No editorial de hoje do DN, João Marcelino lá vai fazendo uma súmula daquilo a que a qualquer pessoa atenta ocorreria dizer acerca do caso do momento – o espírito vingativo de Cavaco e uma lista de razões óbvias ou abstrusas para mais uma argolada presidencial – até que, cansado de ser sensato e temendo ser acusado de socratista, ou de desleal (adjetivo da moda) ao patrão, avança para a seguinte afirmação, com a qual remata o tema:
“Sobra o País que, talvez agoniado, pensa seguramente que Sócrates seria muito bem capaz de fazer aquilo que Cavaco ontem fez. Ou seja, estão bem um para o outro.”
Extraordinária conclusão. João Marcelino acha que o país (metonímia para ele próprio) “seguramente” vê Sócrates, em funções, a escrever um prefácio de um livro seu a acusar diretamente Cavaco, ou outro político qualquer com quem se tenha relacionado institucionalmente, de deslealdade e outras ofensas políticas extremas. Chatice que, podendo-o fazer, não o esteja a fazer, não é?
Pois, a quem interessar possa, este “País” do Marcelino que sou eu está muito longe de achar tal coisa e já viu o suficiente para saber do que são capazes uns e outros no nosso panorama político. De tudo o que se constata nuns e não é investigado, sendo, pelo contrário, disfarçado, abafado ou desvalorizado, e do nada que se prova nos outros, por mais aturadas e dispendiosas as investigações, nada esse que, no entanto, é constantemente servido no altar sacrificial da imprensa com condimentos os mais variados e agressivos, de tal forma que a narrativa já prossegue autónoma dos factos e dos protagonistas, que não deixam de ser pessoas e estar vivas.
A paciência e cortesia públicas de que Sócrates sempre deu mostras no que toca à figura do PR não têm qualquer paralelo com a falta de contenção e de vergonha de Cavaco, que conspirou, e de que maneira, a partir de Belém, com a colaboração de um jornal, lançando suspeitas de espionagem sobre o alvo da sua raiva. Sabemos que não esteve nem está só nestes e noutros métodos semelhantes de abate de adversários. Outras personalidades da direita que nos governam os utilizarem e utilizam sem hesitar. Os comentadores políticos idem. Ainda ontem, o capcioso Pedro Lomba se lembrou de invocar, na SICN, o Freeport e as escutas do Face Oculta/”a tentativa de controlo da comunicação social” por Sócrates, também chamado mais pomposamente «o atentado contra o Estado de direito», para tentar justificar o desagrado crescente de Cavaco com o ex-primeiro-ministro e um possível desejo (para Lomba compreensível) de o demitir (!). Pobre do Sócrates. Perante estes abutres da direita, não passou de um anjinho. Os grupos de comunicação social em Portugal pertencem todos, sem exceção, a figuras da direita – Balsemão, Joaquim Oliveira, Belmiro de Azevedo… Nem se percebe como ainda temos notícia de certas coisas que se passam. Vale-nos a Rede e as traições/rivalidades internas que, desde tempos imemoriais, muito põem a descoberto. Mas enfim, nada disto pode ver nem dizer Marcelino. Marcelino acha que colocando Sócrates ao nível de Cavaco pode ir dormir descansado, cumprida, segundo ele, a regra da imparcialidade, ainda que com uma afirmação sem nexo.
Marcelino, que por uma reviravolta alinha agora com o atual governo, é, na televisão, um comentador inexpressivo e hirto. Não ri nem chora, não se entusiasma nem se indigna, não gesticula, não se mexe na cadeira, não ajeita o cabelo. Ao menos que se deixasse de impressões e de conclusões insustentadas.
Se a comparação é lamentável, vale a pena ler o resto do artigo pois, espante-se em JM, revela muito (mas ainda pouco) do que é Cavaco.
Um indivíduo execrável.
Quem é o João Marcelino?
Prova provada que até os mais chegados não deixaram de ficar incomodados com mais esta tirada do Manhoso dos Pasteis.
Quanto à conclusão do JM, bastava-lhe comparar os discursos de vitória de Cavaco com o de derrota de Sócrates. Mas para isso é necessário ser-se sério.
a menistra cricas descobriu alternativa para a falta de chuva: alimentar as vacas biológicas com ração.
http://aeiou.expresso.pt/seca-ministra-agricultura-vai-pedir-autorizacao-a-ce-para-que-animais-de-producao-biologica-comam-racoes=f710369
o lambretas aumentou a capacidade dos lares com adjudicação de mais prateleiras e promessa de investimento em empilhadores.
http://www.publico.pt/Sociedade/mudanca-na-lei-cria-condicoes-para-dez-mil-novas-vagas-em-lares-de-idosos-1537173
o álvaro, ex-conadá, incrementa o comércio externo com natas, em forma tentada de pastel ou bacalhau, tanto faz.
e não há um caralho que contrate o professor pardal para o governo, poderiamos pôr a nuvens as mexer-se com gasóleo e aproveitavamos o vento para as eólicas ou outra merda do género.
“Sobra o País que, talvez agoniado, pensa seguramente que Sócrates seria muito bem capaz de fazer aquilo que Cavaco ontem fez. Ou seja, estão bem um para o outro.”
João Marcelino não é honesto na apreciação que faz a José Sócrates. Aliás, quando escrevia para o jornal Record e fazia uma reportagem sobre António Oliveira e Joaquim Teixeira estes mostraram lhes os dentes e João Marcelino não sabia onde se meter.
Se Sócrates fosse igual a Cavaco Silva tinha aproveitado a ocasião de Passos Coelho dizer que Sócrates foi negociar o PECIV para Bruxelas e não lhe deu cavaco nenhum. Tudo isto foi dito por Passos Coelho nos órgãos de comunicação social e no debate quinzenal e Sócrates nunca revelou essa reunião. Mais tarde viemos a saber que Sócrates teve uma reunião com Passos Coelho e que ficou conhecida pela célebre reunião das quatro horas. Se isto é falta de lealdade não sei o que é a lealdade!
Não será que Sócrates também tenha dado conhecimento a Cavaco Silva? Não será que o bolo-rei que Cavaco Silva anda a comer tenha muito queijo e faça com que ele se esqueça!
Só quem não acompanhou o “percurso” do manhoso de Belém se admirará com mais esta javardice por ele perpetrada.
Leiam o livro “A Ascensão ao Poder de Cavaco Silva 1979-1985”, de Adelino Cunha, da editora Edeline, passe a pub, que nos mostra a mente sinistra e traiçoeira do animal. O “espetar de facas nas costas”, o “dizer uma coisa e fazer outra”, o “trair”, são coisas que lhe estão na massa do sangue. Sempre assim foi e sempre assim será. Mau, rancoroso, invejoso, e manhoso.
Um traste portanto, mas perigoso, muito perigoso.
Uma vez mais o Marcelino comporta-se como aquilo que é; Um membro da criadagem, para utilizar a feliz designação do Ferreira Fernandes. Quando vejo tipos como o Marcelino o Zé Fernandes e gentalha invertebrada como directores de jornais com a dimensão do Público ou do DN, fico assustado e penso: Será que qualquer sabujo chega a cargos destes se lamber as mãos do patrão? Quando ouço ou Cavaco, então, a minha fé nos Portugueses que o elegeram duas vezes fica muito esmorecida.
Perdoem-me! Estou a entrar em depressão!
Coitado do Marcelino………….
A este ranhoso só lhe falta a esfregona para limpar o caminho da canalhada, esquece-se que já não poderá fugir de toda a merda que fez, usando um jornal para fazer “qualquer coisa”.