Sim, é mesmo um lodaçal e devia ser julgado

«Foi o aval de Azeredo Lopes, que tudo podia ter denunciado e impedido, que transmitiu confiança a todos os demais arguidos que, também em seu nome, atuaram. A participação de Azeredo Lopes foi essencial a toda a engrenagem.»

«Bizarro é fazer-se de coitadinho e de irresponsável e escudar-se na confiança institucional ou na ausência de menção a Tancos para branquear aquela que foi a sua atuação e que consistiu em honrar elementos da PJM e da NIC/GNR de Loulé por feitos que Azeredo Lopes sabia que não eram verdadeiros.»

«Todo este lodaçal tem de ser julgado.»

Carlos Alexandre – Despacho de Pronúncia do caso de Tancos

As eleições legislativas de 2019 foram a 6 de Outubro e a acusação a Azeredo Lopes no processo de Tancos saiu na quinta-feira anterior a se entrar na última semana de campanha, dia 26 de Setembro. Eis o que Rui Rio disse nesse mesmo dia:

«Rui Rio reagiu esta quinta-feira à acusação no caso de Tancos. Para o presidente do PSD, "Costa ou sabe ou não sabe e ambas as hipóteses são más", afirmou numa conferência de imprensa nas Caldas da Rainha.

O líder do PSD alterou a agenda da campanha eleitoral para reagir à acusação do Ministério Público no caso de Tancos, no qual o antigo ministro Azeredo Lopes é um dos arguidos e está acusado de quatro crimes. "Perante um assunto desta gravidade o ministro da Defesa não avisa o primeiro-ministro? Sabemos que articulou com o presidente da concelhia do PS que também é deputado e não articula com o primeiro-ministro?", questionou o presidente do PSD.

"Se articula - como é o mais provável - temos o problema de o primeiro-ministro ser conivente com aquilo que se passou. Se não avisou também temos um problema grave: um governo em que os ministros não avisam o primeiro-ministro de tudo aquilo que se passa no ministério", disse aos jornalistas.

De acordo com Rui Rio, "é pouco crível que um ministro, seja ele qual for, não articule assuntos desta gravidade com o primeiro-ministro", disse referindo-se ao encobrimento sobre Tancos. "Ainda assim eu nunca poderei dizer mesmo se ele sabia ou não", afirmou na conferência de imprensa

Para o líder do PSD, mesmo que António Costa "não saiba, um governo não pode funcionar assim".

Recorde-se que Azeredo Lopes está acusado de prevaricação, abuso de poder, denegação de justiça e favorecimento de funcionário, crimes que o Ministério Público classificou como "muito graves".

"O que se terá passado ao longo desses quatro anos dentro do governo que o primeiro-ministro não soube e o que poderá acontecer de importante no futuro, num Governo presidido pelo dr. António Costa, que o dr. António Costa pura e simplesmente não saiba?", interrogou.

Questionado se as recentes notícias que envolveram o nome do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no caso Tancos podem ser uma "encenação" do governo, Rio respondeu afirmativamente.

"Tudo leva a crer que sim. Por parte do Governo, para que saíssem notícias para tentar pôr uma cortina de fumo. Dá-me ideia que é bem provável que possa ter acontecido", respondeu.

Na análise à acusação do caso Tancos, o líder do PSD considerou que "pode não ser tudo verdade, seguramente também não é tudo mentira".

"É um assunto grave em termos de funcionamento do Estado de direito democrático: há dentro dos serviços do Estado sob tutela do Governo notórias cumplicidades para dificultar a ação da justiça, seja da Procuradoria-Geral da República, seja da Polícia Judiciária", acusou.

Rio não quis alongar-se sobre o ex-ministro Azeredo Lopes, uma vez que "já não é ministro há muito tempo", dizendo que apenas quer tirar conclusões "de ordem política".»

Fonte

7 de Janeiro de 2022. Azeredo Lopes foi absolvido de todos os crimes por que era acusado, isto depois de inauditamente o próprio Ministério Público ter pedido a sua absolvição. Quem passar pelo Twitter de Rui Rio, onde regularmente opina sobre sondagens e comentadores políticos, nada encontrará acerca deste desfecho.

Rui Rio prometeu um banho de ética. Esqueceu-se foi de explicar que a sua ética, depois de 14 anos de Deutsche Schule zu Porto, consiste em alinhar com magistrados justiceiros e suas golpadas judiciais, com campanhas caluniosas e a perversão de actos eleitorais, e com a exploração sensacionalista e canalha da judicialização da política. Ou seja, a sua palavra não vale nada. Se for ele o próximo primeiro-ministro, vai entrar em São Bento arrastando a miséria moral e a patética farronca que espalha pela cidade.

21 thoughts on “Sim, é mesmo um lodaçal e devia ser julgado”

  1. sim, é um bronco e um aldrabão e um espalha brasas e um porqueiro: tem de ser derrotado. e se o colégio alemão onde ele andou estiver, e está, a sentir vergonha – vergonha da sua disciplinada miséria moral?
    então manda-o tomar uma Aspirina
    e coisa e tal
    !ai! que riso

  2. Ao ler este despacho de pronuncia, chego a uma simples constatação: É um caso de psiquiatria. O homem está a precisar de cuidados intensivos. E quanto mais depressa, melhor. Depois da reforma compulsiva, terá tempo de sobra para participar em todas as procissões de Mação.

  3. Ao ler a transcrição de parte do despacho de pronúncia do caso de Tancos, só posso chegar a uma conclusão:
    Inépcia total para o cargo. Para bem da Justiça e do seu bom nome e credibilidade como resolver o problema?

  4. nem é psiquiatria, nem inépcia, é desonestidade respaldada no cargo que desempenha. há muito que deveria ter sido preso preventivamente e exposto na comunicação social até confessar quem lhe encomenda o serviço, quem o protege e quanto recebeu. 45 processos redistribuídos a € 700 mínimo dá € 31.500 / mensais pagos pelo estado para combater o estado de direito, fora ordenados, despesas de representação, deslocações e refeiçoamento. a corporação só ainda não correu com ele porqueo gajo pode soprar no trombone e lá se vai o que sobra do estado de direito.

  5. Não é bem inépcia, é empenho e militância. E se o aparelho de justiça não estivesse em grande parte apropriado por uma mistura de gente como ele e de cagarolas com medo dele e do que ele lhes poderá fazer, todos amalgamados num espírito corporativo que os põe do lado de fora da cidade que deviam servir, nada disto se passaria. Quanto ao Rio, insisto no que devia ser o seu lema de campanha, já que é, sem dúvida, o seu lema de vida: “Ai não ouçam o que eu digo porque a minha boca está rota.” P.Q.P.

  6. o pica do 28 rouba comentários de bolso, revê e republica como se fossem a sua opinião pessoal. não fosse tão colado até escapava, mas a ânsia de ser o primeiro a seguir ao anterior consegue superar a falta de ideias.

  7. Em 5 DE JANEIRO DE 2022 ÀS 2:31, no post do Valupi “Estado de direito? Para Sócrates, abre-se uma excepção”, comentei isto:

    “Joaquim Camacho
    5 DE JANEIRO DE 2022 ÀS 2:31
    “Um juiz conveniente. Um juiz parcial”, escreve José Sócrates. Parece-me que é também um juiz que devia estar preso. Ele e a funcionária judicial que o assessorou nas falcatruas há muito denunciadas e agora finalmente reconhecidas por quem colaborou activamente na sonegação de provas e no branqueamento. Da entrevista que deu há anos, a tal em que dizia que não tinha dinheiro em contas de amigos, e que aliás quase não tinha amigos, tenho ideia de umas insinuações crípticas sobre o muito que saberia sobre muita gente do seu próprio meio, por força das funções que exercia e exerce. Será por isso que continua, intocável, a passar entre os pingos da chuva, sequinho da Silva? Pingos da chuva é modo de dizer, claro, pois o que agora foi oficialmente reconhecido seria, em qualquer parte do planeta, classificado como tsunami de merda.”

    3-TRÊS-3 DIAS DEPOIS, acreditando, como é próprio dos burros, que burros são todos os outros, “roubas o meu comentário de bolso, revês e republicas como se fosse a tua opinião pessoal” e agora queres convencer que o plagiador sou eu? Porcalhatz vigarista, eu limitei-me a reiterar o que escrevera três dias antes (e tu plagiaste), depois de ler os comentários até ao das 11:23, o último visível quando comecei a escrever, como, apesar de burro, certamente percebeste. E quando dizes que se “não fosse tão colado até escapava”, destapas-te de par em par, cabrão, pois acreditaste burramente que, três dias depois do que copiaste, não sendo tão colado o copianço até escapava.

    É pouco rigoroso dizer, porcalhatz, que tens uma costela de aldrabão e vigarista, porque o que tu não tens é uma única costela que não seja de aldrabão e vigarista. E só não tens coluna vertebral de aldrabão e vigarista porque não tens coluna vertebral tout court.

  8. Mais uma prova, incontestável, que o 25 de abril foi muito benévolo para com a Justiça. Eles já lá não estarão, mas prepararam os filhos e os netos para lá ficarem e estes têm se portado a contento.

  9. não foi há três dias, foi 12 minutos depois daquilo que escrevi aqui e hoje às 11:51, que não tem nada a ver com as merdas que tu debitas e que ninguém lê. pareces a obimba a cagar lóladas em todo o lado para marcar terreno com parvoeira, estupidez e má educação.

  10. Termos a mula russa a dar opinião sobre ética é assistir a um espetáculo de humor involuntário. Quem branqueia ditadores, faz apologia de jornalistas que envergonham a profissão e é conivente com antisemitas não está em condições, por culpa própria, de opinar sobre ética alguma. Das convicções enviesadas do juiz Carlos Alexandre só pode a mula russa extrair a seguinte conclusão: que tem quem o acompanhe no mau exemplo. Mas, convenhamos, existindo uma clara desigualdade de estatuto entre os dois: no caso de Carlos Alexandre, a agravada responsabilidade de um dos magistrados com maior notoriedade pública, no caso da mula russa, a responsabilidade fortemente diminuída duma personagem irrelevante.

  11. Ninguém me lê excepto tu, aldrabão, que não perdes uma linha do que aqui despejo, senão como é que sabias do 28 para a Moscóvia, vigarista? E há dias, no fardo de palha com uma ervilha no fim, como é que saberias da ervilha se não tivesses mamado o fardo todinho, já que a ervilha estava precisamente… no fim. És constantemente apanhado em aldrabices, mas não desistes de ser aldrabão, parvalhão. Como aquela de contares aqui como tuas as aventuras do titio que te sentava ao colo e tas descrevia enquanto te desentupia o intestino grosso. Não é desonra nenhuma não teres ido à tropa, idiota, precisavas de inventar para quê? A propósito, parece que há para aí uma lista já grande de generais e brigadeiros que andam à tua procura para os ajudares a ser promovidos a majores. E outra de capitães que querem ser promovidos a sargentos. E outra ainda de sargentos que querem ser promovidos a cabos.

    O teu copianço de “8 DE JANEIRO DE 2022 ÀS 11:51” é plágio disfarçado do meu comentário de “5 DE JANEIRO DE 2022 ÀS 2:31”, três dias antes, como se comprova na transcrição que faço acima. Não chutes para canto, aldrabilhas, que a malta já te topa há muito.

  12. Mas não me largas a braguilha inimputável, cabrãozeco! Que puta de perda de tempo para uma luminária como tu. Queres que te ensine a comer gelados com a testa? Vais ter de desflorestá-la bastante, mas olha que vale a pena.

  13. Mas tu amas-me. Diz-me lá que não m’amas. Mas também podes ir mamar na quinta perna do boi, que é tudo menos oca, porque eu não sou ciumento. O teu namorado porcalhatz também não é, aproveita que ficas todo redundado e verborreado. Sempre é melhor do que blenorrajado, que é o que ganhas com a mulher em outsourcing. Gostaste do coice, cabrão?

  14. Picado, o mula russa relincha e esperneia.
    Nele encontramos o intelectualismo transviado de Noah Chomksy ou Norman Finkelstein, a lucidez prostituída de Chris Hedges, o histrionismo de Jesse Ventura ou Jimmy Dore, o jornalismo mercenário de gente como Vanessa Beeley, Eva Bartlett ou Max Blumenthal, a dissidência cínica de Alain Soral e, finalmente, a vigarice obstinada de Vincent Reynouard. Tudo isto na mesma cachimónia é obra!
    Não constitui surpresa, por isso, que estando já na fase declinante da sua vida, disfarce a consciência íntima do seu fracasso com o frenesim patético do impotente.

  15. Insisto: Mas tu amas-me. Diz-me lá que não m’amas. Mas também podes ir mamar na quinta perna do boi, que é tudo menos oca, porque eu não sou ciumento. O teu namorado porcalhatz também não é, aproveita que ficas todo redundado e verborreado. Sempre é melhor do que blenorrajado, que é o que ganhas com a mulher em outsourcing. Gostaste do coice, cabrão?

  16. O mula russa, imbecil na satisfação com as suas “respostas”, iguala-se a um faurisson, a clamar que não é antisemita, apenas “anti-sionista”.
    Hipergráfico na escrita e logorreico no verbo, o mula russa ainda não percebeu que presta sempre um involuntário tributo a quem é visado pelo seu rancor. E que o seu ódio tenaz lhe nasce do orgulho ferido.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *