Cavaco, a laranja mecânica

Cavaco não é Presidente da República (PR). É bom dizer isto com todas as letras. A forma não chega para qualificar o que seja, e é só isso que Cavaco tem, o formalismo de ter sido eleito.
Materialmente, Cavaco não é PR. É um corrupto moral, inquilino do Palácio de Belém, que desde o início exerceu os poderes que a Constituição lhe confere em manifesto desvio de poder.
O desvairado que formalmente é PR, com a consequência de poder mentir (PECIV), de usar de vetos ou mensagens para gritar, às 20h, uivos contra o funcionamento normal da democracia (estatuto dos açores ou CPMS), de conspirar contra o Governo num processo sem fim de um patético e criminoso laranja mecânica (escutas, discurso da tomada de posse), não pode ser demitido.
Gosta, porém, de ajudar os laranjas a espatifar um Governo rosa e de ajudar o novo e desastrado governo laranja a passar as culpas, por escrito, como que em memórias, para o homem que a realidade insiste em mostrar que era o homem certo. E honesto.
O laranja mecânica não pode ser demitido mas é cobarde. Não vai à escola onde jovens o esperam com cartazes, vê-se confrontado com as consequências da sua mentira acerca dos seus pobres rendimentos, ele que mente tão bem dá com a notícia de uma petição na AR com milhares de assinaturas pedindo a sua demissão e que faz?
Recorda ao povo as aflições que Sócrates o fez passar, a ele e ao país.
A definição de um amoral.

24 thoughts on “Cavaco, a laranja mecânica”

  1. cavaco é o exemplo acabado e rasca desta direita salazarenta que, pouco a pouco, está a destruir o nosso país.
    Nunca desejei a morte nem sequer mal a ninguém mas, se for vivo quando este trambolho se finar, por um momento vou sentir-me feliz, muito feliz, porque esta degenerada criatura foi o que de pior aconteceu a Portugal depois de Abril de 1974.

  2. E patente a natureza pessoal,cobarde e mesquinha de todo um comportamento que conduziu à demissão do Governo anterior e abriu os portões para o assalto ao pote de uma data de incompetentes e mentirosos,mas já bem aviados quanto a proventos.É de facto um cavaco igual ao que sempre foi e com mais esta da lealdade institucional no caso PEC IV abriu o armário dos ossadas que foi conseguindo ao longo de um percurso em que se algo existe digno da memória histórica é a de ser o único e grande responsável pela situação crítica que o País vive.Os dez anos de cavaquismo só não foram coroados com Lisboa a arder porque lhe deve ter falhado a cítara e a inspiração.
    O meu apoio incondicional a Isabel Moreira a quem o Goebbels da propaganda ainda não teve ocasião de morder.

  3. Corroboro todas as anteriores afirmações aqui produzidas. De facto, este homem (sim, com letra pequena, muita pequena) foi o que de pior poderia ter acontecido a este desgraçado país. E não é só pelo facto de ser o pior Presidente da República, pós 25 de Abril (aliás, fazer qualquer analogia com qualquer um dos outros PRs, é uma afronta a estes, tão mesquinha e ignóbil é esta criatura) Mas foi principalmente como 1º. ministro que esta criatura mais males causou ao nosso país. Todas as desventuras que nos atormentam, têm a sua origem nas políticas e cambalachos dos governos deste pigmeu, que só se soube rodear foi de corruptos e vigaristas. Os resultados estão à vista de todos. Enquanto tal figura persistir, este país está fadado a ser como ele: mediocre, mesquinho, egoísta, vingativo, vulgar. Só que, a culpa não é dele: é de quem o tem eleito. Se calhar, este povo, este país não merece outra coisa.

  4. O homem só recebe a reforma que mal lhe dá para as despesas, não pode acumular com o ordenado porque o Sócrates o obrigou a optar.
    É claro que o homem fica chateado…

  5. Brilhante análise, Isabel. Resta acrescentar, que além de ser o exemplo acabado de um amoral, mostra também sinais evidentes de sociopatia…o homem etá convencido que é o modelo máximo de hoestidade moral, política (apesar de se dizer não político) e mais que haja à face do planeta. Está para nascer duas vezes uma aberração tão nojenta como esta no cargo de 1ª figura do estado -o provedor do povo. O problema é que o povo, se pudesse, neste momento, afogava-o no Tejo.or isso já não sai à rua, nem que seja para enfrentar uns putos de liceu. Um líder bravo, à imagem e semelhança de quem no-lo impôs.

  6. Este ser vivo de tão repugnante nem consegue ser diferenciado do metano das vacas suas amigas. ponto.
    Inacreditável ou talvez não é o facto de o povo ter alinhado com um indivíduo que só de olhar para ele se vê que é um limitado.
    Isto nem sequer é uma questão de idiologia, mas sim ter o poder pelo poder.
    Já só é a máquina que criou que o mantem vivo, ou seja toda aquela corja que com ele e para ele habita belem.
    Pensar que teremos que assistir aos arrotos deste ser vivo mais quatro anos.

  7. para mim……o que mais dói no corno ao cavaco é até óbvio… aturar o puto coelho…cavaco não gosta do fulano e tem-lhe mesmo um certo asco…mas vejamos as coisas…não foi sócrates o culpado…claro que foi… sócrates derrotou a vovó manela… essa sim a manela era a sua carta …cavaco perdeu e a azia aumentou quando viu que lhe caía na sopa o pateta do jota…tem a alma roída e isso fá-lo descarrilar em prosa foleira …agora nada lhe resta…no tempo de josé sócrates ainda fazia uns discursos da treta mas logo muito aplaudidos pelos pasquins do reyno…à época a jornalada estava para aí virada…tudo lhes servia para atirar contra aquele governo (hoje ainda vejo muitos a chafurdar na coisa…procuram sangue)…mas vejam o que acontece ao cavaco…numa pieguice de nada a propósito do pré e logo açoitado pela mérdialada toda…foi aí que o homem pensou…e que tal se eu voltar ao velho sócrates…lógico…resulta sempre

  8. Aeme. não brinques com os sentimentos do iluminado que se comoveu com o prazer das vacas aos ser ordenhadas, com o sorriso zen que delas transparecia…Isso foi o Cabvaco a ser sensível. Não percebeste? Eu também não.

  9. Se em república fosse costume atribuir cognomes aos presidentes, este poltrão sem vergonha no focinho ficaria provavelmente para a História com um dos que a seguir enumero, mas a lista está longe de ser exaustiva:

    Silva de Boliqueime, o Reles
    o Nojento
    o Desprezível
    o Burgesso Poltrão
    o Cobardola Rancoroso
    o Verme
    o Pai de Todos os Vermes
    a Pústula Ressabiada

    O mal dos males foi não se ter aproveitado a oportunidade única da inventona das escutas para desencadear um movimento cívico, bem estribado política e juridicamente, que o chutasse com fundamento do cargo que para nossa vergonha ainda ocupa. Era motivo mais que suficiente, muito mais forte do que o que serviu de pretexto ao abaixo-assinado há dias entregue na AR a propósito das bojardas que a criatura bolçou sobre a insuficiência das reformas para lhe pagar as despesas. Com base na inqualificável conspiração das escutas, não seria difícil invocar o famigerado “atentado contra o Estado de direito” com que a justiça mafiosa mais tarde tentou aldrabosamente tramar o Sócrates, mas a treta dos brandos costumes e da estabilidade das instituições impediu o uso eficaz de um antibiótico adequado que eliminasse o vírus de uma vez, ou que o cancro fosse extirpado de raiz.
    Quem o inimigo poupa, às mãos lhe morre, mais ainda com um cobardola nojento como este. O demónio Sócrates serve às mil maravilhas à quadrilha Passos-Relvas-Gaspar não só para manter o pagode distraído das sacanices que diariamente inventa como para o culpar por elas. Ora o poltrão de Boliqueime já percebeu que os jagunços ao serviço da quadrilha não hesitam em lhe dar, também a ele, umas dentadas nas canelas, se acaso tem a veleidade de deixar o seu umbigo merdoso arrotar uma qualquer inócua e pretensiosa posta de pescada que lhes perturbe minimamente a digestão. Como cobardola que é, não duvido de que a sua principal motivação, desta vez, foi lembrar ao aldrabão de Massamá que lhe pode ainda prestar bons serviços distraindo o pessoal com o espantalho comum. É uma forma tortuosa e cobarde de lhe implorar tréguas, mas enfim, a criatura é mesmo assim.
    Que nojo, porra!

  10. Há muitas semelhanças entre Cavaco e Soares, é que foram os dois que mais governaram em Portugal depois de Salazar.

    A maior diferença que têm é que a Soares qualquer trapito lhe fica bem, Cavaco veste o melhor casaco e parece uma albarda.

  11. Já uma vez aqui escrevi e repito, “É muito feio bater e mortos”, agora acrescento, em mortos e diminuídos mentais.

  12. Ó Isabel, antes fosse apenas um “amoral”, mas o homem é muito mais do que isso. Amoral é o que não tem qualquer moral e o homem é um imoral ou seja tem uma moral ao nível da dos maiores trastes que imaginar se possam!

  13. Tanto Ódio! desde a autora aos discípulos.

    Os insultos nada dizem do insultado mas esclarecem tudo de quem insulta.

    Vou sair daqui rápido.

  14. Muito bom:

    «Os insultos nada dizem do insultado[,] mas esclarecem tudo [sobre] quem insulta»!

    E é mesmo assim, desde o emproado Vasco Graça Moura (que recentemente insultou o Povo português todo, num célebre Artigo-bosta que escreveu e teve a lata de publicar quando o Sócrates humilhou a Manelita nas urnas) à generalidade do Cidadão taxista e coçador de tomates português, quando abre a boca em qualquer espelunca, ou campo de Golfe, e arrota alarvidades sobre o “socras”…

  15. Texto forte, mas muito bem escrito e pertinente. Não acho que Cavaco Silva seja amoral; imoral quando muito. Mas o que eu acho mesmo, é que ele é um ser profundamente moral: tão moral, tão moral, tão moral, que não ética alguma. Mas o povo gosta; o povo aplaude; o povo da 4.ª classe de antigamente fala da crise como Cavaco fala da crise. O povo come bolo-rei como Cavaco; o povo queixa-se de idiotias como o Cavaco; o povo tem esposas rasteiras como o Cavaco. O povo é Cavaco, e Cavaco é o povo. Há que aceitar que não podemos fazer omoletes.

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