O fim da impunidade vai de vento em popa

Como se pode ler – Caso EDP. MP não respeita decisão de juiz – a era do fim da impunidade, anunciada com pompa e fel por Paula Teixeira da Cruz no dia em que ex-ministros socialistas viram as suas casas invadidas pelas autoridades, está a cumprir-se plenamente sob a condução inabalável de Joana Marques Vidal.

Agora, depois de ter transformado o Ministério Público em estúdios para os canais televisivos da Impresa e da Cofina, a guerreira e santa Joana ataca os juízes, conhecidos de antanho por praticarem a impunidade como modo de vida. Parece que o plano será o de acabar de vez com a intrusão dos juízes e seus canhenhos poeirentos na operação de acabar com a impunidade em tudo o que cheire a Sócrates e ao PS. Como se pode ler na “imprensa de referência” pelo teclado de notáveis caluniadores, a ideia de vivermos num Estado de direito democrático protege os corruptos, esses criminosos mais criminosos do que os maiores criminosos. Se tantas leis, direitos, garantias e instâncias de recurso só servem para atrapalhar a rapidez com que os magistrados do MP (felizmente guiados pela Santa Joana) apanham e castigam a bandidagem socialista, então é capaz de estar na hora de nos libertarmos da liberdade (dos outros, de certos outros).

O fim da impunidade demorou muito tempo a chegar, e pelo caminho os corruptos até provocaram uma recessão mundial por causa de um aeroporto e de uma linha de comboio que nunca chegaram a ser construídos. Queremos abdicar das suas maravilhas? Queremos viver numa sociedade que perde tempo com a defesa de ladrões que foram apanhados pelos implacáveis, puros e omniscientes magistrados da Santa Joana? Quem ousará substituir aquela que nos está a salvar do mal?

7 thoughts on “O fim da impunidade vai de vento em popa”

  1. Tal qual no Brasil. Agentes da justiça não respeitam decisões de instâncias superiores se as mesmas não servem os seus interesses políticos. O que se passa no Brasil é a maior catástrofe institucional dos tempos modernos. Há indícios de corruptos condenando inocentes para futricar a vontade popular.

  2. Falaram os jornais e TVs, recentemente, que o Aeroporto de Lisboa perdia um milhão de turistas anuais devido à incapacidade actual da sua infra-estrutura aeroportuária.
    Com o TGV, também, caso fosse hoje em dia uma realidade teríamos todos os anos um milhão mais de espanhóis e especialmente de madridistas como visitantes. Neste caso, até, mais rapidamente dado o ganho de tempo relativamente ao actual transporte por via aérea.
    Contas por alto, caso cada turista gastasse mil euros em Portugal, teríamos dois mil milhões de euros de divisas entradas no país; mais de 1% do nosso PIB.

    As matas ardem por milhentas causas, o SNS tem problemas para suportar o aumento permanente de procura de melhor tratamento e os bombeiros, o Ministério Público, os juízes, as polícias, os militares, os professores, os funcionários públicos e tutti quanti aponta o dedo acusador ao Governo como incapaz e incumpridor culpado de todos os males mal eles surgem.
    Bem, mas no caso do “Novo Aeroporto” como no caso do “TGV” Lisboa-Madrid havia um Governo, afinal tudo agora indica com grande visão de futuro, que se batia quase heroicamente pela sua execução inadiável e houve uma oposição organizada que não só se opôs como usou tal vontade visionária como lei-motive junto do pagode ignorante para atacar o carácter do Chefe desse Governo como “megalómano”, “despesista”, “louco”, “faraónico” e por aí fora até jogarem mão de incríveis inventonas para o destruírem.
    Sim, uma elite desonesta, organizou-se conspirativamente e ao mais alto nível para combater o espírito de visão e acção do Governo que queria executar o Novo Aeroporto, o TGV e ainda o cluster da “Mobilidade Eléctrica” que incluía as baterias, as energias renováveis, o carro eléctrico e os postes carregadores entre outras inovações valorosas para o país.
    A ironia do destino bate sempre tragicamente à porta dos oportunistas sem ideias, medíocres falsos vendedores de opinião de interesseiros emboscados, gente tipo pombos de esplanada à procura de migalhas para sujarem o que é limpo com caca insuportável, gente corrupta que esconde, apontando aos outros, a corrupção própria afim de continuarem no círculo da elite desonesta que só pensa no “pote”.
    Agora bateu-lhes à porta por via da falta que faz já hoje o Novo Aeroporto, como as do TGV que vão aparecer em breve, falam no caso de per si como se fora um caso de geração espontânea sem antecedentes nem responsáveis.
    Contudo todos conhecemos e sabemos quem foram os grandes responsáveis que tiveram como cabeça de cartaz um tal Cavaco Silva, esse mesmo idiota que confundia o saber de conhecimento com ter uma opinião vulgar sobre tudo.
    Tudo aconteceu recentemente em plena era mediática e registadora imaterial de tudo que foi dito e escrito sobre o assunto. É só ir aos arquivos e constatar quem disse o quê e se opôs com argumentos falsos à execução das obras necessárias e fundamentais para o normal funcionamento e desenvolvimento do país.
    Foram políticos antipatriotas, foram técnicos corruptos que venderam estudos e relatórios bem pagos para condizerem com a opinião de políticos antipatriotas, foram agiotas e banqueiros que queriam o aeroporto junto das propriedades que andavam a comprar, foram jornais e TVs que se serviam da maníaca grandeza palerma de Cavaco para o bajular e fazer negócios com o Estado, foram intelectuais estilo Pacheco e Graça Moura, políticos falhados que, também eles bajulavam como ideólogos o saber balofo do Cavaco e desse modo baterem-se e exigirem mordomias do pote postados em cadeirões dourados de palacetes, foram ministros como aquele Blé que veio do Canada para dizer aos portugueses que um automóvel eléctrico que encontrara no ministério era um luxo e que a fábrica de baterias da Nissan, já em construção, era propaganda do governo anterior e como tal para “desmantelar” como proferiu o idiota pomposamente.
    Os portugueses não podem deixar de pedir contas a quem fez o país regredir décadas e faz que actualmente o país seja mais pobre e perda receitas e valores de milhares de milhões.
    Sobretudo porque os mesmos que fizeram tal mal ao país são os mesmos que nos andam a querer distrair com o burlesco quotidiano de investigações em série de caça a políticos “corruptos” por irem ao futebol através de bilhetes oferecidos por patrocinadores, buscas e prisões mediático-recambolescas de hooligans da bola e das motas, das investidas sobre clubes da bola para pôr gente das TVs a fingir ameaças de faca na liga no écran e o pagode nos empregos a discutir a clubite azedamente pelo que se diz nessas TVs e jornais da bola correspondentes.
    Ou seja os mesmos vasconcelos que serviram o “protectorado”, assim classificaram o país, e de novo nos querem trocar a visão lançando a público contínuos casos de lana-caprina para nos encher o olho e deste modo tapar-nos a vista dos casos que contam e vão ao bolso dos portugueses mas que continuam, esses sim, impunes por motivos políticos.

  3. Sem esquecer o Miguel Sousa Tavares que então assegurava, na SIC, que a Portela ainda servia para o tráfico até de então a 40 anos… Porque será que ainda lhe atirou isto à cara?

  4. No tempo da Pide era a mesma cena, a maior parte colaborava com a repressão e muitos denunciavam, por isso desapareceram grande parte dos arquivos, que deu aso a grandes democratas. Até as criticas eram semelhantes, quando não se podia argumentar por estupidez e desconhecimento a acusação/calunia incidia quase sempre sobre traços de caracter ou de ordem moral. Sofri bem com isso enquanto jovem, em casa quando estávamos à mesa e queria trautear uma canção lá vinha ” cala-te, à mesa não se canta”. De seguida a minha irmã dizia mal das colegas, a minha mãe da vizinha e do homem do talho e o meu pai do mecânico e do chefe. A nobre e velha moral portuguesa fundada nos valores católicos dos egregios avos, ou tios-avós ou lá o que são. Pinho you are not alone.

    Eh pá digam a Joaninha que o Charles Manson já marou, deixe os Hell Angels em paz. Parece o J Edgar Hoover, uma maluca.

  5. José Neves: em total acordo com o seu comentário acima.
    Quem tem sorte, vê; quem consegue vêr,repara!
    Um forte abraço.

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