No último Ponto Contra Ponto, Pacheco alertou o País para a existência de um perigo perigosíssimo: o Câmara Corporativa. Se entendi correctamente o libelo, este blogue atenta contra o fôlego democrático porque é bom demais. E se é bom demais… qualidade tamanha só pode significar uma coisa: anda ali mão do Governo. Os pressupostos pachequianos não enganam nem se enganam, qualquer actividade que sobressaia e paire acima da média não é natural – é marosca do Engenheiro. Por mim, acredito. De resto, o marmeleiro pode muito bem ser uma das pessoas com mais e melhores informações em Portugal e acerca dos portugueses, não me surpreenderia mesmo nada.
Vamos, pois, aceitar que o Câmara Corporativa existe para despejar a propaganda que uma vasta equipa profissionalizada, em tempo real [sick], espalha como desinformação; sendo que esta é que é a verdadeira e única campanha negra, acrescentou. A primeira consequência será a de que o serviço deve custar um dinheirão. Quem o está a pagar? O Pacheco deve saber, claro. A segunda consequência é a de ser impossível esconder tamanha logística, a menos que seja outra vez o SIS a ter fama e proveito conspirativos. Mas é a terceira consequência a de maior alcance. De facto, se o Governo se dá a tanto trabalho para manter um blogue com este potencial desinformativo, apenas com o fito de lançar umas bocas manhosas a ver se algum jornalista lhes pega, então é porque ninguém na comunicação social anda a reboque do Gabinete do Primeiro-Ministro e os xuxas estão reduzidos à manipulação da opinião pública nacional através de um blogue que, afiançou o Pacheco, todos identificam como sendo um pardieiro dos assessores de Sócrates. Ou seja, tanto esforço, tantos recursos, alguns até em papel, e, vai-se a ver, ninguém acredita neles. Foda-se, senhores ouvintes.
Bom, mas o final da rábula trazia brinde. Na última imagem exibida do Câmara Corporativa pode ver-se, com suficiente detalhe, dois posts relativos ao dia 19 de Novembro. No segundo, Viagens na Minha Terra, destaca-se um link a vermelho. Um único, a cor indicando que foi clicado – isto é, revelando o único texto que foi lido ou o primeiro a ser lido. E esse link é para o texto Espionagem Política I (print screen), aqui do pilas. Tendo em conta que a listagem era extensa, onde até se incluía Vital Moreira e outros notáveis da opinião, creio ser legítimo concluir que o Pacheco está já a preparar nova revelação bombástica. Por exemplo, que o Aspirina B é um blogue com técnicas soviéticas, tão soviéticas que consegue controlar à distância os Ministros da Economia e da Defesa.
Gostei do [sick].
Vejo a relevância que se da a Pacheco Pereira um bocado como quem tira a temperatura ao pais. O homem é a mais obvia ilustração de que existe o risco, preocupante entre todos, de sermos um pais de porteiros e de permanecermos assim, por mais camadas de verniz escolar e universitario que nos ponham em cima, que é o mesmo que dizer : o risco de permanecermos um pais de “doutores” de café (calma Nick).
E’ imprescindivel tirar a temperatura, mas raramente chega. Ha que administrar remédio, ou deixar que a febre passe…
Triste, é o que é.
Rectificação : leia-se “E’ imprescindivel tirar a temperatura, mas raramente chega. Ha que administrar remédio ou deitar-se e descansar até que a febre passe…”
Este João Viegas, não é o de Oeiras?
Aquele que é do PS, mas vai-se xibar ao Isaltino de tudo o que se passa no ps de oeiras.
Aqui aplica-se na perfeição o principio de Peter, PPereira atingiu o seu nivel máximo de incompetência. E dali não sai.
Promovido e usado pela habitual vacuidade da direita que viu nele um amplificador dos seus interesses, convenceu-se que era exclusivamente o unico pensador da me(r)dia portuguesa, o “pensador” do regime. Com a produção de novos conteudos não dependentes dos principais grupos de media (que afunilaram e reduziram o comentario politico a meia duzia de senhoritos de ego inflado) apareceram como cogumelos pessoas com muito mais capacidade de analise, mais estudo e sobretudo uma maior variedade de perspectivas sobre a politica, a cultura, a economia e em geral sobre a vida.
Neste confronto salta à vista a diferença de qualidade e por vezes o ridiculo de certas personagens que convivem mal com a concorrência e com o beliscar da fina pelicula que envolve as suas inocuas análises feitas a maior parte das vezes de tecnicas de propaganda já caidas em desuso no outro lado do atlântico. Em desespero de causa o truque utilizado pela direita portuguesa é sempre o mesmo, o complot, a difamação, o anonimato, enfim o chamado codigo Bobone.
De resto já sabemos qual é o lema.Pouco importa se é verdade ou não desde que as pessoas acreditem.
Aanalise,
Por acaso ja morei em Oeiras, mas foi ha varias décadas. Não sei quem é esse João Viegas de que esta a falar, mas eu sou com certeza muito menos recomendavel. Tenho cornos, cauda e como crianças ao pequeno almoço (e às vezes também ao almoço, quando não ha peru nem cogumelos).
Vejo que o Pacheco faz escola, o que me preocupa pelas razões que ja disse…
o pacheko à guitarra, tu à viola, na falta da Herminia, arranjava-se o tal Abrantes das “sete caras”, para cantar o fado…
que grande ponto ou contraponto fadista.
Pacheco Pereira é o intelectual mais sectário que há em Portugal, com o Vasco Graça Moura logo atrás. Tudo o que diz ou pensa tem uma mola política por trás. O sectarismo revela-se sobretudo na obsessão contra o PS.
Sempre imaginei que se o Estado Novo tivesse continuado até hoje, Pacheco Pereira faria bem o lugar de director da PIDE. Os estudos dele sobre o comunismo, a clandestinidade, o Cunhal, etc. mostram um interesse e um afã investigativo curiosamente muito próximo do da falecida polícia política.
Os tempos passaram. Órfão do comunismo e da URSS, ei-lo que vira há vinte anos os holofotes e as armas todas para o PS. O PC e o BE quase deixaram de lhe interessar, até os acha pontualmente úteis para ajudarem no combate principal contra o PS, a grande obsessão do sectário.
é, o abade da marmeleira… Lembram-se do Nome da Rosa?
Nik,
Mais respeitinho pelos intelectuais, por favor !…
O Pacheco Pereira está muito proximo da doença mental e a sua intelectualidade tende para zero.
O homem é obececado! Tenham dó dele! Para alguém que defendia há tempos um skined,o que que dele se pode esperar?
Ele, um dos indefectíveis do “mais que impoluto Rui Rio”, que vasculhe tudo o que se passa com as ligações às agências dos amigos e nos diga se é tudo limpinho…(já que é historiador, que faça mais esse exercício, porque “catar” já vem sendo prática dele – até pode ser que, em se misturando tanto com algumas pessoas, encontre algum piolho nas barbas – (à Marx?)).
Vale a pena ler uma verdadeira critica aos media e ao jornalismo actual.Tem tambem a vantagem de estar aberto ao dialogo e ao debate como qualquer pessoa que gosta e se preocupa com a qualidade da comunicação deve estar.
Vi esse programa.
Tive dó do homem. A verdade não quer nada com ele, anda doentio.
Poderia olhar de frente quando fala? Poderia, mas tem vergonha do que diz…
(estes chineses, da bússola, da pólvora e dos fogos de artifício, arranjaram agora isto da intensidade do carbono. O que será?)
Val,
o que o Pacheco convenientemente se “esquece” é que quem usou meios e operacionais do SIS, em proveito próprio, para tentar eliminar um adversário foi o PSD, no freeport gate
de topo,
Este teu post merece mais palmas do que as que eu tenho para dar!
Mas que o homem é perigoso não restam dúvidas. Tanto apoia o Cavaco como os skins…ou a D. Manuela, a da democracia aos soluços…
MFerrer
Cncordância a 100%.O sr.Pacheco,ilustre guru da Marmeleira, é de facto uma péssima encomenda, e indigno de figurar nos anais das democracias recuadas como a nossa,(até nessas).Já começo a enjoar as saidas do sujeito.E pensar eu que li algumas coisas do bicho-lagarto,lagarto,lagarto
Eu o Valupi (re)conheço. Mas who the fuck is pacheco pereira?
Antonio, todos lemos algumas coisas por aqui e por ali escritas pelo sujeito.
Eu li, um pequeno livro em que ele desmonta as aparições de Fatima, e a relação directa que as mesmas possuiam com o antigo regime. Um livrinho espantoso!…
Livro do Pacheco sobre Fátima, Carmen? Qual?