Pergunto eu

Há alguma razão especial para que o Rui Tavares fique como eurodeputado se já não tem confiança politica no partido que o fez eleger? Está lá a representar quem, exactamente?

41 thoughts on “Pergunto eu”

  1. É verdade que foi eleito concorrendo pelo Bloco, mas quem o elegeu foram as pessoas que nele votaram, e é como representante dessas pessoas que se mantém no cargo. Não vejo problema nenhum nisso.

  2. Compreendo essa argumenrtação, guida, mas não gosto dela. O Rui Tavares não era sequer cabeça de lista, pelo que “votaram nele” parece-me rebuscado. Votaram no BE, partido que entretanto deixou de representar. A não ser que o Rui Tavares pense que, sem ele, o BE não tinha eleito o terceiro eurodeputado. O que acho improvável.

  3. Vega, também já fiz essa pergunta por aqui, aos meus amigos. Se a Edite Estrela (só para dar um exemplo conhecido) se desentendesse com o PS e decidisse passar para o grupo do PP no Parlamento Europeu, seria vista com bons olhos a sua continuação no cargo?
    Não me parece. Seria imediatamente acusada de não querer largar o tacho e de traição aos eleitores.

    Apesar de muito raramente a minha opinião ser “a opinião pública”, neste caso também eu acho que o Rui Tavares devia abandonar o lugar e candidatar-se nas próximas eleições por um novo partido ecologista que entretanto formasse em Portugal e que viria substituir com vantagem o actualmente moribundo Bloco de Esquerda.

  4. Nenhuma, os eleitores votaram numa lista no qual ele fazia parte, votaram BE, não votaram Rui Tavares. Ainda para mais não foi o partido que o expulsou foi ele que se excluiu da grupo. Temos de ser consequentes em tudo, se não está de acordo com o líder do partido deve sair e dar lugar a outro. Mas compreende se a vida no parlamento europeu é interessante, e certos valores ($$$$$$$$$$) são mais importantes que outros.

  5. Aconteceu o mesmo com Luisa Mesquita em Santarém, é o sistema e dentro dele cada um faz o que entende por melhor. Neste caso cumprir o mandato. Eu faria o mesmo, tenho admiração pela pessoa que entrevistei para a Revista Ler há tempos.

  6. Não acho assim tão improvável, Vega. As pessoas votam nos partidos, mas os nomes que constam nas listas têm influência. E, neste caso, apesar de não ser cabeça de lista, como dizes, o Rui Tavares é capaz de ter motivado muita gente para votar no Bloco.

    Seja como for, os deputados representam as pessoas que votam nas listas pelas quais concorrem, no fim dos mandatos é a elas que têm de prestar contas, não?

    E o facto de abandonar o partido não significa que tenha abandonado as suas ideias e os objectivos que se propôs alcançar enquanto deputado.

  7. Eu subscrevo a opção que deriva do facto de os eleitores votarem em partidos e não em pessoas. Na maioria dos casos nem lhes conhecemos os nomes…
    Em causa só está uma coisa, havendo ruptura entre o eleito e o partido que reflecte a opção do eleitorado: é preciso uma grande lata para invocar o cumprimento do mandato e ficar à mama como outsider.
    E não percebo em que é que uma entrevista possa influenciar seja o que for em matéria de opinião acerca das pessoas. Um Jornalista profissional não se permite esse tipo de condicionalismos, JCFrancisco, e por isso não vejo qual a ligação entre uma coisa e a outra.

  8. “Há alguma razão especial para que o Rui Tavares fique como eurodeputado se já não tem confiança politica no partido que o fez eleger? Está lá a representar quem, exactamente?”
    Quando não seja mais para levar avante o seu projecto. Não sou nenhuma criança e que me lembre não vi mais nenhum deputado a ter esta atitude. Não vi os profetas da desgraça a enaltecer este acto. Mas, como se usa dizer, as acções ficam com quem as pratica.
    “As bolsas de estudo são importantes para a sociedade e por acaso para mim também. O que devo às bolsas de estudo ainda não acabei de pagar, e há uns tempos tive uma ideia: tirar uma bolsa do meu bolso. Não o faço para dar a ninguém lições de política, redistribuição, caridade ou o raio: faço-o porque quando satisfazemos um capricho nos sentimos mais livres e porque este é o momento adequado.
    Uma bolsa pessoal não substitui as bolsas do estado, das universidades ou das fundações. Pelo contrário, acho que a nossa política de bolsas é insuficiente, e tenciono exigir mais (e não menos) depois disto. Uma bolsa pessoal, porém, permite coisas que uma bolsa institucional não pode fazer: é mais flexível e imprevisível. No meu caso, mais simples também: tiro 1500 euros por mês para uma conta-poupança e abro candidaturas no meu blogue. Estas bolsas não têm limite de idade, nem critérios de nacionalidade, nem restrições temáticas.
    Interessam-me tanto perfis quanto projectos. Pode ser o professor de matemática que quer dar aulas em Timor-Leste ou o adolescente timorense que quer fazer um estágio em Portugal. Pode ser o jornalista que tem um projecto de investigação que o seu jornal não pagaria. Pode ser o artista que quer colaborar com uma associação na Cova da Moura ou o autor que precisa de fazer uma viagem para acabar um livro. Pode ser um estudante de História que deixou o mestrado a meio ou um investigador estrangeiro que quer passar uns meses na Torre do Tombo. As candidaturas podem ser nas áreas em que trabalho no Parlamento Europeu – liberdades e direitos civis, educação e cultura, política urbana, refugiados – ou não. Podem ser nos meus temas de estudo — História, História de Arte, o iluminismo – ou não. Podem ser sobre algumas das minhas predilecções — história do anarquismo e do pensamento libertário, a esquerda portuguesa desde os setembristas – ou talvez nada disto. Projectos das humanidades, artísticos, literários, científicos, políticos, humanitários, activistas. Tanto faz. E, ah, eu vou ter de gostar da ideia. O júri sou eu mesmo.
    O dinheiro dá para uma bolsa grande ou mais bolsas pequenas. O remanescente pode servir para extras (bilhetes de avião, seguros de saúde). Para atingir mais projectos, eu privilegiaria bolsas de duração curta (entre um trimestre e um ano). As candidaturas podem ser apresentadas pelo próprio, uma instituição ou pequenos grupos com projectos bem delimitados. Para a coisa ser séria, vai ser preciso apresentar documentação e assinar um contrato; para ser transparente, publicarei tudo no blogue.
    Porque divulgo isto? Para garantir qualidade. Quanto mais candidaturas, mais hipóteses de boas candidaturas e mais hipóteses de colaboração com parceiros que ajudem a fazer deste capricho uma coisa com cabeça tronco e membros. Esta bolsa não irá para amigos ou conhecidos (nem para funcionários do parlamento europeu, assembleia da república ou Bloco de Esquerda, embora os militantes possam concorrer, ao contrário do que foi erradamente anunciado). Também me reservo o direito de não atribuir ou cessar a bolsa caso não haja projectos de qualidade ou os termos da candidatura não estejam a ser cumpridos.”
    Se quem tivesse posses tivesse os mesmo procedimento de Rui Tavares de certeza que o Mundo estaria melhor.
    Acho eu.

  9. Não concordamos desta vez, Teófilo. O caso Luísa Mesquita não é comparável, porque há um factor que altera tudo e que todos estão a ignorar por completo: Rui Tavares não pode ser excluído do Bloco de Esquerda, porque se candidatou e foi eleito como Independente. Conquistou o mandato numa lista, mas o nome dele figurava nela e ele assumiu-se como independente. Se agora tem uma discordância séria com o Partido em que foi eleito, não me parece que seja moralmente obrigado a demitir-se (uma vez que legalmente não o é de todo), sendo que a culpa da ruptura não é do próprio, mas de uma intervenção pessoalmente caluniosa por parte do seu dirigente máximo.

    A única coisa que critico no Rui Tavares é o facto de ter mudado de bancada. Se o fez, é porque mudou de enquadramento político na Assembleia para a qual foi eleito e, nesse caso, ou se demitia mesmo, ou permanecia na família política pela qual concorreu.

    É muito diferente do caso de Fernando Nobre, que poderia até zangar-se com o PSD e permanecer Deputado, já que foi eleito também como Independente, porque o que conta aqui são as suas próprias declarações de que NÃO SERIA UM SIMPLES DEPUTADO, caso não conseguisse ser eleito “Presidento” da Assembleia da República.

  10. ficou porque lhe dá jeito e ninguém pode correr com ele. são mais dois anos de férias pagas em bruxelas e não tem de prestar contas a ninguém. o bloco perdeu as últimas eleições e ninguém se demitiu, portanto que diferença faz o tavares agarrar-se ao tacho? se a grande referência poética residente do aspirina b e o produtor de lençois acham que sim, prontes tá bém.

  11. Não posso antipatizar mais com o Rui Tavares, devido a uma discussão que tivemos os dois aqui no blogue em 2006, mas não tenho dele a ideia de que seja capaz de vender a sua honra por dinheiro. Embora a decisão de ficar como deputado após o rompimento seja inevitavelmente polémica, a questão tem várias dimensões onde a sua permanência aparece como legítima (e outras onde aparece como ilegítima, pois) – ou ele poderá decidir sair entretanto, sabe-se lá.

  12. Como muito bem referiu o Marco, as situações não são comparáveis, Rui Tavares é um independente.

    E trata-se sobretudo de uma decisão pessoal, se o Rui Tavares acha que é útil para o país no Parlamento Europeu, acho bem que fique.

    Além disso é útil para outras pessoas, ou já se esqueceram das bolsas que ele criou para estudantes com parte do seu vencimento?

  13. “Há alguma razão especial para que o Rui Tavares fique como eurodeputado se já não tem confiança politica no partido que o fez eleger?”
    Ele foi eleito na lista de um partido como INDEPENDENTE. Tendo em conta essa condição, sim faz sentido ficar como eurodeputado.
    “Está lá a representar quem, exactamente?”
    Está a representar-me a mim, por exemplo, que tive que colocar uma cruz no quadradinho do BE para poder votar nele.

  14. eu vou fazer um abstract do que ele pensa a respeito: compreender a mudança como obrigação intelectual e não como aceitação de medidas epidérmicas e cosméticas. para onde for, para onde lhe derem liberdade para ir, vai para aprender e o PE é o melhor local público para fazê-lo. ora isto não é oportunismo – é aproveitar a oportunidade da gula com o ser guloso. :-)

  15. Boa discussão. Começando pelo ponto mais levantado, não me parece, embora não o conheça, que o dinheiro seja um motivo para ficar como deputado. Aliás, como foi bem lembrado pelo Manuel Pacheco, ele próprio prescindiu de uma parte substancial do salário para poder financiar bolsas de investigação. E chateia-me um bocadinho que essa seja a primeira coisa que se acusa um politico, como se o dinheiro fosse sempre a principal motivação dos que se fazem eleger – embora, e para ser justo, quem se alia a um partido que fez do lançar lama e suspeição sobre todos os outros uma das suas tácticas preferidas, não se pode queixar disso.
    A questão de poder continuar o projecto das bolsas também não me parece razão suficiente, até porque seria algo facilmente negociável com o BE caso apresentasse a demissão. Um lugar de eurodeputado não serve para financiar investigadores, pese embora a nobreza do gesto.
    Inclino-me para a expressão do Osvaldo – o parlamento europeu é um lugar interessante de se estar, importante e com alguma influência, e a tentação de ficar e “fazer a diferença” deve ser grande.
    A questão é se será legítimo, moral e eticamente, ficar num lugar que lhe foi entregue pelos eleitores segundo certos pressupostos que agora deixaram de existir. É independente, sim, e isso é um ponto importante, mas a sua candidatura não foi unipessoal, integrou-se num projecto mais vasto chamado Bloco de Esquerda que lhe permitiu, através dos eleitores desse partido, chegar onde está. Mas o lugar não lhe pertence, foi-lhe confiado. E se essa confiança deixa de existir, que sentido faz continuar, ainda para mais aliado a outro grupo?
    Há também a questão do exemplo e precedente. A razão pela qual fiz a pergunta no post prende-se com um certo double standard que vejo aplicado à malta da esquerda chique – muita gente parece assumir naturalmente que se não pôs o lugar à disposição, os motivos devem ser nobres. Até podem ser, tenho do Rui Tavares uma impressão positiva, mas e se fosse outro? E se fosse, por exemplo, um independente eleito nas listas do CDS que resolvesse quebrar com Portas e juntar-se à extrema-direita xenófoba, inaugurando a representação portuguesa nesse grupo? Também dizíamos “deixa estar, está no seu direito”?
    Há uma frase do Larry Flynt que gosto muito, quando ele afirma que “se a lei protege um sacana como eu, então de certeza que vos protege a vós”. Com o Rui Tavares acho que será o oposto – se um tipo decente não fica agarrado ao lugar quando aparecem divergências, também haverá mais razões para exigir a demissão quando for um tipo desonesto.

  16. No PE não há, que me recorde, muitos casos semelhantes a estes.
    Mesmo no caso do nosso Parlamento Nacional, existem casos de deputados, eleitos em listas partidárias, militantes desses partidos que, durante a legislatura invocaram a passagem a uma nova condição de independentes, normalmente, por discordâncias politica, entretanto ocorridas.
    O caso da deputada do PCP, Luísa Mesquita é pardigmático.
    Ela afirmou então que tinha “desorganizado” a sua vida profissional e académica para aceitar ser candidata e deputada durante quatro anos.
    O seu partido de então, aduzia uma prática de rotatividade de deputados para a reenviar para Santarém.
    Como no caso dos comunistas, os candidatos a lugares electivos entregam uma carta de renúncia, não datada, ao “chefe” partidário, ela só poderia manter-se… passando à condição de independente.
    Não me parece bem, por que, quando se aceita condições mesmo que “inadequadas” à posteriori, mas de livre vontade…são para respeitar.
    Mas, Luísa Mesquita invocou uma razão maior: tinha assumido, diz ela, um compromisso para quatro anos…não lhe restando, pois, outra saída…violar o assumido por escrito, passando a deputada independente.
    No P.E. só me recordo do caso do comunista José Barros Moura (falecido já em 2003), em processo de ruptura com o PCP, integrante da Plataforma de Esquerda (com José Luís Judas, Pina Moura, Raimundo Narciso, nomeadamente) logo que a consumou por espulsão, “devolveu”, a palavra é dele, “o mandato que não lhe pertencia” e saiu, com dignidade, do PE.
    O caso de Rui Tavares é perturbador, por mesquinho, politicamente, entenda-se.
    Creio que tanto o Miguel Portas, como a deputada Marisa Matias, ambos bloquistas, têm razão.
    Os argumentos aduzidos por Rui Tavares parecem-me, a mim também, desproporcionadas à decisão tomada. Estes dois deputados, afirmaram-no já, vão tentar continuar a trabalhar com aquele, no quadro do PE.
    A polémica em que se envolveu com Louçã, podia ter o desfecho que teve “já não tenho confiança, nem politica, nem pessoal no Coordenador do Bloco” mas mantendo-se fiel aos compromissos eleitorais que assumiu em Junho de 2009…e, adeus, até ao meu regresso.
    Como independente, terá negociado, suponho eu, as condições de aceitação de propositura ao Parlamento Europeu na lista do BE.
    Depois, a atitude é um pedaço gratuita. Independente que é, transfere-se “apenas” de família politica, mantendo-se aquela condição. Sai do “partido europeu” Esquerda Unitária para os Verdes…não me parece bem.
    Podia ter escolhido outro caminho. O do confronto bruto e frontal com Louçã, até…ele se retractar das insinuações torpes que lançou sobre o historiador.
    Deu-lhe, apenas, três dias para o fazer.
    Como o professor de economia, Louçã, lento que é, andando às voltas com ciência que não domina, a que explica os desaires eleitorais e os disparates politicos (trocaram uma maioria de esquerda, no parlamento, por uma maioria clara de direita…também no governo) não teve mesmo a possibilidade de pedir desculpas a Rui Tavares.
    E ele, “fresquinho” nestas andanças, emigrou para os Verdes.
    Pronto.
    A politica não é para quem quer. É, fundamentalmente, para quem sabe.
    Isto vale, em meu entendimento, tanto para Rui Tavares, de quem muito gosto como historiador, como para Francisco Louçã, pessoa que destesto, particularmente.

  17. Li entretanto a justificação de Rui Tavares para se manter no Parlamento Europeu: não deseja “beneficiar o infractor”, leia-se – não quer dar a Louçã o prazer de se ver livre dele. Parece-me uma desculpa esfarrapada, para não dizer infantilóide.
    Diz também que se sente vítima de uma “caça aos independentes” e que Louçã não tolera opiniões contrárias.
    Aguardam-se os próximos episódios.
    Continuo a achar que o partido deveria refundar-se em torno do ecologismo, dado que os chamados Verdes são o PCP na sua formação mais simples, a pessoa da Eloísa Apolónia.
    Proponho até a designação do partido : “Tons de verde”.

  18. mas ele não foi integrado na candidatura do Bloco como independente? Cá por mim pode fazer o que achar melhor.

  19. excelente o teu raciocínio, Vega. eu acrescentaria que importa, cada vez mais, aos orgãos e instituíções, gentes e não cores partidárias e o Rui parece-me ser muito à altura para intervir por gentes. além de ser uma lufadinha de ar fresco porque tem um ar muito simpático.:-)

  20. Se todos os deputados europeus fizessem o mesmo que o Rui Tavares será que a Europa ficava mais independente?

  21. assim: se cada parte desenvolver uma ideologia a favor de todos, o todo – em harmonia – das partes é independente. Uma espécie de autonomia colectiva de ideias sem ideais; o mahamudra na política. que maravilha. :-)

  22. Caro Marco,
    a moda dos independentes é o que dá!
    São mais ou menos independentes para se candidatarem numa lista partidária o que para mim é uma incongruência, ou se concorda com as propostas sob as quais concorremos, e aí lá vai a independência ao charco, ou apenas concordamos com algumas e então é pior, pois estamos a dar suporte a ideias com que discordamos emprestando o nome e prestígio para alguém conseguir atingir um fim que não é o nosso.
    Nenhum de nós, se não tiver os contactos certos, a valia eleitoral necessária e conseguir estabelecer compromissos com o partido que nos propõe não chegará a lugar elegível seja onde for.
    Quando os independentes puderem apresentar candidaturas à AR ou ao PE, e eu até acho que o deveriam fazer, estarão depois à vontade para seguir a sua orientação pessoal, mesmo que os votantes não concordem com os seus atos, agora concorrer sob a capa dum partido para, por discordâncias pessoais, mudar de família sem que lhe sejam exigidas responsabilidades, está errado.
    Se o casamento acabou, vai um para cada lado, mas dividem-se os trapinhos a meias.

  23. “Quando os independentes puderem apresentar candidaturas à AR ou ao PE”

    tinha piada formar governo com 226 inteiros

  24. se dessem 1 minuto de intervencão a cada independente, tinham que começar às 8hoo para acabar antes de almoço.

  25. Ó Manuel Loureiro tu demitias-te porque lá não estás, porque se lá estivesses nem consciência tinhas.
    Não me digas que também tens uma “cadeira de sonho” em Portugal.

  26. Segundo a Constituição, os deputados representam o país, não os eleitores que os elegeram nem os partidos que os nomearam candidatos. Numa opinião pessoal, porém, eu acho que a minha falecida avó representava melhor o país do que o Rui Tavares.

  27. Outra coisa: não sei se alguém viu e ouviu, como eu e a minha senhora juramos que vimos e ouvimos, o Fernando Rosas num painel da TVI 24, anteontem à noite, a referir-se ao Bloco de Esquerda como “o coiso”. Estava a falar dos quatro fundadores do Bloco e disse: “os fundadores do coiso”. Eu adoptei logo o termo. Para mim, a partir de agora, o Bloco é “o coiso”.

  28. Caro Teófilo,

    o Rui Tavares incompatibilizou-se, pessoalmente, com o líder do Partido que o acolheu nas suas listas como independente (e ninguém o forçou a isso), mas tanto quanto sei não mudou um milímetro que fosse os seus ideais políticos. Quem nele votou (e eu estive quase) tem por isso muito mais razões para se sentir mal representado pelo duo Portas-Matias, que ainda continuam agarrados ao “defunto”, do que pelo Rui Tavares, que assim prova continuar bem vivo (e recomenda-se, nomeadamente ao PS)!

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