Ricardo Costa diz isto no Expresso online:
Quando faltam os argumentos lógicos, dá-se corda à retórica.
– Nomear Coelho seria uma etapa obrigatória, que não pode ser “queimada” (em lugar da justificação, entra a sugestão incendiária).
– Seria um absurdo (típica retórica).
– Eanes, Soares e Sampaio fariam o mesmo (é legítimo dizer o que os outros fariam sem lhes perguntar?).
– Com ou sem incerteza, é demasiado arriscado (Ricardo Costa no seu melhor).
– É demasiado arriscado e inexplicável não seguir os passos (ou, para Ricardo Costa, demasiado arriscado não seguir o Passos?).
– Os passos do guião constitucional (ou o guião constitucional do Passos?).
– O guião constitucional (não diz qual é).
– O próximo passo é, assim, óbvio (demonstração retórica).
Pois, isto do PS se meter ao caminho deixou os nossos cabeçudos com as idéias todas trocadas: o Charlie Hebdo publicou hoje uma análise política a sério sobre o exemplo português de alianças dos partidos à Esquerda num jornal humorístico (no Expresso, please); o menos-que-brilhante-ou-assim Ricardo Costa publica hoje no Expresso uma charge humorística num jornal dito de referência.
Parafraseando o Manuel Serrão, há tempos na SIC. A Noite da Má Língua tinha uma série de pessoas sérias a fazerem de falhaços; o Eixo do Mal tem uma série de palhaços a fazerem de pessoas sérias.
“Se nos vendemos tão baratos, porque nos avaliamos tão caros?”
―Padre Antônio Vieira
O texto constitucional (Artº 187º, sobre o processo de formação do governo) não é um guião:
“O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais.”
Mau grado o texto constitucional conferir um poder a Cavaco Silva, o “guião constitucional” de Ricardo Costa (e, quiçá, de Pinto Balsemão) revoga-o liminarmente:
O Presidente da República nomeará obrigatoriamente o Primeiro-Ministro nomeado pelo partido ou coligação com maior representação na Assembleia da República.
Para que se tornaria, então, necessário que o Primeiro-Ministro fosse nomeado pelo Presidente se a Constituição o obrigasse a nomear o indivíduo nomeado de antemão pelo partido mais votado? Segundo o Expresso, o PR estará obrigado a seguir uma série de passos determinados inequivocamente pelos resultados eleitorais e, consequentemente, não terá qualquer poder de decisão sobre a matéria.
Há que agradecer ao Expresso por ter exposto (em demasia) o pensamento “democrático” e “constitucional” da direita nacional.
E o AUTOR do texto pensa o quê? Qual é a sua solução?
@numbejonada
Cavaco Silva tem poder para nomear Passos Coelho ou António Costa. A decisão é dele. Em minha opinião, Cavaco Silva não se deve escudar no “guião” de Ricardo Costa para tomar uma decisão; deverá procurar uma solução célere, tendo em conta os interesses (imediatos) da nação.
Estes comentarista da treta estão completamente desequilibrados mentalmente pelo vislumbre de um possível acordo à esquerda.
Agora, a urgência de um governo em funções já não é argumento, já não interessa nada, já nem precisamos de orçamento nem nada.
Ricardo, ridículo.
Qualquer um com um dedo de testa percebe que, se o Passos não consegue passar um governo na AR, então é completamente inútil nomeá-lo.
O PS de Costa, está de joelhos aos pés da Catarina?
É melhor do que comer queijo limiano, porra!
Deve é ficar um pouco mais carote.
Neste caso vou voltar-me a repetir. Nesta fase o PR já só indigita o aldrabão PM porque o PS quer. E talvez os portugueses precisem mesmo dessa aula prática de Democracia Parlamentar. Já “analistas políticos” como o Ricardo Costa, com muito mundo, é só teias de aranha na cabeça.
eu no lugar do homem de boliqueime, fazia o mesmo.eu explico: a popularidade dele está pelas ruas da amargura. ao dar de imediato posse a um governo ps,passava a ter somente como seus apoiantes ,a maria? o seu mordomo,e o cão. o pais fica parado mais uns dias,mas ele não perde os seus apoiantes de direita e vai ganhar muitos à esquerda por dar posse a um governo PS/PCP BLOCO. vejam as sondagens agora e daqui a uns dias vamos conversar.
São tudo conveniências, o ricardinho esqueceu que, no guião
do Pilatos de Belém foi introduzida a condição de o próximo
governo ter uma maioria sólida na A.R. mas, por razões que
só ele conhece não estava a contar com o PCP e o BE por isto,
não tem como evitar dar posse ao futuro governo de esquerda!!!
joaopft
21 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 13:27
Meu caro, a CRP é bastante clara nas competências do PR.
( Na verdade, Touni demonstrou, de facto, a sua teimosia ( inadequada e inoportuna) assim como falta de visão, neste momento «pós eleições». E sabe? A Coligação AGRADECE, dá-lhe jeito. Afinal, é a ESQUERDALHA que na esteira do que é sua tradição, está a empatar.
Havendo novas eleições, muitos abstencionistas votarão na Coligação ( ainda que não a gramem, mas tão só para não ver um mal maior – o socialismo/comunismo).
J. Madeira
21 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 18:07
Vai sonhando, vai, com um governo de esquerda…deixa lá ver, a bloquista minorcas de ténis e ganga com camisa aos quadrados a dirigir-se para o ministério e a mandar « ó minha despacha aí a cena das pensões…» ou a macaca da filha do batata, sem soutien e com os bumpers diminuídos, com o charro na boca a receber o ..batata pai.
Yeah right…..
Cala a pia e deixa os senhores, ó fascista!
O Governo do Costa com o PC e o BE, só tem um interesse para o próprio Costa – canibalizar os agora “amigos”.
Daqui a 6 meses o BE passa para 1/3 dos votos, o PC para pouco mais de metade e o Costa ganha com maioria absoluta.