O PS tem que esquecer de vez a geringonça. Teve o seu momento, em circunstâncias muito específicas (depois dos anos negros da dupla Troica/Passos Coelho), mas acabou. Por duas razões: o PCP, sobretudo desde que começou a guerra na Ucrânia, passou para um nível de contradição, desadequação e repúdio que jamais tivera, o que se soma à morte do comunismo enquanto ideologia política. E que não se pense que os 10% que a cara laroca do João Ferreira conquistou passariam directamente para a coligação, caso se tivesse querido juntar. Não passariam, e a Alexandra Leitão também não ganharia.
O Bloco tem-se afundado lentamente por falta de objectivo, pelo definhar do esquerdismo e porque a liderança da Mariana Mortágua só veio agravar a situação: nada empática, pose rígida, fraca oradora, mais à vontade em salas de interrogatório. Ultimamente, o grande objectivo de ser presa pelas autoridades de Israel, a exibição de tal acontecimento como troféu e prova da maldade dos judeus e a ideia mítica de Gaza contribuíram para a sua descredibilização. Oh, que imbecil, então não és sensível à vontade de levar ajuda a quem sofre? Neste caso, perdoem, mas não. Se a Mariana não tivesse sido detida, a viagem teria sido uma desilusão e um flop para ela (já que os “alimentos” eram apenas um pretexto). A situação naquela parte do mundo não é classificável na simples dicotomia de “os bons e os maus”. A dita ajuda, a existir, era tão insignificante que nem a Sofia Aparício (que vi em entrevista num canal) sabia bem em que consistia nem onde seguia. Depois, o sonho daquela gente de “ver Gaza e morrer” (salvo seja), como testemunhei ao ouvir uma inglesa da flotilha num outro canal, era tão alucinado que só provoca dó ou o riso. Gaza é uma situação demasiado séria para ser tratada por poetas. Poetas à distância, pois se penetrassem naquele antro e sobrevivessem depressa se deixariam de romantismos. Por isso, não, a Mariana junto à Alexandra Leitão não foi bonito de ver e, pior do que isso, não lhe deu votos.
Seja como for, a Alexandra Leitão não foi boa escolha e eu própria teria dúvidas sobre o meu voto não fora o Moedas ser a tamanha incompetência que é. Continuo a não perceber, porém, mesmo com o handicap da Geringonça, por que razão se votou maioritariamente naquela incompetência. Vão ser mais quatro anos de estagnação, que muitas freguesias da capital preferem à coligação “das esquerdas”. Dá que pensar e o José Luís Carneiro, que até me está a surpreender pela positiva, pela sua vitalidade e simpatia, tem algumas arrumações e revisões de estratégias a fazer no partido.
Pois é, o povo ignaro não compreendeu as maravilhas que o PS coligado com a extrema esquerda lhe proporcionaria.
Talvez a solução, como sugeriu Bretch, seja mesmo dissolver este povo e eleger outro.
“E é com todo o respeito pelo resultado que aqui estou, prometendo não só lealdade a quem ganhou as eleições, como também, obviamente, uma oposição rigorosa, firme e propositiva”.
https://www.rtp.pt/noticias/politica/alexandra-leitao-assume-derrota-e-promete-oposicao-rigorosa-firme-e-propositiva_v1690632
Parafraseando o post anterior, “este blogue é fantastico”. Agora temos as lições de trazer por casa da Penélope que acha que a derrota do PS em Lisboa se deve à presença lamentavel da Mariana Mortagua na flotilha, e à incapacidade da mesma de compreender que a situação na médio orente não pode reduzir-se a uma simples dicotomia, pois não é uma questão de bons e de maus (presumo que a Penélope queira dizer com isto que o Hamas, no fundo, não é verdadeiramente mau). Mas ha mais, ela também sabe, com a arrogância de quem esta por dentro do mistério das coisas, que os 10 % que votaram no João Ferreira, não teriam votado nele caso ele se tivesse aliado com os outros partidos da area esquerda. Ela não diz, mas pensa tão alto que todos nos ouvimos: nesta hipotese (uma aliança da esquerda) os tais 10% teriam votado no Chega, ou talvez mesmo no Moedas. Não existem bons e maus no universo, mas quanto a comunas, de que los hay, los hay …
Como é simples e catito o mundo em que vive a Penélope. E’ acessivel de avião?
Boas
a ideia mítica de gaza?????? qual ideia mítica? a de que estão a ser assassinados ? a de que gaza é dos palestinos?
a raiva à mariana faz-lhe muito mal , parece uma doida possessa , P. -:)
e o ps perde porque iniciou o processo de irrelevância como o berloque ou o pcp.
se o ps não tivesse andado a fazer campanha pela negativa , a cdu teria consegido mais um mandato em lisboa.
assim foi pro chega
«o definhar do esquerdismo»
«a morte do comunismo enquanto ideologia política»
Bem, pelo menos a Penélope nem tenta disfarçar; antes assim. Aqui temos a mentalidade xuxo-burguesa-sucateira em todo o seu esplendor: não é, nunca foi de esquerda; o objectivo não é, nunca foi igualdade ou verdadeira democracia; para a xuxaria tudo o que importa é poleiro, mama e tacho. Para tê-los, o PS é o mais fiel e mais eficaz servidor dos mamões e DDT.
Se a sua odiada Mortágua deixar a política, ou mesmo esta pulhítica que temos, a perda será do país: não há ninguém – conhecido – que seja melhor, mais inteligente ou mais sério neste esgoto partidário. É até adequado que saia, pois está claramente a mais: a moça só diz verdades, e ninguém quer ouvir verdades. Neste circo, marketing e pulhitiquice rendem bem mais.
O primeiro problema do país, bem anterior ao chunga Chega, é o Centrão Podre e a partidocracia corrupta que esta máfia criou e sugou ao longo dos últimos cinquenta anos. Desta escumalha nada, absolutamente nada se pode esperar além disto – “revisões de estratégias” para conquistar, manter ou recuperar poleiro, mama e tacho. Sem rebentar com isto nada pode mudar.
Lá vais ter de continuar a comer os produtos brancos de supermercado mais baratuchos durante mais oito anos que isto não vai lá de repente, Penélope.
Entretanto, no pseudo destino que tinha a frotinha continuam a morrer palestinianos, executados pelo Hamas. Desculpem, só para lembrar os anti sionistas da casa.
Já a seriedade da Mariana aqui defendida… percebe-se. Quem é que não gosta de românticos?
https://www.youtube.com/watch?v=mg8w879P6xE
https://www.youtube.com/watch?v=mg8w879P6xE
É esse, Miguel, o seu argumento contra a Mortágua – o que o pai dela fez durante a ditadura do Botas? Assaltou uns bancos? Óptimo! Desviou um navio? Um avião? Ocupou a herdade do Sr. Duque de Lafões? Devia era ter pendurado o Sr. Duque pelos tornozelos.
Salvo vítimas inocentes dessas acções, acho lindamente. É suposto resistir-se às ditaduras. É saudável e moral expropriar e malhar em mamões. E nada disto tem a ver com a Mortágua, tal como as boas ou más acções dos nossos paizinhos nada têm a ver connosco.
O que o incomoda não deve ser o pai da Mortágua, mas as verdades que esta diz sobre o regime que v. preza: a mama da banca, dos Salgados e Ulrichs, dos ‘mercados’ que sugam países, das multinacionais que compram governos, de tudo o que v. tolera ou até aplaude. Mesmo que a Mortágua desapareça tudo isto continuará a ser verdade, Miguel… só deixará de o ouvir.
Pois Filipe, é essa facilidade em pendurar gente pelos tornozelos que me encanita. À pala de “expropriar e malhar em mamões”, pendurava-se gente e valorizam-se qb “vitimas inocentes”, para de seguida passarem a ser os Filipes e as Marianas a dizer como é que tem que funcionar a “cupartiva”.
Já lhe disse várias vezes, no meu quintal a coisa dá raia. E, para sua informação, no da Mariana também.
https://www.youtube.com/watch?v=DRv9Nk9egMw
” Antes do assalto ao Santa Maria, o DRIL, que estava classificado pela CIA como “organização terrorista”, promovera atentados em várias cidades de Espanha. A bomba que o grupo fez explodir em 1960 na estação de Amara, em San Sebastián, matou uma criança de 2 anos, Begoña Urroz. ”
https://jornaldiabo.com/nacional/camilo-mortagua-filha-mariana-mortagua-parlamento/
* aconselhado pela organização mundial de saúde
https://cnnportugal.iol.pt/amamentacao/aleitamento/ha-criancas-amamentadas-ate-aos-7-ou-8-anos-nao-lhes-faz-mal-nenhum-e-ainda-a-historia-de-isabel-que-amamentou-24-anos-seguidos/20220805/62ebbe510cf2f9a86eb0108d
“é essa facilidade em pendurar gente pelos tornozelos que me encanita”
Pelos vistos não ao ponto de considerar que pode haver alguma legitimidade em fazê-lo para resistir a uma ditadura que praticava o mesmo, ou muito pior, contra pessoas que apenas discordavam, ou que protestavam contra abusos reais e contra a privação sistematica de liberdades fundamentais.
Irritação bastante selectiva, portanto…
«A bomba que o grupo fez explodir em 1960 na estação de Amara, em San Sebastián, matou uma criança de 2 anos, Begoña Urroz.»
É o problema das bombas, não escolhem as suas vítimas. Precisamos de mais snipers e menos bombas. Mesmo isso é uma solução extrema, quando não há outra opção – um Pudim ou assim.
Nos outros casos, quando é possível apanhar os mamões, basta pendurá-los – pelos tornozelos, não pelo pescoço – e malhá-los um bocado. Uns pulhíticos também precisam desse tratamento.
Mamões e pulhíticos precisam de ter medo. Nisso o PREC foi útil… mas durou pouco.
o miguel elias só aceita palestinos mortos se eles forem assassinados por uma raça superior.
ou talvez abra excepção se as vitimas forem crianças, a ver.
este blog é bom para apreciar o pensamento de grupo e como são poucos os que o rejeitam.
<<este blog é bom para apreciar o pensamento de grupo e como são poucos os que o rejeitam.<<
Claro, pensamento de grupo é o que tá a dar, tal como nas postagens Xpto do ENCANTADOR DE BURROS – como lhe chama o Simões no seu blog- onde se vangloria de que triplicou as camaras, quando antes não tinha nenhuma.
O invertebrado badalhoco, afinal tem mérito como o gajo da flauta mágica, consegue levar uma manada de asinus ao precipício.
a bem da nação… o fracasso do chega nas autárquicas diz nada sobre as legislativas. o que diz é que se conhecemos as pessoas nas legislativas como conhecemos nas autárquicas , a abstenção e o voto em branco eram descomunais. nas autarquias votamos em pessoas conhecidas , que conhecemos da comunidade, os do chega deviam ser de fugir localmente , nacionalmente , como todos os outros , escapam entre os pingos da chuva.
Ó Amaricano, não me diga! Concluo, pelo mesmo raciocínio, que você aceita e interessam-lhe desde que concorram para a sua agenda? Ou concluo só que você é estupido?
miguelito,
conclui o que quiseres porque com a doença mental de que padeces ganhaste esse direito. estás a comparar um genocidio com o ajuste de contas do hamas com colaboradores desse genocidio e achas que descobriste a pólvora?
experimenta xanax se estiveres com dificuldade em dormir à noite como o valupi. ou então calares-te pra não envergonhares a familia.
Genocídio foi o que lhe aconteceu à cabeça. Ao ponto de desvalorizar o fuzilamento publico de palestinos, por decreto a martelo, como palestinos de fações rivais que, se puderem, exterminam até ao ultimo sopro de vida (mas isso já não é genocídio). E a razão de vida de uma parte significativa do mundo árabe ser única e exclusivamente a eliminação de outro povo também não tem como objetivo final o genocídio, é uma embirraçãozinha. Como se todos os que ali moram não fossem palestinos, inclusivamente os judeus.
Você é o exemplo claro do ocidental estupidificado, analfabeto funcional, de quem estes selvagens fundamentalistas fazem uso e abuso. Também foi na frotinha?
“Genocídio foi o que lhe aconteceu à cabeça. ”
à minha e à dos juizes do ICJ. só na sua é que está tudo “normal”
“Ao ponto de desvalorizar o fuzilamento publico de palestinos, por decreto a martelo, como palestinos de fações rivais que, se puderem, exterminam até ao ultimo sopro de vida (mas isso já não é genocídio).”
certissimo, não é genocidio. ver decisão do ICJ. Imagino que também tenha ficado muito incomodado com o fuzilamento de nazis e colaboradores depois da segunda guerra, mas facilmente verificará que ninguém o considera genocidio e a maioria até o considera justo e justificado, inclusive legal!
“E a razão de vida de uma parte significativa do mundo árabe ser única e exclusivamente a eliminação de outro povo também não tem como objetivo final o genocídio, é uma embirraçãozinha.”
mentiras baseadas em traumas islamofóbicos porque a sua mulher fugiu com um muçulmano, a esta hora? homem, concentre-se. essa propaganda israelita já não cola em lado nenhum.
“Como se todos os que ali moram não fossem palestinos, inclusivamente os judeus.”
mensagem importabnte que deve ser endereçada ao governo que pratica um regime de apartheid e que só por acaso o pobre coitado anda aqui a defender.
“Você é o exemplo claro do ocidental estupidificado, analfabeto funcional, de quem estes selvagens fundamentalistas fazem uso e abuso. Também foi na frotinha?”~
serei isso tudo mas ao menos ninguém me pode acusar de estar a defender um regime baseado em supremacia racial ou religiosa responsável por um genocidio, como é evidente no seu caso. isso sim seria uma imensa vergonha para quem quer que se diga de esquerda.
Ó homem descanse, para os devidos efeitos, serve para tanto como a direita. Você gosta e precisa é de estar dentro da manga que lhe indica um caminho.
muito bem , frotinha a tua mãe. K.O pró Elijahs
«Ó homem descanse, para os devidos efeitos, serve para tanto como a direita.»
Interessante como as opiniões supostamente pessoais sobre as supostas grandes questões do presente – Palestina, Ucrânia, Irão, Rússia, China, ambiente, tecnologia, habitação, aborto, etc. – continuam a dividir-se e a juntar-se nos dois grupos esquerda / direita de sempre, não acha, Miguel?
V. é de direita: previsivelmente, branqueia, apoia, defende, ou no mínimo relativiza os crimes de Israel. E estes não começaram agora, no massacre dos últimos dois anos; começaram antes da fundação de Israel. Já a esquerda branqueia, ou no mínimo relativiza os crimes do Hamas e do atraso de vida chamado Islão. Em ambos os lados há sempre um bom e um mau da fita; nunca são os dois maus.
Isto cria alguns paradoxos: estou milhas à sua esquerda, mas v. está mais próximo do Hamas do que eu. Tal como o Hamas, v. é conservador e religioso; só muda a religião, aquilo que quer conservar e como. Alguém como eu despreza – todas – as v/ religiões e quer alterar profundamente, para não dizer rebentar, aquilo que v., a Igreja, a direita, o Hamas, o Islão, todos vocês querem conservar.
O mesmo na pulhítica nacional: aquilo que v. defende, até aquilo a que v. chamará realpolitik, tem muito mais em comum com o PS e com os xuxas desta casa do que comigo; e ambos, v. e os xuxas, têm mais em comum com o Chega do que eu. Todos querem manter esta partidocracia podre.
Quando Hannah Arendt falou da banalidade do mal, sabia do que falava. O ser humano é tão permeável à malvadez que até arrepia. Ao contrário do que aprendemos — o conhecimento dá saúde e faz crescer —, os novos divulgadores de um certo “conhecimento” só fazem mirrar as meninges pouco preparadas dos seus seguidores. Eles é que sabem. Aprenderam que a mentira e a manipulação é que fazem crescer — a sua própria conta bancária — e praticam essa delinquência como se não houvesse amanhã. Qualquer ignorante brilha nas redes sem proteção. O ódio que vomitam é ouro para as mentes dos depravados que os seguem.
Ps. Abaixo os comservantes, viva os moinhos de lufadas de ar fresco.
O Filipe, na sua cruzada de arrasar o edificado e ir para lá você, sente ter ganho o direito de engavetar os outros como lhe convém para a sua retorica. Nesse trajeto, desprovido de duvida, declara arrasáveis entidades e valores dos quais você próprio usufrui e que são a base e os alicerces que fazem funcionar sociedades que lutam para ser saudáveis. Ao contrario de si, eu não quero rebentar com nada, quanto mais não seja porque correria o risco de fazer o que tem feito Israel nos últimos dois anos que, com a justificação válida de perseguir lobos sanguinários ávidos de sangue judeu e que existem apenas com a motivação de varre-lo do mapa, ignora o inadmissível numero vitimas colaterais dessa perseguição (vitimas essas, antes de mais, utilizadas e desumanamente desvalorizadas pelo Hamas – o povo palestiniano árabe não tem para as organizações terroristas mais valor que para Israel, tem até menos, são apenas uma ferramenta descartável de sensibilização do exterior).
Você acha que isto é ser de direita e que você está milhas à esquerda disso, está bem. Eu acho essas duas malucas umas belas desculpas para não ter posições pessoais conforme os valores de convivência e respeito que parecem acertados a cada um. São as primeiras duas ferramentas de arrebanhar e eu desconfio muito delas, quando usadas para esse efeito.
Reparou que acima há um orgulhoso desavergonhado que se diz de esquerda, que não percebe que com a orgulhosa certeza de não defender “um regime baseado em supremacia racial ou religiosa”, é a primeira linha de apoio a regimes teocráticos financiadores de entidades terroristas que nenhum de nós, se puder, deixaria entrar em casa. Para rematar, tem o apoio da yo, a quem ainda não entendi o odio visceral que tem aos judeus, parece até algo de trauma.
«O Filipe, na sua cruzada de arrasar o edificado e ir para lá você»…
A sua confusão é compreensível, Miguel: acha que quero afastar quem manda e quem mama para passar a mandar e a mamar eu. É compreensível porque na história do mundo foi sempre ou quase sempre assim. Nas raras vezes em que não é assim tende a durar pouco, pois os canalhas têm meios que estão vedados aos decentes. Quem não tem vergonha todo o mundo é seu, etc.
No meu caso julgo que v. está enganado, creio-me incorruptível, mas v. e toda a gente tem o direito – e o dever – de duvidar de mim. Tal como de qualquer outro opinante, ideólogo, político, profeta ou que seja. Daí eu não querer poder algum, mas justamente o contrário: dividir o poder e a riqueza o mais possível. Ninguém pode ter mais poder ou riqueza que um limite razoável.
É isto que passo a vida a dizer; só me falta fazer aqui desenhos. Mas estamos tão viciados na ganância e no egoísmo que nem com desenhos pessoas como o Miguel entendem: tem de haver sempre um ângulo, uma agenda pessoal escondida em que o outro lado saia a ganhar.
A objecção seguinte que atiram sempre é a da ‘natureza humana’ – isso da igualdade é muito bonito, mas não pode funcionar devido à tal natureza. Também estava na nossa natureza abusar de crianças, matar à toa e morrer aos 30 anos. É suposto aprendermos e evoluirmos.
O papão das ditaduras ‘comunistas’, a objecção final, é obsoleto: temos hoje tecnologia para organizar a sociedade de maneira mais justa e democrática. Mais: se o não fizermos, serão os mamões a usá-la para nos fazer regressar a ditadura e feudalismo. Como já está à vista.
” Ninguém pode ter mais poder ou riqueza que um limite razoável. ”
quem determina, quais são os limites razoáveis de riqueza e poder admissíveis?
” Ninguém pode ter mais poder ou riqueza que um limite razoável. ”
<<quem determina, quais são os limites razoáveis de riqueza e poder admissíveis?<<
Obviamente, o consenso ou a sensatez, mas também obviamente, os arautos fieis da confusão e do aproveitamento do caos, vão perguntar a seguir quem determina o consenso ou o que é a sensatez etc.
Obviamente também, que é esse o problema maior da democracia, permitir no seu seio quem é contra ela, mas se não permitisse, não seria uma democracia.
O problema fica resolvido logo que o zé perceba isto
ESTA MASCARADA ENORME
COM QUE O MUNDO NOS ALDRABA
DURA ENQUANTO O POVO DORME
QUANDO ELE ACORDAR ACABA
ou dito de outra maneira
QUEM ESTÁ ANESTESIADO NÃO ESTREBUCHA
a pergunta é: quem determina, quais são os limites razoáveis de riqueza e poder admissíveis?
quero lá saber o que é que vem depois e muito menos de vagalidades consensuais e sensatezes de parvoeira bosta. é tudo a atirar para logo se vê e a caminho do infinito, respostas concretas e objectivas com pés e cabeça não há porque não querem mudar nada, querem só o poder para fazer pior.
«para variar não há resposta»
Para não variar não há cérebro: já lhe disseram que é o consenso ou a sensatez, neste caso ambos, mas entra-lhe pelos olhos a cem e sai-lhe pelo rabo a mil.
Mas tenho gosto em explicar-lhe pela 19ª vez, até porque, claro, a explicação não é para si, é para quem nos ler. Cada país tem um salário médio e uma riqueza média, ou mediana, conforme o critério adequado. Com base nesse valor deve referendar-se um limite razoável para todos. Experiências já feitas indicam que esse limite deve andar entre 15 a 30 vezes a média.
Quanto ao poder, o que temos não é uma democracia, é uma partidocracia, na prática uma monarquia 2.0 onde uma classe de privilegiados continua a decidir tudo sem a população decidir nada além de tachos e penachos. Precisamos 1) controlar e responsabilizar esta canalha política; e 2) implementar gradualmente uma democracia a sério, mais participativa e racional.
As duas questões estão obviamente ligadas: às nossas podres ‘elites’ não interessa que a populaça possa decidir, pois a primeira coisa a mudar serão justamente os limites do seu poder e da sua riqueza obscena. Sempre assim foi: a história humana pode resumir-se a este privilégio de poucos sobre muitos, e ao uso da política e/ou da força para manter esse privilégio.
Hoje temos finalmente condições sociais, culturais e tecnológicas, pelo menos no Ocidente, para dar o passo seguinte: repartir e democratizar, até onde possível, o poder a riqueza. Ambos são indissociáveis. Nada disto será fácil ou imediato, e os mamões decerto tudo farão para impedir ou reverter isto, por isso quanto mais depressa e em força começarmos melhor.
salário médio mensal: 1.741 x 14 meses = 24.374/ano x 15 = € 365.610 rendimento mínimo anual ou máximo € 731.220
riqueza média: 105.000 x 15 = € 1.575.000 mínimo ou máximo € 3.150.000
riqueza mediana: 81.353 x 15 = € 1.220.295 mínimo ou máximo € 2.440.590
o que é que acontece a quem poupar 50% durante 10 anos, é forçado a gastar em pastilhas elásticas ou tem que dar para o fundo de regulação de excedentes.
tudo regulado pelo consenso e sensatez do comité revolucionário bostas mandatado com procuração dos anti-sistema.
«o que é que acontece a quem poupar 50% durante 10 anos»
Tudo acima do limite é taxado, descontado, expropriado ou, na sua cornadura xuxoneoliberoca, ‘roubado’. Mas são os mamões quem rouba a sociedade – há milénios.
Não verifiquei as suas contas, mas por alto um salário máximo de €300.000 /ano e uma riqueza máxima de 3 a 5 milhões parece-me já bastante generoso. É preciso também avaliar que profissões e contributos reais para a sociedade merecem tais remunerações: a maioria das que hoje mais mamam não as merecem. Basta ver banqueiros, CEOs, entertainers, futeboleiros, etc.
Os limites não são apenas para pessoas: todas as empresas acima de certo valor devem ser pelo menos parcialmente públicas e geridas democraticamente. E só uma entidade pública, idealmente transnacional, deve poder criar dinheiro. A mama da banca tem de acabar.
” Tudo acima do limite é taxado, descontado, expropriado ou, na sua cornadura xuxoneoliberoca, ‘roubado’. Mas são os mamões quem rouba a sociedade – há milénios. ”
afinal o que é permitido com sensatez e em consenso acaba ” taxado, descontado, confiscado, expropriado ou roubado ” como propões.
” Os limites não são apenas para pessoas: todas as empresas acima de certo valor devem ser pelo menos parcialmente públicas e geridas democraticamente. ”
portanto os cidadãos e empresas são pelo menos parcialmente nacionalizados e geridos democraticamente pelos gajos que combatem a democracia.