“Tenho uma admiração, imensa, pelas mulheres sérias. Faço questão, por isso, de as escolher para minhas amantes.”
“Tenho uma admiração, imensa, pelas mulheres sérias. Faço questão, por isso, de as escolher para minhas amantes.”
“Dizem que sou, na cama, um verdadeiro cavalo”, digo, vaidade e sedução, a uma morena de saia mini e cabeça sem, na discoteca do bairro. “Queres comprovar”, pergunto. “Sim, vamos a isso”, ouço, pose de desafio, segundos depois. E, já na cama, alguns minutos volvidos, vestido e com ela a olhar-me de pé e embasbacada, relincho com a perfeição que, em miúdo, me fez vencer o concurso de imitações da preparatória.
“Merda”, exclama a mulher que, inadvertidamente, piso no pé à entrada da livraria. “É para já”, aquiesço. E passo-lhe para a mão, em poucos instantes, um exemplar do último livro da Fátima Lopes.
“Senti, tenho de admitir, ao ouvir-te dizer, alto e bom som, que a tua mulher é uma reles pêga barata, uma enorme inveja de ti. Na verdade, só seria capaz de afirmar tal coisa alguém que recebe, mensalmente, um avultado salário.”
“Quero, desesperadamente, o teu sexo”, revela-me, fome e excitação, C. “Sim”, respondo. “Sempre me pareceu, sobretudo depois de olhar com atenção para o aspecto do teu rosto, que um pénis se encaixava melhor no conjunto do teu corpo”, acrescento.
“A tua mulher é, de facto, uma santa. Faz questão de, sabendo que não pode provar a maçã de Adão, se dedicar afincadamente aos tomates de Confúcio.”