A notícia de que Portugal conseguiu pedir dinheiro emprestado a entidades que negoceiam no mercado das dívidas soberanas provocou uma justificadíssima explosão de alegria no povo e nos sábios. Aqui fica um pequeno apanhado, retirado da TSF, onde podemos apreciar o profundo impacto que esse acontecimento já está a ter no ânimo, confiança e qualidade de vida de tantas e tantas excelentes pessoas:
Inês “Não Sei Se é Engenheiro” Vilhena
Palhaços que só vão compreender o que lhes caiu em cima quando perderem o emprego, pois se não há trabalhadores a pagar impostos também não há jobs for the boys pagos pelos trabalhdores, com os seus impostos.
E essa é que é essa.
Caro Valupi,
Pergunto-me quando fará um post com verdadeiras críticas construtivas. Tendo em conta a qualidade do Aspirina urge que faça algo mais do que motejar. O sebastiano socrático que transpira deve ser contido em prol da seriedade das suas publicações.
Bem haja!
Paul Krugman, Nobel da Economia 2008, estava a escrever, por estes dias, em 2012, o livrinho que depois foi publicado com o título “Acabem com Esta Crise Já!”. Muitissimo mais avisado que eu, nestas coisas da economia, escreve assim, na pag 226: “É pôr dinheiro nas mãos das pessoas em situações aflitivas e haverá uma boa hipótese de que o gastem, que é exactamente aquilo que precisamos que aconteça”.
Pois bem, que fazem os que ontem deitaram fuguetório? Retiram, até à falência, biliões das mãos das empresas e das pessoas em situação aflitiva, sob o aplauso, ignorante ou obsceno, ou as duas coisas, das troikas do momento e seus apaniguados.
A verdade, porém, é que chega a toda a parte um som de fundo, cavo, medonho, apocaliptico, de uma mole humana imensa entoando o “De profundis”.
De repente o gozado Gaspar passa a ter um grande capital politico.
Ainda vamos ouvir falar muito dele. A direita adora os salvadores da pátria que põem os pobres na linha e equilibram as contas. E as saudades que eles já tinham.
Ele é muito mais politico do que quer fazer querer.
Era preciso que se lhe opusesse alguém com outra cultura politica, com outra garra, capaz de desmontar as mentiras em que se constrói o mito.
Mas como diz o outro, qual é a pressa?
É difícil fazer críticas construtivas quando se está na presença de um embuste desta dimensão. Esta estratégia — endividamento que se pretendia sustentado no progresso económico e cultural da nossa sociedade — enfrentou enormes dificuldades durante os últimos vinte e sete anos, apesar do importante volume de investimento público. Será que agora, com as contrapartidas reais substituídas pelo milagroso neo-monetarismo de Gaspar, o endividamento irá dar os frutos prometidos?!!! Será que descobriram uma maneira de contornar as leis da conservação da massa e da energia?!
Com a opinião pública que fala economiquês em tal estado de narcolépsia intelectual, é difícil de prever as alturas a que nos hão-de guindar os sacerdotes do neo-monetarismo com mais esta aldrabice. Curioso que aqueles que tanto fustigaram José Sócrates com o endividamento excessivo são os que agora iniciam o foguetório comemorativo de mais emissão de dívida, contraída em condições absolutamente deploráveis — em termos de contrapartidas austeritárias, mas também de prazos e de juros. E tudo isto acontece após dois anos miseráveis, no que diz respeito aos indicadores técnicos de consolidação orçamental.
Recordo que, no final de 2012, a dívida das administrações públicas ultrapassou 140% do PIB, e que pouco mais de metade desse total é dívida externa. Pior que isso, o
total da dívida externa portuguesa (pública e privada) ascende a 123% do PIB. Este último número é o mais relevante, pois reporta o principal mecanismo de drenagem de recursos de capital para fora do país.
A verdade nua e crua é que dois anos de governação da coligação PSD-FMI tornaram um devedor com uma situação preocupante — que necessitava de apoio e condições especiais para a pagar — num devedor com uma dívida incomportável. A julgar pela qualidade do relatório do FMI, já nem a principal agência de cobranças difíceis dos mercadores de dívida acredita poder continuar a mascarar a verdade. Aldrabices como esta só servirão para enganar os incautos; como sendo o esfolado Zé Tuga, esmagado por séculos de iliteracia e intoxicação ideológica dos vários conservadorismos que se sucederam na nossa história.
joãopft, eu ouvi na rtp as contrapartidas e de facto, o que vamos pagar é assustador.freitas do amaral já veio tirar”bandeiras” aos vigaristas, ao dizer-lhes a eles(nós todos já sabiamos) que esta ida aos mercados não é merito do governo mas de mario dragui.julgo que esta faculdade é concedida aos bons e maus alunos portanto….
Foi uma tão grande vitória, um feito tão brilhante que hoje, dia 24, a Bolsa portuguesa caía a pique (ao contrário das outras praças europeias) e os juros subiam todos nos prazos principais. Bem-hajam estas bestas que nos governam !
é verdade, e os” benemeritos” a (banca) a levar no lombo.
A vaselina que gasparina parece ter alguma areia, há tanta gente a gritar!
Está a doer aos laranjas aceitar a realidade.
Eu aplaudo.
Regresso aos mercados niet.
Antonio Melo
A bolsa caiu no dia seguinte a corrigir da subida da vespera, pois houve a tomada de mais-valias. Coisa normal. Agora se o regresso de Portugal aos mercados, nao tivesse sido um sinal positivo, está descansado que a bolsa, nesse dia, tinha descido.
No entanto, ainda estamos longe de puder cantar vitória. Há um longo caminho a percorrer. O ajustamento, ainda não acabou. Falta redefenir as suas funções do Estado e ajustá-lo, em relação ao que os contribuintes estão dispostos a pagar.
Agora, está dificil aos socraticos aceitar a realidade. A politica de ajustamento seguida por este Governo, está a ter efeitos positivos. E não me refiro ao leilão obrigacionista. Estou-me a referir ao excedente da balança comercial com o exterior de 900 milhoes, no terceiro trimestre de 2012. Esta é que foi uma excelente noticia para Portugal.
O Estado não pode continuar a consumir 50% da riqueza criada no país. Porque depois falta para as empresas se financiar, investir, modernizar, indispensável para a criação de riqueza e emprego, fundamental para que possamos viver num país mais justo e próspero.
abraço
“… excedente da balança comercial com o exterior de 900 milhoes, no terceiro trimestre de 2012.”
o benfica tamém consegue perder o campeonato e ser campeão de inverno para delírio, quiçá extase ou mesmo catarse (ou catar-se) cataléptica dos parolos que votaram na merda que nos governa e que diz estar-se cagando para eleições, fora do periodo eleitoral evidentemente.
basta analisar os valores globais das exportações portuguesas em 2010, 2011 e 2012 para concluir que o ministro conadá é um visionário, o aisopas do pedro reis um estratega brilhante, o portas vende que se farta e aquele puto dos óculos apaneleirados, que substitui o emplastro, um sucesso do sopeiral moderno. se compararmos os exportadores do regime exibidos pela madame campos ferreira em tempo sócras e coelho, encontramos computadores versus pastéis de nada. mas o jocker exportador do passos tá na dupla relvas & broges, antigamente vendiamos cimento e agora exportamos cimenteiras para o brasil, importávamos electricidade e agora vendemos a edp aos xinocas, conseguimos exportar ouro (10%) só com a assinatura do contrato de concessão, os magalhães vendem-se como pipocas e só não conseguimos vender a tap porque o peso colombiano do esferovitch é muito leve e o bes não deixa. um ano e meio de sucessos que vão levar muita década a esquecer.
Amigo Ignatz
Quando te referires ao excedente comercial, limita-te aos factos, como tu gostas de afirmar. No Segundo trimestre o defice tinha sido de 1200 milhoes. Passamos para um excedente de 900 milhoes, isto é, recuperamos 2100 milhoes e tu achas que nao é nada. O teu Socrates fazia coisas destas ao pequeno-almoço, deve ser isso.
Depois quanto ao facto de andarmos a vender a Cimpor e o BPN, podemos agradecer ao teu amigo Socrates, também. O meliante ao ganhar as eleiçoes em 2005 com maioria absoluta, pensou que tinha conquistado o país. Depois foi apercebendo-se que ainda havia uns focos que lhe escapavam ao controlo. Mandou construir o tunel do Marão, para alegria da Gabriela, pois constatava-se que quem mandava para lá do Marão, são os que lá estao. Depois a Cimpor era controlada por gente que não estava, com muita vontade, em satisfazer os grandes designios do teu amigo. Por isso, mandou o Carlão, grande banqueiro da nossa praça financeira, emprestar dinheiro a um tal de Fino. Viu-se o quanto o negócio foi lucrativo para a Caixa e a situação de fragilidade que a Cimpor caiu, facilitando a sua venda a pataco aos brasileiros.
Não contente com o facto de mandar na CGD, o meliante pensou que era pouco para o estatuto que o povo, livremente, lhe tinha concedido. Então achou, por bem, novamente, dar ordem ao Carlao, para emprestar dinheiro ao maior Raider do mercado financeiro portugues, isto é, ao Comendador Berardo para comprar accoes do BCP. O objectivo foi aumentar a participação accionista deste raider, afim de votar, na AG do BCP, na lista apadrinhada pelo Socrates, na qual faziam parte o Carlão e , também, o não menos famoso e temível financeiro Armando Vara.
Quando o Berardo, pela qual tenho consideração, saiu da AG a fazer sinal de vitória, não imaginava que estava a começar o inicío do fim do seu império económico e financeiro. Tudo isto, poque subjugou-se ao teu querido lider Socrates.
Mas o Socrates, na altura, achava que estava em maré de sorte. Não é quando aparece o caso BPN e a tentativa do Cadilhe de salvar o banco. O Socrates, esperto como ele só, pensou: ” se o Cadilhe pode recuperar o banco, porque é que eu, com a minha equipa de financeiros de reputação mundial, ou mesmo planetária, também, não posso?”
Pensou que isto de controlar bancos, é como ir ao supermercado comprar shampoo e trazer 3 pelo preço de dois.
Caiu no maior conto do vigário da historia financeira portuguesa. Quem está a pagar a conta, agora, destas aventuras do PM de cognome ” animal feroz”? Os suspeitos do costume, isto é, o Ze contribuinte.
francisco,se não te comprassem milho tambem tinha um excedente? as exportaçoes já no tempo de socrates que subiam e se hoje continuam andam a beneficiar de muitas portas que se abriram no tempo do saudoso e da oferta de equipamento de excelencia como o computador magalhaes.estamos a exportar é mais ouro usado.ainda ontem vi nun centro comercial (no corredor) uma moça atras de um biombo a vender as suas joias.francisco e as importaçoes não dimuiram ainda em maior percentagem?.ai está a diferença:maior exportaçao nomeadamente ouro e menos importaçoes por não haver dinheiro para comer,quanto mais para comprar carro, frigorifico ou ir de ferias para o estrangeiro.temos que ser rigorosos, pelo menos nos argumentos que podem ser quantificados.Nota: a importaçao de carros baixou mais de 40%
“No Segundo trimestre o defice tinha sido de 1200 milhoes. Passamos para um excedente de 900 milhoes, isto é, recuperamos 2100 milhoes e tu achas que nao é nada.”
quando batemos no fundo qualquer merda que suba é um crescimento fantástico, tou-me a lembrar dos crescimetos de 500% anuais da ferrari em portugal quando venderam 5 carros ao feder do val do ave. o resto é tão mau que nem comento.
Nuno CM
No tempo do “animal feroz” as exportações subiam e, muito bem, mas as importações subiam muito mais. Por isso, tinhamos defices comerciais brutais. Isto porque, o acesso fácil ao credito, acompanhado por um euro forte, fazia com que o consumo de bens importados fosse muito grande. Isto provocava desequilibrios enormes na nossa balança de pagamentos que só eram colmatados com mais endividamento externo. Por isso chegamos à situação em que chegamos.
Já agora, confirmei os dados da produção de milho nacional. Fazem-se aproximadamente 300 mil toneladas de milho em grao e mais 300 mil toneladas de milho para silagem. Para o próximo ano, deve-se fazer mais 30 mil toneladas, uma vez que na zona do perímetro de rega, intalou-se nos últimos dois anos, sistemas de regadio que vao permitir aumentar a área de milho no nosso país.
Se não houvesse importações de milho, produziamos menos carne em Portugal. Iriamos ter de importar mais carne, desequilibrando, ainda mais, as balança de pagamentos. Só se estavas a pensar em deixar de alimentar a população portuguesa. Como o outro, deixou de dar comida ao porco, quando este se habitou a nao comer, morreu!
Abraço
Ignatz
As verdades sao duras de se lêr. Não te preocupes, já passou.
francisco ,as importaçoes no tempo de socrates eram superiores é verdade.a situaçao que viviamos (privados)era melhor muito melhor do que hoje. pergunto e a culpa era do governo anterior ? queres um pais tipo uniao sovietica onde as prateleiras das lojas estavam vazias e era com fichas de racionamento que lá iam?xico hoje as pessoas tem que moderar os seus impulsos mas por força da situaçao .sabes tambem como eu,que as ferias no estrangeiro são importaçoes.pergunto onde as passavas? na caparica? eu há cinco anos que não saio do pais e quando o fazia era para o norte de espanha (galiza) para mim mais perto, e melhor tratamento do que no algarve. ficava mais barato ao pais e ao consumidor comermos carne importada (argentina por exp.) do que a produzir. para alimentar o gado temos que recorrer a muita raçao importada, e o efeito de estufa era menor.não imaginas o co2 que produzimos com esse gado a debitar kg de merda cá para fora e a peidar-se. produzem mais poluiçao do que todos os carros a circular numa grande parte do pais.xico larga o milho.