«“Estão hoje também bem patentes as profundas e entrecruzadas raízes dos ataques desferidos a uma magistratura com provas dadas e que permanecerá inquebrantável e incólume a críticas desferidas por quem a visa menorizar, descredibilizar ou mesmo, ainda que em surdina ou subliminarmente, destruir”, afirmou Lucília Gago.
“É de lamentar e de refutar abordagens bipolares que tanto parecem enaltecê-lo como quando fustigado por vendavais, que incidem e impacientam certos alvos de investigações, o passam a considerar altamente questionável e inoperante, clamando por redobradas explicações nunca suscetíveis desse ponto de vista de atingir o limiar da suficiência”, acrescentou.»
Temos uma procuradora-geral da República que se permite fazer declarações públicas onde lança para o ar a suspeita de haver quem queira “menorizar, descredibilizar ou mesmo, ainda que em surdina ou subliminarmente, destruir” o Ministério Público — e o Carmo e a Trindade nem sequer tremem de frio. É um discurso político, com tripla finalidade: (i) tribal, falando para dentro ao garantir que vai continuar a defender os prevaricadores; (ii) persecutório, ameaçando com represálias maximalistas quem ouse vocalizar críticas às acções dos procuradores; (iii) terrorista, espalhando alarmismo estapafúrdio e canalha.
Lucília Gago, portanto, está na posse dos nomes daqueles que querem destruir o Ministério Público. Destruir. Não só menorizar, não apenas menorizar e descredibilizar. Destruir. Ou seja, desfazer, demolir, arrasar, exterminar a tal magistratura “com provas dadas”. Não seria, então, seu óbvio e indelével dever denunciar esses tão perigosos inimigos da Justiça, da Constituição, da República, da democracia, da liberdade? Como pode o regime, as instituições, o sistema partidário continuar a funcionar como se uma das mais importantes magistradas em Portugal não tivesse alertado a Grei para uma ameaça existencial à sua continuidade como Estado de direito democrático?
Acontece que ninguém liga. A técnica consiste em ficar calado, deixar passar. Porque não há em Portugal, verdadeiramente, uma singular figura política interessada em acabar com os crimes cometidos por procuradores. Acabar? Corrijo: não há em Portugal uma singular figura política, ou jornalística, interessada sequer em denunciar os crimes cometidos por procuradores. Lucília Gago sabe bem com quem está a lidar.
Não é pescredibilizar uma procuradoria que por si só toma a iniciativa , o poder democrático é quem tem de.escrutinar quem se julga acima de qualquer juízo e não quer ser avaliado o que é o cerne da questão ,isto é Deus no céu e a procuradoria na terra ,os impolutos procuradores assim como as ordens profissionais
estão acima do poder democrático e assembleia
da República
O Putin ou o Xi davam-ta as “encruzilhadas” …
não é preciso descredibilizá-los, eles tratam disso por eles próprios. o que é necessário é investigá-los e demiti-los, mas isso o sindicato não deixa. só alterando a constituição e retirando-lhes o poder de fazerem o que querem e lhes apetece sem dar cavaco a ninguém, mas são precisos 2/3 dos deputados. não vale a pena argumentarem com a disponibilidade perdida do rui rio, porque o gajo só queria uns arranjos florais nas mesas dos conselhos superiores. é simples: fez asneira ou contornou a lei, assume as consequências como outro nas outras profissões. se fazem perseguições por conta própria ou por encomenda. é crime organizado na justiça.
Procurador do MP Hugo Neto que fez cair Costa foi assessor da Defesa e Assuntos do Mar, no Ministério na altura liderado por Paulo Portas, tendo antes sido assessor do secretário de Estado da Defesa e Antigos Combatentes, Manuel Pereira da Costa, tendo depois transitado para o gabinete do novo secretário de Estado que assumiu a pasta, Jorge Freitas Neto, todos os cargos exercidos em Governos de coligação PSD/CDS.TIAR A LER
https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/procurador-que-fez-cair-costa-foi-assessor-de-governo-psdcds
É um golpe de Estado desferido nas nossas ventas, de caraterísticas novas, que se iniciou com a reprovação do PECIV. Foi um esforço imenso para unir todos os interesses canalhas para o efeito, que necessitava da colaboração do PCP e BE, numa fase com fortes hesitações do primeiro – mas teve-a. O min. público tomou a liderança ao dar o pontapé de saída naquela noite em que prenderam José Sócrates à chegada ao aeroporto de Lisboa. A televisão pública, apesar de andar por lá o Nicolau não-sei-pra-quê e o miserável Teixeira que esbugalha os olhos de tesão ao entrevistar o golpista de Belém, assumiu estar na primeira linha desse movimento, como comprovou, há dias, o orelhas fascista na entrevista que fez ao JLCarneiro. Como é possível um jornalista canalha destes ter tanto protagonismo na televisão suportada pelos contribuintes…?
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O ambiente político criado pelas movimentações acima parece ter contaminado o PS. A cobardia no seio do PS em denunciar o que se está a passar está a ter reflexo nas eleições internas a decorrer no PS. Como e porquê?
“Vou explicar para que toda a gente perceba”.
Por que não recorreram ao método utilizado na disputa Seguro/ACosta? – Primárias. Uma semana era suficiente para o pôr em prática. Adiar o Congresso 8/10 dias seria compensado pela mobilização espetacular que produziria no partido e na sociedade.
Em vez disso estamos a assistir a uma verdadeira pulhice neste ato eleitoral. Começa por realizarem eleições em dois dias, votando uns num dia e outros no outro dia, com a comunicação social a anunciar os resultados do primeiro dia e com as eleições a decorrer. Ou seja, Santos já tem 60 e tal por cento e Carneiro só 30 e tal. Pensarão muitos, é pá! já não vou votar, não vale a pena. Aquele gajo já ganhou.
VÃO À MERDA! VÃO TODOS Á MERDA!
Fernando,
E assim o PS perde-te, para lutar contra o PSD e Ventura?
vale a pena ir votar?