Exactissimamente

«Talvez esteja na hora de a Assembleia da República parar para pensar. Fazer uma avaliação das comissões de inquérito realizadas nos últimos anos e avaliar se, com elas, foi efetivamente realizado um escrutínio da atividade governativa ou se serviram sobretudo para alimentar espetáculos mediáticos que criam reputações individuais muitas vezes à custa da judicialização populista da vida política.»


Maria de Lurdes Rodrigues

21 thoughts on “Exactissimamente”

  1. A «Democracia», depois dos 3 sub-poderes que tinha roubado ao proscrever-lhes nas suas Leis o não-escrutínio pelo voto, acrescentou-lhe um 4.º roubo, o da ‘Imagem’ (“visualidade”, como agora os especialistas dizem) e da ‘Palavra’ (escrita ou falada).

    O “espectáculo mediático” faz parte da opressão e da ditadura que o «regime da Democracia» instalou nas sociedades humanas.

    A «Democracia» ao esconder o Poder (ao provocar o anonimato da perpetração, isto é, ao impedir a responsabilidade de alguém pela culpa), e ao negar-lhe o acesso por parte do Povo (‘eleitores’), transformou-se num regime muito mais ditador, opressor e fascista do que as ‘autocracias’ e ‘ditaduras anteriores’.

    A viagem circular e inócua da culpa por várias instâncias é apenas uma consequência do modo como o regime da «Democracia» mantém e reproduz o seu Poder anti-democrático.

  2. O Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, já se demitiu?

    As últimas declarações do dr. José Castro são muito graves:

    – “No dia em que Presidente for julgado numa CPI, houve um Golpe de Estado”

    https://www.noticiasaominuto.com/politica/2609526/marcelo-na-cpi-seria-um-golpe-de-estado-em-portugal

    Revelam desespero e medo, pior, em Portugal a eventual prática de crime por um Português deve ser avaliada com dois pesos e duas medidas de acordo com o seu estatuto e poder económico, social, ou político, na óptica do dr. José Castro.

    O Presidente Rui Rio tem toda a razão:

    «…Será que neste caso também se pode usar para consumo público aquele ex-libris da comunicação política, pejado de convicção e de genuinidade, que é o “A culpa não pode morrer solteira … doa a quem doer”?…»

    Fonte: https://x.com/RuiRioPT/status/1776291638471512119

  3. Nós somos capazes

    Nós, se quiséssemos — se acordássemos do sono ditador e opressor do regime da Democracia, que nos ensinaram a adorar como o último deus da história da humanidade — éramos capazes de construir um regime melhor.

    A solução, como a história da natureza e do mundo nos ensina, está em abandonar o «ou» e adoptarmos o «e». Isto é, abdicarmos de parte daquilo que somos, extrair do passado as partes que são boas, e acrescentar-lhes as modificações que transformam «o que foi» n’ «o que há-de vir».

    Não o fazemos, entre outras razões, por falta de coragem e cobardia.

  4. só por esse artigo do expresso se vê a lavagem cerebral e manipulação em torno do estado novo. se calhar é melhor ter o país com cada vez mais sem abrigo ao relento e a viver em condições infra humanas. salazar deu abrigo , deu abrigo , não prendeu idosos, pobres , alcoólicos e indigentes.

  5. HONESTAMENTE

    Yo, honestamente, quer os do ‘estado novo’, quer os dos regimes anteriores, quer os do ‘abrilismo’, todos, não quiseram à sua maneira acabar e resolver essas coisas que o ser-humano desejou erradicar?

    Todos erraram, todos não foram capazes, mas nós fomos? E será no próximo regime que vão ser resolvidas?

    Não é um caminho árduo de «e», em vez de um estado de ódio e «uns contra os outros permanente»? Quem somos nós, senão parte do que os outros foram, e parte de aquilo que os que vierem serão?

    Porque nos havemos sempre de desculpar com os outros, como pilatos?

  6. «Nós, se quiséssemos … éramos capazes de construir um regime melhor.»

    Sem dúvida, mas se não for uma democracia é o quê?

  7. «salazar deu abrigo , deu abrigo , não prendeu idosos, pobres»…

    Sim, era um tipo bestial. Os mamões desse tempo que o digam: a vidinha corria-lhes maravilhosamente. À plebe é que nem por isso – pobreza, ignorância, carneirismo religioso, emigração miserável…

  8. O QUE SERÁ?

    Está respondido em «Honestamente»:
    — «Será uma coisa (REGIME) com uma parte do que há agora de bom; com uma parte de aquilo de bom que os outros contribuíram; e uma parte de aquilo que modificarmos em tudo isso e acrescentarmos de bom».

    O ‘nome’ (o ‘nick’, a ‘etiqueta’, o ‘ícone’, o ‘signo’) dessa coisa nova assim construída?
    — O que interessa o nome, se «todos os nomes não são as coisas nomeadas»? Será o que quisermos, de modo a não ferir ou destruir essas partes antigas e actuais, que vamos incluir juntamente com as novas.

    “OS MAMÕES DESSE TEMPO…”?

    Os mamões desse tempo são EXACTISSIMAMENTE os mesmos mamões de agora. Iguais aos de todos os tempos.

    Ou seja, o problema não são as coisas do mundo e da natureza. Porque elas são EXACTISSIMAMENTE o mundo e a natureza. Logo, o problema a resolver é a proporção e os limites das coisas, para que possamos construir uma coisa nova e melhor.
    A tarefa é definir os limites, proporções e quantidades entre «o que pode ser a riqueza e a pobreza», «o que pode ser o crime e a justeza», «a preguiça/inação e o agir/acção», «o bem e o mal», «as nossas fronteiras e as dos outros», etc. E fazer cumprir essa proporção, punindo quem a infringe de modo a não poder escapar.

    Não há razão nenhuma, nem impedimento, que impossibilite estabelecer-se uma proporção, uma quantidade e um limite para a riqueza que é distribuída, para o escrutínio da justiça, para o controlo de quem tem acesso às armas, para quem domina a economia, para quem domina os ‘media’, para quem domina e aplica a tecnologia e a ciência, para quem domina a construção das casas de habitação e as infra-estruturas, etc. (i.e., só se pode possuir uma determinada quantidade de riqueza se todos tiverem no mínimo recebido uma determinada quantidade dessa riqueza; e assim sucessivamente para tudo o resto).

    «Os mamões de todos os tempos» são os que não querem que esses limites se estabeleçam, acusando, perseguindo e matando quem o quer fazer.

    IN ILLO TEMPORE

  9. «Não há razão nenhuma, nem impedimento, que impossibilite estabelecer-se uma proporção, uma quantidade e um limite para a riqueza que é distribuída, para o escrutínio da justiça, para o controlo de quem tem acesso às armas, para quem domina a economia»…

    Plenamente de acordo; subscrevo tudo o que diz.

    Mas não vejo como prescindir da democracia, no sentido de todos escolherem e partilharem das decisões. É isso democracia. Não é o que havia na Grécia antiga, nem nos EUA pós-independência, nem o que temos hoje. (Na Suíça há algo um pouco mais desenvolvido, mas ainda longe do ideal.)

    Logo, quando ataca a democracia sem explicar – certas coisas é preciso explicar sempre – que se refere a esta pseudo-democracia, esta partidocracia podre, causa confusão a quem o lê.

  10. O problema da ‘Democracia’ é a separação que, enquanto ‘regime’, postula como Lei (ver ‘Constituições’). Que separa (‘exceptua’) «quem manda na vida social e nas pessoas» (o Poder) do escrutínio do voto.

    Ao impor essa separação e excepção transforma-se num regime pior do que as ‘autocracias’ e ‘ditaduras’, pois, faz perpetuar o Poder negando o acesso a uma alternativa.

    No regime da Democracia a ‘participação’ e a ‘partilha’ não interfere nas ‘decisões’.

    E, ainda por cima, consegue convencer os subjugados a essa ditadura opressiva e fascista que estão submetidos ao «melhor regime de todos». O perigo é esse. Nunca houve nenhuma ameaça à Liberdade humana tão grande como este regime da Democracia.

    O passo seguinte, que é possível exactamente por causa dessa separação e por causa do critério de validação ser apenas o «quantitativo» (número de votos), é passar para as «máquinas» esse modo de dominação.

  11. QUANDO ATACO

    Filipe Bastos,
    Quando ataco estou a falar contra os que, como eu, dominam a ciência e a tecnologia.

    Pois, começa a haver uma minoria de seres dentro da espécie humana que são capazes de se separarem da maioria dos dessa espécie (em termos físicos, cognitivos e de aplicação). E essa separação pode levar a uma cisão irreversível dentro da espécie (quiçá, a um confronto e exclusão).
    Haverá os que conseguirão escapar da Terra no caso de uma ameaça à sobrevivência, e os que não terão lugar nessa «arca de Noé». E assim sucessivamente, para a doença e suas curas, para as vitórias nos confrontos militares, na apropriação do território, na extração de recursos, etc.

    Por exemplo, com o robot ‘Impronuncia’ que construí, e com o ‘programa’ que desenhei, sou capaz de analisar e modificar o conhecimento e as informações com um muito maior poder do que um ser-humano que não use uma ‘máquina’.

    O robot ‘Impronuncia’ está ligado, 24 horas por dia, durantes todos os dias do ano, às bases-de-dados das universidades no mundo que estão nos 10 primeiros lugares do ranking das melhores, às 100 revistas científicas mais conceituadas no mundo, às redes de bibliotecas, arquivos e museus, e aos 50 jornais e sites de ‘media’ mais lidos no mundo, e recebe input’s das actuais plataformas de IA. O robot ‘Impronuncia’ processa e analisa essas informações, e a cada ‘pergunta’ que lhe faço, em segundos, cria uma ‘resposta’. A qual é modificada e transformada por mim.

    Ora, todos os seres-humanos que não tenham a habilidade de criarem e programarem um ‘robot’ deste tipo (não tenham uma «educação STEM + SHS») não conseguirão jamais, em termos evolutivos, competir com os que a têm. E a cada ano que passa essa assimetria e distância será maior.

    ORA, o regime da Democracia não está a contribuir para que esta cisão se resolva ou atenue. Pelo contrário, é a causadora deste crime contra os ‘humanos’.

  12. presuntos & água benzida do corneta negacionista ao serviço da propaganda sino-soviótica.

  13. presuntos…

    Aposto que nem sabe separar o hidrogénio do oxigénio num copo de água do mar com apenas uma pilha AA.

  14. «…como este regime da Democracia.»

    Continua a falar desta partidocracia como se fosse uma democracia, e a atacar a democracia como se houvesse algo melhor. No futuro talvez; por agora, que eu conheça, não há.

    Talvez a confusão esteja em v. continuar a chamar a isto democracia. Sim, isto é uma trampa, mas não é democracia. O que v. quer dizer é que precisamos duma democracia a sério.

    E não vejo como evitar uma Constituição, um conjunto de regras básicas da sociedade que queremos. É isso que evita desvarios como “vamos referendar a pena de morte” ou “mandar embora os pretos” – o tipo de desculpa usada pelos que pretendem evitar uma democracia a sério, argumentando que nos colocaria nas mãos de maiorias (ou minorias ‘vocais’) de racistas e outros boçais.

    Poderá existir alternativa à Constituição, mas por agora também não a vejo.

  15. “Como se fosse uma Democracia”

    Se ‘Democracia’ não é isto, e é uma coisa que «há-de vir», tudo bem. Não é pelo nome que a questão fica resolvida.

    O facto é que TODOS chamam a isto ‘Democracia’. E as leis em vigor é assim que a designam. E até a contrapõem a outros regimes, como se fosse melhor.

    Como distinguir, então, Democracia de Democracia? E fazer com que a substância e o conteúdo do actual regime seja melhor?

    Julgo que ainda nem sequer questionam esta ‘Democracia’, quanto mais terem discernimento e energia para mudarem este regime.

  16. «A «Democracia» ao esconder o Poder (ao provocar o anonimato da perpetração, isto é, ao impedir a responsabilidade de alguém pela culpa), e ao negar-lhe o acesso por parte do Povo (‘eleitores’), transformou-se num regime muito mais ditador, opressor e fascista do que as ‘autocracias’ e ‘ditaduras anteriores’.»

    O ódio que te inspira o teu corpo como; «Uma cambada de montes de carne pôdre, que escrevem, pronunciam e falam pelos cotovelos em guinchos histéricos, a cheirar a sovaco e chulé, repletos de fezes, excrementos, vísceras, corrimentos, pêlos e verrugas. Malcheirosos, gordurosos, cheios de doenças, vírus, bactérias e pûs. Corruptos e assassinos confessos, comedores de animais e plantas, que nascem para morrer enrugados e decrépitos a cair de velhos.» é, precisamente o ódio que que te inspira tudo que não seja a exibição do poder pelo poder, ou seja, do poder absoluto declarado e ostensivo de terror vindo do céu divino e aplicado aos humanos, “cambada de montes de carne podre.”
    O ódio que dedicas ao teu corpo, logo, ao corpo do qual os maiores génios da arte retiraram as mais delicadas proporções de beleza e estética, o corpo através do qual os humanos se amam e reproduzem para cumprir a sua natureza de manutenção da espécie, o corpo e seus orgãos que formam um todo orgânico único incomparável de mobilidade, destreza e capacidade de pensamento lógico que não para de progredir e aperfeiçoar-se e que conduziu a humanidade ao atual elevado estado de conhecimento científico jamais visto, esse ódio, digo, só é possível para quem caminha para um estado de gnose-mística que prevê e já vê um futuro que “há-de vir” do homem sem carne, vísceras e excrementos e apenas concebido de “espírito”; o tal homem “Espiritual” de fim de ciclo humano.
    Odeias a democracia porque esta, a partir do Renascimento e o Iluminismo científico e matemáticas especialmente a partir de Descartes e com a plêiade de sábios como Copérnico, Galileu, Newton e Darwin o conhecimento separou-se da alquimia e das questões do conhecimento gnóstico-esotérico-hermético baseados no obscurantismo da alma, do espírito e reinos celestiais de deuses e anjos sofreram um revés eclipcial, do qual, agora tentam levantar cabeça dado a accão predadora dos humanos e respetiva réplica da natureza sobre o ambiente natural.
    O tempo científico ocidental do pós-Renascimento foi avassalador e destronou qualquer ideia de Deus como poder e, muito menos, como poder absoluto sobre humanos ao ponto de ter sido declarada, filosoficamente, a morte de Deus. É esse poder absoluto do deus ainda impronunciável que “há-de vir” que tentas impingir-nos sob ideias e fórmulas esótéricas do puro “espiritual” sem carne nem corpo cheio de merdas. O que queres com o teu ódio à democracia é vender o poder absoluto tal qual o fazem as teocracias dos aiatolas, do islamismo, do cristianismo mais ou menos ortodoxo, do judaísmo e outras seitas menores como essa tua do impronuncialismo. Ou, caso não seja possível queres, em troca, o poder absoluto de um qualquer regime totalitário que aplique sobre os diabos humanos o mesmo terror usual do poder divino desde a pré-história; talvez a partir deste absolutismo ateu chegues ao tão ambicionado absolutismo esotérico-religioso.
    O teu ódio à democracia advém, precisamente, porque a democracia ultrapassou essa fase de crendice e bate-se pelo desenvolvimento debatendo dialeticamente os efeitos nocivos no sentido de os resolver com o mínimo de rotura ambiental; quer queira quer não, ver-se-á obrigado a procurar solução para resolver a questão ambiental quer utilizando a ciência ou mudando a sociedade humana tal como é, hoje.
    Só pelo método democrático as alterações sociais podem ser realizadas sem a violência do terror do poder absoluto sobre a maioria de servos sujeitos, dado a natureza contraditória do ser, pensar e sentir humano.
    Assim, à pergunta, «Como podeis viver nesse nojo, nesse regime democrático, e nesse atraso evolutivo?» eu pergunto antes, ao impronunciável, como pode, ele próprio, viver nesse nojo que tanto detesta?

  17. «Como distinguir, então, Democracia de Democracia?»

    Sendo claros. O que temos é uma (péssima e corrupta) democracia representativa. Aquilo de que falamos é uma democracia mais participativa, mais directa. É isto que está em causa.

    E é por isto que não podemos dizer, como v. diz, que o problema é a democracia. É justamente o oposto: o problema é a falta de democracia; a excessiva delegação em políticos que usam os votos como cheques em branco; a incapacidade dos cidadãos de participar nas decisões relevantes, de propor medidas, de validar o que decidem em seu nome, de expressar o seu acordo ou desacordo.

    Não precisamos de menos democracia; precisamos de mais, muito mais.

  18. «não existe democracia politica sem democracia económica…»

    Como é evidente. (Claro que os moderadinhos centro-esquerda cá da casa nem podem ouvir falar disso; começam logo com suores frios.) Mas para aí chegar precisamos de uma democracia gradualmente mais directa… e uma rédea bem mais curta para a escumalha que nos ‘governa’.

  19. José Neves,
    Evoluindo, é a resposta.

    Não caminhar para um poder sobre os outros, mas para um poder absoluto sobre nós. Em que nenhum colectivo ou grupo conseguiria ter mais poder do que cada um individualmente. Impedindo todas e quaisquer ditaduras, regimes, poderes, assassínios, violências e opressões sobre o Ser de cada um.

    Razão pela qual o Impronuncialismo, define por objectivo caminhar, através da engenharia, para a propriedade física «SAP3i» para o nosso actual corpo (suporte).

    E passos importantes já foram dados actualmente nesse sentido, por centenas de seres-humanos espalhados por laboratórios, universidades e empresas (por ex., a «ReAnima», ou o ETC: European Trauma Council, e outras).

  20. “Aposto que nem sabe separar o hidrogénio do oxigénio num copo de água do mar com apenas uma pilha AA.”

    eu aposto singelo contra dobrado que não sabes quantas pilas e copos de água do mar são precisos para atestar o depósito dum toyota mirai.

    a grande moda deste verão na caparica, banhos de hidrogénio a pilhas, esgotou o stock duracell nos quiosques da cova do vapor ao farol de espichel.

    tava capaz de apostar que foi uma descoberta científica russa para darem cabo do negócio do hidrogénio.

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