O Eduardo antecipou-se e já fez a pergunta:
Não seria mais consentâneo com os seus pergaminhos formarem um partido de salvação nacional e irem a votos na primeira oportunidade?
Mas isso eles não querem, a democracia dá muito trabalho. Quem passou uma vida nas canseiras da opulência merece o remanso do Palácio de Belém, onde os graves assuntos de Estado se decidem entre chazinhos e torradinhas.
Uma das consequências da crise é precisamente isto: ver quem tem a coragem de enfrentar os problemas -que são reais – com calma e ponderação, e por outro lado quem esbraceja num pânico mal disfarçado. Ou em analogia de caça: quando se ouvem os primeiros tiros dos caçadores, é engraçado observar as perdizes que se levantam, e para onde voam.
quem? os velhos? têm boas reformas, vidas relaxadas e tempo de antena quanto baste, portanto não se estão para chatear. ainda haverá um destemido que lhes perguntará o que deixaram quando foram governantes. e a herança não foi brilhante…
Val, vejo que já te levantaste e passaste os olhos pela blogosfera.
“Formalmente” estás irritado com o Cavaco. Mas o ódio cego ao Alegre ainda é pior. Votando no Nobre candidato, preferes Cavaco a Alegre. Não lhe podes dar a volta! É a quadratura do círculo. Às vezes fazes-me lembrar o estratega da Marmeleira…
É uma questão de Poder.
Sem maioria política, o governo de Sócrates depende totalmente dos interesses que estão reunidos à volta dos ´grandes projectos´. Assim, distribuindo benesses e lugares pode o Governo manter um certo equilíbrio. Mais, o recuo agora, seria fatal para o Primeiro Ministro, demonstrava cabalmente que não tem Poder e o governo efectivamente não governa.
Assim, explica-se, que o Interesse Nacional, fica esquecido enquanto, uns lutam por uma mera sobrevivência política.
Triste mas não surpreendente…
É simplesmente o condicinamento industrial revisited.Ou melhor o Estado Novo revisited.
Gostei de saber que estes economistas tem bastante peso na nossa economia.