O nosso amigo Eduardo Ricardo apelou a que se comentasse uma teoria da conspiração relativa a Sócrates lançada por Júdice. Como o Aspirina B é o mais prestigiado, e de longe o mais produtivo, centro de estudos socráticos na galáxia, não há como negar esse pedido. E eis o que ocorre dizer: a lógica do argumento, a existir alguma, é um nó cego na inteligência de quem perder o seu tempo a ouvir a patarata alucinação. Ainda assim, pode oferecer momentos de gasosa fruição ver Júdice a associar António Costa à Máfia e a Don Corleone.
Mais interessante me parece registar o modus operandi da Visão a juntar-se à claque da pulharia: “Comparar Sócrates e Lula é fazer um enorme favor a José Sócrates” . Este o título escolhido para o resumo de um espaço de opinião onde “estiveram em análise os resultados das eleições no Brasil e a possibilidade de fim do regime dos vistos Gold, entre outros temas“. Como é que das eleições no Brasil e dos vistos Gold se consegue sacar um destaque centrado em Sócrates? A explicação encontra-se na presença da Mafalda Anjos, directora da revista e autora da frase. Obviamente, adorou o seu repto para não se fazerem favores a Sócrates, especialmente daqueles tipo enormes, e nesse entusiasmo consigo própria apontou os holofotes para o seu bom gosto e aquilina perspicácia. Nascia o cabeçalho. Infelizmente, não teve tempo de explicitar a tese pois apenas dispunham de 50 minutos para estarem a dizer coisas.
Quem também não teve disponibilidade temporal para justificar as suas conclusões a respeito de Sócrates foi o jornalista Nuno Aguiar, o qual deixou esta amostra da sua compreensão das problemáticas judiciais, seja em Portugal ou no Brasil: “Quanto mais sabemos do processo de José Sócrates mais desconfiados ficamos do comportamento do ex-primeiro-ministro. Pelo contrário, quanto mais ficámos a saber das acusações contra Lula, melhor percebemos a sua fragilidade.” Ou seja, quando este exímio representante do Código Deontológico do Jornalista olha para o processo de Lula acha melhor favorecer a posição da defesa, quando olha para o processo de Sócrates acha melhor favorecer a posição da acusação. Acontece que Sócrates é, neste momento, um cidadão inocente, desconhecendo-se se alguma vez será condenado por alguma coisa. E mais acontece que o seu processo está marcado por abusos das autoridades, por crimes cometidos por magistrados e jornalistas, por violência política, e ainda pela intervenção de um juiz que desmontou a acusação – recorrendo à Lei – reduzindo-a a uma fantasia motivada.
Nada disto interfere com o bilionésimo auto-de-fé de Sócrates a que a imprensa da direita se entrega apaixonadamente sempre que pode. Nem que para isso tenha de passar pelo Brasil.
antes de mais, !viva! o Aspirina enquanto observatório oficial dos miseráveis pulhas e caluniadores no alto do seu religioso fervor. !ai! que riso poder disfrutar dessa irrefutável verdade no diário dessa paixão, adoro, adoro, adoro, que bailinho, tudo lhes serve de mote para exaltar Sócrates naquilo que ele não é e não fez e não disse. só falta mesmo começarem a desbravar e inseminar o que ele pensou, pensa ou pensará, como se na sua cabeça pudessem entrar assim como entraram na sua vida e montaram o espectáculo de circo e teatro de marionetas. e depois juntam-lhe Costa, talvez como o sucessor, esse governante mafioso.
!ai! que estamos rodeados de alcoviteiras com e sem pila que escrevem e dizem coisas nos jornais, nas revistas e na rádio e na televisão que mais valia ganharem a vida, já que não seria à custa da vida dos outros, dos outros que nas mãos carregam o leme das nossas vidas, no bordel.
Obrigado pelo texto Valupi e pela atenção.
É a partir do segundo parágrafo onde repousa o conteúdo mais importante. Também tinha notado nessa abjecta lógica de as eleições no Brasil assemelhar-se a uma eleição cá entre Ventura e Sócrates.
Para acabar, podes acreditar q sou mesmo vosso amigo.
Abraço
E disse o Júdice: “Neste momento, só há três pessoas no Partido Socialista com alguma autonomia: o Francisco Assis, o Sérgio Sousa Pinto e o Álvaro Beleza.”
Esqueceu-se da Ana Gomes e do Henrique Neto. Acho que é grave, eu se fosse a eles punha-lhe um processo.
O Júdice só gosto de ouvi lo sobre dois temas: pandemia (uma voz lúcida); e justiça.
É sabido que Júdice é um advogado de negócios e empresário com avença na SIC que,
não quis entrar na chamada política partidária embora, fosse uma eminência no PPS/
PSD logo, aproveita o seu tempo sem contraditório para continuar a narrativa que,
algumas mentes pouco dotadas de inteligência mas, maldosas e venenosas dedicadas
à verdadeira pulhítica, desenvolvem há mais de 14 anos … sem provas!!!
O Júdice é parvo. Mas agora falemos de outro parvo. Serei só eu a achar que o beijoqueiro-mor está a pedir dois estaladões no focinho?
Camacho, viste a forma como ele inferiorizou a ministra ? Foda se, acho q nunca vi uma coisa assim ??
De manhã, depois de ver um episódio sobre os leopardos, essa categoria de felinos como os pumas, leões americanos, dentes sabre (já extintos ), vi o Marcelo na Trofa e nem o ouvi simplesmente por não me apetecer ouvir o homem, oh como ele não se cala. Há umas horas no telejornal da noite é q vi a forma como ele falou para a ministra. A isto é q se chama tirar o peso político da senhora.
Eduardo, porque é que achas que eu escrevi que ele anda a pedir dois estaladões no focinho?
Claro como água:
“A posição da Alemanha na Nova Ordem Mundial dos EUA”, por Michael Hudson
(Michael Hudson is President of The Institute for the Study of Long-Term Economic Trends (ISLET), a Wall Street Financial Analyst, Distinguished Research Professor of Economics at the University of Missouri, Kansas City. He is the author of ‘Killing the Host’ (published in e-format by CounterPunch Books and in print by Islet). His new book is ‘J is For Junk Economics’)
(…) A dissolução da União Soviética em 1991 prometia o fim da Guerra Fria. O Pacto de Varsóvia foi dissolvido, a Alemanha foi reunificada e diplomatas americanos prometeram o fim da NATO, porque uma ameaça militar soviética não existia mais. Os líderes russos entregaram-se à esperança de que, como o presidente Putin expressou, uma nova economia pan-europeia seria criada de Lisboa a Vladivostok. Esperava-se que a Alemanha, em particular, assumisse a liderança no investimento na Rússia e na reestruturação da sua indústria em linhas mais eficientes. A Rússia pagaria por essa transferência de tecnologia fornecendo gás e petróleo, juntamente com níquel, alumínio, titânio e paládio.
Não havia previsão de que a NATO seria expandida para ameaçar uma Nova Guerra Fria, muito menos que apoiaria a Ucrânia, reconhecida como a cleptocracia mais corrupta da Europa, a ser liderada por partidos extremistas que se identificam pela insígnia nazi alemã.
Como explicamos por que o potencial aparentemente lógico de ganho mútuo entre a Europa Ocidental e as antigas economias soviéticas se transformou num patrocínio de cleptocracias oligárquicas? A destruição do gasoduto Nord Stream resume a dinâmica em poucas palavras. Por quase uma década uma constante demanda dos EUA tem sido que a Alemanha rejeite sua dependência da energia russa. Essas demandas foram contestadas por Gerhardt Schroeder, Angela Merkel e líderes empresariais alemães. Eles apontaram para a lógica económica óbvia do comércio mútuo de manufaturas alemãs por matérias-primas russas.
O problema dos EUA era como impedir a Alemanha de aprovar o gasoduto Nord Stream 2. Victoria Nuland, o presidente Biden e outros diplomatas norte-americanos demonstraram que a maneira de fazer isso era incitar o ódio à Rússia. A Nova Guerra Fria foi enquadrada como uma nova Cruzada. Foi assim que George W. Bush descreveu o ataque dos Estados Unidos ao Iraque para tomar os seus poços de petróleo. O golpe de 2014 patrocinado pelos EUA criou um regime fantoche ucraniano que passou oito anos bombardeando as províncias orientais de língua russa. A NATO iniciou assim uma resposta militar russa. A incitação foi bem-sucedida, e a resposta russa desejada foi devidamente rotulada de atrocidade não provocada. A sua proteção de civis foi retratada nos media patrocinados pela NATO como sendo tão ofensiva que merece as sanções comerciais e de investimento que foram impostas desde fevereiro. Isso é o que significa uma Cruzada. (…)”
Aqui:
https://www.resistir.info/m_hudson/posicao_alemanha_02nov22.html
(atenção à reprodução fac-similada de um artigo do Financial Times no fim da peça)
Original em inglês aqui:
https://braveneweurope.com/michael-hudson-germanys-position-in-americas-new-world-order
Os pulhas, quer políticos quer dos media, cada vez mais sentem a necessidade de carregar culpas & desculpas sobre Sócrates. Tentam impor uma ideia fixa de “culpa” sem explicações, sem argumentos e sobretudo sem provas acerca da política visionária do antigo PM.
Contudo, como o mundo e a história não anda à arrecuas nem mija para trás como a burra , antes pelo contrário, avança no sentido do progresso tecnológico e civilizacional, isto é, avança no sentido progressista tecnológico como visionariamente Sócrates previa, cada vez mais ficam sem argumentos válidos para justificar os falsos males que apontam a Sócrates e, sobretudo, a perseguição política partidária feita em comum por por juizes-politiqeiros e políticos-justiceiros.
Claro, os jornalistas dependentes engajados e avençados pelos patrões os quais são sempre, necessariamente, mais papistas que o papa para angariarem a sua vidinha mensal, são os primeiros a badalar e avisar o mundo português que não se esqueça do diabo que espreita, daquele que é dito e escrito o mal de tudo o que aconteceu e vai acontecer; o detestável quem se pretende passar a ideia de que é o mal em si mesmo e sua representação.
São exemplo desta fauna esta Mafalda Anjos e Nuno Aguiar, que farejam nos livros como cães no mato, as frases mais sonoras e subjetivas para qualificar o “alma do diabo” como o próprio diabo temerosos que, alguma faísca, algum dia ilumine a verdade dos factos e reduza a cinzas a narrativa dos vários quadrantes de oportunistas políticos.
A vida corrente do progresso científico que não pára assim como as várias demonstrações reais e visíveis alterações climáticas que se sucedem cada vez mais brutais são prova real da verdadeira razão total de Sócrates, já hoje:
O “despezismo faraónico” do novo aeroporto já é, hoje, a sua falta um faraónico custo para o país.
O “despezismo faraónico” do TGV , idem, idem.
O “despezismo faraónico” da transformação do porto de Sines na porta de entrada dos porta-contentores na Europa, idem, idem.
Ao contrário, “a pesada factura” das energias renováveis é uma aposta ganha em lucros e ecologia além de um exemplo de visão política para futuro.
A aposta na “mobilidade eléctrica” que o blezinho, ministro do Passos (hoje na OCDE), dupla de idiotas, chamou de ostentação e desperdício é, hoje, a aposta irreversível do presente e do futuro.
A aposta no Alqueva e exploração de sua máxima capacidade de retencão de água e integração na produção de energia eléctrica como na de produtos alimentares é uma bela realidade, além da grande reserva de água do país que já podia estar, nesta altura, a abastecer todo o sul do país não fora um governo de pulhas idiotas tomarem conta do país.
E tudo começou, parece, quando o manhoso e invejoso Cavaco quis apropriar-se da embalagem de iniciativas políticas e novidades político-sociais do novo Governo; logo que Sócrates o arredou da apropriação da política do governo e, ainda por cima, lhe cortou a possibilidade de poder juntar a reforma ao vencimento de Presidente, este, ciumento, pequeno, desconfiado e mesquinho enveredou por uma política de destruição do PM e das políticas em curso. A
A esta política de destruição associou-se toda a banda política nacional, quer à direita quer à esquerda, receosos de que Sócrates pudesse permanecer no governo vários mandatos; nem o surgimento da crise bancária universal fez unir a classe política a favor do país, pelo contrário, todos se uniram ao Cavaco,não só para derrubar o bom governo como para destruirem políticamente o PM que receavam se mantivesse por muito tempo no governo do país.
A vida, agora, faz que surjam este tipo de jornalismo e jornalistas, sempre a sugerir o “mal” de Sócrates, sem mais, como se fora um caso provado e transitado em julgado; contudo, nem só ainda não há provas nem houve julgamento, e com a vida, cada vez mais dando razão a Sócrates o que aterroriza essa malta que agora substituem o Pacheco, o político e historiador fallado.