Esta foto está na hipnótica Galeria de Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, que já tive ocasião de louvar há quase dois anos. Não tem outra informação para além da referência a Alfama.
Quem foi esta mulher? Doméstica, varina, operária, santa? Não interessa para nada sabê-lo. A pergunta é outra: que vemos nesta imagem? Uma rameira. Melhor: a rameira modelo de todas as rameiras possíveis. A rameira cantada pelo Marceneiro. A rameira que terá abraçado Camões nas tabernas quinhentistas de Ocidente e Oriente. A rameira adolescente, ou púbere, no tempo em que a adolescência ainda não tinha sido inventada.
As rameiras não são putas. São fados.
Gosto quando abandonas a política, mesmo que só momentaneamente.
E eu a pensar que este post era do jcf.
O João diz a verdade: o Valupi, só nas politiquices, é intragável. Agora já fala em compotas e rameiras. Não tem o seu sabor? Claro que tem!
Recorda-me uma pagina de «A noite e o riso» de Nuno Bragança, com ela e o inesquecível «Aufredo». Maravilhoso…
Val, essa afirmação de “rameira” parece-me um exagero… Mas tu mandas pá!
Depois do Aspirina, será que ainda vais dar em romancista histórico, à semelhança do coiso e daqueloutro que são mais que as mães?
Ailis Barroso, concordo contigo: é mesmo um exagero. Mais, é um abuso. Em nome do fado.
Val, em nome do fado val tudo? Já, agora, o OE vai passar na Assembleia em nome do fado… Mas que fado!…
Ailis, volto a concordar contigo: em nome do fado, val(e) tudo.