Somos de pura raça lusitana,
Herdeiros de um incerto Viriato,
De um bastardo que foi prior do Crato,
Dos que foram além da Taprobana.
Vendemos lã para comprarmos “lana”,
(“Caprina”, que é negócio mais barato.)
E já produz mais fumo o nosso mato
Do que oxigénio a nossa mata emana.
Povo de heróis, de artistas e de santos,
(Líamos assim… sábios, outros tantos…),
Em seus brandos costumes ledo e manso.
Mas ter como morada este país,
E mesmo assim viver sempre feliz,
– Oh! meus amigos, só de santo ou tanso.
Daniel,
Excelente tirada.
Suponho, mesmo, que somos bem as duas coisas: santos e tansos. Qualidades que, de resto, e segundo más línguas, não se guerreiam.
daniel,
Não sendo santo, encontrei o meu adjectivo de português residente. Já suspeitava, confesso. Desde o último IRS.
Fernando e Rui
Vocês não levem isto a sério. Aquele “santo” e aquele “tanso” têm as mesmas letras.
as they say, boa malha, daniel.
no masculino, a tua categorizac,ao. no’s somos xx, todas santas e tansas. no contexto podemos ser as virgens – assim como a Imaculada.
Bravo, Daniel. Tem graça, e Graça.
É isso, um bom retrato da pátria iletrada que dava mais importância à D. Inocência Redol do que ao António Alves Redol. Mesmo gente de esquerda. Num país de analfabetos um escritor é sempre outra coisa…
O Daniel devia publicar os seus poemas satíricos.
Impecáveis do ponto de vista estético, nunca lhes falta verve.
onésimo
Onésimo,
estou de acordo, o daniel verve em pouca água.
viu aquela do félix, com a cláudia das aulas de literatura?