A frente da calúnia

Janeiro de 2010. Um deputado do PSD, chamado José Pacheco Pereira, recebe da Cofina uma quantia em dinheiro (não revelada) para/por dizer num órgão de comunicação social que “empregados do governo, e às vezes mais acima” escreviam anonimamente em blogues para insultar e caluniar os adversários políticos. Chamou à coisa: A Frente da Calúnia

Como nos três exemplos de blogues dessa frente caluniosa constava o Aspirina B, e como eu lia diariamente os restantes, Câmara Corporativa e Jugular, fiquei de imediato a saber que o deputado era não só mentiroso como ainda por cima mentia a troco de dinheiro e notoriedade. Para além de não existir qualquer empregado do Governo a escrever anonimamente no Aspirina B, muito menos o tal ou tais “mais acima”, igualmente não se publicavam calúnias nos três blogues acusados. Insultos, sim, à fartazana, pelo menos neste pardieiro. E também factos, e argumentação da boa com base nos mesmos e nas legítimas convicções de pessoas, nos outros dois blogues que cultivavam a democracia e a liberdade.

O deputado promovia em público uma conspiração que começava logo por se assumir como hipótese imbecil e delirante: os blogues tinham audiências residuais, incapazes de sequer terem influência na votação para uma junta de freguesia, sendo consumidos por públicos já politizados que iam à procura de redundância informativa e divertimento – ou de fantasmas e alvos para a agressividade tribal e identitária. Os blogues eram meia gota de água no oceano mediático dominado pelo Correio da Manhã e Sábado, Sol, Público do Zé Manel, Expresso do Monteiro, TVI do casal Moniz, SIC do Balsemão, do Crespo, do José Gomes Ferreira, do mano Costa, RTP da Judite de Sousa e do José Rodrigues dos Santos, DN do Marcelino e saco de passistas na redacção, TSF do Baldaia e seus editoriais, jornal i do Martim Avillez, e ainda o grupo Rádio Renascença (ofereçamos um desconto ao Pacheco, omitindo os restantes blogues direitolas com visualizações superiores e, esses sim, com torrenciais calúnias). Porém, o deputado dava a três blogues – que respeitavam e celebravam a ética republicana – uma importância decisiva que o impelia ao combate mais desvairado. Compreende-se sem dificuldade porquê, o horizonte da comunicação social estava coberto a toda a extensão pelos impérios mediáticos profissionais da direita, a dominar a paisagem sem concorrência. Valia tudo a partir dessa superioridade táctica imbatível no campo de batalha posto que a ideia não era a de respeitar a deontologia nem a módica decência. Desde a criação da maravilhosa bandeira da “asfixia democrática” até aos rasgados elogios para a campanha negra de Moura Guedes na TVI, na qual o especialista do “Ponto Contraponto” via um admirável exercício do “jornalismo livre”, a direita da baixa política pôs a carne toda no grelhador. Que restava ao Pacheco para além de fustigar o alinhamento das notícias na RTP? A que se poderia agarrar quando largava o cronómetro com que descobria terem dado dois segundos a mais a uma notícia sobre o PS comparada com a notícia do PSD no telejornal da hora de almoço? A luz ao fundo do seu túnel cognitivo e moral vinha de três minúsculos blogues onde encontrava injecções diárias, horárias, de dopamina e adrenalina – para além de servirem na perfeição para continuar a meter dinheiro no bolso a enganar os pategos. Bastava que os pusesse debaixo da sua lente de aumento grotesco da realidade para que os três mosquitos parecessem um exército de Godzillas acabado de chegar ao Terreiro do Paço. Absorvendo guloso os boatos que o laranjal decadente lhe despejava nos ouvidos, usava-os para se mascarar de especialista em contra-terrorismo político. A este deputado que tinha muitos e raros livros em casa ninguém enganava, os badamecos que serviam o mefistofélico Sócrates iam ser perseguidos pela implacável espada flamejante do Anjo da Marmeleira. A sua obsessão por Sócrates precisava de tangibilidade para suportar o fascínio que o consumia, daí a necessidade de projectar nos irrelevantes blogues uma pura fantasia quixotesca.

Janeiro de 2010. Pacheco Pereira é deputado depois de ter sido o braço-direito de Manuela Ferreira Leite na campanha para as legislativas de 2009. Usa a revista Sábado para caluniar o Governo e autores de blogues acusando-os da prática em que se lança desenfreado. Não fica como ironia sórdida, é mesmo tristeza à solta na cidade. Uma personalidade com tanto poder mediático e político, com contributos intelectuais valiosos no campo da investigação histórica, a exibir-se como um ranhoso, um pulha. Só que o deputado vinha de ter feito muito pior meses antes, e muito pior se preparava para fazer dentro de meses. Vinha de se ter tornado no mais vocal dos que tinham reduzido a política ao assassinato de carácter e ao envenenamento do espaço público com paranóias assustadoras. O Pacheco foi cúmplice da operação de espionagem política feita a coberto do “Face Oculta”, cúmplice do ataque a Pinto Monteiro e Noronha do Nascimento que não cederam à golpada montada pelo irmão Vidal, cúmplice da “Inventona de Belém”. Espalhou, e ajudou a espalhar, a torpe acusação de que o Governo socialista estava a usar os serviços secretos para fins políticos, que estava a dominar a banca, que ia dominar a comunicação social. Foi com recurso a esta pressão maníaca em que Sócrates era concebido como “monstrum horrendum, informe, ingens” que se convenceu Cavaco a alinhar no caso mais grave de violação dos deveres de um Presidente da República de que há memória em democracia. Eis o que o Pacheco andava a dizer, louco de raiva, nesses dias de histórica infâmia:

«Eu compreendo que o Presidente da República, até pelas coisas graves que tem certamente para dizer face aos ataques que lhe têm sido dirigidos, não queira falar em período eleitoral. O que diria perturbaria e muito o período eleitoral. Mas temo que só depois das eleições é que se vá saber demasiadas coisas sobre esta governação e sobre o Primeiro-ministro. E temo que isso seja um fardo muito difícil de gerir, ganhe quem ganhar as eleições. Seja no caso Freeport, seja na questão da eventual espionagem aos seus opositores, seja no ataque à TVI e ao Público, seja nos múltiplos negócios que estão por esclarecer, da OPA da Sonae à crise do BCP e à interferência da CGD, seja no caso BPN e nos nunca esclarecidos movimentos do dinheiro da Segurança Social, seja na tentativa de compra da PT da Media Capital e etc,. etc. Um etc. demasiado grande.»

Fonte

Em cima da ida às urnas nas eleições legislativas de 2009, com a golpada presidencial a descoberto, o general de Ferreira Leite vai para a frente das câmaras, vai para o meio dos ecrãs, berrar que Sócrates é um super-criminoso que está protegido pelo “período eleitoral”. É o que o safa, explica sem se rir e sem corar, senão Cavaco viria dizer das boas, contar tudo, restabelecer a lei e a ordem, lançar pelos ares “as coisas graves que tem certamente para dizer“; certamente, de certeza certezinha. Azar do caralho isto das eleições. Vamos ter de esperar mais uns dias para limparmos a Nação do mal, garantiu o Pacheco aos eleitores com menos de 10 anos de idade. Só que depois das eleições não tivemos direito a essa catarse prometida, foi outro o programa das festas. Apareceu-nos um Cavaco a reconhecer que a “Inventona de Belém” tinha corrido mal e que havia de ter paciência. Melhores dias viriam, era uma questão de aguentar por nova oportunidade pois o método tinha sido validado. Era possível difamar um Governo a partir do Palácio de Belém, caluniar um primeiro-ministro em funções por obra e graça da Casa Civil, interferir em dois actos eleitorais com a chancela do Presidente da República e nada acontecer aos mandantes e executantes do crime, ficava demonstrado. Ali estava ele, o responsável máximo pelo irregular funcionamento das instituições, de pé em frente a uma multidão de jornalistas para provar isso mesmo.

Janeiro de 2010. Quatro meses depois, o deputado José Pacheco Pereira irá enfiar-se numa saleta da Assembleia da República para ler transcrições de escutas. Escutas que não tinham valor judicial mas que um juiz considerou terem valor político. Atente-se: escutas captadas ilegalmente, as quais não iriam ser usadas em tribunal por não serem prova ou indício de qualquer crime, foram entregues ao Parlamento para nele se violar a lei, a Constituição e os princípios fundamentais do Estado de direito. Dois deputados aceitaram ficar com essa nódoa indelével no currículo. Um deles, declarou nada ter encontrado que justificasse posterior acção de si próprio como deputado ou acção do seu partido, o PCP. O outro, declarou que o conteúdo das escutas era “avassalador”. No entanto, também nada mais fez a respeito nem explicou em que se baseou para a colorida adjectivação. O revanchismo e voyeurismo do Pacheco foram satisfeitos, é só isso que sabemos. Lambuzou-se celerado e cobarde na violência de usar o aparelho policial e judicial – mais o seu estatuto de deputado – para violentar a privacidade de dois cidadãos e, a partir daí, explorar o inaudito deboche como fonte de novas calúnias quando quisesse e como lhe apetecesse pelos anos afora.

Junho de 2019. O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público organiza uma conferência onde junta Joana Marques Vidal a Eduardo Dâmaso, José Gomes Ferreira e João Miguel Tavares para se falar de “corrupção”. O SMMP não é conhecido por publicar estudos próprios ou de terceiros acerca da corrupção em Portugal ou na Antárctica. Ninguém faz ideia do que o SMMP realmente possui como informação a respeito do fenómeno. O mesmo, aliás, para cada um dos participantes na “conferência”, câmaras de vácuo quando se trata de obter dados fiáveis sobre as “redes de corrupção e compadrio“, sobre a “epidemia que grassa pela sociedade portuguesa“. Contudo, é inegável estarmos perante figuras gradas do “combate à corrupção”. Podemos até dizer que todas, em mais do que um sentido e modos, têm construído as suas carreiras e fama à conta da “corrupção”. Mas qual, se é também corrente o queixume deste grupo e seus clones acerca do baixíssimo número de prisioneiros condenados por corrupção? Dita a lógica, e o consumo da sua obra publicada, que a “corrupção” em causa seja aquela atribuída a inocentes, cidadãos que ainda não foram condenados por tal, nem se pode prever se alguma vez o serão mesmo que estejam actualmente acusados. Acontece que chegar à fase de acusação e depois ter o aborrecimento de esperar pelo julgamento em tribunal e ainda ver as defesas dos acusados a tentarem isso mesmo, defender quem foi acusado, é um processo demasiado moroso, e inclusive cruel, para quem vê cair na conta bancária os meritórios e abundantes frutos do “combate à corrupção”. Pelo que a “corrupção” é um maná que precisa de ser colhido logo pela fresca, assim que lhes dá o cheiro. Veja-se o que se faz por rotina na Cofina, trabalho aproveitado pelos parceiros de luta: recebem-se informações divulgadas criminosamente por agentes da Justiça e publica-se criminosamente a versão dos procuradores como se fossem factos provados em tribunal. Nenhuma autoridade em Portugal sequer gasta uma caloria a tentar impedir, ou sancionar, esta prática que vira do avesso o código deontológico do jornalista. É a Justiça instantânea de que o povo gosta, tudo mastigado pelos “jornalistas” e onde os alvos são políticos, ou amigos de políticos, triturados pelo sensacionalismo e pelas mentiras até deles nada mais restar do que uma papa infecta servida às alimárias carentes de “poderosos apanhados e castigados” nos jornais e na TV para continuarem dia após dia alienados e impotentes.

O SMMP chamou a Cofina, o grupo Impresa e o Público, nas pessoas dos seus mais notáveis caluniadores profissionais, para fazer um comício e uma parada militar. A estrela do evento foi uma ex-procuradora-geral da República que tem direito a culto de personalidade nesses meios de comunicação, que aceitou ser comissária política de um Governo e de um Presidente da República, que permitiu na PGR abusos da Justiça num processo de cariz político sem paralelo na História portuguesa, que protege a prática de crimes de violação do segredo de justiça no Ministério Público, que não respeita a sua actual responsabilidade no Tribunal Constitucional ao fazer declarações que comprometem a sua isenção e credibilidade, que se tem multiplicado em exibições de ambição política. Ocasião, portanto, para o Pacheco denunciar o obsceno processo de judicialização da política e de politização da Justiça em curso com um entusiasmo, se não superior, pelo menos equivalente ao que manifestou no combate aos tais três miseráveis blogues? Nada disso, ó santa ingenuidade. O senhor não pode morder na mão que o alimenta. A verdadeira frente da calúnia é uma indústria que dá muito dinheiro a muita gente. E que talvez venha a dar verdadeiro poder político a alguns santos de pau oco.

14 thoughts on “A frente da calúnia”

  1. As teorias(?) expostas baseiam-se, só,em material publicado. Combatem-se com factos provados que contrariem o então exposto.
    Vamos a isso?

  2. O maior e grande falhado político da democracia portuguesa pós 25 Abril é esse Pacheco historiador que a verdadeira História há-de denunciar e registar como um intelectual menor e oportunista que sempre apoiou gente intelectualmente rasteira, desonesta e corrupta desde o Cavaco e Duarte Lima até ao Durão corrupto à escala nacional e global.
    Até mesmo política e intelectualmente foi íntimo do parasita-mor do reino, um tal sicofanta traficante político Graça Moura que exigiu sempre a Cavaco e ao partido cadeirões dourados bem pagos pelo Estado para fazer o seu trabalho pessoal de colunista, tradutor, poeta, conferencista e caluniador dos adversários políticos que o denunciavam ao estilo tal qual o fazia e sempre fez e faz Pacheco.
    O seu coro contra Sócrates foi simultâneo do seu coro a favor da guerra do Iraque ao lado de Bush, Blair, Aznar e Durão. A sua visão do conteúdo dos CDs gravados pelo mano Vidal, manipulados pelo “cm” é a mesma da sua visão acerca das armas de destruição maciça que viu no Iraque pelos olhos corruptos de homens de mão de Bush.
    Os elogios a Cavaco, Manuela Leite e Durão têm o mesmo sentido oportunista dos elogios que teceu ao “cm” como o jornal que “procura as notícias que interessam ao povo”, pois se aqueles lhe proporcionavam mordomias estatais parasitárias à Graça Moura também era da Cofina que chegavam os cheques mensais que pagavam a “opinião” publicada na “Sábado”.
    A sua inabilidade política ou, talvez mais acertadamente, as suas rascas capacidades intelectuais de visão e interpretações da vida social e política que o arrastaram sempre para o apoio a figuras menores e corruptas empurraram-no cada vez mais para o falhanço e desastre político e daí a desenvolver uma estratégia pessoal de ressentimento e vingança contra quem tem qualidades e capacidades, que lhe faltam e inveja, foi um passo rápido e curto como curta é sua honestidade política.
    Pelo seu presente de falhado político perante outros de quem se acha “intelectualmente” muito acima o seu modo mental de pensar já não actua segundo um pensamento racional lógico mas segundo um enviosado esquema de vingança pessoal contra adversários e o mundo democrático social.

  3. Espero que nesta conferênsia de caca apareçam perçonalidades do kalibre de um marques mendes, impoluto, de um paulo portas, seriíssimo, de um relvas, honesto à prova de bala, de uma marilú albuqueca, swapista de primeira água, de um paulo macedo, de um autarca-modelo do psd, de um super-incorruptível sérgio moro e de todo o ramalhete de videirinhos, gatunos, escroques, pulhas, larápios, malandrecos e trafulhas de primeira à quinta categoria que enxamardearam nos anos recentes da estória brutoguesa os órgãos máximos do Poder nacional, os Institutos Públicos e de um modo geral o aparelho do Estado, as Empresas Públicas, as Fundações, Misericórdias, etc. e, não menos importante, as Autarquias por esse cavaquistão fora, em especial as de Leiria, Gaia, Cascais e Viseu. Já para não falar dos crimes públicos nunca investigados decentemente, como o descarrilamento na Linha do Tua, tarefa suja muito provavelmente “encomendada” nas instâncias municipais de Mirandela, entre muitas outras patifarias que, desenganem-se, um belo dia virão à tona, mais cedo que tarde.

    Que a bosta que produzirem faça muito “bom proveito” a todos estes conferenssistas e a todos aqueles que gostariam de lá estar, mas que a esta hora já lêem o correio da manhã muito justamente sentados à esquerda de Lucífer.

  4. Eu só lamento que este VALUPI persista em manter e agarrar-se com unhas e dentes ao anonimato, porque por vezes apetece-me até dar-lhe um beijinho na testa.
    Nunca entendi as razões do VALUPI para manter o estatuto do CHE GUEVARA e dum cegueta que por aqui andava mas anda sem paradeiro.
    Há muito que andava a trabalhar numa nota para arrumar e expor com sabedoria o tema que o VALUPI aqui expõe com esta fluência e clareza.
    Posso agora rasgar o rascunho.
    Obrigado VALUPI.

  5. assim, na diagonal, que esta cena tem muita letra, à excepção do aspirina , que por razões óbvias, não dá para confrontar a teoria com a prática, os outros estavam ligadissimos, ligadérrimos, umbilicados, por dinheiro, contante e sonante, e em géneros ( jantarinhos e hotéis e presentes também é dinheiro) , não ao PS, mas ao zézito kitchs. : cancio , farinho, galamba e o tipo da camara ( que nunca li) . às tantas o Valupi é o guilherme de oliveira martins ou outro assim , e prontos, está o menú completo

  6. Anseio por um ‘Vazamarquês’ na Tugalândia. Sacrificava o tomate esquerdo para ver o saloio de Mação e seus empenhados compagnons de route em festival de carícias recíprocas dos engelhados entrefolhos. Rezaria, se rezar soubesse, para poder assistir a tal peça. Eu sei que os subterrâneos do Santo Ofício são bem mais profundos e retorcidos na Tugalândia do que na Brasilândia, de boca rota na sua displicência tropical, mas enquanto há vida há esperança. Terei algum dia essa felicidade?

  7. Manuel de Castro Nunes, admitindo que esteja enganado, penso que Valupi é nome verdadeiro e não nick, ao contrário do que a maioria dos comensais acredita, mas isso é coisa sem importância que apenas o próprio pode esclarecer, se para aí estiver virado. Acredito, se o meu palpite estiver correcto, que ao anfitrião dará até um certo gozo a ambiguidade, principalmente quando os cretinos cobardes que aqui o insultam o acusam do anonimato que eles próprios praticam.

  8. Isto tresanda a bichanagem, livra!

    Joaquim Camacho
    10 de Julho de 2019 às 15:18

    Valupi
    10 de Julho de 2019 às 15:28

  9. Amigo Valupi, a minha confusão vem de um post antigo do José do Carmo Francisco, aqui publicado, com a reprodução da capa de um livro de Maria Valupi, de quem nunca ouvira falar. Pensei que fosse parente, talvez mãe, tia, prima afastada. Fico a saber que é “apenas” parente espiritual, paixão virtual, mas assolapada. No apreço pelos teus textos (não todos), não altera nada.

  10. Na ainda curta história da Democracia portuguesa nenhuma ideologia produziu tanta merda como o maoismo. Vá-se lá saber porquê. Pense-se só nalguns exemplos como o Pacheco Pereira, JMF, Durão Barroso, etc, etc. etc. Além de grandessíssimos pulhas, todos bufos e adoradores de grandessíssimos pulhas dissimulados como o Cavaco. Aliás sabe-se hoje através do desaguisado com o Garcia Pereira que até o grande educador da classe operária exigia sempre um Mercedes para se deslocar.

    Nos dias de hoje é muito frequente ver Pacheco Pereira alinhado com várias iniciativas do Bloco. Como é que o Bloco atura um cavacoiso como o Pacheco é para mim um grande mistério. Mas se pensarmos bem também nunca se ouviu um dirigente do Bloco denunciar a usurpação de poderes que decorrer hoje da actuação do MP. A quem cabe exercer a ação penal. Mas a quem também cabe defender a legalidade democrática e os interesses que a lei determinar. Coincidências.

    Quanto ao poder político a alguns santos de pau oco eu também não acredito que o objectivo seja só tentar controlar a Justiça. Que como é óbvio já não era coisa pouca. Mas os exemplos dos amigos são mais que muitos. E talvez mais cedo que muita gente pensa. Se o vão conseguir já são outros quinhentos. Eu, muito sinceramente ainda não acredito que Portugal chegou outra vez ao Brasil. Mas a verdade é que por cá, o Sporting também já elegeu um puro. Com os resultados que se conhecem.

  11. Valupi,

    Viste o pulha na Circulatura? Anos e anos a apoiar o bolicoiso e o único caso triste que se lembra no PSD é o Duarte Lima… De quem nunca suspeitou aliás. Quando toda a gente falava das festas de arromba onde o artista ainda se gabava de só ter 1 cliente. Já da verdadeira golpada do regime, vulgo BPN, nem uma palavra. Mas o Costa e o PS tinham que ter suspeitado do PM.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *