14 thoughts on “Lapidar”

  1. Boa educação … e a Justiça como vingança

    Se não deve haver ‘justiça absoluta’, porque é uma vingança (de acordo com a citação de Joseph Roth, escrita acima da opinião de José de Faria Costa, neste Post ‘Lapidar’), então, a Justiça é sempre injustiça, pois falta-lhe sempre a porção que a tornaria ‘absoluta’.

    Logo, se a Justiça é sempre injustiça, porque deve continuar a haver Justiça?

    A conclusão é óbvia: Se a Justiça é sempre injustiça, então, a ‘boa-educação’ é sempre o comportamento dos subjugados e oprimidos, que tem sempre de ser exigido, assinalado e repetido por quem manda na (in-)Justiça. Logo, ‘pedir desculpa’ por parte dos Juízes seria sempre duas coisas: por um lado, seria admitir a culpa de serem os mandantes da injustiça; por outro lado, não assinalaria o seu Poder, no repetido acto de subjugação dos oprimidos (i.e., o povo eleitor, que, ao contrário deles, é escrutinado pelo voto).

    Em suma, aqui está mais um exemplo de como a ‘Democracia’ é um regime fascista, opressor, que ofende a Humanidade e a Liberdade da pessoa humana.

  2. Boa educação … e a Justiça como vingança (parte II)

    Mas poderíamos escolher a mansidão (i.e., comportando-nos como cordeiros de um rebanho fechado numa cerca), e aceitar a opressão deste regime da ‘Democracia’.

    Nesse caso, para apaziguarmos a nossa consciência, de pessoas a quem lhes foi tirada a Liberdade), só nos restava pedir ajuda àquele ente usado pelos opressores para nos manterem seus prisioneiros. Teríamos de pedir ajuda ao insigne ‘Espírito Santo’. Aquele terceiro termo, que lava os repetidos pecados (crimes e chacinas democráticas) do Pai e do Filho.

    “Em nome do Pai, do Filho, … e do Espírito Santo”.

    É isso que a Justiça nos manda rezar, e benzer, em pias de água-benta. Quando ocorre a consciência da opressão; quando a desnudamos. Ou seja, é o mesmo de dizer: «Aguentem a nossa (in)Justiça, pois não vos é permitida a vingança; só vos resta aceitar o perdão, pelas ignomínias que vos fazemos».

    O ‘Espírito Santo’, esse terceiro termo, divino e milagroso, que subjuga e oprime a populaça (i.e., os escrutinados pelo voto da ‘Democracia’). É como Vishnu, entre Shiva e Brama. Aquilo a que o Impronuncialismo designa por «a imanência da inércia».

    Em suma, um status quo da Vida dominado pela Justiça, e a sua escudeira feroz dita ‘Boa educação’.

  3. É verdade, a vasta maioria dos juízes são chulecos arrogantes com o rei na barriga, mas convém lembrar que o regime aprova esta arrogância: fomos ‘nós’, i.e. a carneirada votante que passa cheques em branco nesta pseudo-democracia, que colocámos os juízes nesse pedestal, e somos também ‘nós’ que deixamos a classe pulhítica suborná-los com ainda mais salamaleques e regalias.

    Isto só pode mudar quando reformarmos realmente o sistema político e a justiça, colocando ambos com dono – com o dono democrático que deviam ter e jamais tiveram, quer na ditadura quer no atoleiro abrileiro a que chamamos democracia. Há outras classes abusadoras, como a máfia médica.

    E é curioso, já que falamos disto, que a arrogância dos juízes incomode este blog – o v/ herói 44 deve ser o pulha mais arrogante a oeste de Moscovo… ou será que aí chamam-lhe ‘carisma’?

  4. Todos deram à sola! E, como o Corvo Negro há dias previu, já temos o Impronunciavel a falar consigo proprio! Está nas suas sete quintas, na sua democracia! No Impronuncialismo impronunciavel.
    E o Valupi não vai conseguir vender o palheiro. Já ninguém o quer. É a vida.

  5. Efectivamente vê-se em Portugal uma imensa falta de educação, os Portugueses tratam-se por tu sem se conhecerem de lado nenhum ou exista confiança para tal, como se estivessem a falar com o Pai, a Mãe, ou restantes familiares, e fazem isso com má-intenção.

    Ser educado não é não dizer palavrões, todos nós os dizemos nos momentos adequados, ser educado é tratar os outros por Sr.º, Sr.ª, Dona, Você, pois é isso que fazem as pessoas normais e adultas.

    É curioso ver os parolos/chuléticos a dizer tu isto tu aquilo, como se estivessem a falar com o Pai, a Mãe, e familiares, mas quando chega quem os controla ou está a cima deles, é dr. isto dr.ª aquilo, ou sua excelência.

  6. Este Post é sobre «Boa educação … e a Justiça como vingança».

    Onde está o contributo para essa questão, dos eucaliptos e corvos?

  7. «É como Vishnu, entre Shiva e Brama. Aquilo a que o Impronuncialismo designa por «a imanência da inércia».»

    Desta vez “É como Vishnu, entre Shiva e Brama”. Ouras é com budismo e induísmo para além dos argumentos de filósofos do receituário abstracionista das fenomenologias transcendentais como Husserl, ou do conheccimento à priori (ideias inatas, anteriores a qualquer experiência, teoria das ideias de Platão) e das ideias e deduções transcendentais de Kant que os analíticos e os materialistas rebateram por ininteligibilidade e inconsistente no que diz respeito à metafísica; que os dogmatistas consideraram “a tentativa de um cético que mina a certeza de todo um conhecimento”; pelos céticos como “uma obra de presunção arrogante que pretende erigir uma nova forma de dogmatismo sobre as ruínas de sistemas anteriores; pelos espiritualistas “como uma injustificável imitação de toda a realidade ao mundo corpório.
    Os dotados pensadores filósofos foram fundamentais para melhor entender os fenómenos da existência e ensinaram-nos a pensar e questionar tudo sempre numa sucessão de crítica entre Mestre-Aluno numa dialéctica histórica acerca das ideias e sobretudo acerca da tentativa de conciliar o sensível e o inteligível, o físico e o metafísico, experiência e transcendência. Todavia nunca o conseguiram e, Kant, talvez tenha sido dos mais esforçados nessa pesquisa de conciliação e unicidade (como os matemáticos, Maxwell, fizeram entre magnetismo e electricidade).
    Contudo, algumas ideias e teorias filosóficas nessa procura de conciliação entre ser físico e ser pensante deram origem a tragédias universais. Foi o caso de Kant que teve como sucessor Fiche que levou o subjectivismo quase à insensatez e foi o fundador teórico do nacionalismo alemão pelos “Discursos à Nação Alemã” o qual fez fez brotar uma filosofia completa de totalitarismo nacionalista de grande influência na Alemanha. Seguiu-se Schopenhauer, Nietzche e o Hitler com o seu Mein Kampfe e o há-de vir da raça pura.
    A histórias das ideias, mais que a história dos humanos, ajuda-nos a entender melhor os erros e falsidades dos que pretendem explicar-nos o que somos e o que devemos ser.

  8. UM dos problemas da democracia, assente no sistema partidário, reside, na minha opinião, nesta loucura de acumulação de cargos. O presidente de um partido pode ser uma nulidade como governante – e vice-versa. Os partidos perdem identidade e coesão – e debate.

    (Às tantas os partidos funcionam como os clubes de futebol – quem manda é o presidente)

    https://www.lemonde.fr/politique/article/2024/08/21/elisabeth-borne-annonce-etre-candidate-pour-prendre-la-tete-du-parti-renaissance_6289612_823448.html?lmd_medium=pushweb&lmd_campaign=pushweb&lmd_titre=elisabeth_borne_annonce_etre_candidate_pour_prendre_la_tete_du_parti_renaissance&lmd_ID=6289613

  9. «É como Vishnu, entre Shiva e Brama. Aquilo a que o Impronuncialismo designa por «a imanência da inércia».

    Mais uma abstrata e obtusa ligação metafórica esotérica do impronuncialismo. A ‘inercia’ é um dado da física mecânica, uma força, cujo valor pode ser determinado e calculado matematicamente. Força ou energia acumulada no seu movimento ou necessária para iniciar esse movimento que foi, historicamente, muito usado na 1ª era industrial com a máquina a vapor e depois nos geradores eléctricos e outros equipamentos mecânicos (oficinas, teares, etc.) que precisavam do auxílio dessa força sob a forma giratória (volante) para que as máquinas regulassem automaticamente o seu movimento em caso de falhas no sistema.
    A energia acumulada na inércia é inerente e diretamente proporcional à massa girante e quadrado da velocidade desse movimento; é um estado físico da mecânica tradicional determinado e calculado por fórmulas simples matemáticas. É a força que nos faz saltar do carro numa travagem brusca e por isso usamos o cinto de segurança.
    Isto eu sei desde o ensino médio, contudo, saber ou sequer imaginar qual a relação com os deuses “Vishnu, entre Shiva e Brama.” é uma equação para além de Laplace.

  10. «Boa educação … e a Justiça como vingança».

    Acerca da ‘justiça’ em Portugal penso, como já aqui disse, que para colocar a justiça sob a alçada democrática da Lei basta que as decisões do MP e juízes, sempre que levantem suspeitas, sejam sujeitos à apreciação do Tribunal Constitucional acerca da sua constitucionalidade ou não.
    Pois, atualmente, aquelas entidades referidas ‘cagam’ na lei escrita a que estão obrigados e fazem ‘interpretações’ à la carte como lhes convém por interesse ou ideologicamente transformando a ‘letra e o espírito da lei’ num prato de mesa à chefe de cozinha inovando e criando novas leis e códigos a seu belo prazer.
    Vimos, no tempo de expoliação do povo por Passos Coelho, que o TC funcionou em total defesa da lei e para bem do povo. Alargue-se democraticamente o TC com gente de comprovada idoneidade e honestidade de entre os melhores para o agilizar nas decisões.
    Não há ‘justiças absolutas’ tal como não há ‘uma verdade absoluta’, tal como não há uma ‘vida absoluta’ pois o homem ainda não atingiu a ‘imortalidade’ nem a ‘espiritualidade’ pura que há-de vir como pretende o impronuncialismo.

  11. «Todos deram à sola! … E o Valupi não vai conseguir vender o palheiro.»

    Anda tanta gente a falar nisto, nesta terrível decadência do blog, que andei uns minutos à procura dessa feliz época dourada, antes de cá aparecerem bestas como eu e o IMP.

    Até ver não a encontrei: só mais comentários do merdolas residente, o-sem-nome, e mais picardias entre os habituais, incluindo o ‘José Camacho’, um dos xuxas mais sabidos.

    Um exemplo esclarecedor: https://aspirinab.com/valupi/o-super-juiz-e-o-seu-super-lodacal/#comments

    Já então, há três anos, por aqui se escrevia:

    «A continuar assim … a bandalheira será cada vez maior, cada vez mais comentadores decentes (mesmo com opiniões diferentes) fugirão daqui, como tem acontecido ao longo dos anos, e esta chafarica acabará por desaparecer, o que seria uma pena.»

    Mais grave ainda:

    «O Aspirina anda a incomodar há demasiado tempo, perturbando o conforto e a digestão dos mafiosos, e há uma manobra deliberada para acabar com ele, tal como acabaram com o Câmara Corporativa»…

    Como o Câmara Corporativa! Que tragédia este fim dos clubes de fãs do 44…

    Respondeu o merdolas residente: “queixinhas de merda”. Pois é, bons tempos.

  12. OBVIAMENTE

    Obviamente, não fosse a inércia (que é o que Vishnu representa), se não fosse essa imanência da inércia dada por Vishnu, a destruição por Shiva da criação de Brahma não se poderia repetir. Deixava de haver Continuidade.

    Tal como, se não fosse a inércia dada pelo ‘Espírito Santo’, se não fosse essa imanência da inércia dada pelo ‘Espírito Santo’, os pecados que se transmitem sucessivamente de ‘Pai’ para ‘Filho’ não poderiam ser redimidos pelo perdão e pelo arrependimento. Deixava de haver a possibilidade de Melhoria, Aperfeiçoamento (mudança) e Evolução.

    Essa “trifuncionalidade do Indo-Europeu” (esses três termos pelos quais as Culturas derivadas do Indo-Europeu, que inclui a ‘Europeia’ e a ‘Indiana’) foi discernida por Georges Dúmezil, e outros.

    Neste caso da Justiça, apresentado pelo Post, «o não pedido de desculpa pelo atraso» destrói essa possibilidade de melhoria e evolução do viver humano em sociedade.

    Ou seja, neste comentário do Impronuncialismo não apenas se responde à questão colocada pelo Post, como se apresentam as razões que justificam essa resposta.

    Não seria de esperar que, os que aqui se insurgem histericamente por haver opiniões ajustadas ao teor dos Posts, apresentassem os seus contributos e argumentos? Em vez de encherem de palha o espaço, sem pararem para pensar e raciocinar?

  13. Mas o Tribunal Constitucional não é feito também por Juízes, que também não são escrutinados pelo voto por o regime da Democracia lhes prescrever na Lei a «separação de poderes»?

    Logo, não é solução nenhuma. É mais do mesmo. É o regime opressor da Democracia a impor ao Povo um Poder não escrutinado.

    Neste caso do atraso, o Parlamento podia aprovar a seguinte lei: «Por cada segundo de atraso dos juízes eram obrigados a pagar 10 euros do seu ordenado e património».

  14. A MELHOR SOLUÇÃO para os problemas da Justiça

    A melhor solução para os problemas da Justiça é, sem dúvida, A PROPOSTA DO IMPRONUNCIALISMO.

    De todas as soluções até ao momento apresentadas (desde o ‘Manifesto 50+’, até às dos mais ilustres catedráticos opinativos, incluindo as dos anónimos tidos por ignaros), sem dúvida, que a Proposta do Impronuncialismo é a melhor.

    CONCRETAMENTE:
    — Substituir a «separação de poderes» pela «interdependência de poderes», ficando o Parlamento no topo da hierarquia.
    — Enquanto não é adoptada a Medida anterior, retirar, no imediato, aos Juízes e Tribunais o poder de determinar quais as penas e punições para as decisões de culpa/inocência. Que continuariam a ser autónomas e independentes do resto dos poderes das outras instâncias do poder. Porque, como é óbvio, uma coisa é a decisão sobre a culpa/inocência; outra coisa completamente diferente é a consequência social das penas e punições atribuídas a essas decisões autónomas e independentes dos juízes e tribunais. Quem avalia, e pode ser legitimamente responsabilizado pelo impacto social das penas e punições são os representantes eleitos e escrutinados pelo voto do Povo (Parlamento).

    NESTE POST, a opinião de Joseph Roth escrita acima da opinião de José de Faria Costa serve para mostrar que a Justiça é sempre injustiça, pois falta-lhe sempre a porção que a tornaria uma ‘justiça absoluta’.

    LOGO, no «Que Há-de Vir» do Impronuncialismo, quando se alcançar a «propriedade física SAP3i», a Justiça não será necessária para nada, pois é sempre a causa da injustiça e da vingança. Mas esse tempo «Que Há-de Vir», apesar de já estar cá no Presente escondido numa escala de nós distante da que agora somos, ainda demorará.

    ENTRETANTO, há aquelas duas Medidas propostas do Impronuncialismo. Que são a melhor solução de todas as que até ao momento foram discutidas e apresentadas.

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