Tratas alguém por tu? És corrupto, explica o Expresso

Era giro saber quantas pessoas leram Os erros políticos de Ivo Rosa, e depois fazer uma qualquer segmentação desse grupo (de milhares, centenas, dezenas?) para descobrir se concordam ou discordam do seu propósito, ou se em parte, ou se no quê.

O exercício é categorizado como “análise” e vem do teclado de Vítor Matos, um banal jornalista direitolas e sectário que serve o seu patrão com zelo na caçada aos socialistas que puder apanhar. Este amigo não é muito sofisticado, nem precisa para o gasto que fazem dele, pelo que o texto publicado tem partes inanes e, no seu todo, é involuntariamente hilariante. Nasce da estratégia de se fazer campanha contra Ivo Rosa, e assim tentar influenciar quem na Relação de Lisboa vá julgar os recursos da Operação Marquês, pintando-o como um totó; isto é, como incompetente para tomar decisões sobre matérias políticas. Disso ele não sabe nada, quem sabe são certos jornalistas. Esta é, literalmente, a lógica que Vítor Matos desenvolve, indicando quais os textos, as entrevistas e os livros que a Relação deve consultar para desfazer as decisões de Ivo Rosa.

Portantos, bá la ber e para início de conversa, que caralho será uma “análise” no Expresso? Não será uma notícia, parece seguro. Mas igualmente não se apresenta como “opinião”, coisa que a ter acontecido me evitaria esta prosa canhestra. Carimbar como “análise” o que ali se publicou sugere que o director do jornal (vou acreditar ser dele a última palavra sobre as cenas que lhe pagam para dirigir) considera que os seus leitores devem presumir não se estar perante uma qualquer subjectividade à solta (o reino da opinião) mas antes no da disciplina, austeridade e virtude do labor intelectual. Quem analisa, como a sua etimologia consagra, vai ao encontro de um dado objecto e aumenta o seu conhecimento acerca dele separando as suas partes, descobrindo as relações entre elas, dando a ver o que estava ocluso antes da análise, pois. E esta noção pode corresponder à “verdade” dos atenienses académicos e peripatéticos, para quem o desvelamento (“tirar o véu” – ἀλήθεια) correspondia ao conhecer. Eis o que se pode ler num manual de Filosofia do 10º ano de escolaridade. Concedo, no entanto, que no Grupo Impresa uma análise seja um bicharoco completamente diferente do que se ensina às crianças. Afinal, é gente tão inteligente aquela capitaneada pelo aquilino mano Costa, não merecem ficar presos às concepções vulgares.

A “análise” do valente Matos ignora olimpicamente os quase 30 anos de actividade como juiz do seu alvo, período em que teve acesso a milhares de processos, cada um deles com caudalosa informação a respeito da vida real de todos os envolvidos nos casos respectivos. Esse acesso ao mundo privado e detalhado de indivíduos, organizações e instituições ao longo de três décadas como substrato para a aquisição de competências para avaliar políticos é pó quando comparado com o magnum opus dos seus coleguinhas de ideologia, sustento e facciosismo, os quais usaram e usam as suas carteiras de jornalista para o combate político tribal e agendado, lê-se nas entrelinhas sem lupa. Daí apelar, alheio ao decoro e à deontologia, a que no Tribunal da Relação se esqueçam os princípios do Estado de direito democrático e a Constituição, abraçando sem medo as teorias da conspiração e calúnias que os adversários políticos de Sócrates e do PS foram espalhando ao longo de anos e anos.

Eis uns nacos do seu poder de “análise”:

- «O juiz devia ter lido três livros de jornalistas ou ouvido os autores de “A Implosão da PT”, “Quem Meteu a Mão na Caixa” e “Caixa Negra”.»
- «O primeiro-ministro português fazia-se ouvir do outro lado do Atlântico por ter construído uma “grande amizade” com Lula da Silva, e admitia apoiá-lo numa candidatura a secretário-geral da ONU. Mais do que isso: prometia “discutir o futuro de Lula” com o então presidente do Governo espanhol, José Luis Zapatero, e com George Papandreou, primeiro-ministro grego. O que tem isto a ver com a Operação Marquês? Tudo. Porque as relações pessoais são essenciais na política, algo que o juiz Ivo Rosa desvalorizou, e porque a relação com Lula era confessadamente assim.»
- «Acontecem coisas na política possíveis de intuir mas difíceis de provar, sobretudo porque os políticos astuciosos não movem influências com a clareza que os investigadores do Ministério Público desejavam nem com o formalismo que o juiz esperava ver nas provas. Mas não se pense que isto é novo: “A política é a arte da simulação e da dissimulação”, deixou escrito na pedra o cardeal Jules Mazarin em 1642, depois de suceder a Richelieu como primeiro-ministro do rei Luís XIV. Passados 400 anos, mesmo numa época em que é possível mapear a rota de €34 milhões para alegado usufruto de um ex-primeiro-ministro, continua a ser necessário interpretar a forma dissimulada de como os políticos se movem — mesmo que isso não sirva de prova em tribunal.»
- «“Ingenuidade.” Foi assim que António Lobo Xavier se referiu às interpretações de Ivo Rosa no programa “Circulatura do Quadrado”, na TVI. Mais violento a sublinhar a iliteracia política do juiz, Luís Marques Mendes, um veterano em núcleos duros de Governos — e profundo conhecedor dos meandros políticos — disse na SIC: “Deve estar a brincar connosco. Alguma vez no Governo Sócrates alguma questão importante era decidida sem ouvir o primeiro-ministro? Este juiz ou é ingénuo, ou faz-se de ingénuo ou vive num mundo à parte.”»
- «No livro “Quem Meteu a Mão na Caixa”, a jornalista Helena Garrido escreve que nas reuniões da administração da PT, onde Armando Vara — hoje preso por corrupção — representava a CGD, as suas intervenções “eram sempre ouvidas como se estivesse a falar José Sócrates”.»
- «Agora, avançamos para 2010, quando a espanhola Telefónica ameaçou lançar uma OPA sobre a PT se os portugueses não lhes vendessem a operadora brasileira Vivo. A oferta acabou por ser considerada quando os espanhóis puseram €7,1 mil milhões em cima da mesa, poucos dias depois de Ricardo Salgado ter dito aos jornalistas que, “como em tudo na vida, a Vivo tem um preço”. Quando soube, Sócrates teve um dos seus ataques de fúria, segundo o livro “A Implosão da PT” — das jornalistas Alexandra Machado e Alda Martins —, por as partes terem chegado a acordo sem o consultarem: para ele, “a PT não podia vender a Vivo sem ter uma alternativa no Brasil”. Mas “o plano B estava a ser cozinhado” e Sócrates era um dos intervenientes...»
- «Mas agora, a não ser que o Tribunal da Relação reverta a decisão instrutória — e os desembargadores leiam os livros dos jornalistas que Ivo Rosa parece não ter lido —, os factos relacionados com o Brasil não serão apreciados em julgamento.»
- «Ivo Rosa parece não ter ideia de que, em política, as relações pessoais são o adubo das decisões que chegam fechadas às reuniões formais. Não é por acaso que passou a ser regra os chefes de Governo tratarem-se por tu e pelo primeiro nome. Se houver amizade ou informalidade, tudo se torna mais fácil.»

Nota final

Armando Vara não está preso por corrupção. Mas como é que o brilhante Vítor Matos poderia saber disso se o coitado do homem passa o dia a “analisar” o que ouve na redacção do Expresso? Uma redacção onde todos sabem tudo sobre corrupção e corruptos, ou não almoçassem e bebessem copos com eles. Porém, como há tanta corrupção e tanto corrupto, os jornalistas do Expresso têm de ser selectivos pois não há tempo para dar conta desse mar de gente. Optaram por começar pelos corruptos socialistas. Quando os conseguirem meter em Évora num número considerado suficiente, jeitoso, então aí talvez tratem dos outros. Há que ter prioridades, são as deles – os craques que descobriram ser o tratamento por tu um dos mais exuberantes sinais de estarmos perante corruptos de altíssimo calibre. É pura e simplesmente genial esta ideia e ficamos com fundadas esperanças de ver o Tribunal da Relação a acolher o contributo do Expresso para acabar com o flagelo da corrupção socrática e a produzir jurisprudência à altura da descoberta.

63 thoughts on “Tratas alguém por tu? És corrupto, explica o Expresso”

  1. a direita escreve livros para se defender e para acusar os adversários políticos.
    cavaco para responder a acusações, que nunca esclareceu, manda ler o livro que escreveu.
    a pasquinada põe os jornaleiros a escrever estórias para o ministério público fingir que investiga e acusar os crimes das governações xuxa.
    mesmo assim não conseguem governar e desesperam com os fundilhos europeus que aí vêm não darem para trocar o velho range rover a gasóil verde que compraram com fundos comunitários que o fse transferiur para o feoga.

  2. O artigo do Matos não está acessível na tasca do Balsemão, mas só o título já é super esclarecedor.

    Pelos nacos disponíveis, conclui-se que esse quadrúpede não acusa Ivo Rosa de ter cometido “erros” naquilo que estritamente compete a um juiz, que é avaliar a matéria acusatória e aplicar as leis vigente. Acusa-o, sim, de “iliteracia política”, isto é, de não ler pela cartilha política dos Marques Mendes e dos Lobos Xavieres. E ainda acrescenta a acusação de o juiz não ter lido os maravilhosos livros de gente como a Alexandra da Cofina. Não se acreditaria, mas é a realidade.

    E não houve ninguém naquela redacção que avisasse piedosamente o imbecil que estava a meter as quatro patas na poça?

  3. Última hora após aturada investigação jornalística dos principais órgãos da comunicação social de referência o crime de assassinio
    Imputado ao antigo dirigente do PSD e político muito em voga nos tempos do cavaquismo e atribuído Duarte Lima deverá ser imputado a José Sócrates que beneficiou da protecção de autoridades ligadas ao PT brasileiro dos tempos do famigerado Lula…………

  4. Descobriste a pólvora: começar pelos corruptos socialistas e metê-los todos em Elvas, depois tratar dos outros, até que toda a esquerdalha deixe de continuar a sujar o país corrupto saído do 25 de abril! Chega neles…

  5. ‘Contra factos não há argumentos, reza(va) o ditado.’ Foi substituído pela variante ‘contra “factos” não há argumentos’, tendo “factos” passado a ser aquilo que qualquer bardamerda com a carteira de jornalista sacada num pacote de Farinha Amparo ou de Chocapic decreta que é. A moda pegou e tornou-se praga. Além do moço de recados referido pelo Valupi e do enorme cardume de sipaios que, no espaço mediático, há muito ocupa tudo e mais um par de botas e quase não deixa espaço para a decência, temos agora a bacoca moda, importada da Amérdica, que dá pelo nome de ‘fact checking’ e permite aos autodesignados ‘fact checkers’ decretar o que é ‘verdade’ e silenciar, ou no mínimo desacreditar, com o rótulo de ‘mentira’, tudo o que sai da boca, da pena ou do teclado dos hereges que mijam fora do penico. A coisa foi parida pelos inimputáveis megadonos disto tudo (à escala planetária) Faecesbook e ToEatYou, ToCheatYou & ToShitYou, e rapidamente imitada por mais algumas megamercearias da famiglia alargada. Nas mercearias ranhosas cá do bairro, temos (até agora) os macacos de imitação ‘Polígrafo SIC’, na tasca homónima, e ‘A Hora da Verdade’, na pocilga do Zé Beto burro, onde, com a subtileza de uma manada de elefantes, nos enfiam pela goela abaixo toneladas de aldrabices e invenções das agendas mafiosas, habilidosamente misturadas com factos indesmentíveis como o de que era branco o cavalo branco de Napoleão ou que a Terra gira à volta do Sol.

    Puta que os pariu!

  6. Joaquim Camacho:
    Bendito seja esse furor contra os “facts chekings”, quando sabemos que nas redes sociais são fabricadas verdades ao gosto de cada um e da tribo a que se pertence…
    Bendito seja esse sacro repúdio da “Amérdica”, a ímpia exportadora das liberalidades que sufocam o direito à liberdade de dizermos que somos escravos.

  7. “No Twitter, Rui Rio lamenta a morte do histórico assessor, descrevendo-o como “um profissional competente, honesto e de enorme dedicação ao PSD”. “O Zeca faz parte da história do PPD/PSD, e deixará, para sempre, uma enorme saudade em todos nós”, acrescenta.”

    https://www.publico.pt/2019/03/28/politica/noticia/morreu-zeca-mendonca-antigo-assessor-psd-1867232

    “Se o relato da TVI é rigoroso, então, a inação dos elementos da GNR é intolerável.
    Ver um bandalho a agredir um cidadão e não interferir de imediato para o evitar – agravado com o facto de se tratar de um crime público – exige um processo de averiguações. Tem de haver ordem!”

    https://twitter.com/RuiRioPSD/status/1387124253221347330

  8. O Expresso de Costa, Matos & Companhia está para Sócrates como a Globo de Merval Pereira, Miriam Leitão & Companhia está para Lula. Todos são agentes de política partidária travestidos de jornalistas. No Brasil, alguns já se deram conta da merda que fizeram e dos efeitos catastróficos na sociedade brasileira, para os quais as suas insinuações caluniosas contribuiram. Aqui ainda não. Mas lá chegaremos.

  9. “Bendito seja esse furor contra os “facts chekings”, quando sabemos que nas redes sociais são fabricadas verdades ao gosto de cada um e da tribo a que se pertence…”

    Amigo de Peniche, para começo de conversa, não frequento nem alguma vez frequentarei “redes sociais”. Sou alérgico, nomeadamente por isso mesmo que implicitamente apontas: aldrabices para todos os gostos, além de paraíso de bullies malfodidos, cobardes e anónimos que, chateados sempre que se olham ao espelho, descarregam desespero e raiva em tudo o que mexe. Dito isto, não me passa pela cabeça arvorar-me o direito de decidir quais as verdades verdadeiramente verdadeiras e quais as que o não são. E recuso conceder esse direito ao Mark Zuckerberg, ao Jeff Bezos, ao Jack Dorsey ou qualquer outro capo menor da famiglia alargada dos donos disto tudo. Ninguém me tira da cabeça que deve ser ao teu (e ao meu) discernimento, alicerçado na tua (ou na minha) interpretação da realidade, que deve ser atribuído o direito de aceitar ou não a verdade, tribal ou não, que te (me) der na gana. A não ser assim, caímos de novo na velha história de que todas as tribos são iguais, mas algumas são mais iguais do que outras. Como deves saber, na desgraçada época que vivemos, a escolha das verdades que têm o direito de ver a luz do dia cabe exclusivamente aos Zuckerberg, Bezos e Dorsey e aos fact checkers por eles escolhidos ou apoiados. Grupelhos que para tal não foram eleitos, que ninguém sabe quem são e cujos méritos, defeitos ou qualidades não são por ninguém escrutinados. Criaturas ímpares que apesar disso, mas também por isso, decidem a seu bel-prazer, de tudo o que te sai da cabeça, quais as partes que ganham o direito a ser escrutinadas pelos teus pares. Obviamente, lá como cá, tais grupelhos têm agendas.

  10. “… para começo de conversa, não frequento nem alguma vez frequentarei “redes sociais”.”

    isto não é uma rede social e eu não estou a conversar. para começo não está mau e o resto passatempo “descubra as 7 diferenças”.

  11. Camachô:
    Entendi perfeitamente o que disseste e concordo contigo, como deves saber. Agora, tens que conceder que o Trolha Inácio “as got a point”. Lóle!
    Já que falamos de Mérdia e Amérdica, já compararam a abordagem merdiática que é feita às declarações do Biden em comparação com o ataque cerrado a tudo o que vem do governo xuxa? É assustador.
    Até me atrevo a pensar que a função dos mérdia aqui do burgo é apenas política e dá a impressão que tem alguma mãozinha transatlântica atrás do arbusto.
    É que, parece, temos mais informação a vir dos EUA do que da UE.

  12. Vieira, o pide porcalhatz, provocador cobardola a saltitar de arbusto em arbusto, ratazana infiltrada na trincheira da esquerda, o javardo que adopta neste pardieiro exactamente os mesmos métodos dedutivos e acusatórios do Rosário Teixeira has a point em quê? Não sei a que te referes, a sério.

  13. Demasiado tempo perdido com burros e, sobretudo, com as suas vozes fétidas, que nunca chegarão a céu nenhum.

    E agora uma parábola sobre tudo isto, muito a propósito:

    “Um dia, a mentira disse à Verdade: «- Anda daí, vamos banhar-nos juntas, que a água deste lago é muito boa e cristalina!». A Verdade, ainda que um pouco desconfiada, pôs o seu pé na água e verificou que esta estava boa e agradável. Então, despiram-se ambas e foram juntas tomar banho.
    Subitamente, porém, a mentira saíu da água, vestiu à pressa as roupas da Verdade e fugiu, rindo-se muito.
    Logo a Verdade, surpreendida e irritada, saíu do lago e correu atrás dela, para tentar recuperar as suas roupas.
    Só que o Mundo, vendo a Verdade nua, desviou dela o olhar, com escárnio e desprezo. A pobre Verdade, enxovalhada, teve de voltar a mergulhar no lago, para ocultar a sua nudez inconveniente, e lá se escondeu para sempre, para assim escapar ao vexame.

    Desde então, a mentira passeia-se pelo Mundo inteiro vestida de Verdade e toda a gente fica muito satisfeita, porque ninguém está interessado em conhecer a Verdade nua”…

  14. Ooooaaaaaah, tanganizi, méne!
    Tenhamos as crises que tivermos com o gajo, na minha opinião, esse faz parte da mobília, dá côr e movimento ao estaminé e às vezes até tem piada.
    Assim como a idYOta da YOlinda, que é uma toupeira anti xuxa e nutre uma paixão doida pelo Passoilo de Massamá, não diz nada de jeito mas anda cá há anos.

    ‘Tava a entrar contigo mas caga nisso!
    Retiro-me, humildemente, de cena…

  15. Amigo Vieira, continuo com curiosidade em saber a que te referias há bocado. Pode o pide infiltrado acertar uma ou outra, de vez em quando, mas é inevitabilidade equivalente à do relógio avariado que está certo duas vezes por dia. Não vejo, porém, como poderá agora ser esse o caso e continuo sem perceber que emanação gasosa do intestino do bicho poderá, por felicidade, ter conseguido travestir-se de Chanel n° 5. Deve haver para aí, ou para aqui, um mal-entendido qualquer, que gostaria te ter a oportunidade de esclarecer, mas faz como quiseres, não te levo a mal. Quanto à mobília, é um facto que este pardieiro tem alguma de boa qualidade, mas a mobília de qualidade também pode ser atacada pelo caruncho e só nesse sentido o parasita a incorpora, faz parte dela. Mas lá que estraga, lá isso estraga, e é claro que reduz o valor do móvel. Nunca seria aceite num leilão da Christie’s.

  16. Amigo de Peniche: “Bendito seja esse sacro repúdio da “Amérdica”, a ímpia exportadora das liberalidades que sufocam o direito à liberdade de dizermos que somos escravos.”

    Para seguimento de conversa, faço uma distinção inequívoca entre Amérdica e América.

    Amérdica é o país do capitalista infantilóide e sem escrúpulos Donald Trump, do corrupto senil Joe Biden e seu filhote cocainómano, da arrivista Kamala Harris, a rezar afincadamente pelo peido final do corrupto senil para se sentar no lugar dele, dos criminosos de guerra Hillary e Bill Clinton, Bush júnior e sénior e John Bolton, do bully gorduroso, confessada e descaradamente vigarista e aldrabão, Mike Pompeo, do drone-bomber-in-chief e entertainer Barack Obama, da Lockheed Martin, Boeing, Raytheon, Northrop Grumman, General Dynamics e restantes megamercearias da morte, dos Mark Zuckerberg, Jeff Bezos e Jack Dorsey. A única dificuldade está na escolha para o quadro de honra.

    América, para mim, é o país de Noam Chomsky, Tulsi Gabbard, Jill Stein, Bernie Sanders, Jimmy Dore, Max Blumenthal, Aaron Maté, Ben Norton, Rose McGowan, Susan Sarandon, Abraham Lincoln, Martin Luther King, Malcolm X, Angela Davis, Franklin Delano Roosevelt, Dwight Eisenhower, Norman Finkelstein e muitos outros.

    Quanto ao resto, bueno, da lista de benfeitorias que se segue, fico à espera (bem sentado) que me digas quais as que se enquadram no conceito de “liberalidades” que, no teu entender, a Amérdica generosamente exporta.

    1 — Destruição da Jugoslávia e bombardeamento democrático e humanitário da Sérvia, sob pretextos variados, resultando nas maiores limpezas étnicas na Europa depois da II Guerra Mundial, com 200 mil sérvios silenciosamente expulsos da Krajina e outros 200 mil erradicados do Kosovo. Mas não digas a ninguém, é segredo, os coitadinhos oficiais foram os muçulmanos bósnios e os escuteiros kosovares. Se o mainstream merdia não fala nisso é porque não aconteceu, é tudo teorias da constipação.

    2 — Destruição do Iraque com base no pretexto consciente e deliberadamente mentiroso das armas de destruição maciça.

    3 — Apoio a Saddam Hussein durante a guerra Irão-Iraque, que resultou da crença idiota do humanista Saddam na fraqueza sem conserto do exército iraniano, por via das purgas dos ayatollahs, encorajando-o a invadir o país para lhe roubar parte do petróleo. Apoio em armamento, em informações de espionagem (nomeadamente distribuição de tropas iranianas através de imagens de satélite) e em materiais de base para fabrico de, aí sim, armas de destruição maciça a sério (químicas), que a Amérdica o ajudou não só a produzir mas também a utilizar, fosse contra os seus próprios cidadãos, no Curdistão iraquiano, resultando na morte de milhares de curdos, fosse contra o Irão. Cereja em cima do bolo, sabotagem da condenação do Iraque na ONU e tentativas de descarregar a responsabilidade do crime iraquiano em cima do Irão. Pergunta ao Donald Rumsfeld, amigalhaço do Paulo Portas, que ele explica-te como fez.

    4 — Bombardeamentos à Síria sob pretextos tão mentirosos como os do Iraque, agravados pela ocupação ilegal de uma parte do país, de novo com pretextos mentirosos como o do combate ao Estado Islâmico, mas na realidade (encomenda saudita) para impedir a pacificação e reunificação do país e para lhe roubar o petróleo, como descaradamente confessou o Trump desbocado: “We keep the oil.”

    5 — Guerra e ocupação do Afeganistão, que dura há 20-vinte-20 anos, sob pretexto de destruição da Al-Qaeda (anteriormente financiada e armada pela Amérdica), que resultou num aumento explosivo da produção de heroína pelo país, de uma área de 8000 hectares no último ano de governo talibã (em 2001) para 74 mil hectares logo no ano seguinte, já sob ocupação americana, evoluindo para 193 mil em 2007, 224 mil em 2014 e um record de 328 mil em 2017. É claro que houve flutuações, aumentos e descidas, nos anos que não refiro, resultante principalmente, como qualquer cultura, das condições climatéricas, mas a tendência, desde a gloriosa chegada da Amérdica, é para um crescimento “sustentado”, como se diz em economês. Podes consultar os dados no site do UNDOC (United Nations Office on Drugs and Crime — Afghanistan) aqui:

    https://www.unodc.org/afghanistan/

    Na coluna da esquerda, clica em ‘Afghanistan Opium Survey 2018’.

    6 — Ainda a propósito de teorias da constipação, de referir um projecto de oleoduto que, evitando o Irão, transportaria petróleo dos países do Cáspio através do Afeganistão e Paquistão até ao Oceano Índico. Esse oleoduto atravessaria o Afeganistão de norte para sul, paralelamente à fronteira com o Irão, mas as más relações com a América, em parte agravadas por uma Al-Qaeda já então zangada com o anterior promotor e financiador, impedia-o de ir para a frente. A empresa promotora era a UNOCAL, em que era administrador outro simpático criminoso de guerra, de sua graça Henry Kissinger. Azar dos Távoras, a total instabilidade em que aquela merda entrou, apesar da “conquista” americana, parece ter inviabilizado o negócio.

    7 — Interferência na política interna do Irão com o derrube, em 1953, num golpe organizado pela CIA e pelo MI6 britânico, do primeiro-ministro modernizador Mohammad Mossadegh, que havia nacionalizado a indústria de petróleo iraniana (inadmissível!), nomeadamente a britânica Anglo-Persian Oil Company, mais tarde transformada em British Petroleum (BP). Escusado será dizer as políticas do sipaio em quem a Amérdica concentrou o poder, o xá Reza Palahvi, conduziram, inexoravelmente, ao advento dos ayatollahs, que dura até hoje.

    8 — Destruição da Líbia, mais uma vez com pretextos mentirosos e bombardeamentos humanitários, transformando um país rico, com um dos mais altos níveis de vida de África, numa manta de retalhos dominados, principalmente, por fundamentalistas islâmicos.

    9 — Apoio em armamento e informações de espionagem à Arábia Saudita, o país mais retrógrado do planeta, na sua guerra de destruição e genocídio contra o Iémen.

    10 — Apoio bipartidário cego à política de esbulho e limpeza étnica praticada pela bandidagem nazionista contra os palestinianos.

    11 — Apoio, durante décadas, a todas as ditaduras de direita da América Latina, nomeadamente com escolas para refinamento de técnicas de tortura a aplicar aos esquerdalhos desses países. No presente, interferência continuada em todos eles e total descaramento, através de sanções e apoio a acções militares, na tentativa de derrubar os que mijam fora do penico.

    12 — Perto de 800 tentativas de assassínio de Fidel Castro, a somar ao bloqueio criminoso que dura há décadas.

    13 — Interferência na política interna de dezenas de países aliados (na realidade vassalos), nomeadamente em processos eleitorais, e na política externa, com sanções e ameaças várias, nomeadamente nesta Europa cagarola de vassalos sem espinha e criadagem sem alma.

    14 — Na Amérdica inclui-se ainda o vergonhoso racismo endémico em que aquela cambada chafurda desde sempre e o pseudo-racismo hipócrita do presente, oportunisticamente cavalgado pelos actuais donos daquela merda toda.

  17. Joaquim Camacho:

    Que a opressão sobre nós exercida pela livre “Amérdica” seja duradoura, muito duradoura, para que, na parte que lhe cabe, continuemos a ter o detestável direito de questionar as verdades não legitimadas por sufrágio eleitoral ou controlo popular….
    Nesta vilipendiada Europa, haverá sempre quem dedique à “Amérdica” o ódio tenaz com que alivia a má consciência de lhe dever parte da liberdade e o incómodo de se servir copiosamente de um prato onde é suposto apenas cuspir.
    E quem fala da “Amérdica”, fala também do “nazionista” Israel, neste caso, adotando esse delicioso oxímoro usado por boas almas para insinuar a ilegitimidade essencial daquele país.

  18. senhor vieira : a coitada da Olinda já deve estar farta da sua confusão mental , pois não tem nada a ver comigo ; se ela ama o passos terá de lhe perguntar , quanto a mim , o que sinto por qualquer politico profissional , qualquer um , é fastio ; e por último , também o senhor não diz nada de jeito , muito pelo contrário , tem a mania que é engraçado , mas não tem piada nenhuma , e apesar de não acrescentar nadinha à sabedoria universal , convencional que é , também anda por aqui há anos. abur.

  19. saem 14 fardos de palha para a fogueira anti-americana.
    este caralho ficou afectado com o episódio do sapato do khrushchev na onu e deve pensar que a urss ainda existe e começa ali ao virar da esquina da zimmerstrasse com a friedrichstrasse.

  20. Joaquim Camacho:
    Lisonjeia-me esse bombardeamento de argumentos históricos, nuns casos verídicos, noutros enviesados, mas que, no fim de contas , dão pasto ao anti-americanismo de bom tom na intelectualidade altermundista de hoje.
    Intelectualidade orfã dos amanhãs que cantam e que achou tão livres os socialismos do gulag ou os maoismos dos grandes saltos em frente, deixando-se seduzir pelo sorriso seráfico de Saloth Sâr, sempre que este falava francês, à moda de Sartre, o guru das inteligências inchadas de humanismo internacionalista e de virtuoso asco anti-americano.
    Comove-me a tua solidariedade empática pelo saudoso Presidente Milosevic, humanista sérvio dos quatro costados, à semelhança dos seus prestimosos lacaios Ratko Mladić, Radovan Karadžić ou Željko Ražnatović.
    Por isso, malditas sejam as bombas americanas que estragam as nossas belas guerras civis com limpezas étnicas pelo meio! Essas bombas desfiguram o curso natural das coisas, que como sabemos, deve ser ditado pela lei indígena do mais forte, de longe patrioticamente preferível a qualquer intervenção externa!
    É caso para, nós europeus, exigirmos bem alto: “Yankee, go home!” E acrescentarmos: “Americano, leva contigo as multinacionais que nos sugam o dinheiro e a liberdade de pensamento! Basta de nos emborcares a tua comida plastificada, quando o que mais ansiamos é voltar a ingerir a frugal dieta mediterrânica, de keffiyeh na cabeça e ao som de Manu-Chao!”
    “Imperialista americano, à conta das mortes que aqui provocas, leva os mortos que aqui deixaste nas guerras mundiais e que não apenas desfiguram os nosso belos cemitérios como poluem os lençóis freáticos da terra europeia, tão sensível ao sangue alógeno!”
    Comove-me também esse amoroso desvelo que dedicas à integridade física de Fidel Castro, democrata exemplar no desapego ao poder durante uns breves 49 anos.
    Para ti, Joaquim Camacho, fica a tardia novidade de que a América e a “Amérdica” são um único país. Trata-se de um facto independente da tua vontade e opinião.
    Aliás, deverias, no mínimo, por uma questão de coerência pessoal, privares-te de lhe chamares aquilo que ele não é, em nome daquilo que nele valorizas . Caso contrário, assumirás que nem os americanos Noam Chomsky, Tulsi Gabbard, Jill Stein, Bernie Sanders, Jimmy Dore, Max Blumenthal, Aaron Maté, Ben Norton, Rose McGowan, Susan Sarandon, Abraham Lincoln, Martin Luther King, Malcolm X, Angela Davis, Franklin Delano Roosevelt, Dwight Eisenhower ou Norman Finkelstein são bastantes para “desmerdeficar” os EUA. Esses americanos, somados a outros tantos, compõem o mosaico da sociedade norte-americana, dão substância à diversidade e contradição daquele país, que vale muitíssimo mais do que a pobreza das fórmulas polémicas sobre ele produzidas.
    Joaquim Camacho, és mestre na utilização recorrente do oxímoro do “nazismo israelita”, essa figura de linguagem que tem implícita a negação do direito à existência do Estado de Israel, ainda que, formalmente, protestes não negar tal direito. Para quem, como tu, justamente se indignou com a apologia de embustes antisemitas, só pode motivo de séria reflexão que formules sobre aquele país uma opinião que não deixaria de ser aplaudida por figuras como o falecido Robert Faurisson, isto para não falar de Alois Brünner, hóspede da Síria do grande democrata Hafez-al-Assad ou de Johann von Leers, estimado conselheiro político do grande patriota egípcio Gamal Abdel Nasser.
    Fica bem.

  21. invejo aqueles, poucos, que até hoje conseguiram publicar aqui comentários sobre um certo país ( auto-censura ) e uma determinada ideologia ( auto-censura ) .
    até hoje, os dois comentários que fiz com alusão sobre o assunto, foram retidos, e depois derretidos, pela comissão de censura prévia ( agora chamada “moderação” ).

  22. Amigo de Peniche,

    Respeito e aprecio o cuidado com que teces argumentos, mas em verdade te digo que, se voltássemos à escola e contemporâneos fôssemos, não perderia uma ocasião para jogar à batalha naval contigo. Não perderia uma ocasião e não perderia um jogo, já que a tua pontaria é uma desgraça. O meu porta-aviões não levou um tiro, a flotilha de submarinos passou incólume, a esquadra continua completa, foi tudo parar à água. Vale isto para o gulag do georgiano paizinho dos povos, onde muito provavelmente teria eu malhado com os ossos se na Moscóvia então vivesse. Vale para esse “antiamericanismo de bom tom na intelectualidade altermundista de hoje”, que não sei o que é nem onde procurar, seja o antiamericanismo, seja a intelectualidade altermundista. O que salta à vista de quem tenha olhos para ver, a nível mundial, é um entusiástico unanimismo filoamericano bacoco e acéfalo, da esquerda à direita, que, salvo honrosas excepções, me faz sentir muito sozinhito. Vale ainda menos para o psicopata Pol Pot ou para as parvoeiras maoístas genocidas contra a pardalada “cereal killer” que comia muito trigo, resultando num fenómeno de quase “cereal extinction” que deixou milhões a passar fome. Vale ainda menos para os mortos americanos na II Guerra Mundial, cuja memória nunca me passaria pela cabeça desonrar. Podias ao menos ter reparado que na América incluí o presidente Franklin Delano Roosevelt, o homem honrado que, contra a vontade da Amérdica, colocou a América ao lado da Europa na luta contra a barbárie nazi. E, já agora, ao lado do total de 407316 mortos americanos na II Guerra (em combate, em acidentes e por doença), dos quais 183588 em combate no teatro europeu (+ uns 60 a 70 mil por causas diversas), podias ter irmãmente colocado os 26 milhões de soviéticos (entre militares e civis) que morreram pela mesma causa. E ao lado dos 108504 americanos mortos em combate contra o Japão podias também honrar a memória dos 40 a 70 mil timorenses mortos pelos japoneses por auxiliarem as acções dos comandos aliados, principalmente australianos, contra a ocupação japonesa de Timor.

    “Que a opressão sobre nós exercida pela livre “Amérdica” seja duradoura, muito duradoura, para que, na parte que lhe cabe, continuemos a ter o detestável direito de questionar as verdades não legitimadas por sufrágio eleitoral ou controlo popular…”

    Já quanto ao generoso consentimento da América para que “continuemos a ter o detestável direito de questionar as verdades não legitimadas por sufrágio eleitoral ou controlo popular”, sugiro-te que perguntes ao Julian Assange o que pensa sobre o assunto. Imagino os saltos de entusiasmo que dará… mas com cuidado, claro, porque o tecto da cela onde goza esse detestável direito não deve ser muito alto.

  23. Já quanto ao Milosevic, acertas, sim senhor, mas com tiro de pólvora seca. Tal como se passa agora com o Sócrates, em todo o massacre merdiático a que fomos sujeitos nunca vi sombra de prova dos crimes de que foi acusado. É certo que o homem morreu na prisão, mas, como deves saber, foi absolvido depois de morto. Da Wikipédia:

    “After Milošević’s death, the International Court of Justice (ICJ) concluded separately in the Bosnian Genocide Case that there was no evidence linking him to genocide committed by Bosnian Serb forces during the Bosnian War. However, the Court did find that Milošević and others in Serbia had violated the Genocide Convention by failing to prevent the genocide from occurring, by not cooperating with the ICTY in punishing its perpetrators, in particular General Ratko Mladić, and by violating its obligation to comply with the provisional measures the Court ordered.”

    Uma no cravo e outra na ferradura, há que salvar a face do tribunal e dos seus mandantes. Eu até o aceitaria, porque naquela guerra cometeram-se barbaridades que não deviam ficar impunes, mas a “justiça” ali foi vergonhosamente selectiva e os crimes dos croatas e dos muçulmanos bósnios, que não ficaram atrás dos dos sérvios, passaram quase totos impunes.

    No início do desmembramento da Jugoslávia, lembro-me de uma reportagem na RTP-2 que mostrava militares croatas, junto de algumas viaturas, a agredir, a murro e pontapé, militares sérvios do então ainda exército jugoslavo que tinham capturado, entre eles uma mulher soldado. Era isso que a peça dizia: militares croatas a agredir prisioneiros sérvios do exército jugoslavo. Não vi nem ouvi, na peça ou em lado algum, o mínimo estremecimento, a mínima indignação, a mínima alusão à Convenção de Genebra, era a coisa mais normal deste mundo, os sérvios já então eram os maus da fita, só se perdem as que caem no chão. Alguns meses depois, quando o frenesim anti-sérvio atingia o paroxismo, a histeria total, a mesma RTP mostrou outra reportagem que, alegadamente, ilustrava as barbaridades dos militares sérvios bósnios (certamente a mando do Ratko Mladic) contra os coitadinhos dos muçulmanos. Ao contrário da reportagem que refiro acima, era sensível a indignação do jornalista contra o que a peça mostrava. E o que mostrava a peça? Militares alegadamente sérvios a agredir, a murro e pontapé, militares alegadamente muçulmanos bósnios capturados, um deles uma mulher soldado. O que é que tem de mais? Pouca coisa, se abstrairmos do facto, certamente negligenciável, de que as imagens eram as mesmas! Ou seja, diz o jornaleiro: “Meu, preciso de imagens que ilustrem agressões dos energúmenos sérvios a prisioneiros muçulmanos desarmados e indefesos!” Resposta: “Teu, tenho aqui exactamente o que precisas, toma lá.” Milagre das rosas: os agressores croatas meses antes tratados com tocante benevolência e compreensão são reclassificados como energúmenos sérvios sem perdão e os verdadeiros sérvios, vergonhosamente agredidos, são reciclados em muçulmanos coitadinhos, vítimas da barbárie sérvia. Há quem lhe chame jornalismo!

    Quanto a Fidel Castro, bendito seja, sim senhor, por durante 49 anos ter estragado a digestão ao arrogante vizinho do Norte, mas certamente que tu preferias o sipaio cleptocrata Fulgêncio Batista. Ainda que maldito fosse, porém, que direito tem a Amérdica de decidir quem vive e quem morre num planeta em que só uma pequena parte lhe pertence? Que direito tem a psicopata Killary Klingon, referindo-se há alguns anos aos incómodos causados por Julian Assange ao império e a si própria, de perguntar aos militares americanos, como sugestão para a solução final do problema: “Can’t we just drone the guy?” Ou de, quando lhe mostraram imagens da morte horrível de Kadhafi, sodomizado com uma baioneta, reagir gracejando: “We came, we saw, he died!”, acompanhando a bojarda com uma sonora e piedosa gargalhada, prenhe de caridade cristã? E que sentido da realidade tem o entertainer e drone-bomber-in-chief Barack Obama quando, referindo-se a Guantánamo, bolça esta pérola: “Yes, we tortured some folks!” Tá bem, meu! Torturámos para aí uma malta! Deixa pra lá, nada de mais! Somos americanos! Shit happens, como diria o insigne filósofo Forrest Gump! Imagino que, logo em seguida, tenha voltado a bebericar a bejeca e a debicar nos tremoços.

  24. Joaquim Camacho:
    Satisfaz-me saber que és grande almirante de porta-aviões e comandante de frota. Respeitoso de patente tão elevada, faço-te a continência devida.
    Quero crer que, na tua qualidade de grande almirante das verdades canónicas, terás generosidade bastante para aceitar que me associe ao teu apreço pelas seguintes personalidades norte-americanas: Tulsi Gabbard, Jill Stein, Bernie Sanders, Jimmy Dore, Rose McGowan, Susan Sarandon, Abraham Lincoln, Martin Luther King, Malcolm X, Angela Davis, Franklin Delano Roosevelt e Dwight Eisenhower.
    Todas elas diversas, plurais, contraditórias, mas relevantes na história e na cultura daquele grande país. Muitas mais poderia acrescentar, mas não o faço, em atenção a essa preciosa paciência, de que convêm não abusar.
    Igualmente para não abusar, serei telegráfico a comentar outras afirmações tuas.
    Relativamente ao que escreveste sobre o “gulag do georgiano paizinho dos povos” e o“psicopata Pol Pot”, nada tenho a discordar.
    Subscrevo a tua opinião acerca de Franklin Delano Roosevelt e dos mortos soviéticos e timorenses, cuja memória, obviamente, honro.
    Subscrevo ainda o reconhecimento de que foram perpetrados crimes de guerra e violações dos direitos humanos por todas as partes na guerra civil da ex-Jugoslávia, com devida nota das decisões do Tribunal Penal Internacional.
    Quanto ao corrupto ditador Fulgêncio Batista, não tenho a dizer a favor, por óbvio demérito de quem apenas soube explorar os cubanos em benefício próprio e dos interesses americanos.
    Tomo nota do teu regozijo pela longevidade de Fidel Castro e da tua indignação com as circunstâncias da morte do ditador Kadhafi. Vejo aí a aplicação de uma bem conhecida norma de valoração dos regimes políticos de cada país, que é fixada em função do seu posicionamento específico relativamente aos EUA.
    Aplicada essa norma – como, infelizmente, sucede contigo -, chega-se ao extraordinário paradoxo (por não poucos disfarçado com má-fé) de ser feita a defesa de uma ditadura ou de um ditador hostis aos EUA, suscitando estes uma condescendência e empatia bem distintas da reservada às democracias pró-americanas, alvos preferenciais da indignação moral e da contundência do verbo.
    Tenho a dizer-te que é esclarecedor que distingas com a tua preferência duas personalidades incensadas pelo altermundismo: Norman Finkelstein e Noah Chomsky. Elas não apenas se destacam na paisagem intelectual pela sua hostilidade tenaz ao Estado de Israel, mas também por terem, com assinalável sonsice, invocado a causa da liberdade de expressão como justificação da solidariedade que manifestaram relativamente ao trafulha Robert Faurisson, ao embusteiro Serge Thion e ao aldrabão Vincent Reynouard, criaturas assinaláveis no seu nauseabundo odor negacionista e neonazi.
    Mais: devemos a Noah Chomski, em co-autoria com Edward S.Hermann (“After the Cataclysm, Postwar Indochina & reconstruction of imperial ideology”), a produção de um estudo acerca do genocídio no Cambodja perpetrado pelos khmers vermelhos, que é um exercício de parcialidade histórica, eloquente quanto às culpas do imperialismo americano mas omisso acerca das responsabilidades criminosas do regime de Pol Pot.
    Fico também esclarecido quando eleges os jornalistas Aaron Maté, Ben Norton e Max Blumenthal (este, conhecido colaborador do Sputnik e da RT, dois órgãos de informação e propaganda da Rússia de Putin). Todos eles ligados à Greyzone, espaço jornalístico dito independente que, entre outras coisas, se distingue por negar a existência da repressão da minoria uigure na China, defender o poder do demagogo venezuelano Nicolás Maduro, ser correia de transmissão da propaganda do Kremlin relativamente à Ucrânia e difundir informação favorável ao regime do ditador sírio Bashar al-Assad.

  25. Grande-almirante Camacho, mestre nas verdades que escolhe e na parcialidade das indignações.
    Camacho choroso da morte de ditadores e celebrante da longevidade de ditaduras.
    Camacho depósito da propaganda de avençados da Rússia e da China.
    Camacho compagnon de route dos que têm o sonho molhado do fim de Israel, usando turbante na cabeça ou suástica escondida com o rabo de fora.

  26. o gajo foi abusado em criança pelo pai e agora só quer atenção para engatar quem lhe vá ao cu, depois despeja um saco de vernáculo misturado com pseudo ofensas e acalma por uns tempos até voltar o cio.

  27. Ó de Peniche,

    Disse-te, lá para cima, que “respeito e aprecio o cuidado com que teces argumentos”. Enganei-me, retiro o que disse. Como não me parece que sejas estúpido (posso estar enganado, claro), sou levado a concluir que não passas, afinal, de demagogo e aldrabão (e aqui, graças a ti, passei a ter certezas), um pobre diabo que, à falta de argumentos, e perante a ineficácia da erudição plastificada abundantemente derramada, pour épater le bourgeois, deixa estalar o verniz, atira factos e argumentação às urtigas e, sem sombra de escrúpulos, lança mão da demagogia mais primária e da aldrabice mais reles para tentar ganhar a bicicleta. Bueno, bicicleta para ti não há, mas posso arranjar-te um penico de plástico, até com recheio, se estiveres com fominha.

    Porque não acredito que, no que escrevi sobre a morte do Kadhafi, não tenhas percebido que o que me indignou não foi o finamento em si mas sim as circunstâncias degradantes, de tortura extrema, em que ocorreu e, principalmente, a vergonhosa reacção da psicopata Killary Klingon, mais degradante ainda, capaz de provocar um estremecimento de desconforto até num Hannibal Lecter. Tristeza e indignação igual senti aquando da morte de Sá Carneiro (criatura que não gramava nem à lei da bala), quando, nas horas que se seguiram, ouvi dois colegas de trabalho, ambos do PCP, divertidíssimos, a bolçar piadas sobre churrascos e coisas assim. Põe-te no lugar dele, no de Snu Abecasis, Adelino Amaro da Costa e restantes ocupantes do avião, a perceberem que vão morrer e, se acaso não morreram no impacto, queimados vivos, em segundos que devem ter parecido horas, das mortes mais horríveis que consigo imaginar. Só uma besta encontrará motivo de gozo numa coisa assim, tal como só uma psicopata como a Killary Klingon poderia reagir com uma gargalhada e uma graçola boçal às circunstâncias da morte de Kadhafi. Uma coisa sei: se no lugar de Kadhafi estivesse a Killary, a minha indignação seria provavelmente maior, por ser mulher (chama-lhe paternalismo machista, se quiseres). Do Kadhafi não choro a morte, mas não posso deixar de lamentar que ela tenha levado ao fim de um país que, admitindo que era uma ditadura, poderia evoluir, a prazo, atendendo aos recursos de que dispõe, para uma situação muito diferente do molho de brócolos em que os bombardeamentos democráticos e humanitários do farol democrático o colocaram, com a ditadura anterior substituída por uma série de ditadurazinhas muito mais violentas e retrógradas do que a anterior e os recursos do país abocanhados por cleptocratas ou atirados às urtigas.

    E se celebrante sou de alguma coisa é do peido final das dezenas de ditaduras que os teus heróis da Amérdica, durante dezenas de anos, armaram, financiaram e promoveram na América Latina, por exemplo. Ou terá o Pinochet sido um peão da Moscóvia? E o Somoza, o Galtieri, o Noriega e tutti quanti? A Escola [de tortura] das Américas foi o quê? Uma universidade da democracia e dos direitos humanos? Da Wikipédia:

    “Manuais militares de instrução destas iniciativas, primeiramente confidenciais, foram libertados e publicados pelo Pentágono americano em 1996. Entre outras considerações, os manuais davam detalhes sobre violações de direitos humanos permitidas, como por exemplo o uso de tortura, execuções sumárias, desaparecimento de pessoas, etc., definindo os seus objectivos como sendo o de conter e controlar indivíduos participantes em organizações sindicais e de esquerda. (…) Numa carta aberta enviada em 20 de Julho de 1993 ao ‘Columbus Ledger Enquirer’, o comandante Joseph Blair, antigo instrutor da Escola das Américas [de 1946 a 1984 situada no Panamá], declarou: “Nos meus três anos de serviço na Escola nunca ouvi nada sobre qualquer objetivo de promover a liberdade, a democracia e os direitos humanos. O pessoal militar da América Latina vinha a Columbus [localização actual, na Geórgia] unicamente em busca de benefícios económicos, oportunidades para comprar bens de qualidade isentos de taxas de importação e com transporte gratuito, pago com impostos de contribuintes americanos.”
    De acordo com o senador democrata Martin Meehan (Massachusetts): “Se a Escola das Américas decidisse celebrar uma reunião de ex-alunos, reuniria alguns dos mais infames e notórios malfeitores do hemisfério”.
    A Escola das Américas, desde 1946, treinou mais de 60 mil militares da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.”

    Portantes, quanto a apoio a ditaduras, estamos conversados.

  28. Quanto a Israel, quando escreves que sou “mestre na utilização recorrente do oxímoro do “nazismo israelita”, essa figura de linguagem que tem implícita a negação do direito à existência do Estado de Israel”, sabes que estás de novo a aldrabar. Primeiro, porque nunca usei o oximoro (e não ‘oxímoro’) “nazismo israelita”, mas sim o neologismo, de minha lavra, “nazionismo”, tentando definir o sionismo cleptocrático, assassino, racista e xenófobo que, presentemente, conduz o Estado de Israel para o desastre. Depois, precisamente porque só deitando para o lixo esse nazionismo poderá ser salvo o Estado de Israel, que, no futuro que sonho, se chamará Israelina, ou Palestisrael, ou o que a fusão das imaginações dos irmãos semitas desavindos (israelitas e palestinianos) decidir inventar. Como já aqui disse noutras ocasiões, não será no meu tempo, mas é fatal como o destino, já que os judeus israelitas não vão a lado nenhum, os palestinianos muçulmanos (e alguns cristãos) também não e só um idiota não entende que a situação actual é insustentável a longo prazo e, que, ela sim, põe em perigo o Estado de Israel.

  29. Quanto à RT, provavelmente conhecerás dela o que a propaganda da máfia que, quatro vezes por dia, muda a fralda ao corrupto senil Joe Biden, em coro com a psicopata Killary Klingon, te dizem. Terás eventualmente zappinado por lá duas ou três vezes, dois ou três segundos de cada vez, a ver se conseguias sobreviver, para logo fugires apavorado, vade retro!, persignando-te furiosamente: “Mea culpa! Mea maxima culpa!” Mas olha que aqui o filho da minha mãe, quando descobriu o canal (pouco antes do golpe de 2014 na Ucrânia, tanto quanto me lembro), era raro o dia em que não se deliciava com o excelente jornalismo que lá se fazia e faz. Agora vejo menos, por falta de tempo, mas todos os dias visito o site, nele bebendo óptimos trabalhos jornalísticos e lúcidos artigos de opinião. Há também excelentes documentários, sobre variadíssimos temas, mas esses é sem dúvida preferível vê-los num ecrã de televisão. Também na TV, têm vários programas de economia de que, ao contrário das indecifráveis e crípticas divagações em economês a que as nossas televisões nos habituaram, tu sais a perceber alguma coisa dos assuntos tratados (‘Boom Bust’, ‘Keiser Report’, entre outros). No noticiário geral também aparece alguma merda, por vezes alguma propaganda, mas enfim, ninguém nos obriga a engoli-la, temos cabecinha para pensar, e a percentagem de trampa que, nesse campeonato, vejo na CNN, MSNBC, FOX, BBC, RTP, SIC ou TVI é muito maior.

    Mas já que da RT sabes apenas o que a propaganda da América dos Clinton te diz, a saber, que é propaganda da Rússia de Putin, passo a instruir-te. Tanto quanto julgo perceber, os jornalistas russos que por lá aparecem não devem chegar a metade. Grande parte são americanos, britânicos, alguns franceses e outros. Nos programas de entrevistas, debate, economia, etc., a proporção deve ser a mesma. Porquê? Não sei, mas posso imaginar. Como é tudo gente que mija fora do penico, dificilmente aceitável pela propaganda do pensamento único difundida pelo mainstream merdia do ocidente democrático, e não conseguiam nos mesmos merdia fazer o jornalismo em que acreditavam, viram na RT, que os acolheu de braços abertos, a possibilidade de concretizar essa aspiração. Porque, e talvez isto seja novidade para ti, na RT pouco se fala da Rússia, os jornalistas americanos, britânicos e outros que por lá andam falam do que conhecem. E o que conhecem melhor é, obviamente, a realidade ocidental. Como jornalistas dignos desse nome que são, é claro que falam principalmente do que está mal e que os avençados do mainstream varrem sistematicamente para debaixo do tapete. Podes levar a mal que a Moscóvia perceba a vantagem de lhes dar a mão? No que me respeita, não só não levo a mal como agradeço. Há coisas de que há muito me apercebo e que desesperava e me irritava por, de tão óbvias, não as ver relatadas ou analisadas nos merdia de referência. Percebi que não estava doido quando comecei a encontrar essas evidências devidamente referenciadas na RT. E também há na RT, principalmente no site, onde pingam artigos quase de minuto a minuto, muitas notícias desprestigiantes e implicitamente críticas da Rússia, nomeadamente sobre violência policial e corrupção.

    Quanto à “propaganda da Rússia de Putin”, nomeadamente as tretas que te enfiaram pela goela abaixo sobre a participação da RT na alegada interferência russa nas eleições americanas de 2016, digo-te o que então vi. Vi, durante a campanha eleitoral americana, programas semanais, várias vezes repetidos ao longo da semana, como “The Big Picture”, do americano Thom Hartmann, ferozmente anti-Trump, verrinosamente anti-Trump, desesperadamente consciente do perigo Trump e tentando a todo o custo evitar a sua eleição. Vê lá tu que o mafarrico Putin não mexeu uma palha para o calar, se calhar é estúpido! Vi, também em programa semanal, tal como o do Hartmann repetido várias vezes durante a semana, o programa de entrevistas “Politicking with Larry King”, em que o velho jornalista americano entrevistava personalidades que, nas edições que segui, eram também, todas elas, anti-Trump. E também ouvi, com estes ouvidos que a terra há-de comer, o próprio Larry King, a propósito de uma de muitas campanhas de que a RT costuma ser alvo (propaganda do Kremlin, censura, manipulação da informação, interferência política no trabalho jornalístico da estação, etc.), dizer que nunca lá havia sofrido a mínima interferência, a mínima pressão, a mais pequena sombra de censura ou manipulação. Claro que também vi muitas notícias desprestigiantes para a Killary Klingon, mas de admirar seria que não existissem, tal a falta de qualidade da chanfrada dos cornos.

    Vejo também, na RT, entrevistas em que ao entrevistado é educada e sistematicamente consentido que responda às perguntas que lhe fazem. Se diz asneira ou é apanhado em contradição, bom, na pergunta seguinte leva um aperto nos tomates, ou nos ovários, mas vejo ali, sistematicamente, um código deontológico e um respeito pelos entrevistados que me faz sentir nojo do que vejo numa CNN, FOX ou BBC, bem como vergonha do que se pratica na RTP, SIC e TVI. E vejo, sistematicamente, entrevistados críticos da Rússia e de Putin, a quem é dado todo o tempo do mundo para fundamentarem as suas críticas, seguindo-se, como é óbvio, o (sempre educado) contraditório.

    O problema com a RT é simples, ó de Peniche: diz aquilo que os outros omitem, mostra aquilo que os outros escondem. Além disso, a qualidade técnica e estética, o profissionalismo, são do melhor que alguma vez vi, estão fartos de ganhar prémios. Last but not least, são o canal de notícias mais visto no YouTube, à frente de BBC, CNN, Al-Jazeera, Euronews e FOX News. O problema com a RT, ó de Peniche, é a eficácia, que resulta de um sóbrio profissionalismo e de uma qualidade que se mete pelos olhos dentro. O problema com a RT é ser hoje, de facto, aquilo que dantes nos diziam que a BBC era, se é que alguma vez o foi. Um desaforo! Há que eliminá-lo, antes que influenciem irremediavelmente as fracas cabecinhas dos indígenas!

    https://www.rt.com/about-us/press-releases/rt-youtube-10-billion-views/

  30. poizé, o pascóvio brinca à “arca do não é” caracterizado de abelhurso, pinguru, elefanhoto ou tubarixa conforme o que lhe interessa no trabalho de copia & pasto. os americanos são uns sacanas que apoiam ditaduras e exploram o povo, os russos são uns bacanos que apoiam os povos a libertar-se das ditaduras que os oprimem para serem explorados pelos russos e não saímos daqui. o trabalho que este gajo tem a roubar palha bolorenta na net para fingir que é um profundo conhecedor e especialista em política internacional. estranho que nunca tenha citado ou falado do lavrov, um dos melhores políticos internacionais da actualidade.

  31. Hehehe, agora deu-me bontade de vir, digo, vontade de rir .
    Realmente, ó Camacho, tanto trabalho pra quê, nós já sabemos disso tudo .

  32. Era só pra dizer que o Ignatz não brinca em serviço ( palha >enfardadeiras > lavoura ) .
    Só não esclareceu se o lavrov é putinarca . Mas isso fica ao cargo do Lavrenti Bera .
    Deixa lá Camacho, eu também sou disse e dente .
    Rir é o melhor ludopédio ( eu não escreví peido, cuidado com os c.. deirões) .

  33. lavrov = louros > de loureiro de laurento < lauros

    em folha serve para temperar bifes e prensado para apanhar uma banhada de monóxido de carbono.

    o cartaxo é que tem mestrado em televisão russa, talvez possa responder se a pavlovice do beria condiciona o tempero do sergey.

  34. Amigo Lucas, se por acaso andas por aqui, a tentar não sujar os chanatos na merda espalhada pela sala, toma lá mais uma bela compilação de anedotas para o teu arquivo. Na sempre divertida companhia do grande Jimmy Dore e amigos (entre eles o jornalista Aaron Maté), apresento-te o arrepiante filme de terror pornográfico “No Império do Ridículo, the Russians Are Everywhere”.

    https://youtu.be/cr2SmniV0HY

  35. O seu comentário aguarda moderação. Esta é uma pré-visualização, o seu comentário será visível depois de ter sido aprovado.

  36. Tenho estado ocupado e não pude frequentar o pardieiro, mas já percebi que o Camachô andou a malhar no ferro.
    Grande Camachô, parece que esqueceste o “Cross talk” do Peter Lavelle. É certo que o gajo, como moderador, opina muito à semelhança dos jornaleiros “mainstream” mas, como estou de acordo com a abordagem , ’tá-se bem. É “olho por olho…” E, já agora: “Going underground” (acho que é o nome do programa) daquele gajo anglo- indiano (sorry, esqueci o nome).
    Vale a pena referir, ainda, a saudosa Amy Martin com o “Breaking the set” que confrontava, exactamente, a informação dos mérdia ocidentais.
    Até saiu por causa de divergências editoriais, mas fez uma declaração crítica no canal que foi integralmente transmitida e, pelo que tenho visto dela, não me parece que tenha abandonado a linha que seguia no RT.

    No entanto, acho que estás a lançar pérolas a porcos.
    Se calhar dá mais resultado bater c’os cornos numa parede do que argumentar com malta que tem orgulho em repetir acefalamente as tretas que lhes são enfiadas pelos olhos e ouvidos a dentro.
    Gabo-te a paciência.

  37. Ah, esqueci-me de dizer que o Putin me paga diretamente da sua conta na Suitzerland para fazer propaganda ao RT, mas eu passo fatura.

    E para o Penicheiro que, já tinha reparado, é um “watchdog” sionista (pago, ou é só amor à camisola?):
    Em relação a esta polémica dos trabalhadores migrantes na costa alentejana, em conversa com alguém que lá vive e sabe coisas , já à alguns anos, veio à baila a quantidade de indianos (e até tailandeses) que se via por todo o lado. Comentámos que a coisa ainda ía dar merda e acabei por saber que o gajo que domina este esquema todo é um israelita.
    Agora, vamos ver se os mérdia têm interêsse, ou tomates, para referir este personagem.

  38. gajo que sabe coisas através de gajos que vivem lá e depois exporta conhecimento analítico para a província.

  39. …fala o gajo que papagueia os mérdia (mais um).
    Ao menos tento ter uns rasgos de criatividade e ,mal ou bem, pensar pela minha cabeça.
    É que há mais vida para além das notas de rodapé dos telejornais, ó trolha.
    Alėm do mais é uma zona que frequento há mais de 40 anos. Muito antes de se tornar moda da “tias”, dos Bernardos, Gonçalos ou Tiagos. Conheci bem as transformações pelas quais aquela região passou.
    Se achas que o que as pessoas dizem não é informação, …porque não te calas? E é em português porque não gosto de promover o rei palhaço caçador de elefantes.

  40. Para não estar sempre a falar do Edward Bernays, posso referir o nome da ciência que trata de casos como o do trolha e do penicheiro:
    AGNOTOLOGIA.
    Foi a minha querida esposa que disse. Não sei se conta como informação.
    Lóle!

  41. Grande Vieira, tens razão em relação ao Peter Lavelle do ‘Cross Talk’. Eu sei que o formato do programa é assim mesmo, ele próprio encoraja os participantes a interromperem-se uns aos outros. “You can jump in any time you want, and I always appreciate it”, julgo que é esta a fórmula que repete no início de cada programa, mas, quando lhe aparece um caramelo/a a dizer asneiras de que não gosta, exagera nas interrupções, não os deixa acabar os raciocínios e fica demasiado parecido com os do mainstream. Mas, enfim, é caso único no canal.

    O ‘Going Underground’ (Afshin Rattansi) é muito bom; a Amy Martin, ainda que fora, continua a sê-lo e vejo-a por vezes noutros pardieiros, a última julgo que no programa do Jimmy Dore; o duo Max Keiser/Stacy Herbert, “pedagogicamente” do melhor que há em economia, é de partir o coco, e a lista não acaba. Como disse atrás, são os proscritos, os que mijam fora do penico, aqueles que a arrogância da criadagem mainstream chutou para o desemprego ou arrumou em prateleiras, e, ao dar-lhes voz, a bendita Moscóvia apenas mostrou inteligência.

    Quanto a “argumentar com malta que tem orgulho em repetir acefalamente as tretas que lhes são enfiadas pelos olhos e ouvidos a dentro”, não é isso que faço. O que aqui despejo tem como destinatários gente como tu, o Lucas Galuxo, o Samuel Clemens e outros, mesmo quando têm posições diferentes. Que a “mensagem” tenha de navegar entre as bostas que por aqui andam boiando, ladrando, ganindo, rosnando e peidando, bueno, são as regras da casa, a vontade valupiana, os visitantes têm que as respeitar. Mas, graças à gorda avença que o tio Putin me deposita na Suíça (não digas a ninguém, não quero malhar com os ossos em Guantánamo), encontrei solução para o problema. Trata-se de uma invenção “made in Moscóvia”, com materiais revolucionários criados na Estação Espacial Internacional, uns chanatos com solas hovercraft que me permitem sobrevoar a merda sem merdificar as solas. Se quiseres, meto uma cunha ao tio Vladimir para te arranjar um par.

  42. É isso, Abby Martin.

    Confesso que não conheço a agnotologia, mas sei que o fenómeno em questão é abundantemente estudado pela coprologia. Enfim, multidisciplinaridades.

  43. “Foi a minha querida esposa que disse. Não sei se conta como informação.”

    claro que conta. por traz de um grande parvo há sempre uma grande mulher para aturar a parvoeira.

    se calhar não te explicou ou na ansia de responderes não ouviste tudo, agnotologia é um neologismo criado por um imperialista yankee e serve para estudar as políticas de produção da ignorância ou seja aquilo que tu & o kamarada gaspacho alegremente distribuem aqui pelo caixote.

    “Como sou creativo, inventei acima uma marca de fatos para homem: Suitzerland (C) Vieira”

    vê-se logo a criação, fatos para homem porque as mulheres andam nuas e os putos andam de calções. agora podias ir inventar a roda, mas despacha-te que amanhã é dia de lotaria.
    https://www.jogossantacasa.pt/web/JogarLotPop/?gclid=EAIaIQobChMI2_OwkLyt8AIVTZ7tCh1w2ArkEAAYASAAEgKgGvD_BwE

  44. Também não conheço essa Coprologia (nunca apareceu em nota de rodapé na tv, ou nas gordas dos jornais)
    Correção acima: Criativo.
    Fónix!

  45. Meu, ’tás cada vez mais idiota. Continua assim, que é sinal de saúde.

    Curto bué o spin da tua “argumentação”, é de alto nível. Mas tu és mais efeito Dunning-Kruger (mais yankees imperialistas), como já referi.

    Um saravá bem grande para ti também, trolha

  46. a telebisão pascóvio passou a retransmitir pugramas inglês do canal americano de propaganda russa para um emigrante português nos estados unidos. vá lá não se ter lembrado de retransmitir a filmografia do serguei einestein em russo para um pinguim amigo da patagónia que foi viver para a sibéria. podia passar o couraçado de potemkine e os 3 episódios do ivan duma só vez que a diferença horária ainda dava para fazer intervalos de 30 minutos.
    o cartaxo arranjou um namorado e agora manda-lhe flores nas caixas de comentários para ver se engata mais tripulação para uma torre de ménage ao trump.

    não percam cenas dos próximos capítulos, nudes do waldo e muito mais

  47. meti um comentário há 5 horas e ainda não apareceu. no sns desculpam-se com a covid e aqui não ligam pevide ao utente, tirando camachos & outros fachos que é sempre a aviar fardos de palha e lençóis de apoio ao partido conservador popular nacionalista russo.

  48. E é com essa verborreia que vais passando pelos pinguinhos da chuva, ó trolha.

    Eu, o tio Camachô jogamos xadrez.
    Se o patrão Putin mandar, vão uns shots de vodka para aquecer ao som da Kalinka
    Com mais dois parceiros, jogamos à bisca e fumamos uns berlaites de erva nacional.
    É o que se arranja.

    Agora, se estás com ciúmes, podes fazer conchinha c’o penicheiro e, como o que há mais é burgessos a lamber os testículos ao tio Sam, podes fazer um épico bacanal com abastecimento de branca e cavalo de 1ª qualidade. Produtos DOP (Colômbia e Afganistão) gentilmente cedidos pelos teus heróis da Central Intelligence Agency.
    Contigo é tudo á grande e à Amaricana, meu malandro.

  49. From America, with (lots of) love, o grande Jimmy Dore à telebisom da Moscóvia: “The US is a Mafia State!”
    Here is why:

    https://youtu.be/_Skyw2TH29s

    P.S. — … e a gerência do pardieiro está na folha de pagamentos da Moscóvia, of course, I’m the boss!

  50. como também sou “creativo “ toma lá algumas “creações” :

    COMEU MORREU Bar Lanchonete E BUDEGA

    Promoção MELANCIA 1 por 10, 2 por 20

    BAR AZUL a partir de 5 cervejas, uma mulher grátis

    BAR DA BOSTA Comercial Modesto – Neste Natal deixe o seu perú em nossas mãos .

    MANICURE E PEDICURE – Transamos e enrolamos cabelo .

    Restaurante VEGETARIANO – Servimos frango, peixe e carnes .

    COLÉGIO PRODÍGIO – 22 alunos entre os 10 primeiros colocados .

    Bar CHOVE LÁ FORA Aqui dentro só pinga

    https://br.pinterest.com/pin/489625790713655424/

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