Pináculo do “argumentum ad Socraterum”

Marcelo recorda que Cavaco e Sócrates estavam no poder quando Mundial foi aprovado

Na sequência de anteriores declarações que causaram espanto pela sua estultícia, dada a tarimba e predicados da figura e o seu papel institucional em questão, Marcelo saiu-se com esta imbecilidade: “O Qatar não respeita os direitos humanos […] mas, enfim, esqueçamos isto.” Como diz que disse? Esquecer, é mesmo esse o verbo que colhe usar?

E depois da bacorada, tal como aconteceu no branqueamento das suspeitas de abusos sexuais na Igreja Católica, tratou a comunidade como um aglomerado de calhaus. Não tendo mais nada à mão a que se agarrar, foi parar a Sócrates, a fonte de todo mal no universo. Donde, segue a lógica, a culpa de Marcelo querer ir ao Qatar é de Sócrates, principalmente, e de Cavaco, um bocadinho.

É a definição mesma da decadência moral, o vale tudo para não assumir as suas responsabilidades.

14 thoughts on “Pináculo do “argumentum ad Socraterum””

  1. e qual é o pináculo do argumentun ad putinun?
    ah, já sei. é que o pcp apoia a invasão, pois é.
    quem com ferros mata, com ferros morre, mai friend.
    zero moral pra te queixares do que quer que seja
    é comer e calar.

  2. cheguei…
    quanto ao zezito , gostei foi da entrevista do teixeira dos santos , que foi quem lidou com a fera mais de perto, no diário de notícias .-:)

    não posso dizer mal do post , está cheio de razão-:)

  3. Talvez seja bom lembrar, especialmente no tempo atual, os Jogos Olímpicos da antiguidade que ” Eram tão importantes que se decretavam tréguas sagradas entre as cidades-estado que estavam envolvidas em guerra, e chegou a acontecer que nem o perigo da invasão bárbara se sobrepusesse à sua realização”.
    Claro que, como tudo na vida, se vira, se transforma, apodrece e cai de podre … e, ou mais tarde, se muda de acordo com a evolução e as novas circunstâncias; e o futebol não comunga, nem de perto nem de longe, dos ideais das olimpíadas pan-helénicas.
    Se, nestes casos, ao menos se consiga que surja a ideia de tirar um mínimo de partido no sentido do ideal antigo dos gregos, já seria um pequeno passo na direção certa.

  4. neves,

    a russia foi proibida de participar, portanto de uma certa forma cumpriu-se o pacífico decreto (faz de conta que a arábia saudita não existe durante mais um pouco).
    assim como assim, recordar que na antiguidade uma das principais utilidades de qualquer jogo desportivo era a preparação para a guerra.

  5. adenda: por acaso este torneio até comunga dos ideais das olimpíadas pan-helénicas. olha, por exemplo, as mulheres e os lgbt não podem participar.

  6. !ah! o facto de na antiguidade depois, porque antes seria mais religião, o desporto ser preparação para a guerra liga bem com a triste actualidade da AS e a boutade distorcida: em roma sê romano

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