Com duas semanas de experiência, vamos a um balanço: faz sentido ter os supermercados com horários reduzidos?
No Mercado Abastecedor da Região de Lisboa o horário de venda foi alargado com a finalidade de evitar concentrações de compradores. Desde o início da crise que me parece dever ser essa a lógica para os consumidores finais, vendo como protectora uma eventual extensão até à meia-noite, ou mais, do horário de fecho. Porém, optou-se pela lógica inversa por razões talvez adequadas mas cuja necessidade me escapa.
Numa situação em que está em causa apenas um período limitado de no máximo dois meses para os actuais constrangimentos de emergência (é a minha previsão ignorante), as probabilidades de sucesso na redução dos efeitos da epidemia na saúde e na economia justificam não só medidas aparentemente fáceis de tomar como esta da diluição dos agrupamentos dentro dos espaços comerciais como ainda um crescimento gigante da oferta de serviços de entrega em casa.
Num quadro ideal, e sem dúvida impossível de realizar no imediato, nem sequer precisaríamos de sair para ir às compras. As frotas de entrega seriam de veículos movidos a electricidade e estaríamos a proteger-nos e a descarbonizarmos ao máximo o modo de vida em simultâneo. Já para não falar que assim se evitariam por completo os açambarcamentos e o pânico e carências que causam.
O ano passado houve 3000 mortos por gripe, houve algum problema com os supermercados?
Porque é que há-de haver este ano?
Já agora, porque é que não há nenhuma notícia sobre a gripe normal? Já houve mortes?
Não será que estamos a entrar um bocadinho na paranóia?
Mas o supermercado onde eu vou, o Modelo, de média dimensão, mantém um horário normal, ou seja, sem interrupções e até às 21h00. O que não se percebe é a discrepância, não é?
A redução do horário deve-se à necessidade de proteger quem lá trabalha…reduzindo o número de trabalhadorres necessários.
Concordo com o Miguel…. e á preciso ter em conta a modificação dos transportes usados, nem todos tem carro ou mota …
No mundo ideal ninguém retirava prazer de ir ao supermercado. Sobretudo para comprar m. Num mundo ideal não havia bestas como o Trump ou acéfalos como o Bolsonaro. Sobretudo à frente de grandes nações. Num mundo ideal não havia “jornalistas” na televisão pública que não conseguem largar o fantasma da mãe a comparar nº de despistes realizados com taxas de letalidade. Na realidade num mundo ideal não havia depósitos mais ou menos institucionais para velhos. Num mundo ideal a UE não estava já a preparar-se para continuar a f. Sempre com os mesmos a engordar, com excedentes fabulosos com que nem sonhavam antes do euro, à conta das receitas fiscais dos otários.
Mas basicamente concordo com o Valupi. Em Portugal arriscamos a nunca conseguir avaliar muito bem as medidas de contenção já impostas. Em Portugal e estou convencido, em todo o espaço europeu. E só lembrar o pior. Tudo o que aí venha agora tem um efeito cumulativo.