Aviso aos pacientes: este blogue é antianalgésico, pirético e inflamatório. Em caso de agravamento dos sintomas, escreva aos enfermeiros de plantão. Apenas para administração interna; o fabricante não se responsabiliza por usos incorrectos deste fármaco.
É o meu fantasma, Sinhã. Sim, os célebres, tristemente célebres «ilhéus de Langerhans». Levou o Jacinto do Prado Coelho em 1984 com 64 anos e o Eduardo anos depois com 59 apenas. Agora a Zezinha. Malvado…
eu sei, e lamento muito. se eu pudesse, abria uma excepção nisso de fazer vingança e encarava-o – olho no olho – e havia de esfaqueá-lo, cortá-lo, picá-lo e cozinhá-lo em lume forte até torrar. e depois fazia uma festa e havia de dançar por cima dele, espalhado pelo chão. e talvez a vida abrisse uma excepção e me devolvesse quem ele me roubou.
Lamento. Era uma voz independente e genuína, a dar exemplo a muitos carreiristas e vira-casacas.
Depois há a estupidez do jornalismo que não consegue evitar o eufemismo taralhouco e fala de doença prolongada mesmo quando se trata de um cancro fulminante.
Pois… é o mesmo jornalismo que chama «maturidade» a data de vencimento pois traduz assim, fácil e burro, «maturity date». Um horror…
Anda aqui tanta indignação vaidosa e inútil que nem nos deixa tempo de recolher e divulgar o mais que podemos estas coisas.
Se acho que este post , que considero isento, vai , aqui,desencadear as inflamadas discussões (muitas delas perfeitamente estéreis)? Fracamente acho que não. Estas reflexões dão pouco protagonismo às figurinhas do costume.
Para mim, que desconhecia em absoluto a sua situação, foi um choque. Mesmo não partilhando das suas posições políticas, admirava bastante as suas inteligência e determinação, sem dúvida invulgares no nosso meio partidário. Uma grande perda para a Direita portuguesa, mas igualmente para a nossa vida política e cívica. Será recordada com respeito por muito tempo.
Não terá sido surpresa, mas mesmo assim foi um baque!
Adversária temível, ciosa das suas convicções, lutadora inveterada era de uma dignidade excecional e a toda a prova.
Dignificou a Política com letra grande, só olhando para o exemplo desta Senhora se pode ver ao ponto que alguns nobres descem nos seus podres projetos de poder.
Foi bom ter vivido no seu tempo, ter ouvido as suas opiniões e ter partilhado alguns projetos.
Infelizmente a vida é muitas vezes madrasta e nunca eterna.
Tive o raro previlegio de conhecer MJNP em situações diversas, nomeadamente a nivel profissional, a nivel partidário e até a nivel pessoal a quando da enfermidade de amiga comum, e em todas as situações retive em MJNP a presença de uma figura impar em termos de relacionamentos humanos, para além de respeitar e adorar a sua verticalidade nas opiniões, que faz de mim próprio uma criatura de que poucos podem dizer gostar, pois as verdades são sempre muito duras de escutar, e muitos neste planeta preferem escutar só aquilo que lhes agrada.
Se só querem escutar aquilo que lhes agrada, porque raio muitas vezes perguntam a opinião de quem tal como eu, ou ela, somos livres no pensar e no dizer…
A noticia do seu falecimento caiu ontem no meu pc de um modo silenciosamente triste, talvez de acordo com a sua forma muitas vezes silenciosa de olhar, analisar e só depois tecer opinião.
Sem poder dizer que fomos amigos, na base daquilo que muitos consideram amizade, terei no entanto que dizer que senti ontem a perda de alguém a quem respeitava muito…
Obrigado “Zezinha” porque eu sei que tu sabes que eu sei que onde estiveres continuaras a ser sempre irreverente e frontal.
:-( o cancro no pâncreas, esse bicho malvado.
É o meu fantasma, Sinhã. Sim, os célebres, tristemente célebres «ilhéus de Langerhans». Levou o Jacinto do Prado Coelho em 1984 com 64 anos e o Eduardo anos depois com 59 apenas. Agora a Zezinha. Malvado…
eu sei, e lamento muito. se eu pudesse, abria uma excepção nisso de fazer vingança e encarava-o – olho no olho – e havia de esfaqueá-lo, cortá-lo, picá-lo e cozinhá-lo em lume forte até torrar. e depois fazia uma festa e havia de dançar por cima dele, espalhado pelo chão. e talvez a vida abrisse uma excepção e me devolvesse quem ele me roubou.
Lamento. Era uma voz independente e genuína, a dar exemplo a muitos carreiristas e vira-casacas.
Depois há a estupidez do jornalismo que não consegue evitar o eufemismo taralhouco e fala de doença prolongada mesmo quando se trata de um cancro fulminante.
Pois… é o mesmo jornalismo que chama «maturidade» a data de vencimento pois traduz assim, fácil e burro, «maturity date». Um horror…
Anda aqui tanta indignação vaidosa e inútil que nem nos deixa tempo de recolher e divulgar o mais que podemos estas coisas.
http://www.vanguardia.com.mx/investigadoresencuentrancuraparaelcancerperonoesnegocioparafarmaceuticasyquizanuncavealaluz-724971.html
Quanto a ( QUASE) todos os cancros esta terapia, promete,em elevadíssima percentagem a sua cura.
http://terapiagerson.wordpress.com/
Se acho que este post , que considero isento, vai , aqui,desencadear as inflamadas discussões (muitas delas perfeitamente estéreis)? Fracamente acho que não. Estas reflexões dão pouco protagonismo às figurinhas do costume.
Para mim, que desconhecia em absoluto a sua situação, foi um choque. Mesmo não partilhando das suas posições políticas, admirava bastante as suas inteligência e determinação, sem dúvida invulgares no nosso meio partidário. Uma grande perda para a Direita portuguesa, mas igualmente para a nossa vida política e cívica. Será recordada com respeito por muito tempo.
Não terá sido surpresa, mas mesmo assim foi um baque!
Adversária temível, ciosa das suas convicções, lutadora inveterada era de uma dignidade excecional e a toda a prova.
Dignificou a Política com letra grande, só olhando para o exemplo desta Senhora se pode ver ao ponto que alguns nobres descem nos seus podres projetos de poder.
Foi bom ter vivido no seu tempo, ter ouvido as suas opiniões e ter partilhado alguns projetos.
Infelizmente a vida é muitas vezes madrasta e nunca eterna.
Tive o raro previlegio de conhecer MJNP em situações diversas, nomeadamente a nivel profissional, a nivel partidário e até a nivel pessoal a quando da enfermidade de amiga comum, e em todas as situações retive em MJNP a presença de uma figura impar em termos de relacionamentos humanos, para além de respeitar e adorar a sua verticalidade nas opiniões, que faz de mim próprio uma criatura de que poucos podem dizer gostar, pois as verdades são sempre muito duras de escutar, e muitos neste planeta preferem escutar só aquilo que lhes agrada.
Se só querem escutar aquilo que lhes agrada, porque raio muitas vezes perguntam a opinião de quem tal como eu, ou ela, somos livres no pensar e no dizer…
A noticia do seu falecimento caiu ontem no meu pc de um modo silenciosamente triste, talvez de acordo com a sua forma muitas vezes silenciosa de olhar, analisar e só depois tecer opinião.
Sem poder dizer que fomos amigos, na base daquilo que muitos consideram amizade, terei no entanto que dizer que senti ontem a perda de alguém a quem respeitava muito…
Obrigado “Zezinha” porque eu sei que tu sabes que eu sei que onde estiveres continuaras a ser sempre irreverente e frontal.