar após as eleições de 2009 porque não queriam fazer qualquer tipo de cedência à direita. Apesar de o PS ter ganhado as eleições, e apesar de saberem que ao PSD e CDS convinha manter o Governo minoritário para o derrubar na altura que fosse mais propícia para os seus interesses, bloquistas e comunistas exigiam que fosse o PS a ceder em toda a linha, chegando ao ponto de ter de abdicar do seu programa eleitoral, prática governativa e sentido histórico. Só transformados numa cópia do extremismo marxista seria possível aos socialistas portugueses obter a anuência da verdadeira esquerda.
Há várias razões políticas, sociológicas e até antropológicas para este radicalismo saloio, bastamente analisadas ao longo do tempo, mas há também algo do foro da inteligência pura e simples. Ao preferirem nada influenciar na governação, seja na Educação ou Saúde, Agricultura ou Finanças, só para se poderem continuar a reclamar ideologicamente imaculados, estão a privar o seu eleitorado de alcançar algumas das metas que ambiciona ver realizadas. A chantagem do tudo ou nada torna impossível a negociação. E, sem negociarem, terão de esperar pela maioria absoluta caso pretendam aplicar as suas soluções executivas. Ligeiro aborrecimento para estes puros e bravos defensores dos trabalhadores: não se prevê que tal maioria absoluta dada ao PCP ou ao BE, sequer aos dois em conjunto, aconteça neste milénio acabadinho de estrear.
Isto é coisa de imbecis, né?
Sim.
O que tu dizes é o basico. Não é por ser basico que não deve ser lembrado, mas dizê-lo não chega. E’ preciso demonstrar que não nos deixamos fechar na logica do tudo ou nada. Isto, como sempre, vale para ambas as partes.
O que eu gostava de ver mais vezes debatido, aqui ou noutros blogues, é em que medida as posições concretas de uns e outros são irreconciliaveis e como fazer para evitar que essas posições cedam à tentação simplista do tudo ou nada.
Por exemplo, sobre o codigo do trabalho, compreendo quem se preocupa com cedências por maus motivos (nem o custo do trabalho é verdadeiramente um problema em Portugal, nem a flexibilização se confunde com a precarização), mas não seria possivel aproximarmos as posições aprofundando a questão da efectividade : os trabalhadores não ganham nada em ter direitos que permanecem teoricos.
Outro exemplo : seja qual fôr o ponto de vista, o que é que a esquerda tem a perder com uma auditoria da divida ?
E’ pouco provavel que eu viesse a concordar com tudo o que poderias escrever sobre esses assuntos, mas enfim, sempre ficaria a saber um pouco mais. Que eu sou um imbecil, ja o sei praticamente desde que nasci (em 1989)…
Boas
Primeiro aniversário do blogue “Coisas que Podem Acontecer”.
Um ano pode ser muito e pouco tempo – é como a história de um copo que está com água até a metade – alguns olham para o copo e dizem que ele está meio cheio, outros dizem que está meio vazio. A maioria deles tem trezentos e sessenta e cinco dias. Para a vida de um ser humano é pouco tempo, ainda está na fase de aprender a andar, para um blogue é muito. Falo dele – ano – por que hoje dia vinte e sete de Julho, faz um, de existência do blogue Coisas que Podem Acontecer.
Há cerca de três anos comecei a enviar uns textos para o blogue Aspirina B – para mim dos melhores e acompanho bastantes – fui bem recebido, a partir daí, conforme a minha disponibilidade continuei a enviá-los sempre com o elogio do Valupi e comentadores. Passado uns tempos, como já tinha enviado uma série deles, Valupi aconselhou-me a criar um blogue para nele guardar os referidos textos e dar continuidade a outros.
Achei-me incapaz e quase como um burro a olhar para um palácio. Mas, como em tudo, o homem sempre venceu as maiores dificuldades, lá resolvi pedir a uma pessoa amiga que me ajudasse no croqui do blogue – fi-lo porque não sei falar ou ler inglês. Assim aconteceu e a Anita – dona de uma paciência incrível – colaborou comigo dando-me umas dicas. Como não sou uma “cabeça” dura, adepto de que nunca é tarde para se aprender algo, lá me meti nesta árdua tarefa e a partir daqui já era um ser humano a olhar para um palácio.
COISAS QUE PODEM ACONTECER
E aconteceu de verdade
o meu amigo Manel
pôs ao dispor da cidade
este instrumento a granel.
Todos cá podem entrar
a porta está sempre aberta
se tens notícias p´ra dar
entras sempre à hora certa.
Cá ninguém cala ninguém
desde que cumpras e bem
as regras da educação
que é praxe da nossa gente
e assim isto vai p’rá frente
e honramos este brasão.
Autor do verso: Rodela
Entendo que ao criar um blogue deve-se ter notícias para o alimentar – se não morre – e um blogue é como um ser humano, precisa de comer e beber para continuar a viver nesta conturbada vida que é a comunicação social e ainda por cima fiscalizados por Pacheco Pereira. Esta, só lhe interessa promover o que lhe dá dinheiro – publicidade – se assim não for adeus noticias e, sabemos como Freamunde é uma terra de cultura. Por vezes é referido quando há algo para dizer mal. Temos bastantes associações, que me lembre, só veio cá a comunicação social mediante o pagamento em publicidade da indústria e comércio fazer publicidade à Santa Luzia, Feira dos Capões, mas esta não precisa, a sua fama vem de longe.
Notícias havia poucas e não gosto de falar de política aqui no blogue. Cria-se anticorpos e entendo que em Freamunde há milhentas de coisas para serem divulgadas. Assim fiz e continuo a fazer.
Merecem referência as associações: Pedaços de Nós, esta com um concurso anual a nível nacional de quadras sobre as festas Sebastianas, várias peças de teatro que faz inveja a qualquer companhia profissional; teatro infantil, grupo de castanholas, de percussão, Big Band, que exibe música de jazz, grupo de música ligeira, Laços de Nós, todo este trabalho é produzido pelos actores que além de o ser ainda fazem trabalho de carpinteiro, serralheiro, etc., a fazer os cenários, pois uma grande parte tem profissões que se coadunam.
O Grupo Teatral Freamundense que há vários anos ganhou prémios a nível nacional é pena a sua activade ser de longe a longe – quase uma vez por ano – principalmente na data do seu aniversário. Fernando Santos (Edurisa Filho) merecia esse sacrifício.
O Grupo Ensamble Vocal de Freamunde que nos orgulha com as suas exibições quer entre nós e nas várias idas ao estrangeiro. Nesta última semana de Julho vai representar Portugal no “16ème FESTIVAL CHORAL INTERNATIONAL EN PROVENCE” – França, evento que nas edições anteriores foi visto por mais de 30 mil pessoas. O Ensemble Vocal já foi altamente premiado na Hungria e na Grécia.
O Rancho Folclórico de Freamunde que todos os anos no primeiro fim-de-semana de Julho nos presenteia com um concurso a nível nacional de ranchos e as suas deslocações a vários pontos do País.
Os Bombeiros Voluntários que tem prestado um valoroso serviço humanitário á sua população.
Banda de Música com os seus cento e oitenta e nove anos de actividade ininterrupta, que nos orgulha com as suas exibições e um elenco jovem, dá para as Bandas e Orquestras profissionais, vários músicos de grande gabarito.
O Clube de Caça e Pesca que coordena as provas de pesca no rio do Parque de Lazer e a sua funcionalidade.
A Sociedade Columbófila. Que tem desempenhado um bom trabalho quer a nível desportivo, com as provas a nível nacional e internacional, quer sobre a preservação do pombo-correio.
O Sport Clube de Freamunde, além de andar a disputar a liga Orangina e os campeonatos Nacionais e Regionais de Juniores, juvenis, infantis e escolinhas, dá formação a centenas de miúdos.
As Festas Sebastianas que todos os anos são celebradas no segundo fim-de-semana de Julho, ainda há pouco dias acabaram e já se sente saudades. A Comissão de 2012 já trabalha com afinco para que sejam um êxito igual às anteriores e lembro-me delas desde 1954.
Se não fossem os blogues existentes em Freamunde a dar notícias sobre estas associações quem as daria? É que se não houver dinheiro a comunicação social não aparece.
Por vezes dá-me na gana de acabar com o blogue, outra, de o estimar como se de uma criança se tratasse. Ganha-se ódio quando as coisas não nos correm bem e amor quando são bem sucedidas. É como tudo na vida. E, entre amor e ódio a distância é pequena.
Por isso vou fazer os possíveis para que este blogue celebre o segundo aniversário. O primeiro é hoje.
A todos que tiveram a paciência de o ler ou acompanhar aqui vai o meu obrigado.
Manuel Pacheco
O perigo de se falar da esquerda como se ela fosse um harmónio, quer dizer que sendo um único instrumento toca a vários tons, só pode levar a que os fundamentos viciem as conclusões. Vamos lá ver! O PS,em 2009 foi o partido mais votado, mas pelo facto de umas eleições não serem uma corrida com traço na meta, significa que o PS foi apenas isso, o partido mais votado, o que não significa, em termos práticos, que tenha ganho as eleições. Sendo assim, o PS, quero dizer, naquele momento especifico, Sócrates resolveu convidar os diferentes partidos para entendimentos, disse. Uma primeira precisão: para ter maioria parlamentar o PS só podia estabelecer um acordo com qualquer dos dois partidos da direita representados no parlamento; para conseguir o mesmo objectivo à esquerda, o PS teria que conseguir um acordo com PCP e BE ao mesmo tempo. Assim, as questões de ordem prática estão expostas. Agora vamos as razões de ordem ideológica, que as há, ou então calemo-nos todos e falemos de outras coisas. A Esquerda, não se trata de nenhuma subtileza, em Portugal é constituida por 3 forças com representação parlamentar e muitas outras que se dedicam a fazer jogos florais de quando em vez. E essas tres forças têm muito pouco em comum, e como homem de esquerda essa é a parte que mais gosto dela, essa natureza múltipla da nossa Esquerda. Mas é também claro que aquilo que eu penso ser a sua força, a múltiplicidade de propostas, é para efeito de entendimentos, a sua fraqueza por rapidamente de transformar mais facilmente no alicerce da divisão do que na ancora de um acordo. Mas este facto tem muito mais explicações do que aquelas que posso constatar no seu post. Então vamos a algumas: os dirigentes dessas forças, todos e cada um a seu modo,são muito burros, repito, burros, pela seguinte razão: o PS é um partido de poder, o PCP é um partido que não tem no acesso aos lugares do poder o seu principal objectivo, pelo que lhe basta segurar o eleitorado que tem para fins eleitorais e a força social que tem para poder influênciar as opções políticas do país, conjugadas, estas duas formas de legitimação da sua acção política, fazem do PCP uma força incontornável para a valoração das escolhas políticas de quem governa, até porque o PCP faz política TODOS OS DIAS, é uma máquina de fazer política, não uma máquina de governar, como é o PS. Quanto ao BE, a sua posição é muito mais complicada, pois disputa um eleitorado de “dupla essência”, eleitores próximos do PCP e elitores próximos do PS, e aqui está toda a diferença entre BE, PCP e PS. Porquê? Porque a natureza ideológica do PS é a de um partido que defende o sistema capitalista como padrão fundante das suas escolhas políticas em matéria economica, financeira, política, social e cultural, pois estas são consequência de um mesmo modo de produção. Não estou, como pode perceber, a valorar nada neste comentário, apenas me interessa, agora, apontar argumentos que sejam válidos não por ser eu a referi-los, mas porque sejam fruto de uma reflexão que nada exclui nem nada prefere. O caso do PCP é diametralmente diferente, pelo facto de se mover nas águas da contestação à sociedade capitalista e ao sitema que o suporta. E o BE? è a encruzilhada de um sem rumo definido à partida. E a razão para tal está na sua natureza federativa, o mesmo problema do PSD que este resolve por ter sido pensado por Sá Carneiro para ser uma federação de vontades pais do que de ideologias, e poder ter uma implantação nacional. E se chamei burros aos dirigentes das forças de esquerda, é por causa mais grave do que o simples facto da dificuldade que têm em se entenderem em certos momenetos, mas por uma razão aflita, altamente comprometedora para a Esquerda em portugal, em termos de força eleitoral: é que se limitam a disputar um eleitorado que está mais do que consolidado em cada um dos partidos, quero dizer, cujo movimento de um lado para o outro não tem muito significado(bem sei que o movimento de eleitores do PS para o BE fez deste partido uma força com mais força e que o reposicionamente deste eleitorado nas últimas eleições transformaram o BE naquilo que de facto é, um pequeno partido de quadros) mas isso reforça o meu raciocinio: a esquerda ganhou alguma coisa? Nada mais digo porque nada disse, e por isso nem sequer abordo a questão principal da Esquerda: o que quer, como quer, de que modo chega ao que quer, etc., e isso seria tão simples de fazer, se os tais dirigentes não fossem burros. Que pena muitos deles não terem nascido gagos. Obrigado
faltas lá tu, Val, tu que és perito em gerir conflitos e negociações, que és pela comunicação e pelo respeito, pelo enfrentar da realidade, pela não chantagem, tu que preferes sempre o tudo, pela liberdade. vai que eu voto em ti – tenho a certeza que assegurarás responsabilidades públicas magnificamente. :-)
Eu penso que enquanto os partidos à esquerda do PS não “derem o salto”, ou seja, não abandonarem a ortodoxia estalinista ou marxista-leninista e olharem a realidade contemporânea, não há entendimento possível. Serão meros partidos de protesto. O PCP é, neste momento, um organizador de manifestações e o BE está em fase transitória não se sabe se para o suicídio se para a ecologia (o único remédio contra a morte).
Imbecis? Ainda agora o PS votou ao lado do cds e do psd pela suspensão do debate a propósito da legislação laboral. Depois votou ao lado dos mesmos contra o apuramento do perfil da dívida.
Não estamos em época propícia para estas análises. O PCP e o BE têm da “Esquerda” um entendimento radicalmente diferente daquele que caracteriza o PS. Nunca haverá convergência possível. Nunca houve. Ambas estas Esquerdas têm algo importante em comum, a recusa da desigualdade e da injustiça social, fundadas no poderio económico e social, mas têm igualmente algo de muito importante que as separa: a divergência quanto ao modelo de Sociedade, ou até quanto ao modelo de Humanidade em que almejam viver. E isto é inconciliável e sê-lo-á sempre. O PS preza mais a Liberdade, a Democracia e os Direitos Humanos, mesmo que para isso tenha de conviver com o sistema capitalista, ou de mercado livre, ao passo que o PCP e as outras variantes do marxismo, onde se inclui a federação do BE, prezam acima de tudo a erradicação do Capitalismo, quando não mesmo a eliminação física do que consideram ser a “Burguesia”, mesmo que para isso tenham de comer à mesma mesa que uma Ditadura.
É um caso perdido. Só serão possíveis convergências pontuais, eminentemente tácticas e defensivas (que poderão ocorrer ainda durante o mandato do actual Presidente da República), ou em questões políticas “menores” (Autarquias, Sindicatos, temas ditos “fracturantes”), nada mais. Nunca passarão ao terreno das coligações ou emparceiramentos estratégicos para coisa nenhuma. A ESQUERDA NÃO EXISTE. Existem apenas Esquerdas.
E em Portugal acumularam um pesadíssimo capital de ódio e desconfiança entre todas elas, desde o 25 de Abril, pelo que não há volta a dar-lhe. Há apenas que escolher o nosso campo e seguir em frente. O meu está escolhido: PCP e BE nunca mais. E PS, veremos, mas para já estou em “objecção de consciência”, que sempre é mais seguro, e por tempo indeterminado…
Parabéns, Manuel Pacheco, pelo aniversário do Coisas que Podem Acontecer. Continua!
Caro Val é tudo uma questão de verbos.
As esquerdas divergem as direitas convergem!
Enquanto as esquerdas não entenderem de-fi-ni-ti-va-men-te que é na convergência que reside a sua força, o PS, de vez em quando, será poder quando o país já está todo escangalhado, o que é habitual.
Tantas palavras que dizem coisa nenhuma!A preto e branco não se vê o mundo, apenas um carreiro que nos leva ao desrto. que pena!
Dizem “coisa nenhuma”, ou dizem antes as verdades que tu não gostas de ouvir, Zé Luís?
Ou acaso achas que isto que tu dizes – «O caso do PCP é diametralmente diferente, pelo facto de se mover nas águas da contestação à sociedade capitalista e ao si[s]tema que o suporta.» – ainda quer dizer coisa alguma? Se é que alguma vez disse…
joão viegas, mas ninguém te impede de levar avante esse debate. Se calhar, até podes ter na manga uma solução mágica que consiga unir a esquerda…
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José Luís Moreira dos Santos, agradeço a tua fértil reflexão. Quanto a considerares que os partidos mais votados não ganham as eleições (depreendendo-se que só as ganham caso consigam maioria absoluta) estás errado. O que o regime democrático estipula é uma hierarquização pelo voto, cuja contabilidade é inequívoca. O PS ganhou as eleições de 2009, por isso o Presidente da República, seguindo a tradição das anteriores, convidou o candidato socialista ao cargo de primeiro-ministro a formar Governo. Tal prática, porém, não impede outros arranjos constitucionais onde o partido mais votado não faça parte do Governo, mas essa é outra conversa.
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Sinhã, agradeço o teu voto.
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Penélope, bem visto.
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nm, imbecis, sim.
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Marco Alberto Alves, tens toda a razão – mas não a razão toda… Quem sabe, novas gerações poderão mudar o PCP e o BE, mesmo que agora tal pareça impossível.
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Teofilo M., exactamente.
Então o João Ratão não quis casar com a carochinha? E agora como vai ser, a carochinha vai continuar amigada com a bicharada do costume?
“Quem sabe, novas gerações poderão mudar o PCP e o BE, mesmo que agora tal pareça impossível”…
Pois, para quem viveu o 25 de Abril e o período revolucionário que se lhe seguiu, já passou mais de uma geração e… não aconteceu nada. Em 1975 a Esquerda dominava a vida política e social do País e o triste espectáculo era exactamente o mesmo: o PCP, de olhos postos em Moscovo, em guerra fratricida com o PS, mal saídos ambos de uma luta comum contra uma feroz Ditadura, os marxistas-leninistas, desde a UDP ao PRP e com os olhos na China e na Albânia, a desancar os “social-fascistas” do PCP e do MDP/CDE, os trotskistas do POUS e da LCI a demarcarem-se de todos os restantes e a olharem para lado nenhum, e ainda os irrequietos do MRPP, da AOC e do PC de P (m-l) a arvorarem-se os únicos e verdadeiros revolucionários e já a piscarem o olho à Direita, que mais tarde docemente os acolheu.
É tempo e asneirada suficiente para concluír alguma coisa sobre a possibilidade de as Esquerdas algum dia se entenderem. Quem quiser concluír, claro.
Agora, se estamos a falar num âmbito temporal de milénios, bem, aí até concordo, há que saber esperar, ter paciência e tal. Eu é que, se calhar, já não vou a tempo de ver nada (problema meu, seguramente)…
“Isto é coisa de imbecis, né?”
O PCP e o BE não são nada imbecis. Muito menos os seus dirigentes. Imbecis são muitos dos que ainda votam neles, no meio de outros tantos pobres de espírito.
Val, Numa Democracia, não me refiro ao habito de se ir votar dex em x tempo, lá que é melhor que nada é verdade, mas não é a Democracia na sua plena e verdadeira dimensão, que começa pelo seguinte entendiemnto: qquem vota é eleitor, mas esse eleitor é também um legitimador do poder de quem governa, mas é igualmente contribuinte. consumidor, produror, o que queira, exactamente porque é um CIDADÃO. Ou seja, confiou conscientemente o seu voto a quem, pensa ele, ser capaz de sobre o seu e ytodos os outros votos legitimar o poder que a aprtir d~´i pode exercer com toda a legitimidade. Bonito, não é? Pois então, a partir deste raciocinio simples, quem obtem maioria absoluta, não precisa de negociar sobre o que pretende fazer, mas DEVE procurar apoios ou entendimentos sobre o que pretende fazer. Isso pode significar ter que ceder numa ou noutra medida, e ver alatgado o apoio a qualque outra. Democracia, tal e qual. Sobre as coisa que li em alguns comentários sobre o PCP e o BE, gostaria de dizer o seguinte: memórias cansadas repetem desilusôes, quase sempre sem que as entenda, memórias vivas, servem para tirar das experiências do passado ensinamentos para o presente e daí projectar o futuro. Tenho comigo um principio que é o seguinte: não me interessa nada ouvir alguém a que durante o período que vai de Dezembro a Abril há muitas probabilidades de chover, como também nada me comove ouvir alhuém afirmar que as flores do campo são o retrato da natureza. Está bem, que seja. Mas já me interesso muito por uma explicação, mesmo que tola, mesmo que fruto de um puro idealismo, sobre as razões objectivas que fundamentam aquilo que empiricamente constatamos, no inverno/primavera costuma chover mais que durante a outra metade do ano. Em política como em qualquer outra actividade, interesse, reflexão, etc, devemos sempre assumir o nosso estatuto de cidadãos, e nunca reagir na base de meros impulsos. E com o distanciamento político/partidário que esta minha exigência me permite, gostaria de o colocar perante uma situação concreta no que respeita à unidade da esquerda, que não advogo, apenas acordos pontuais. Análise as causas e as consequências da única experiência política de um compromisso de duas forças de esquerda, o PS e o PCP em Lisboa. Veja como começou e como acabou, e qual a influência do exercicio do poder pelo PS a nível nacional durante esse periodo. Verá que em política como em muitas outras coisas da vida, nem sempre o que parece é. Platão disse que as ideias trancendem os sentidos. Acredito que esta afirmação só podia ter vindo de Sócrates. Obrigado, um abraço.
Portanto, val é a favor da alteração da legislação laboral sem debates e é contra o apuramento do perfil da dívida externa, certo? pq?