Soube agora que no passado dia 15-11-2008 o jornal ABC no seu suplemento «Las artes y las letras» publicou este poema traduzido por Vicente Aráguas e com uma nota biográfica de Amália Iglésias. Penso que é uma curiosidade para todos nós leitores do «aspirinab» esta revelação. Trata-se de um excelente e bem diversificado suplemento cultural e ter lá uma página é uma coisa agradável que merece ser compartilhada com todos nós.
ATÉ ESSE MOMENTO
Lembrarás então o pai aqui sentado
A máquina de escrever no chão
Os discos na parede entre a luz e o pó
Irão passar talvez muitos anos
Farás promessas que não vais cumprir
E dirás ruas para voltar noutras horas
Será como quem percorre um caminho
Iluminado pela luz do teu olhar
À procura das palavras subterrâneas
Lembrarás então o pai aqui sentado
Um gelado presente do indicativo
E silencioso que não fala – não esquece
Passarás nas tuas mãos um fio
Será talvez a memória das noites
O tempo do leite e das fraldas
Será como quem procura descobrir
Nos desenhos (nos cadernos escolares)
Uma outra maneira – a tua outra voz
Lembrarás então o pai aqui sentado
Não como pai mas como anónima pessoa
Surpresa a esperar no céu do Outono
Terás nas tuas mãos um retrato
O voo das aves por cima da casa
Como inesperada vírgula do tempo
Será como quem procura fragmentos
Num momento ou talvez num lugar
Na tua idade como um portão aberto
A tua vaidade só pede meças à tua jactância.
GANDAENJÔO
«Uma curiosidade para TODOS NÓS, leitores do Aspirinab», dizes tu? «É uma
coisa agradável que merece ser compartilhada com TODOS NÓS»? Mas com TODOS NÓS, quem? Se te referes à tua família, ok! Agora se querias dizer TODOS VÓS, pergunto-te o que temos nós a ver com uma insignificância destas?! Foi um prémio importante que recebeste? Vai-te lixar, pá, toma juízo e vê se te enchergas. Tanta peneira, tanta falta de modéstia e de classe é uma vergonha para ti e para quem te lê. Isto porque quem te lê acaba por ficar envergonhado e enjoado com essa toleima sem razão de um foleiro que se promove por tudo e por nada. Se fosse outra pessoa a colocar essas 323 linhas, ainda vá: era de amigo. Só de amigo, repara. Agora que sejas tu próprio, ó pá! «Acontecimentos» destes há por aí a pontapé e ninguém faz posts a contar coisíssima nenhuma. Poupa-nos mas é às tuas farroncas peneirosas e repetitivas de te promoveres post sim, post sim!
Tu para parvalhão só te falta o «til». Não é enjoo é vómito…
É só isso que tens a dizer, ó narciso? Que miséria de argumentação, pá! E não posso estar mais de acordo contigo: o teu comportamento é mesmo um «vómito». És tu próprio quem o diz. Eu é que fui brando no meu pseudónimo. Mas essa do «til», é mesmo infantil!
Reparei que não pões acento circunflexo na palavra «enjôo». Tás numa de brasilês? Fazes bem. Um dia destes devem publicar lá pelos brasis um poema teu. Assim, é meio caminho andado: já não precisam de corrigi-lo de acordo com o acordo. Agora lembra-te: tens de repartir COM NÓS essa alegria e honra imensa, pá! Só uma pergunta: vais enviar um dos teus poemas aos brasucas do mesmo modo que enviaste este aos espanholitos?