A série Mad Men tem uma desvantagem face aos Sopranos: o território parece mais próximo, mesmo com a deslocação temporal para 1960, o último ano da década de 50. Quase todos nos cremos conhecedores do mundo da publicidade, já quanto ao universo dos mafiosos a literacia é só a que vem dos filmes. O preconceito cria inércia e leva a uma curva de aprendizagem mais longa. Porém, assim que se dominar o código, assim que o olhar se focar para além do 1º plano de identificação com os clichés, reconheceremos a continuidade do estudo começado em 1999 com a Dra. Jennifer Melfi e o seu paciente favorito, Tony. Na verdade, tudo começou em 1972 com The Godfather, mas essa é outra (embora a mesma) história.
Quem conhece o meio enche a pança com o subtexto. A publicidade atrai preguiçosos, egocêntricos, canalhas, mentirosos, paranóicos, biltres, vaidosos, pífios, esquizóides, cobardes, tiranetes, narcisistas e psicopatas; animais invariavelmente bem-dispostos, agradavelmente vestidos e hábeis na simulação de um saber que não têm nem alguma vez poderão vir a ter. Representam a condição humana, claro.
olha Valupi, diz lá ao Socras que se isto vai sair do Estado para ir parar ao rocha eu mando isto tudo abaixo mesmo!
sim senhor Socras, isto é uma revolução na coisa pública